Pesquisa da Familia Vasconcelos

Pesquisa da Familia Vasconcelos



Pesquisa sobre a familia Vasconcelos
Por Luiz Henrique de Vasconcelos, Minas Gerais em 2010
de Vasconcelos Pesquisa sobre a família Vasconcelos.
Minha origem - Roma - Espanha - Portugal - Brasil (Vasconcelos) da Torre.
Dr. Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos
Descendente de;
Carlos Magno
Hugo Capeto
Fernando I de Leao e Castela
Guilherme I de Inglaterra
Afonso Henriques
fonte: Biblioteca Genealógica de Lisboa.

Nasceu a 28/12/l812, em Ouro Preto. Faleceu a 03/03/l863, no Rio de Janeiro, onde foi sepultado. Comendador da Ordem de Cristo e Oficial da Ordem da Rosa. Magistrado, Deputado Provincial de Minas Gerais, Deputado Geral, Senador do Império, Ministro da Justiça, Chefe de Polícia de Minas Gerais e da Corte, Presidente das Províncias de São Paulo e de Minas Gerais, esta por duas ocasiões, falecendo no exercício da Presidência.

Em 1ªs núpcias, a 27/08/1839, em São João Del Rey, casou com sua sobrinha Bernarda Balbina Pereira de Vasconcelos, que faleceu a 27/08/1857, em Petrópolis, filha de sua irmã Joana Jacinta Pereira de Vasconcelos e de José Raimundo Duarte, de cujo matrimônio nasceu uma única filha.

Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos (Ouro Preto, 28 de dezembro de 1812 — Ouro Preto, 3 de março de 1863) foi um magistrado e político brasileiro.

Era filho do Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, magistrado, historiador e Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo, e de D. Maria do Carmo de Sousa Barradas. Neto paterno do Coronel Jerônimo Pereira de Vasconcelos e de Ana Jacinta da Natividade Ribeiro. Neto materno do Dr. João de Sousa Barradas, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo. Era irmão do estadista Bernardo Pereira de Vasconcelos e do Visconde de Ponte da Barca Marechal Jerônimo Pereira de Vasconcelos.

Formado em direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo, foi senador do Império do Brasil (de 1858 a 1863) e exerceu os cargos de presidente das províncias de São Paulo, de 29 de abril de 1856 a 22 de janeiro de 1857 e de Minas Gerais, por duas vezes, de 22 de outubro de 1853 a 1856 e de 1862 a 1863, deputado geral, deputado provincial de Minas Gerais, juiz de direito, juiz de órfãos, chefe de polícia de Minas Gerais e da Corte (6 novembro 1850 a 24 abril 1853), Ministro da Justiça (4 maio 1857 a 12 dezembro 1858) no governo de Pedro de Araújo Lima, comendador da Imperial Ordem da Rosa e sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.


VASCONCELLOS

Para dizer um nome com muita história assim no Brasil e em Portugal, Vasconcellos Vasconso aparentemente diminuto (fonte Enciclopédia Luso Brasileira Word - Lisboa 1976), aparentemente, alguns bascos liquidadas no norte de Portugal e em tempo integral resultou em um feudal região, perto de Amares entre os rios Homem e escavado perto de Braga e Guimarães, no norte de Portugal, esta área ficou conhecida como o lugar de castelo, ou torre Cenreiro Vasconcellos e João Pires (que em Português significa teimoso de idade) em tempo integral Medieval falar lá em 1250 gostaria de acrescentar às suas Joao Pires de Vasconcellos por essa torre de ser filho de Pedro Martins da Torre, aparentemente desciendente Kings of Leon Ramiro III, Sancho Garcia, Dom Fruela, os residentes do Norte de Portugal e Sul da Galiza.

O Grande Dicionário Histórico de José e Volume Casadevante Miravel VIII | 1753 (Biblioteca de Salto), publicado em Paris, disse que Vasconcellos é "antiga e ilustre casa em Portugal, com um tronco como Pedro Conde de Barcellos foi conde Cabreira Osorio filho ou neto Rodrigo Velloso e Ribeira senhor Cabreira, filho de Sancho sobrenome e incestuosas filho ilegítimo é acreditado e garante Ramiro III de Leão reino .... entre 966 e 984) ", outros apontam para a origem em Dom Fruela I (d. em 768) Rei das Astúrias e Leão e A Historical Research Center (empresa em Inglês). O Grande Dicionário Histórico também citou Vasconcellos diz que alguns estão enraizados no Afonso filho ilegítimo de Cascais de João, filho de Pedro I (1357-1367) ea bela Inês de Castro, é o mesmo trabalho destaca a presença de numerosos ramos que Vasconcellos Contar o caso cairia Cabreira Ossorio de Ramos citou: dos senhores de Figueiró e Pedrogam, os Comandantes e Castellanos Vasconcellos Ribeiro de Pombal, a de Vasconcellos Esporam, os senhores da Vidigueira substituição.

Para obter mais informações, eu recomendo o site da Família características lLinks Vasconcelos incluindo várias e interessantes escudos heráldicos utilizado por Vasconcellos, também o site do Português Francisco de Vasconcelos disse que embora algumas dez Sangue nao "um ping juntos "traz informações interessantes.

sobrenome Vasconcellos foi militar, santos católicos, vice-reis do Brasil, os governadores do Rio de Janeiro, marinheiros, historiadores, religiosos, científicos, condes, Visconde de pessoas de profissões diferentes, algumas que entraram para a história como personagens do bem e outras nem tanto.

adjudicação Musical é moderna em Portugal, o nome da planta e sobrenome de novelas como Celebridade-Brasil

Vasconcellos O solar está localizado na freguesia de Ferreiros, do Conselho de Amara, Portugal distrito de Braga.

O casaco mais popular tem preto, vermelho e prata com um leão heráldico no ringue. Armas Vasconcellos apareceu pela primeira vez em 1284 em um selo do Bispo de Lisboa

Na história do meu país, o Uruguai é a presença do governador mais popular de Colonia del Sacramento Pedro de Vasconcellos, eo compatriota política do autor destas páginas Dr. Amilcar Vasconcellos.

Segundo a história do Uruguai, Fernando O. Assunção artigo publicado no panfleto da Casa de Portugal em Montevideu com a presença Português no Uruguai (1995), na sétima etapa veio ao nosso país diferente Luso-Brasileira famílias pela "fronteira seca" eo autor diz que as árvores da família das bases importantes, como Brum, a Terra, o Saravia, Ferreira, Vasconcellos, etc

Enquanto em Portugal e no Brasil é um nome bastante comum, basicamente temos uma presença no Uruguai, em Montevidéu, Artigas (embora haja alguns registros Família Procurar em Salto, Fray Bentos e Tacuarembó.

Minha família, em particular se espalha suas raízes com o acima mencionado de Basconcelos Marcelino cujos descendentes casados com famílias de gaúchos e se estabeleceram no norte do Uruguai, obviamente, as atividades agrícolas, em especial à criação de gado, atividade que ainda permanece como chefe de família familliares Vasconcellos poucos.

Na literatura famoso jogo de Gaúcho "A Cruz Maragata" obra de Francisco Pereira termina com o seguinte parágrafo "No antigo cemitério da pequena cidade Capitão Manuel Antonio Meneses e Vasconcelos e Gonçalves de Azambuja Doar Januária, Palmiero e descanso Miguela sempre na sombra do Cruzeiro da Paz, como o tempo maragata cruz comprometeu-se a final a página 2 130-Romance revolução gaúcha Literatura de 1893.

VASCONCELLOS ALGUNS DESTAQUES DO MUNDO AS DIFERENTES FONTES -----(: luso-brasileira PALAVRA ENCICLOPÉDIA 1977, VOL XX Enciclopédia Internacional DICIONÁRIO ambos encontrados na biblioteca do Quaraí, da Internet, TV, etc.)

Alberto Ossorio de Vasconcellos (1842-1881) político, jornalista nascido em Lisboa (Portugal)

António Garcia Ribeiro de Vasconcelos (1860-1941) historiador, educador, teólogo, padre, filósofo, humanista, crítica arqueólogo, etc-Portugues (nascido em San Paio Gramacos).

Pedro Antonio Vasconcelos nasceu em Leiria - Portugal 1939 ensaísta de cinema, e ator de TV

Padre Bernardo de Vasconcelos, Português poeta místico beneditina (1902-1932), sacerdote

Bernardo Pereira de Vasconcelos. Brasileira ministro Politico (1795 Ouro Preto RJ-1850)

Diogo Vasconcelos Mendes: Português Inquisidor, Humanista (1523-1599 Evora)

Ernesto Carvalho de Vasconcelos: Almirante, geógrafo Português (1852-1930)

Teles de Meneses Florido Critical Art Vasconcelos Português (n 1920 Porto) - O historiador e filósofo também

João Carvalho Vasconcellos: Licenciatura na agricultura, genética e botânica Portugues (1857-1972)

Joaquim de Vasconcelos: Historiador e escritor

Jorge Croner de Vasconcelos: Compositor, pianista Português (Lisboa, 1910-1974)

Jorge Ferreira de Vasconcelos, dramaturgo Português (1515-1585), secretário do Tesouro ea Casa da Índia, nacionalistas e anti-ibérico

José Augusto Amaral Frazão de Vasconcelos, e Jornalista (Portugues de Lisboa 1889-1970), Estudo de historiador sobre a História da Overseas Marine Discovery Genealogia e Heráldica.

Joaquim José Soares de Vasconcelos Barros: Portugues Científica (1721-1793)

José Leite de Vasconcelos, etnólogo, filólogo Português (1858-1941) é a questão fundamental do autor como a Portugal e Português, escreveu mais de 300 livros. , Também médico.

José Mauro de Vasconcelos, escritor brasileiro (1920-1985) Nascido no Rio de Janeiro, descendente de indígenas e Português bananas Loader, boxer, pescador, professor, autor de vários livros como Laranja minha planta Lima (Meu Pé de Laranja Lima), Rosinha minha canoa, Marea Baixa, sentimental, simples, inteligente e alegórico são personagens que definem este escritor.

Luis Mendes de Vasconcellos: militar e político Português governador de Angola entre 1617 e 1621.

