A Ordem de Sao Bento
Ordem de São Bento
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_de_S%C3%A3o_Bento
Ordem de São Bento
Medalha de São Bento - Frente
(O.S.B.)
Lema "Ora et Labora (Reza e Trabalha)"
Fundação Ano de 529
Tipo Ordem religiosa
Sítio oficial www.osb.org
A Ordem de São Bento ou Ordem Beneditina (em Latim: Ordo Sancti Benedicti, sigla O.S.B.) é uma ordem religiosa católica de clausura monástica que se baseia na observância dos preceitos destinados a regular a convivência comunitária. É considerada como a iniciadora do chamado movimento monacal.
Índice
1 História
2 Papas que pertenceram à Ordem
3 A Ordem em Portugal
3.1 Mosteiro de São Bento de Singeverga
3.2 Mosteiro de Santa Escolástica
3.3 Comunidades Diocesanas
3.4 Mosteiros Antigos da Congregação Beneditina
4 Reformas da ordem Beneditina
5 Hábito
6 Ver também
7 Ligações externas
História
A Regula Benedicti foi composta em 529 para a abadia de Monte Cassino, na Itália, por São Bento de Núrsia (480-543), irmão gémeo de Santa Escolástica. Ela preceituava a pobreza, a castidade, a obediência, a oração e o trabalho, bem como a obrigação de hospedar peregrinos e viajantes em seus mosteiros, dar assistência aos pobres e promover o ensino. Por este último motivo, ao lado dos seus mosteiros, havia sempre uma escola, razão pela qual ainda, a ordem tornou-se em um dos centros culturais da idade Média, com as suas bibliotecas reunindo o que restara das obras e ensinamentos da Antiguidade.
Embora a fundação da ordem seja anterior a ele, considera-se que terá verdadeiramente tomado impulso a partir da reunião de vários mosteiros que professavam a regra por ele escrita, isso muito após a sua morte. Mais tarde, os monges dessa ordem passaram a ser conhecidos como "beneditinos". Hoje em dia, a ordem está espalhada por todo o mundo, com mosteiros masculinos e femininos (de monges e monjas de clausura).
Seguindo o seu exemplo e inspiração, diversos fundadores de ordens religiosas têm baseado as normas e regras de seus mosteiros na regra deixada por Bento, cujo princípio fundamental é Ora et labora, o que quer dizer "Reza e trabalha."
Os mosteiros beneditinos são sempre dirigidos por um superior que, dependendo da categoria do mosteiro, pode chamar-se prior ou abade. Ele é escolhido pelo restante dos monges. O ritmo de vida beneditino tem como eixo principal o Ofício Divino, também chamado de Liturgia das Horas, que se reza sete vezes ao dia, tal como São Bento havia ordenado. Junto com a intensa vida de piedade e oração, em cada mosteiro se trabalha arduamente em diversas atividades manuais, agrícolas etc. para o sustento e o autoabastecimento da comunidade monástica.
Papas que pertenceram à Ordem
Papa Início Término Período de Pontificado
São Gregório I, o Grande 3 de Setembro de 590 12 de Março de 604 14 anos 6 meses e 9 dias
São Bonifácio IV 25 de Agosto de 608 5 de Maio de 615 7 anos 9 meses e 10 dias
Papa Adeodato II 11 de Abril de 672 17 de Junho de 676 4 anos 2 meses e 6 dias
Papa João IX Janeiro de 898 Janeiro de 900 aprox. 2 anos
Papa Leão VII 3 de Janeiro de 936 13 de Julho de 939 3 anos 6 meses e 10 dias
Papa Silvestre II 2 de Abril de 999 12 de Maio de 1003 4 anos 1 mês e 10 dias
Papa Estêvão X 2 de Agosto de 1057 29 de Março de 1058 7 meses e 27 dias
São Gregório VII 22 de Abril de 1073 25 de Maio de 1086 13 anos 1 mês e 3 dias
Beato Vitor III 24 de Abril de 1086 16 de Setembro de 1087 1 ano 4 meses e 23 dias
Papa Gelásio II 10 de Março de 1118 29 de Janeiro de 1119 10 meses e 19 dias
Papa Gregório VIII 21 de Outubro de 1187 17 de Dezembro de 1187 1 mês 26 dias
Papa Nicolau III 25 de Novembro de 1277 22 de Agosto de 1280 2 anos 9 meses e 28 dias
São Celestino V 5 de Julho de 1294 10 de Dezembro de 1294 5 meses e 5 dias
Papa Clemente VI 7 de Maio de 1342 6 de Dezembro de 1352 10 anos 6 meses e 30dias
Beato Urbano V 28 de Dezembro de 1362 19 de Setembro de 1370 7 anos 8 meses e 22 dias
Papa Pio VII 14 de Março de 1800 20 de Agosto de 1823 23 anos 5 meses e 6 dias
A Ordem em Portugal[
Mosteiro de São Bento de Singeverga
Nome - Beneditinos – O.S.B.
