Capítulo 23 Como e por que aprendi Esperanto
Capítulo 23 Como e por que aprendi Esperanto Pode parecer excentricidade que um engenheiro, ocupado com cálculos de energia e fitas de telex, dedicasse tempo a aprender uma língua que não tem país, não tem exército e não é exigida em currículos corporativos. Mas o Esperanto, para mim, nunca foi sobre "utilidade" imediata. Foi sobre esperança e lógica. Minha atração pelo Esperanto nasceu, curiosamente, da minha herança húngara. O húngaro é uma língua difícil, isolada na Europa, e profundamente lógica. É uma língua aglutinante: você pega uma raiz e vai colando sufixos e prefixos para mudar o sentido. Quando descobri o Esperanto, criado pelo Dr. Lázaro Luís Zamenhof, tive uma sensação de déjà vu. A estrutura era familiar! O Esperanto também funciona como um jogo de montar. Uma raiz, um final "o" para substantivo, "a" para adjetivo, "as" para verbo no presente. Para a minha mente de engenheiro, aquilo era a perfeição. Era uma língua sem exceções, ...