Mário Cesariny de Vasconcelos, poeta Português N. 1823 Lisboa

Antonio Paulino Cabral de Vasconcelos: Abad Fazenda

Ruy Mendes de Vasconcelos: O Cavaleiro XVI s portugues

Ruy Mendes de Vasconcelos (1618) Noble, mordomo da rainha Margarida da Áustria.

Simão de Vasconcelos: cronista dos jesuítas do Brasil (Porto n 1590 - m no Rio em 1671)

Miguel de Vasconcelos e Brito, político Português (1590-1640) foi assassinado pelo povo Português acreditamos que impiedoso e sempre favorável ao governo espanhol e do Conde de Olivares.

Cesar Augusto Correa de Almeida Vasconcelos: Cirurgião e diplomata Português (1867-1959), ex-ministro e embaixador em Londres.

De Ornellas Vasconcellos, o diplomata Português (1836-1891) nasceu no Funchal e morreu na Alemanha.

Agostinho Manoel de Vasconcellos: Hidalgo e escritor Português (1584-1641) Advogado.

Antonio de Vasconcelos, escritor Português (1555-1622)

Antonio Augusto de Vasconcellos: brasileiro naturalizado Juiz Maranguape Ceará (1852)

A. Moreira de Vasconcellos: Brazilian actor dramático n Rio de Janeiro em 1861.

Ornellas de Vasconcelos Ayres: Prelado Português (Madeira 1827-1880)

Bartholomeu de Vasconcelos, s Jesuíta Português XVIII

Carolina Michaelis de Vasconcelos: filólogo, escritor, historiadores, cientistas, escritores nascidos em Berlim (Alemanha) 1851.

Diogo Mendes de Vasconcellos: Latim Português (1523-1599), historiador e arqueólogo teólogo.

Francisco Botelho de Moraes Vasconcelos, poeta Português (1670-1747)

Francisco de Barros Accioly de Vasconcellos, e escritor brasileiro Militar (n Alagoas 1847) lutou na Guerra do Paraguai.

Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos, brasileiro Politico (Vila Rica n 1812 - | 863)

Jacinto Augusto de Santa Ana Vasconcellos: Visconde das Nogueiras escritor Português (1824 - morreu nos EUA, onde ele era diplomata)

Padre João de Vasconcelos. Jesuíta português (1592-1661)

Joaquim de Freitas Vasconcelos: Gaucho jornalista brasileiro (1835-1896)

José Pinheiro de Vasconcelos brasileira, o juiz Joaquim em 1788 n

José de Almeida Vasconcelos, os diplomatas brasileiros no Uruguai (d. 1903)

José Joaquim Soares de Barros e Vasconcellos: Matemática e escritor Português (1721-1793)}

Manoel de Macedo Pereira de Vasconcellos: Orador, poeta nascido em Colônia do Sacramento (Uruguai) (1721-1790)

Mem Rodrigues de Vasconcelos: O Cavaleiro tempo lusitano João I nasceu em Alcácer do Sal

Zacarias e Goes e Vasconcellos: Politico Brasil 1815-1877) Advogado (.

Guilherme de Vasconcelos Abreu: orientalista, militar, Português, escritor geográfica (1842-1907)

Antonio de Menezes Vasconcellos Drummond: Brasil Politico (1794 Paris-1865)

Antonio Pedro de Vasconcelos>: Governador Português de Colonia del Sacramento (actual Uruguai), este brigadeiro permaneceu na presidência durante 20 anos e estar em vitória por 22 meses, as forças de cerco foram superiores às deles (4.000 índios e 1.000 contra 527 em espanhol Lusitano).

Diogo de Vasconcelos, historiador brasileiro, escreveu, entre outras obras História de Minas Gerais

Castanheda de Vasconcellos Jerome: Capitão Cadeia de São Pedro do Rio Grande do Sul (1743)

Amilcar Vasconcellos: políticos, advogados, professores, escritores, Uruguai, Artigas Ministro nascida em 1915, morreu em Montevidéu, em 1999, denunciou o golpe de 1973, o famoso livro: "Amargo fevereiro." Candidato a Presidente da República (2 oportunidades)

Hector Vasconcellos: Família de ex-políticos artiguense, uma rua homenageia hoje.

Electicia Vasconcellos: professor, advogado, educador, escritor, nascido em Artigas irmã Amilcar.

Alma Vasconcellos: Poeta, com muitos versos, o Carnaval de Montevidéu.

Jerônimo Ornellas de Meneses Vasconcellos: Ilha da Madeira Natural casado com uma paulista de Leme, patriarca Lucreica, um dos primeiros habitantes do Rio Grande do Sul e ancestral das cordas.

Teofilo Otoni Torronteguy Vasconcelos: Historiador brasileiro

Dom Frei Felício da Cunha Vasconcelos (1904) sacerdote que é chamado Vila Vasconcelos, perto de Porto Alegre.

Antonio de Figueiredo Vasconcelos: caravelas Capitão na luta contra os holandeses em 1632.

Mariscal José Castelo Branco e Cunha Vasconcelos Correa. Conde de Figueira.

José Gomes de Vasconcellos: Farrapo médico do Gaúcho irmão Revolução, que é um dos Presidentes da República Piratini.

Jerome Vasconcellos Jardim: antepassado do comandante militar de Uruguaiana Vasconcellos

: Luis de Vasconcelos: vice-rei do Brasil S XVIII embelezado Rio de Janeiro (1740-1807)

Guevara Vasconcelos, Governador da Venezuela 1809.

Silvio Da Silveira Vasconcelos, filósofo brasileiro (1851-1914)

Ernani Vasconcelos, renomado arquiteto brasileiro

Constantino Vasconcellos: Portugues que desenvolveu planos para o Convento de San Francisco de Lima (Peru), engenharia e arquiteto do estilo barroco.

José Teixeira da Fonseca e Vasconcellos: Visconde de Caeté-Brasil (1767-1838).

José Teixeira de Vasconcelos: Barão de Maraú (1798-1873)

Joseph Smith de Vasconcelos (1817 -1910 Paris Lisboa) fidalgo cavaleiro da casa real.

Rodolpho Smith de Vasconcellos (Fortaleza 1846 -) Barão co-autor do Brasileiro Nobreza Arquivo.

U. S. senador John Vasconcellos da Califórnia (com várias páginas da web)

Joe Vasconcellos: Pop Singer Chile para o Brasil.

Jaguar de Vasconcellos: Olympique de Marselha histórica campanha de 1937 Futebolista.

Renata Vasconcellos: Jornalista da TV Globo do Brasil.

Zé Vasconcellos: O comediante brasileiro

"Suplemento" Vasconcellos: rock brasileiro.

António Pedro Vasconcelos: Escritor Português adjudicação diretor de cinema de San Sebastian, em 1999.

José de Vasconcelos, filósofo mexicano (1882-1959) Ministro da Educação, candidato à Presidência em 1929, muitas obras como "Cosmic Race", "Prometeu Vencedor", "Pitágoras".

Luis de Vasconcelos e Souza: Terceiro Conde de Castelo Melhor, Português de Portugal lutou pela independência entre 1662 e 1667

Augusto de Vasconcelos, Primeiro-Ministro Português (1867-1951)

Dona Francisca de Vasconcelos: casada com o rei das Maldivas mãe do rei D. Filipe deles.

José Miguel de Vasconcelos, Barão Parang Brasil.

Mendes de Vasconcelos, 1511 navigator Português que chegou a Goa em 1512, foi enforcado por ter sido considerado um traidor de seu país.

Miguel de Frias e Vasconcellos: XIX s Federalista Politico Brasileiro

Doroteo Vasconcelos, presidente de El Salvador em 1848.

Hector Cruz Vasconcellos: Concedido jornalistas mexicanos.

Lopo Mendes de Vasconcelos: Cavallero la Casa Real de Portugal da Gama, irmão de-basca.

João Leite de Vasconcellos: escritor, cientista, arqueólogo Português estudar os mistérios da tablilas de Glozel.

Martha Vasconcellos, Miss Universo 1968 radiante loira, que nasceu na Bahia - Brasil.

Jarbas Vasconcellos: Politico Recife Brasil elegeu governador em 1994.

Sebastião Vasconcellos: Cinema e TV do ator, participando de várias novelas do Balão Vermelho.

Pedro Vasconcelos: Também ator da TV Globo.

Naná Vasconcelos: percussão reconhecida de brasileiros vivendo em Nova York.

Vasconcellos preparador físico Moracy Santana, da equipe campeã nacional brasileira na Copa do Mundo EUA 1994.

Salomao Vasconcelos: O historiador e escritor s XVIII brasileiro.

Vários Senhores (Carrazedo Lobios, Mafra, etc), Morgan, Visconde (Gouveia, Sousel Proença Velha etc a), Marquês (Ponte de Lima, Reriz, Montebelo, etc), Contagem (Calheta, Mossâmedes, Óbidos, etc ) Barons (Peñalba, Albufeira, Ponte da Barca, etc), levou o VASCONCELLOS sobrenome.

Também a famosa telenovela brasileira para a Rede Globo VASCONCELLOS citar o nome, exemplo disso é o recente "Celebridade" com a família que é proprietária da empresa responsável pelo chamado espaço vital, de modo e caráter Fama Beatriz Vasconcellos (filha do Dr. Lineu Vasconcellos morto no início a novela e cuja morte é a ficção grande mmistério que move a peça do início ao fim.)

VASCONCELLOS LOCAIS

Vasconcelos: Localização, perto de Braga - Portugal.

Ferraz de Vasconcelos Brasil.: Cidade do Estado de São Paulo -.

Diogo de Vasconcellos: Situação em Minas Gerais, Brasil, perto de Ouro Preto.

Carlos de Vasconcelos: Situação perto Uberlândia - Minas Gerais, Brasil

Ponta Vasconcelos. Situação na Guiné-Bissau

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Discurría el año del señor de 1065, el gran Rey Fernando I, de Castilla,
aquel cachorro hijo del Rey Sancho el Mayor de Navarra, el cual casara con Sancha de León, la deseada, por ser poseedora esta del reino más antiguo de las Españas, con raíces Visigodas, de Suevos, de Gascuña, y de la cuna franca, de aquel Rey Clodoveo que en Reims se coronara, con el casamiento Sancha y Fernando se gesto lo que hoy es España, pero negros nubarrones se cernían en su cama, el Rey Fernando moría, el reino se desmebraba, pues repartía el reino que trabajo unir costara, a Alfonso dona León, a Sancho Castilla entrega, a García dio Galicia, y Urraca y Elvira sin nada, Urraca
que era la mayor sin hablar no se quedara, con tremendo desazón a su padre
suplicara.