Nome oficial - Ordem de São Bento (Ordem Beneditina)
Nome em Portugal - Ordem de São Bento (Ordem Beneditina) / Província Portuguesa da Ordem Beneditina
Entrada em Portugal - Século X
Carisma e missão - Vida monástico-cenobítica
Superior Maior - Dom Luís Bernardo Sacadura Botte Aranha (Dom Abade).
Eleição - 18/Ago/1995; bênção abacial: 15/Out/1995; reeleito em Agosto de 2003.
Duração do Mandato - 8 anos
Endereço - Mosteiro de São Bento de Singeverga, Roriz (Santo Tirso)
Página Web - http://www.mosteirodesingeverga.com
Mosteiro de Santa Escolástica
Neste mosteiro reside a comunidade feminina (das monjas de clausura) da Ordem Beneditina em Portugal.
Mosteiro de Santa Escolástica- Roriz (Santo Tirso)
Comunidades Diocesanas
Cela de Nossa Senhora da Graça - Lisboa
Mosteiro de São Bento da Vitória - Porto
Priorado de Nossa Senhora da Assunção - Lamego
Mosteiros Antigos da Congregação Beneditina
fundados antes de 1567
São João de Arnóia - Celorico de Basto
São Miguel de Bustelo - Penafiel
São João de Cabanas - Viana do Castelo
Santa Maria de Carvoeiro - Viana do Castelo
São Martinho de Cucujães - Oliveira de Azeméis
São Salvador de Ganfei - Valença
Santa Maria de Miranda - Arcos de Valdevez
São Romão de Neiva - Viana do Castelo
São Salvador de Paço de Sousa - Penafiel
São Salvador de Palme - Barcelos
São João Baptista de Pendorada (Alpendurada) - Marco de Canaveses
Santa Maria de Pombeiro - Felgueiras
São Martinho de Tibães - Braga
São Miguel de Refojos de Basto - Cabeceiras de Basto
Santo André de Rendufe - Amares
Santo Tirso de Riba de Ave - Santo Tirso
São Salvador de Travanca - Amarante
São Bento de Coimbra - Coimbra
Mosteiros que a congregação tomou posse mas não conseguiu restaurá-los
São João de Arga - Caminha
São Cláudio - Viana do Castelo
Fundados depois de 1570:
São Bento da Vitória - Porto
São Bento dos Apóstolos - Santarém
São Bento da Saúde - Lisboa
Nossa Senhora da Estrela - Lisboa
A partir de 1581 fundou vários Mosteiros no Brasil que em 1827 formaram a Congregação de São Bento do Brasil
Bahia
São Paulo
Rio de Janeiro
Pernambuco
Paraíba
e outros
Reformas da ordem Beneditina
Durante o transcurso da sua história, a ordem Beneditina sofreu numerosas reformas, devido à eventual decadência da disciplina no interior dos mosteiros. A primeira reforma importante foi levada a cabo por São Juan De Perez Lloma no século X; essa reforma, chamada cluniacense (nome proveniente de Cluny, lugar da França onde se fundou o primeiro mosteiro desta reforma), chegou a tomar um grande impulso a tal ponto que, durante grande parte da idade Média, praticamente todos os mosteiros beneditinos estavam sob o domínio de Cluny.