A Alfonso disteis León, con Asturias y Sanabria, a Sancho Castilla la bien
nombrada, a García con Galicia, y Braganza la altozana, su ánima quedo
tranquila y la mía alterada, y a mí que soy vuestra hija me olvidáis cuan a
una rata, si hasta vuestro hijo bastardo Arzobispo lo nombrarais, primado
de las Españas Cardenal es del Papa, y a mi y a mi hermana nada, el Rey con
medida voz a su hija replicará, calledes hija calledes, no digáis tal
palabra, que un rincón de mi León yo os reservaba, Zamora tiene por nombre,
Zamora la bien cercada, de un lado la cerca el Duero, del otro Peña tajada,
del otro la morería, es mi ciudad mas preciada, quién os la tomare hija, la
mi maldición le caiga, todos dijeron amén, menos Sancho que se calla, a su
pequeña Elvira el Señorío de Toro dejara, y hasta el fin de sus vidas ambas
lo disfrutaran, y por ello el Rey les pidió que nunca fueran casadas.

Así después de la muerte de este gran Rey, comienza la épica historia
zamorana, la ambición de Sancho I le hace ponerse en marcha y al frente de
sus tropas se pone en camino, primero despoja a Alfonso, posteriormente se
dirige a Galicia, de donde García echara, después se fue hasta Toro y a
Elvira si señorío la dejara, consumada en su mayor parte la villanía, hacía
Zamora sus tropas se dirigen, sabía el Rey Don Sancho que le falta la tarea
mas difícil, expulsar a Urraca, ya Zamora se divisa su corazón se agitaba,
pronto serás mía, en su interior gritaba, que iluso este rey era, la ciudad
esta fortificada, con altos muros y enseñas toda ella circundada, un temblor
recorre el cuerpo del ambicioso monarca, en su interior presentía la derrota
mas sonada.

Que rabia le consumía ante la ciudad cercada, no veía el medio de franquear
sus murallas, dándole vueltas a la idea, decide mandar a su lugarteniente y
primo Rodrigo Díaz de Vivar en Embajada, sabia este que a su hermana él
amaba, así con bandera blanca y el corazón en un ascua, traspasa Rodrigo los
muros que de ella lo separaban, que hermosa que estaba la Reina en su dosel
sentada, a su lado sus hermanos la acompañaban, sus palabras no salían de su
boca, el silencio lo mataba, con el corazón ardiente Rodrigo habla, señora
muy amada, por nuestros juegos de niños, os suplico que abandonéis la
plaza, la reina con voz muy dulce, pregunta quién lo manda, vuestro hermano
Sancho quiere para él vuestra la ciudad, decid a mi hermano que nunca la
lograra y mi sangre si es preciso las calles ha de regar, dicho esto la
Reina abandona la estancia, y Cid con triste caminar se da la vuelta y se
marcha.

El Rey Sancho había levantado su campamento a unos dos kilómetros de Zamora
en el camino de Benavente, y desde allí el mismo dirige el cerco, el cual
se prolonga por varios meses,( por algo llamaban a la ciudad de Zamora, La
Señora bien cercada, siete muros protegían a la ciudad deseada, así pasan
los días y no conseguía nada).

Los habitantes de Zamora estaban ya agotados, después de siete meses de
cerco, las reservas de comida se terminaban, por ello después del consejo
del Reina, un gallego que aquí moraba, Bellido Dolfos el se llamaba, hijo de
Dolfos Bellido, abandona bruscamente el consejo, piensa como librar a la
ciudad del cerco, y a media noche saliendo por un por una pequeña puerta se
encamina al campamento del Rey, y diciendo que trae noticias de un postigo
por el cual pueden entrar, es conducido a presencia del Rey, el cual sin
atender a sus consejeros decide ir a ver el dicho postigo, a la caída de la
noche emprende el camino hacía Zamora.

Lo que estos no saben, es que son seguidos por los primos del Rey, Rodrigo
Díaz de Vivar y Diego Ordóñez, en silencio detrás de ellos caminan, con los
caballos embozados para no hacer ruido, ya en las cercanías y en el espeso
bosque, al Rey le entran ganas de hacer sus necesidades mayores, y no
aguantando mas, ruega a Bellido que le sujete su lanza mientras el descarga
su cuerpo de la necesidad, un pensamiento cruza por la mente del militar y
lo lleva al efecto, se vuelve y con la lanza en posición de ataque, embiste
al pardillo del Rey que ocupado en defecar no apercibe lo que se le viene
encima, siente un silbido y un dolor agudo traspasa su pecho, las fuerzas
le abandonan y cae en suelo como muerto.

Con su misión cumplida, Bellido emprende la huida, la ciudad esta próxima,
Rodrigo y Diego Ordóñez oyen el quejido del Rey, apresurando sus pasos
llegan donde desvanecido esta, vive clama Ordóñez, el Cid viendo a Bellido
escapar sale rápido en su persecución, pero espuelas no llevaba y clama con
emoción, maldito sea el caballero que sin espuelas cabalga, Bellido con gran
rapidez entra en la ciudad por la puerta de Santa Columba, la cual una vez
el ha entrado se cierra bruscamente.

El Rey es llevado a su campamento, nada mas postrarlo en su tienda queda
muerto, el dolor exaspera a los primos del Rey, los soldaos claman venganza,
desde la ciudad oyen los alaridos y comprenden que algo malo ha pasado, han
asesinado al Rey, al enterarse la Reina cae desvanecida en brazos de su
hermano García.

Al recuperarse se siente desfallecer, malo era su hermano, las leyes
desprecio y prevarico, pues el testamento de su el nunca cumplió, pero el
dolor que sentía el pecho le traspasó, en los muros exteriores Ordóñez así
gritaba, yo reto a los zamoranos por traidores fementidos, y con ello reto a
los muertos y a los vivos, a los pequeños y grandes y a los que están por
engendrar, ante tantas ofensas Arias Gonzalo y sus hijos aceptan el desafió,
será en el campo de la verdad.

En dicho combate murieron los dos hijos mayores del Gobernador de Zamora
Arias Gonzalo, viéndolo este desde, se apresta a bajar al campo de las
justas, a lo que la reina ya recuperada se lo quiere impedir, a lo que le
responde que tiene que limpiar el honor de su ciudad, y montando su caballo
sale por la puerta del mercadillo, en esto llega Rodrigo Díaz de Vivar y le
dice donde vais anciano, a lo que responde a luchar por el honor de Zamora y
de su Reina, a lo que el Cid le contesta, Vuestro honor y el de Zamora ya
están limpios, las lagrimas brotan a raudales de los ojos del noble
gobernador y rompiendo en sollozos clama, Bendito sea el Señor mi Dios, la
verdad siempre resplandece.
Urraca of Zamora, Infanta of CastileTranslation
Urraca of Zamora, Infanta of Castile
Doña Urraca, Lady of Zamora, Infanta of Castile (1033/1034 – 1101) was an 11th century Spanish princess at the time of El Cid and the Spanish reconquista. She was a real-life historical figure whose story was romanticized in the "cantar de gesta" "Song of the Cid", and the Chronicle of the Cid.

Life

Urraca, Lady of Zamora, was one of the five children of King Ferdinand I ("the Great") of Castile, Spain. Before his death in 1065, Ferdinand divided his widespread conquests in central Spain between his five children, charging them to live at peace with one another. Ferdinand's oldest son Sancho II of Castile (the Strong); received Castile and the tribute from Zaragoza; Alfonso VI (the Brave) received León and the tribute from Toledo; and García received Galicia. His daughters, Elvira and Urraca, received Toro and Zamora respectively.

Sancho however resolved to rule over his father's entire kingdom and made war on his siblings. By 1072, Sancho had overthrown his youngest brother Garcia, and forced his other brother Alfonso to flee to his Moorish vassal city of Toledo. Toro, the city of Sancho's sister Elvira, fell easily. But in a siege of Urraca's better-defended city of Zamora, King Sancho was stalled, and was then mysteriously assassinated on October 7, 1072. It was widely suspected that the assassination was a result of a pact between Alfonso and Urraca. The Chronicle of the Cid, purportedly written by one of the Cid's followers, states that the assassin was a nobleman of Zamora, who then received sanctuary in the city. The chronicle is careful not to place any direct blame on Alfonso or Urraca, just as it takes pains to stress that the participation of the Cid at the siege of Zamora was involuntary and supposedly forced on him by King Sancho.

The Castilian nobility, however, were highly suspicious of both Urraca and Alfonso, and maintained the siege of Zamora for a period after Sancho's death. In the absence of Sancho, however, their siege was pointless. According to the chronicle, the guilt of Zamora was decided by a trial by combat, which proved inconclusive. Urraca sent summonses to the nobles of Sancho's dominions, calling on them to gather, and Alfonso was grudgingly acknowledged as heir to all of the Castilian realm as well as León. Suspicion, however, remained and, led by the Cid and a dozen "oath-helpers," the nobles forced Alfonso to swear to his innocence publicly in front of St. Gadea's Church in Burgos. From this incident dated Alfonso's later antagonism to the Cid.

The Chronicle of the Cid states that in his early years as King, Alfonso followed Urraca's advice in all respects. There were even rumors of an incestuous relationship between the pair. Urraca maintained her rule over Zamora following Alfonso's succession to the Castilian throne. In her later years she gradually gave up her governing duties, finally retiring to a monastery in Leon, where she died in 1101. She is interred in the Chapel of the Kings at the Basílica of San Isidoro of León.

Following the death of his son, Sancho, fighting Muslim forces, Alfonso VI was eventually succeeded by his daughter, Queen Urraca of Castile.

She was married to García Ordoñez, El Cid's nemesis, and had two sons, Osorio García, Count of Cabrera, who married to Sancha Moniz and had issue, and García Ordoñez, Count of Nájera. [http://www.geneall.net/H/per_page.php?id=200318]

Literature and Film

In the poetic legend, Dona Urraca is the wronged "infanta", watching Sancho and the Cid despoil her lands from the battlements of her castle shortly before Sancho is murdered. Her brother Alfonso is her loyal and chivalrous defender.

The Hollywood film "El Cid" largely follows the narrative of the Chronicle and the poetic epics, however it omits the story that Urraca and Rodrigo grew up as close companions in Zamora. For some reason the film wrongly makes Urraca the ruler of Calahorra, rather than Zamora. Urraca is portrayed by the French actress Geneviève Page.

External links

* [http://www.hti.umich.edu/cgi/p/pd-modeng/pd-modeng-idx?type=header&id=SoutRChron Southey's translation of the Chronicle of The Cid]
* [http://genealogy.euweb.cz/iberia/iberia7.html Genealogy]




Por fin había terminado el cerco, que duro siete meses y seis días, la Reina
en la puerta del su palacio esta, a ella se acercan sus primos Rodrigo y
Diego Ordóñez, la Reina rompe a llorar, en ese preciso instante las campanas
empiezan a doblar, y formándose una gran procesión, emprenden el camino
hacia el campamento donde yace muerto el Rey Sancho, y llegando al lugar, la
Reina manda levantar una cruz, sobre un menhir céltico que allí estaba, como
recuerdo perpetuo de la muerte de su hermano y en el lugar que el lanzazo le
dieran, otra cruz hay que poner y la fecha en ellos grabar, 6 de Octubre de
1072.

La Reina llora junto al cuerpo de su hermano, a ella acuden los recuerdos,
su hermano era bueno pero la ambición le cegó, y formando un gran cortejo
hacia Zamora partió, las gentes van suspirando, las zanfoñas tocan ya, junto
a las gaitas sonoras mezclados sus ritmos van, y en Zamora estuvo unos días
hasta que partió hacia el monasterio de Oña donde se le sepulto, y aquí
termino esta historia, que en nuestra ciudad sucedió, hubo torneos y odios,
pero la ley se cumplió, Urraca murió de Reina, en su ciudad se la amó.


" 15 de octubre de 1116 - . . . Yo, la reina Urraca y el abad de San Facundo, Don Domingo, hemos venido en determinar que sea la villa de San Facundo cuño regio de León y de Castilla.- Confirmado tres años después por el emperador Alfonso VII mediante escritura fechada el 09-10-1119.- Esta moneda solamente tendría vigencia por un año - de San Miguel a San Miguel, 29 de septiembre - si es que de su cuño se siguiese molestia o perturbación alguna para la abadía.
Esta moneda estuvo circulando largos años, pues en 1146, todavía era moneda comercial y financiera ".

(1033-1101), hija primogénita del rey Fernando I de Castilla y León y de doña Sancha, tuvo cuatro hermanos más. Sancho II nació en 1037 y sucedió a su padre en el trono de Castilla. Doña Elvira ostentó el titulo de Señora de Toro. Alfonso VI nació el 1040 siendo rey de León desde la muerte de su padre y don García nació en 1042 reinando en Galicia.
Según la tradición su niñez la pasó en el Palacio de Arias Gonzalo, para años mas tarde convertirse en la madrina de armas del Cid, acto en el que fue éste nombrado caballero, sobre el año 1060, en la iglesia de Santiago de los Caballeros. Estuvo casada con Alfonso el Batallador.


Firmas de Doña Urraca

A la muerte del rey Fernando I, ocurrida el 27 de diciembre de 1065, sus hijos varones le sucedieron en los territorios que aquél le había atribuido, y tras la muerte de su madre, Sancho II despojó del trono a sus dos hermanos y se enfrentó a su hermana Urraca en Zamora, convirtiéndose esta plaza en un foco de resistencia frente al rey Sancho y los castellanos.
Cercada la ciudad desde el día 4 de marzo de 1072 y tras varios meses de asedio, la contienda acaba con la muerte de Sancho II el 7 de octubre de 1072 a manos de Bellido Dolfos, según las crónicas, motivado por el amor que profesa a Doña Urraca, proclamándose rey Alfonso VI.
Doña Urraca era ocho años mayor que su hermano Alfonso y sentía por él una predilección fraternal, hasta el punto que Alfonso la estimaba como madre haciéndose consignatario de sus sabios consejos.
Lentamente fue retirándose de las tareas de gobierno, dedicándose a engrandecer y dotar diversos monasterios e iglesias, entre ellas la nueva de San Isidoro de León, recogiéndose finalmente en el monasterio de San Facundo de Sahagún, hasta el final de sus días en el año 1101, siendo enterrada en el Panteón de los Reyes del templo de San Isidoro.
Según juicio de varios historiadores Doña Urraca poseía un gran don de gobierno ligado a una profunda honestidad, prudencia, sabiduría y otras grandes virtudes que la hicieron muy respetada en el reino de León.
A finales de la Edad Media se extiende por todo el reino de León la fama de santidad de Doña Urraca atribuyéndole una serie de milagros.
Su tumba, como la mayor de las del Panteón de los Reyes fue saqueada y destruida por los franceses durante la Guerra de la Independencia. El resto de los testimonios materiales que en su mayoría han desaparecido quedando el palacio de Doña Urraca como la más interesante referencia a la vida de la Reina


DOÑA URRACA


Aunque nacida en León en el año 1033 gran parte de su vida la pasó vinculada a Zamora.

Hija primogénita del rey Fernando I de Castilla y de León y de doña Sancha, tuvo cuatro hermanos más. Sancho II nació en 1037 y sucedió a su padre en el trono de Castilla. Doña Elvira ostentó el título de Señora de Toro. Alfonso VI nació en 1040 siendo rey de León desde la muerte de su padre y don García nació en 1042 reinando en Galicia.

Según la tradición su niñez la pasó en el Palacio de Arias Gonzalo, para años más tarde convertirse en la madrina de armas del Cid, acto en el que fue éste nombrado caballero, sobre el año 1060, en la iglesia de Santiago de los Caballeros.

A la muerte del rey Fernando I, ocurrida el 27 de diciembre de 1065, sus hijos varones le sucedieron en los territorios que aquél le había atribuido, y tras la muerte de su madre, Sancho II despojó del trono a sus dos hermanos y se enfrentó a su hermana Urraca en Zamora, convirtiéndose esta plaza en un foco de resistencia frente al rey Sancho y los castellanos.

Cercada la ciudad desde el día 4 de marzo de 1072 y tras varios meses de asedio, la contienda acaba con la muerte de Sancho II el 7 de octubre de 1072 a manos de Bellido Dolfos, según las crónicas, motivado por el amor que profesa a Doña Urraca, proclamándose rey Alfonso VI.

Todos estos acontecimientos, aunque envueltos en leyenda y poesía, han sido bien conocidos, ya que forman parte del ”Romancero” que de este modo constituye una magnífica crónica sobre la gesta del Cerco de Zamora.

Doña Urraca era ocho años mayor que su hermano Alfonso y sentía por él una predilección fraternal, hasta el punto que Alfonso la estimaba como madre haciendose consignatario de sus sabios consejos.

Según diversos documentos antiguos de la hermandad, Doña Urraca, dolida por la muerte de su hermano, fundó la cofradía de Nuestra Señora de San Antolín o de la Concha, con la obligación de asistir una vez al año al lugar donde había fallecido Sancho II a rezar un responso; lo que se sigue haciendo en la actualidad cada mañana del lunes de Pascua de Pentecostés en la romería de la virgen de la Hiniesta.

Lentamente fue retirándose de las tareas de gobierno, dedicándose a engrandecer y dotar diversos monasterios e iglesias, entre ellas la nueva de San Isidoro de León, recogiéndose finalmente en un monasterio leonés hasta el final de sus días en el año 1101, siendo enterrada en el Panteón de los Reyes del templo de San Isidoro.

Según juicio de varios historiadores Doña Urraca poseía un gran don de gobierno ligado a una profunda honestidad, prudencia, sabiduría y otras grandes virtudes que la hicieron muy respetada en el reino de León.

A finales de la Edad Media se extiende por todo el reino de León la fama de santidad de Doña Urraca atribuyéndole una serie de milagros.

Su tumba, como la mayor parte de las del Panteón de los Reyes fue saqueada y destruida por los franceses durante la Guerra de la Independencia. El resto de los testimonios materiales en su mayoría han desaparecido quedando el palacio de Doña Urraca como la más interesante referencia a la vida de la Reina.





La reina Urraca de León y de Castilla fue la primera mujer que ejerció de forma efectiva el papel de reina “propietaria” en España (entendiendo España como el territorio ocupado por los distintos reinos cristianos ibéricos durante la Edad Media, de la misma forma que entendieron este concepto los que vivieron esa época), y se trata de un personaje verdaderamente insólito en la Historia del medioevo hispánico, por su condición femenina y por la incidencia que tuvo en los hechos históricos de su época como por las controversias que su persona ha generado después. Sufrió el maltrato físico y psíquico de su marido e incluso de sus súbditos, pero demostró también una fuerza y una determinación indomable que la llevo a ser de nuevo maltratada por al Historia.

En purita verdad no fue la primera, pues su abuela Sancha fue reina “consorte” de Castilla (merced a su matrimonio con el segundo hijo del rey Sancho de Navarra: Fernando, a quien el rey navarro le dio como dote el condado de Castilla, que pertenecía a su mujer la condesa Muniadona Sánchez, y los territorios usurpados al reino de León entre el Pisuerga y el Cea, con el título de reino de Castilla, convirtiéndose así, en 1032, en los primeros reyes castellanos), y además reina “propietaria” de León tras la muerte sin descendencia de su hermano, el rey Bermudo III (guerreando con Fernando I de Castilla, precisamente). Pero no llegó a ejercer de forma efectiva el reinado ya que fue su marido Fernando I el ungido y coronado como rey de León en 1038. Con este pequeño botón queda claro el monumental lío existente entre las familias reinantes de León, Castilla y Navarra, y, a través de esta última, también con Aragón.