Os cluniacenses adquiriram grande poder econômico e político e os abades mais importantes chegaram a fazer parte das cortes imperiais e papais. Vários pontífices romanos foram beneditinos provenientes dos mosteiros cluniacenses (Alexandre II, 1061-73; S. Gregório VII, 1073-85; beato Vitor III, 1086-87; beato Urbano II, 1088-99; Pascoal II, 1099-1118; Gelásio II, 1118-19; et cétera).
Tanto poder adquirido levou à decadência da reforma cluniacense, que encontrou uma importante contraparte na reforma cisterciense, palavra proveniente de Cister, na França, onde se fundou o primeiro mosteiro dessa reforma. São Roberto de Molesmes, Santo Estevão Harding e São Roberto de Chaise-Dieu foram os fundadores da Abadia de Cister em 1098. Buscavam afastar-se do estilo cluniacense, que caíra na indisciplina e no relaxamento da vida monástica. O principal objetivo dos fundadores de Cister foi impor a prática estrita da regra de São Bento e o regresso à vida contemplativa.
O principal impulsionador dessa reforma foi São Bernardo de Claraval (1090-1153), que foi discípulo dos fundadores de Cister, tendo ingressado ali por volta de 1108. Foi-lhe encarregada a fundação da abadia de Claraval, da qual foi abade durante uns 38 anos, até sua morte. Bernardo de Claraval converteu-se no principal conselheiro dos papas e vários dos seus monges chegaram igualmente a ocupar a sede pontifícia. Bernardo predicou, também, a Segunda Cruzada. Ao falecer, levava fundados 68 mosteiros da sua ordem.
A reforma cisterciense subsiste até hoje como ordem beneditina independente, dividida igualmente em dois ramos: a Ordem Cisterciense da Comum Observância (O. Cist.) e a Ordem Cisterciense da Estrita Observância (O.C.S.O.), também conhecidos como Trapistas. Estes monges são chamados também "beneditinos brancos", devido à cor do seu hábito religioso, em contraste com os demais monges da Ordem de São Bento, chamados de "beneditinos negros".
Durante a idade Média, surgiram outras reformas importantes da ordem Beneditina. A de São Romualdo (†1027), que deu começo à Reforma Camaldulense. Essa reforma subsiste até hoje em dois ramos: a primeira faz parte da confederação Beneditina (beneditinos negros); a segunda é independente, mas rege-se igualmente pela regra de São Bento. Outra reforma importante foi a empreendida por São Juan Gualberto (†1073), que fundou os beneditinos de Valle Umbrosa, pelo lugar na Itália em que se construiu o primeiro mosteiro desta reforma; é igualmente, hoje em dia, uma congregação da confederação Beneditina. A reforma de S. Silvestre (1177-1267), fundou os beneditinos de Montefano, que subsiste também hoje como congregação associada à confederação Beneditina. A reforma do Beato Bernardo Tolomei (1272-1348) deu origem aos beneditinos de Monte Oliveto, hoje também parte integrante da confederação Beneditina.
Após agitados períodos da história, como a Reforma na Alemanha e nos Países Baixos; a expulsão ou execução de religiosos católicos pelo Rei Henrique VIII na Inglaterra; o período revolucionário na França e a decadência da disciplina nos mosteiros, ocorreu uma redução drástica da população de monges. Depois da Revolução Francesa, foi Dom Prosper Guéranger quem fez renascer a ordem beneditina em Solesmes a partir de 1833, na França.
Durante o transcurso da sua história, a ordem Beneditina sofreu numerosas reformas, devido à eventual decadência da disciplina no interior dos mosteiros. A primeira reforma importante foi levada a cabo por São Juan De Perez Lloma no século X; essa reforma, chamada cluniacense (nome proveniente de Cluny, lugar da França onde se fundou o primeiro mosteiro desta reforma), chegou a tomar um grande impulso a tal ponto que, durante grande parte da idade Média, praticamente todos os mosteiros beneditinos estavam sob o domínio de Cluny.