Pero esto es baladí con el guirigay que se monta unos años después tras la,… Pero volvamos al tajo y a nuestra Urraca. Contaba nuestra reina entre sus bisabuelos con un rey de Navarra, un rey de Aragón, una condesa de Castilla y un… ¡rey de Francia! Por pedigrí que no falte y teniendo como modelo a su padre, Alfonso VI, no debían faltarle ni mala leche ni una libido desenfrenada. Baste recordar que entre otras lindezas su padre tuvo cinco esposas legales (Inés de Aquitania, Constanza de Borgoña, Isabel de Francia, Berta de Toscana y Beatriz de Este), otra que no se sabe muy bien si fue concubina o esposa legal (Zayda, hija del rey moro de Sevilla, llamada Isabel tras el bautismo) y un número incierto de amantes entre al que destaca Jimena Núñez, (eso sin contar los escarceos de un solo día que en su vida tan azarosa no debieron ser pocos); y respecto a la mala leche tan sólo recordar que fue acusado por las lenguas de doble filo de instigar la muerte de su propio hermano (Sancho II de Castilla) para hacerse con el reino castellano.

Con estos orígenes no es de extrañar el apodo con el que pasó a la posteridad: Urraca “La Temeraria”. Como veremos la historiografía tradicional, haciendo gala de su vena más misógina, nos ha presentado su figura como modelo de lo que no debía ser una mujer, incluso se la reconocen “meritos” que serían de alabar en un hombre pero reprochables absolutamente en una mujer. Las mujeres, como hijas de Eva, encarnaban la debilidad y la concupiscencia y las hacían inferiores al varón y necesariamente estar unidas a ellos para atenuar su apetito interior. Pero esta visión tan machista es a todas luces parcial y no debió corresponderse fielmente a la realidad, dando lugar a una figura histórica muy controvertida.



En la edad media la mujer estaba lastrada por el tópico de la debilidad y la dependencia del hombre, por eso siempre atrajo la atención la habilidad, el carácter y la determinación de la reina Urraca. Seguramente su personalidad y las circunstancias históricas del momento favorecieron a que fuera el eje de innumerables intrigas políticas y dinásticas, todas ellas cargadas de traición, amor, pasión, engaño,… Era esta mujer hija primogénita de Alfonso VI de Castilla y de Constanza de Borgoña y debió nacer en León allá por el año 1081. Contrajo matrimonio en primeras nupcias (con apenas doce años) con el conde Raimundo de Borgoña de quien nacería el futuro Alfonso VII en 1105.

Urraca se convierte en la única heredera a los tronos de León y de Castilla tras la muerte de su hermanastro Sancho en la batalla de Uclés en 1108. La ocasión la solemniza Alfonso VI en Toledo poco antes de morir cuando convoca una Curia en esta ciudad para proclamar a su hija como sucesora. Urraca jura en el Alcázar de Toledo sus deberes y obligaciones como futura Reina de Castilla y León.

Urraca era viuda desde hacía un año y en consecuencia quiso su padre casarla con el monarca aragonés Alfonso el Batallador, intentando vanamente con un marido foráneo evitar disputas ente leoneses y castellanos y garantizar la defensa de sus reinos de la amenaza almorávide. Las bodas tuvieron lugar en Monzón de Campos en 1109 con la decidida oposición de la nobleza castellana y de ella misma que llegaría a decir:

Me vi forzada a seguir la disposición y arbitrio de los grandes, casándome con el cruento, fantástico y tirano rey de Aragón. El cual, no sólo me deshonraba con torpes palabras sino que muchas veces mi rostro fue manchado por sus sucias manos y golpeado por su pie.

Desde el mismo momento que Urraca accede al trono demuestra una voluntad férrea en conservar para sí y para su dinastía los reinos heredados de su padre. Y al poco tiempo la discordia por las disputas territoriales rompió su matrimonio que dio origen a continuos enfrentamientos entre castellanos, leoneses y aragoneses. Las capitulaciones preveían que todos los reinos del matrimonio pasarían al heredero común, lo que dejaba fuera de la sucesión de León y de Castilla a Alfonso Raimúndez (hijo de Urraca y futuro Alfonso VII como ya he señalado) que merced a la dote de su madre era el conde de Galicia. Esto supuso una seria oposición de los prelados gallegos encabezados por el obispo Gelmírez que no querían perder los privilegios obtenidos y de otros nobles que buscaban la formación de un reino independiente en Galicia en favor del hijo de Urraca. Esta primera revuelta fue aplacada con furia por el Batallador.

Por otro lado, el rey aragonés no podía entender como la reina, que tenía dos hijos de su anterior matrimonio, aún no había engendrado uno suyo, que acapararía los reinos castellano y aragonés y se convertiría en el rey más poderoso de la península. Y este pensamiento le consume. Además, las discrepancias afloraban por doquier; se cuenta que Urraca liberó en Huesca a un buen número de nobles árabes que Alfonso de Aragón tenía como rehenes sin consentimiento de su marido. La violenta reacción del aragonés no tarda en llegar y después de maltratar furiosamente a la reina, llegando incluso a pegarla una paliza él mismo, la manda encerrar en la torre del castillo de El Castellar, de donde puede huir refugiándose finalmente en Burgos.

Estamos ante una guerra civil abierta en la cual, en general, baja nobleza castellana y leonesa apoyaba al monarca aragonés, mientras la alta nobleza y los prelados a la reina castellana y al frente el conde de Candespina, Gómez González, y el arzobispo de Toledo, Bernardo de Sédirac. El Batallador penetró con un potente ejército en Castilla y tomó importantes ciudades leonesas y castellanas: Palencia, Burgos, Osma, Orense, Toledo, donde depuso al arzobispo, y Sahagún, donde la reina estaba escondida en un convento que es saqueado por el aragonés.

Al final, Urraca pudo refugiarse y hacerse fuerte en el castillo segoviano de Candespina, propiedad del conde Gómez González, desde donde la reina recabará todos los apoyos posibles, llegando a entrevistarse con Jimena Díaz, la viuda del héroe castellano por excelencia: El Cid. Tras una corta estancia en Toledo, Alfonso de Aragón dirigió su ejército hacia el cuartel general de la reina Urraca en Segovia produciéndose una cruenta batalla el dos de abril de 1111 en Candespina, en la cual los aragoneses infligieron una severa derrota a las tropas fieles a Urraca. Hay que señalar que en esta ocasión el Batallador estuvo apoyado por los condes de Portugal, nada más y nada menos que la propia hermana de Urraca: Teresa que pretendía, y al final lograría, la independencia de Portugal. Por si faltaba algo que liara más la madeja.

Tras este suceso se produjo una sorprendente reconciliación entre Urraca y Alfonso en Carrión, en la cual los condes portugueses tienen que renunciar a sus elevadas pretensiones (pedían en pago de su ayuda nada más y nada menos que el reino de Toledo). Parece ser que esta reconciliación fue meramente circunstancial, pues apenas unos meses más tarde, la reina que no se fiaba en absoluto de su marido, decidió apoyar los movimientos secesionistas de Galicia en favor de su hijo Alfonso Raimúndez que es coronado (con siete añitos) como rey de Galicia en septiembre de ese mismo año. El Batallador comienza una nueva campaña de castigo contra Urraca que con treguas y hostilidades durara hasta 1114.

Un año antes se había producido la que sería la última “reconciliación” entre Alfonso y Urraca, que según cuentan las crónicas se vino al traste por la ingerencia de Teresa (recordemos: condesa de Portugal y hermana de Urraca) que malmetió al rey con la inventada conjura de que su hermana pretendía envenenarle. En estas, Alfonso de Aragón decide abandonar sus aspiraciones territoriales y pedir la nulidad de su matrimonio (a lo que se había negado hasta entonces) y repudiar a Urraca, lo que consigue en el Concilio de Palencia de ese año merced a una dispensa del papa Pascual II.

Parecería que una vez superado este infausto matrimonio la cosa se sosegaría, pero para nada. Urraca, una vez liberada de la atadura matrimonial, decidió reinar en solitario si bien no le faltaron amantes, entre los que hay que destacar a su privado el conde Pedro González de Lara de quien tuvo dos hijos. Según cuentan las crónicas, Urraca quiso casarse con este conde pero fueron los nobles y ricos hombres castellanos los que impidieron el matrimonio.

En el mundillo político la cosa tampoco fue bien: enfrentada a Portugal, Navarra y Aragón; con los musulmanes aprestados en la frontera del Tajo; con los grupos burgueses y de la baja nobleza de sus reinos apoyando, en algunos casos abiertamente, a Alfonso de Aragón; y con la enemistades que generaba su privado Pedro de Lara, la situación era poco esperanzadora. Pero lo peor estaba por venir aún de Galicia. Tras haber apoyado la independencia de este condado en la figura de su hijo Alfonso, la reina quiso apartarlo de la influencia de la nobleza y del clero gallego. A tal fin, en 1115 puso cerco militar a la ciudad de Santiago de Compostela. Diego Gelmírez, obispo de Santiago, y el levantisco Pedro Froilaz, conde de Traba, pactan una rendición con Urraca y durante la entrevista que mantienen se produce uno de los hechos más sorprendentes de la Historia de España y que aún hoy nos deja estupefactos.

Durante la reunión en el palacio obispal se produce una revuelta popular y la población se amotina. La reina se ve sorprendida por la turba y fue golpeada y humillada sin piedad, hasta que fue arrojada desnuda a un barrizal donde fue vejada y hasta dicen que con algún conato de lapidación.

Así lo cuenta Jerónimo de Zurita:

La cogen y arrojándola al suelo en un lodazal, arrebatándolos como lobos, hacen jirones sus vestidos, hasta tal punto que los pechos abajo quedó en el suelo con el cuerpo vergonzosamente desnudo y a la vista de todos. Llegó el obispo donde yacía la reina en el fango, pisoteada por las turbas de los agresores y viéndola tan feamente desnuda y postrada, transido de dolor, pasó de largo.

Y así Enrique Flórez:

Ya no se tenía respeto a nada. No le valió a la iglesia del Apóstol su sagrado. Pusiéronla fuego. Y viendo arder el templo, ¿qué seguridad esperarían la reina y el prelado? Saliéronse del palacio. Refugiáronse a la fuerza en una torre. Saquearon el palacio los tumultuados. Atreviéronse a dar contra la torre donde estaban la reina y el prelado. Ciegos ya, clamaban descubiertamente por su muerte. Ponen fuego a la torre. Dispónense los sitiados a morir. El obispo confesó a la reina y compañeros. No hubo más racionalidad en el monstruo de la sedición, que permitir que saliese la reina. Salió esta obligada por el prelado, y recibida seguridad sólo la halló en la vida. Perdiéronla el respeto. Arrojáronla en el suelo. Y en semejante desorden se debe extrañar más lo que no hicieron.

A pesar de lo crítico de la situación la reina pudo huir y salvar milagrosamente la vida. La ciudad pagaría caro este atrevimiento, pues una vez al mando del ejército sitiador tomó la ciudad al asalto y desencadenó una feroz represión. De cualquier forma sus enfrentamientos con los partidarios del conde de Traba no cesaron hasta su muerte, a pesar de que en 1117 firmó el pacto de Tambre que convertía a su hijo Alfonso Raimúndez en rey de Toledo (fue coronado en 1118) y de Galicia, y garantizaba su sucesión en los reinos de León y de Castilla (lo que sucedió en 1126). Tampoco cesaron los enfrentamientos con el rey aragonés con resultados dispares, pues si bien Urraca tuvo que ceder en 1122 varias localidades castellanas y renunciar a sus derechos sobre la taifa de Zaragoza a cambio de la renuncia de El Batallador al trono castellano leonés, pudo en 1124 reconquistar Sigüenza parando definitivamente la expansión aragonesa en Castilla, de igual forma que algunos años antes, con la recuperación de Zamora, replegó las ambiciones de su hermana Teresa de Portugal.

La reina Urraca murió de parto (de un tercer hijo del conde Pedro González de Lara) a los 45 años de edad en el castillo de Saldaña (Palencia), el 8 de marzo de 1126. Por expreso deseo suyo fue enterrada en el panteón real de San Isidro en León.

A lo largo de toda su vida intentó hacerse respetar por sus súbditos y se dice que cuando se sentía desobedecida gritaba: “¡El rey soy yo!”. Llegó a titularse Totius Hispaniae Regina (Reina de Toda España) en consonancia con el titulo imperial que lució su marido hasta la anulación matrimonial: Alfonsus Gratia Dei Imperator de Leone et Totius Hispaniae Rex. Lo cierto es que de haber prosperado esta unión dinástica hubiera supuesto la unificación en un solo rey todos los reinos cristianos de España (incluido Portugal que no alcanzaría su independencia de “iure” hasta 1143).

La figura de Doña Urraca no ha sido bien tratada ni por la historia ni por la literatura. Las múltiples luchas entre Urraca y sus familiares (esposo, hermana, hijo), con los nobles, con el clero,… fueron el contexto idóneo para conformar la visión tan negativa que hemos recibido de esta reina de Castilla y de León a través de unas fuentes históricas, principalmente la Historia Compostelana y la Crónica de Sahagún, muy parciales. Descrita como una mujer ambiciosa y sin moral, al igual que otras figuras malditas de la historia de Castilla como Pedro I El Cruel, la vida y la personalidad de la reina doña Urraca está sometida desde hace algún tiempo a una profunda revisión historiográfica.


D. Teresa de Portugal, mãe de D. Afonso Henriques, é uma personagem fundamental da História portuguesa. No entanto a sua vida é pouco conhecida. E o que se sabe tem sido distorcido por interesses políticos e por preconceitos ancestrais. Descendente de nobres portucalenses, entre outros a poderosa Mumadona de Guimarães, ao casar-se com Henrique de Borgonha, seu pai, o rei D . Afonso VI de Castela e Leão, deu-lhe em dote os ricos e estratégicos territórios a sul do Minho que constituíram a origem do Portugal actual.
Viúva aos vinte e cinco anos com três filhos pequenos, durante dez anos de governo autónomo e proveitoso, soube ganhar o apoio dos colaboradores do seu marido, como Egas Moniz, repelir os ataques muçulmanos a Coimbra e vencer mais de uma vez, pela astúcia ou pelas armas, a sua meia-irmã, a rainha Urraca de Castela. Caso único da História ocidental, uma mulher pode assim colocar-se à cabeça de um regnum até então inexistente e exercer o poder com o mesmo desembaraço que os homens. Em 1116, o Papa Pascoal II reconheceu-lhe o título de Rainha de Portugal. A sua relação política e sentimental com o conde Fernando Pérez de Trava desencadeou a rejeição daqueles que, baseados numa tradição milenar, consideravam que o governo nas mãos de uma mulher era algo perigoso ou, até mesmo, diabólico. Um confronto que acabaria em 1128 com a lendária batalha de São Mamede em que D.Teresa foi derrotada pelas forças partidárias do seu filho e herdeiro. Primeira narrativa da extraordinária vida de uma das governantes mais originais, inteligentes e empenhadas da Idade Média.











a viúva do Conde Henrique, D. Teresa, que desde a morte dele ficara governando a terra portucalense.


Atacada pela rainha de Leão, sua meia irmã D. Urraca – por motivos não suficientemente esclarecidos, mas decerto os de ordem política, relacionados com as ações de D. Teresa, que se não acomodava facilmente à subalterna situação de vassalagem – veio D. Teresa recuando desde a margem do rio Minho com suas tropas, já vencidas e progressivamente dispersas, até encerrar-se no Castelo de Lanhoso, onde logo foi cercada, em manifeste situação de inferioridade. Porém D. Urraca, sob o império de prementes dificuldades políticas próprias, entretanto sobrevindas, só lhe impôs um tratado de paz com expressas cláusulas de mútuo auxilio.



Certa tradição refere que em 1128, como consequência da derrota sofrida na batalha de S. Mamede, D. Teresa voltou ao Castelo de Lanhoso, mas desta vez como prisioneira de seu filho, o vencedor infante Afonso Henriques, que para ali a enviara, duramente agrilhoada. Nada menos exato do que o negrume dessa lenda, há muito desfeita nas páginas dos historiadores, porquanto tudo quanto se lê nas mais vetustas memórias é que, após a batalha, e já em fuga, ela e o seu consorte, o conde galego Fernando Peres de Trava, foram aprisionados, e sem demora expulsos de Portugal, de que o jovem Afonso Henriques se tornou desde então incontestado senhor. A condessa sobreviveu ao desastre, falecendo na Galiza nos fins de 1130. Seus ossos vieram mais tarde para Braga, em cuja catedral repousam, num túmulo parceiro do de seu primeiro marido, o glorioso conde Henrique.




Há, também, associada a este castelo, uma lenda.
Esta lenda dita que durante a Reconquista Cristã algumas mouras preferiam ficar fechadas no castelo a submeter-se à religião Cristã. Durante o cativeiro, ocupavam o seu tempo a tecer novelos de ouro e prata que guardavam em baús. Somente traziam os seus novelos e vinham para fora do castelo no dia de S. João.Diz-se que ainda no fundo da torre; há baús com novelos de ouro, outro com novelos de prata e ouro que está carregado de desgraças que, uma vez aberto empestará toda a região. Houve já quem tentasse ir buscar estes tesouros, mas, com receio da peste acabavam por desistir... e até agora ainda não foram encontrados!



O castelo que chegou até aos nossos dias não é já aquele que assistiu a estas contendas, uma vez que, no final do século XII, no amplo processo de estruturação das terras e respectivas cabeças de território, o conjunto foi objeto de reforma. Construiu-se, então, o castelo românico, com torre de menagem isolada no centro do pátio central.
Nesse contexto, no século XIII, o castelo foi palco de um terrível crime passional. O seu alcaide, D. Rui Gonçalves de Pereira, que se encontrava fora do castelo, ao se inteirar da infidelidade conjugal de sua esposa, Inês Sanches, enamorada de um frade do mosteiro de Bouro, retornou e, fechando-lhe as portas, ordenou que se incendiasse a alcáçova, provocando com isso a morte da infiel e seu amante, bem como dos serviçais, que implicou como cúmplices por não terem denunciado o fato. Os antigos relatos referem que ninguém escapou com vida do incêndio, sequer os animais domésticos.



Não haveria de passar muito tempo até que se reerguessem as muralhas, já sob o signo da arte gótica. A torre de menagem foi "deslocada" para uma das extremidades, defendendo ativamente os muros e a porta principal foi flanqueada por duas torres, de feição harmônica, mais característica dos tempos de D. Dinis. Este monarca concedeu especial atenção ao castelo e respectiva povoação, por via de foral passado em 1292.


Com o início da Idade Moderna, consolidadas as fronteiras do reino, o castelo perdeu progressivamente a sua importância estratégica, vindo a conhecer o abandono e a ruína. Esse processo seria acentuado a partir do final do século XVII, quando André da Silva Machado, um comerciante abastado do Porto decidiu erguer uma réplica do Santuário do Bom Jesus de Braga. Para esse fim, obteve autorização para demolir o antigo castelo e reaproveitar a pedra para edificar um santuário sob a invocação de Nossa Senhora do Pilar (1680). Iniciou-se assim o desmonte de parte da barbacã e das muralhas, edificando-se no interior do recinto uma igreja, a escadaria e as capelas de peregrinação: o Santuário de Nossa Senhora do Pilar.



O castelo foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. A intervenção do poder público iniciou-se a partir de 1938, quando a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) deu início a obras de consolidação e restauro, entre as quais trabalhos de prospecção arqueológica, limpeza, reconstituição dos dois cubelos ladeando o portão de entrada, do arco desse portão, da torre de menagem, de troços das muralhas, e ainda de uma estrada de acesso ao castelo e de beneficiações diversas no Santuário de Nossa Senhora do Pilar. Novas campanhas se sucederam, pelo mesmo órgão, em 1958-1959, em 1973 e em 1975-1976. Mais recentemente, a Câmara Municipal, com o apoio do Associação Adere-Lanhoso, procederam a trabalhos de limpeza e consolidação de estruturas, bem como a remodelação dos pisos interiores da torre, quando o castelo foi reaberto ao público (1996).