Os cluniacenses adquiriram grande poder econômico e político e os abades mais importantes chegaram a fazer parte das cortes imperiais e papais. Vários pontífices romanos foram beneditinos provenientes dos mosteiros cluniacenses (Alexandre II, 1061-73; S. Gregório VII, 1073-85; beato Vitor III, 1086-87; beato Urbano II, 1088-99; Pascoal II, 1099-1118; Gelásio II, 1118-19; et cétera).
Tanto poder adquirido levou à decadência da reforma cluniacense, que encontrou uma importante contraparte na reforma cisterciense, palavra proveniente de Cister, na França, onde se fundou o primeiro mosteiro dessa reforma. São Roberto de Molesmes, Santo Estevão Harding e São Roberto de Chaise-Dieu foram os fundadores da Abadia de Cister em 1098. Buscavam afastar-se do estilo cluniacense, que caíra na indisciplina e no relaxamento da vida monástica. O principal objetivo dos fundadores de Cister foi impor a prática estrita da regra de São Bento e o regresso à vida contemplativa.
O principal impulsionador dessa reforma foi São Bernardo de Claraval (1090-1153), que foi discípulo dos fundadores de Cister, tendo ingressado ali por volta de 1108. Foi-lhe encarregada a fundação da abadia de Claraval, da qual foi abade durante uns 38 anos, até sua morte. Bernardo de Claraval converteu-se no principal conselheiro dos papas e vários dos seus monges chegaram igualmente a ocupar a sede pontifícia. Bernardo predicou, também, a Segunda Cruzada. Ao falecer, levava fundados 68 mosteiros da sua ordem.
A reforma cisterciense subsiste até hoje como ordem beneditina independente, dividida igualmente em dois ramos: a Ordem Cisterciense da Comum Observância (O. Cist.) e a Ordem Cisterciense da Estrita Observância (O.C.S.O.), também conhecidos como Trapistas. Estes monges são chamados também "beneditinos brancos", devido à cor do seu hábito religioso, em contraste com os demais monges da Ordem de São Bento, chamados de "beneditinos negros".
Durante a idade Média, surgiram outras reformas importantes da ordem Beneditina. A de São Romualdo (†1027), que deu começo à Reforma Camaldulense. Essa reforma subsiste até hoje em dois ramos: a primeira faz parte da confederação Beneditina (beneditinos negros); a segunda é independente, mas rege-se igualmente pela regra de São Bento. Outra reforma importante foi a empreendida por São Juan Gualberto (†1073), que fundou os beneditinos de Valle Umbrosa, pelo lugar na Itália em que se construiu o primeiro mosteiro desta reforma; é igualmente, hoje em dia, uma congregação da confederação Beneditina. A reforma de S. Silvestre (1177-1267), fundou os beneditinos de Montefano, que subsiste também hoje como congregação associada à confederação Beneditina. A reforma do Beato Bernardo Tolomei (1272-1348) deu origem aos beneditinos de Monte Oliveto, hoje também parte integrante da confederação Beneditina.
Após agitados períodos da história, como a Reforma na Alemanha e nos Países Baixos; a expulsão ou execução de religiosos católicos pelo Rei Henrique VIII na Inglaterra; o período revolucionário na França e a decadência da disciplina nos mosteiros, ocorreu uma redução drástica da população de monges. Depois da Revolução Francesa, foi Dom Prosper Guéranger quem fez renascer a ordem beneditina em Solesmes a partir de 1833, na França.
Hábito
Na idade Média, os monges beneditinos usavam camisa de lã e escapulário. O hábito religioso ou vestidura superior é preto, pelo qual foram chamados de "monges negros", em oposição aos cistercienses, que usam túnica e escapulário branco e que são, por isso, denominados "monges brancos".
Ver também
Ordem religiosa
Ordem de Cluny
Clausura monástica
Abadia
Abade e Abadessa
Monge e Monja
Ligações externas
Ordem de São Bento (O.S.B.) (em inglês)
Mosteiro de São Bento de Singeverga
Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro
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