Sobrinha de D Urraca de Zamora, prima de Martim Moniz


Biografía de Doña Urraca. Reina de León y Castilla

Introducción a la figura de Doña Urraca

En un mundo de predominio masculino, en el que la condición femenina frecuentemente estaba lastrada por el tópico de la debilidad y la dependencia del hombre, llama la atención la habilidad, el carácter y la determinación de Doña Urraca, que manejó a la perfección la situación creada tras la muerte de su padre, Alfonso VI, que sin descendencia masculina, le reconocía todos sus derechos al trono, tal y como relata el anónimo cronista de Sahagún: "dexó el señorío de su reino a la dicha domna Urraca, su fixa".



El Chronicon Mundi, de Lucas de Tui y el De Rebus Hispaniae, de Rodrigo Jiménez de Rada, trataron de eclipsar su reinado, que salpicaron de connotaciones negativas para enturbiar la imagen de esta mujer a la que estudios posteriores han reconocido su condición de primera reina titular de la historia de España.

El matrimonio Doña Urraca con Raimundo de Borgoña
Para estrechar sus relaciones con Cluny, Alfonso VI no dudó en casar a sus hijas con nobles borgoñones. Así, cuando Urraca tenía apenas seis años, se prepararon los esponsales con Raimundo de Borgoña, conde de Amous, cuarto hijo del conde Guillermo de Borgoña, al que el monarca leonés había encomendado la regencia de Galicia. La boda se celebró probablemente en 1093, cuando la joven había cumplido los doce años. En esta misma fecha murió su madre, Constanza, que pertenecía también a la familia ducal de Borgoña y nació Sancho Alfónsez, su hermanastro, lo que complicaba sus aspiraciones políticas.

Como consecuencia de su matrimonio, Urraca se traslada al ámbito gallego, donde incluso llega a tener su propia corte, en la que aparece como notario Diego Gelmírez, quien luego semistério que move a peça do início ao fim.)

VASCONCELLOS LOCAIS

Vasconcelos: Localização, perto de Braga - Portugal.

Ferraz de Vasconcelos Brasil.: Cidade do Estado de São Paulo -.

Diogo de Vasconcellos: Situação em Minas Gerais, Brasil, perto de Ouro Preto.

Carlos de Vasconcelos: Situação perto Uberlândia - Minas Gerais, Brasil

Ponta Vasconcelos. Situação na Guiné-Bissau





Discurría el año del señor de 1065, el gran Rey Fernando I, de Castilla,
aquel cachorro hijo del Rey Sancho el Mayor de Navarra, el cual casara con Sancha de León, la deseada, por ser poseedora esta del reino más antiguo de las Españas, con raíces Visigodas, de Suevos, de Gascuña, y de la cuna franca, de aquel Rey Clodoveo que en Reims se coronara, con el casamiento Sancha y Fernando se gesto lo que hoy es España, pero negros nubarrones se cernían en su cama, el Rey Fernando moría, el reino se desmebraba, pues repartía el reino que trabajo unir costara, a Alfonso dona León, a Sancho Castilla entrega, a García dio Galicia, y Urraca y Elvira sin nada, Urraca
que era la mayor sin hablar no se quedara, con tremendo desazón a su padre
suplicara.

A Alfonso disteis León, con Asturias y Sanabria, a Sancho Castilla la bien
nombrada, a García con Galicia, y Braganza la altozana, su ánima quedo
tranquila y la mía alterada, y a mí que soy vuestra hija me olvidáis cuan a
una rata, si hasta vuestro hijo bastardo Arzobispo lo nombrarais, primado
de las Españas Cardenal es del Papa, y a mi y a mi hermana nada, el Rey con
medida voz a su hija replicará, calledes hija calledes, no digáis tal
palabra, que un rincón de mi León yo os reservaba, Zamora tiene por nombre,
Zamora la bien cercada, de un lado la cerca el Duero, del otro Peña tajada,
del otro la morería, es mi ciudad mas preciada, quién os la tomare hija, la
mi maldición le caiga, todos dijeron amén, menos Sancho que se calla, a su
pequeña Elvira el Señorío de Toro dejara, y hasta el fin de sus vidas ambas
lo disfrutaran, y por ello el Rey les pidió que nunca fueran casadas.

Así después de la muerte de este gran Rey, comienza la épica historia
zamorana, la ambición de Sancho I le hace ponerse en marcha y al frente de
sus tropas se pone en camino, primero despoja a Alfonso, posteriormente se
dirige a Galicia, de donde García echara, después se fue hasta Toro y a
Elvira si señorío la dejara, consumada en su mayor parte la villanía, hacía
Zamora sus tropas se dirigen, sabía el Rey Don Sancho que le falta la tarea
mas difícil, expulsar a Urraca, ya Zamora se divisa su corazón se agitaba,
pronto serás mía, en su interior gritaba, que iluso este rey era, la ciudad
esta fortificada, con altos muros y enseñas toda ella circundada, un temblor
recorre el cuerpo del ambicioso monarca, en su interior presentía la derrota
mas sonada.

Que rabia le consumía ante la ciudad cercada, no veía el medio de franquear
sus murallas, dándole vueltas a la idea, decide mandar a su lugarteniente y
primo Rodrigo Díaz de Vivar en Embajada, sabia este que a su hermana él
amaba, así con bandera blanca y el corazón en un ascua, traspasa Rodrigo los
muros que de ella lo separaban, que hermosa que estaba la Reina en su dosel
sentada, a su lado sus hermanos la acompañaban, sus palabras no salían de su
boca, el silencio lo mataba, con el corazón ardiente Rodrigo habla, señora
muy amada, por nuestros juegos de niños, os suplico que abandonéis la
plaza, la reina con voz muy dulce, pregunta quién lo manda, vuestro hermano
Sancho quiere para él vuestra la ciudad, decid a mi hermano que nunca la
lograra y mi sangre si es preciso las calles ha de regar, dicho esto la
Reina abandona la estancia, y Cid con triste caminar se da la vuelta y se
marcha.

El Rey Sancho había levantado su campamento a unos dos kilómetros de Zamora
en el camino de Benavente, y desde allí el mismo dirige el cerco, el cual
se prolonga por varios meses,( por algo llamaban a la ciudad de Zamora, La
Señora bien cercada, siete muros protegían a la ciudad deseada, así pasan
los días y no conseguía nada).

Los habitantes de Zamora estaban ya agotados, después de siete meses de
cerco, las reservas de comida se terminaban, por ello después del consejo
del Reina, un gallego que aquí moraba, Bellido Dolfos el se llamaba, hijo de
Dolfos Bellido, abandona bruscamente el consejo, piensa como librar a la
ciudad del cerco, y a media noche saliendo por un por una pequeña puerta se
encamina al campamento del Rey, y diciendo que trae noticias de un postigo
por el cual pueden entrar, es conducido a presencia del Rey, el cual sin
atender a sus consejeros decide ir a ver el dicho postigo, a la caída de la
noche emprende el camino hacía Zamora.

Lo que estos no saben, es que son seguidos por los primos del Rey, Rodrigo
Díaz de Vivar y Diego Ordóñez, en silencio detrás de ellos caminan, con los
caballos embozados para no hacer ruido, ya en las cercanías y en el espeso
bosque, al Rey le entran ganas de hacer sus necesidades mayores, y no
aguantando mas, ruega a Bellido que le sujete su lanza mientras el descarga
su cuerpo de la necesidad, un pensamiento cruza por la mente del militar y
lo lleva al efecto, se vuelve y con la lanza en posición de ataque, embiste
al pardillo del Rey que ocupado en defecar no apercibe lo que se le viene
encima, siente un silbido y un dolor agudo traspasa su pecho, las fuerzas
le abandonan y cae en suelo como muerto.

Con su misión cumplida, Bellido emprende la huida, la ciudad esta próxima,
Rodrigo y Diego Ordóñez oyen el quejido del Rey, apresurando sus pasos
llegan donde desvanecido esta, vive clama Ordóñez, el Cid viendo a Bellido
escapar sale rápido en su persecución, pero espuelas no llevaba y clama con
emoción, maldito sea el caballero que sin espuelas cabalga, Bellido con gran
rapidez entra en la ciudad por la puerta de Santa Columba, la cual una vez
el ha entrado se cierra bruscamente.

El Rey es llevado a su campamento, nada mas postrarlo en su tienda queda
muerto, el dolor exaspera a los primos del Rey, los soldaos claman venganza,
desde la ciudad oyen los alaridos y comprenden que algo malo ha pasado, han
asesinado al Rey, al enterarse la Reina cae desvanecida en brazos de su
hermano García.

Al recuperarse se siente desfallecer, malo era su hermano, las leyes
desprecio y prevarico, pues el testamento de su el nunca cumplió, pero el
dolor que sentía el pecho le traspasó, en los muros exteriores Ordóñez así
gritaba, yo reto a los zamoranos por traidores fementidos, y con ello reto a
los muertos y a los vivos, a los pequeños y grandes y a los que están por
engendrar, ante tantas ofensas Arias Gonzalo y sus hijos aceptan el desafió,
será en el campo de la verdad.

En dicho combate murieron los dos hijos mayores del Gobernador de Zamora
Arias Gonzalo, viéndolo este desde, se apresta a bajar al campo de las
justas, a lo que la reina ya recuperada se lo quiere impedir, a lo que le
responde que tiene que limpiar el honor de su ciudad, y montando su caballo
sale por la puerta del mercadillo, en esto llega Rodrigo Díaz de Vivar y le
dice donde vais anciano, a lo que responde a luchar por el honor de Zamora y
de su Reina, a lo que el Cid le contesta, Vuestro honor y el de Zamora ya
están limpios, las lagrimas brotan a raudales de los ojos del noble
gobernador y rompiendo en sollozos clama, Bendito sea el Señor mi Dios, la
verdad siempre resplandece.
Urraca of Zamora, Infanta of CastileTranslation
Urraca of Zamora, Infanta of Castile
Doña Urraca, Lady of Zamora, Infanta of Castile (1033/1034 – 1101) was an 11th century Spanish princess at the time of El Cid and the Spanish reconquista. She was a real-life historical figure whose story was romanticized in the "cantar de gesta" "Song of the Cid", and the Chronicle of the Cid.

Life

Urraca, Lady of Zamora, was one of the five children of King Ferdinand I ("the Great") of Castile, Spain. Before his death in 1065, Ferdinand divided his widespread conquests in central Spain between his five children, charging them to live at peace with one another. Ferdinand's oldest son Sancho II of Castile (the Strong); received Castile and the tribute from Zaragoza; Alfonso VI (the Brave) received León and the tribute from Toledo; and García received Galicia. His daughters, Elvira and Urraca, received Toro and Zamora respectively.

Sancho however resolved to rule over his father's entire kingdom and made war on his siblings. By 1072, Sancho had overthrown his youngest brother Garcia, and forced his other brother Alfonso to flee to his Moorish vassal city of Toledo. Toro, the city of Sancho's sister Elvira, fell easily. But in a siege of Urraca's better-defended city of Zamora, King Sancho was stalled, and was then mysteriously assassinated on October 7, 1072. It was widely suspected that the assassination was a result of a pact between Alfonso and Urraca. The Chronicle of the Cid, purportedly written by one of the Cid's followers, states that the assassin was a nobleman of Zamora, who then received sanctuary in the city. The chronicle is careful not to place any direct blame on Alfonso or Urraca, just as it takes pains to stress that the participation of the Cid at the siege of Zamora was involuntary and supposedly forced on him by King Sancho.

The Castilian nobility, however, were highly suspicious of both Urraca and Alfonso, and maintained the siege of Zamora for a period after Sancho's death. In the absence of Sancho, however, their siege was pointless. According to the chronicle, the guilt of Zamora was decided by a trial by combat, which proved inconclusive. Urraca sent summonses to the nobles of Sancho's dominions, calling on them to gather, and Alfonso was grudgingly acknowledged as heir to all of the Castilian realm as well as León. Suspicion, however, remained and, led by the Cid and a dozen "oath-helpers," the nobles forced Alfonso to swear to his innocence publicly in front of St. Gadea's Church in Burgos. From this incident dated Alfonso's later antagonism to the Cid.

The Chronicle of the Cid states that in his early years as King, Alfonso followed Urraca's advice in all respects. There were even rumors of an incestuous relationship between the pair. Urraca maintained her rule over Zamora following Alfonso's succession to the Castilian throne. In her later years she gradually gave up her governing duties, finally retiring to a monastery in Leon, where she died in 1101. She is interred in the Chapel of the Kings at the Basílica of San Isidoro of León.

Following the death of his son, Sancho, fighting Muslim forces, Alfonso VI was eventually succeeded by his daughter, Queen Urraca of Castile.

She was married to García Ordoñez, El Cid's nemesis, and had two sons, Osorio García, Count of Cabrera, who married to Sancha Moniz and had issue, and García Ordoñez, Count of Nájera. [http://www.geneall.net/H/per_page.php?id=200318]

Literature and Film

In the poetic legend, Dona Urraca is the wronged "infanta", watching Sancho and the Cid despoil her lands from the battlements of her castle shortly before Sancho is murdered. Her brother Alfonso is her loyal and chivalrous defender.

The Hollywood film "El Cid" largely follows the narrative of the Chronicle and the poetic epics, however it omits the story that Urraca and Rodrigo grew up as close companions in Zamora. For some reason the film wrongly makes Urraca the ruler of Calahorra, rather than Zamora. Urraca is portrayed by the French actress Geneviève Page.

External links

* [http://www.hti.umich.edu/cgi/p/pd-modeng/pd-modeng-idx?type=header&id=SoutRChron Southey's translation of the Chronicle of The Cid]
* [http://genealogy.euweb.cz/iberia/iberia7.html Genealogy]




Por fin había terminado el cerco, que duro siete meses y seis días, la Reina
en la puerta del su palacio esta, a ella se acercan sus primos Rodrigo y
Diego Ordóñez, la Reina rompe a llorar, en ese preciso instante las campanas
empiezan a doblar, y formándose una gran procesión, emprenden el camino
hacia el campamento donde yace muerto el Rey Sancho, y llegando al lugar, la
Reina manda levantar una cruz, sobre un menhir céltico que allí estaba, como
recuerdo perpetuo de la muerte de su hermano y en el lugar que el lanzazo le
dieran, otra cruz hay que poner y la fecha en ellos grabar, 6 de Octubre de
1072.

La Reina llora junto al cuerpo de su hermano, a ella acuden los recuerdos,
su hermano era bueno pero la ambición le cegó, y formando un gran cortejo
hacia Zamora partió, las gentes van suspirando, las zanfoñas tocan ya, junto
a las gaitas sonoras mezclados sus ritmos van, y en Zamora estuvo unos días
hasta que partió hacia el monasterio de Oña donde se le sepulto, y aquí
termino esta historia, que en nuestra ciudad sucedió, hubo torneos y odios,
pero la ley se cumplió, Urraca murió de Reina, en su ciudad se la amó.


" 15 de octubre de 1116 - . . . Yo, la reina Urraca y el abad de San Facundo, Don Domingo, hemos venido en determinar que sea la villa de San Facundo cuño regio de León y de Castilla.- Confirmado tres años después por el emperador Alfonso VII mediante escritura fechada el 09-10-1119.- Esta moneda solamente tendría vigencia por un año - de San Miguel a San Miguel, 29 de septiembre - si es que de su cuño se siguiese molestia o perturbación alguna para la abadía.
Esta moneda estuvo circulando largos años, pues en 1146, todavía era moneda comercial y financiera ".

(1033-1101), hija primogénita del rey Fernando I de Castilla y León y de doña Sancha, tuvo cuatro hermanos más. Sancho II nació en 1037 y sucedió a su padre en el trono de Castilla. Doña Elvira ostentó el titulo de Señora de Toro. Alfonso VI nació el 1040 siendo rey de León desde la muerte de su padre y don García nació en 1042 reinando en Galicia.
Según la tradición su niñez la pasó en el Palacio de Arias Gonzalo, para años mas tarde convertirse en la madrina de armas del Cid, acto en el que fue éste nombrado caballero, sobre el año 1060, en la iglesia de Santiago de los Caballeros. Estuvo casada con Alfonso el Batallador.


Firmas de Doña Urraca

A la muerte del rey Fernando I, ocurrida el 27 de diciembre de 1065, sus hijos varones le sucedieron en los territorios que aquél le había atribuido, y tras la muerte de su madre, Sancho II despojó del trono a sus dos hermanos y se enfrentó a su hermana Urraca en Zamora, convirtiéndose esta plaza en un foco de resistencia frente al rey Sancho y los castellanos.
Cercada la ciudad desde el día 4 de marzo de 1072 y tras varios meses de asedio, la contienda acaba con la muerte de Sancho II el 7 de octubre de 1072 a manos de Bellido Dolfos, según las crónicas, motivado por el amor que profesa a Doña Urraca, proclamándose rey Alfonso VI.
Doña Urraca era ocho años mayor que su hermano Alfonso y sentía por él una predilección fraternal, hasta el punto que Alfonso la estimaba como madre haciéndose consignatario de sus sabios consejos.
Lentamente fue retirándose de las tareas de gobierno, dedicándose a engrandecer y dotar diversos monasterios e iglesias, entre ellas la nueva de San Isidoro de León, recogiéndose finalmente en el monasterio de San Facundo de Sahagún, hasta el final de sus días en el año 1101, siendo enterrada en el Panteón de los Reyes del templo de San Isidoro.
Según juicio de varios historiadores Doña Urraca poseía un gran don de gobierno ligado a una profunda honestidad, prudencia, sabiduría y otras grandes virtudes que la hicieron muy respetada en el reino de León.
A finales de la Edad Media se extiende por todo el reino de León la fama de santidad de Doña Urraca atribuyéndole una serie de milagros.
Su tumba, como la mayor de las del Panteón de los Reyes fue saqueada y destruida por los franceses durante la Guerra de la Independencia. El resto de los testimonios materiales que en su mayoría han desaparecido quedando el palacio de Doña Urraca como la más interesante referencia a la vida de la Reina


DOÑA URRACA


Aunque nacida en León en el año 1033 gran parte de su vida la pasó vinculada a Zamora.

Hija primogénita del rey Fernando I de Castilla y de León y de doña Sancha, tuvo cuatro hermanos más. Sancho II nació en 1037 y sucedió a su padre en el trono de Castilla. Doña Elvira ostentó el título de Señora de Toro. Alfonso VI nació en 1040 siendo rey de León desde la muerte de su padre y don García nació en 1042 reinando en Galicia.

Según la tradición su niñez la pasó en el Palacio de Arias Gonzalo, para años más tarde convertirse en la madrina de armas del Cid, acto en el que fue éste nombrado caballero, sobre el año 1060, en la iglesia de Santiago de los Caballeros.

A la muerte del rey Fernando I, ocurrida el 27 de diciembre de 1065, sus hijos varones le sucedieron en los territorios que aquél le había atribuido, y tras la muerte de su madre, Sancho II despojó del trono a sus dos hermanos y se enfrentó a su hermana Urraca en Zamora, convirtiéndose esta plaza en un foco de resistencia frente al rey Sancho y los castellanos.

Cercada la ciudad desde el día 4 de marzo de 1072 y tras varios meses de asedio, la contienda acaba con la muerte de Sancho II el 7 de octubre de 1072 a manos de Bellido Dolfos, según las crónicas, motivado por el amor que profesa a Doña Urraca, proclamándose rey Alfonso VI.

Todos estos acontecimientos, aunque envueltos en leyenda y poesía, han sido bien conocidos, ya que forman parte del ”Romancero” que de este modo constituye una magnífica crónica sobre la gesta del Cerco de Zamora.

Doña Urraca era ocho años mayor que su hermano Alfonso y sentía por él una predilección fraternal, hasta el punto que Alfonso la estimaba como madre haciendose consignatario de sus sabios consejos.

Según diversos documentos antiguos de la hermandad, Doña Urraca, dolida por la muerte de su hermano, fundó la cofradía de Nuestra Señora de San Antolín o de la Concha, con la obligación de asistir una vez al año al lugar donde había fallecido Sancho II a rezar un responso; lo que se sigue haciendo en la actualidad cada mañana del lunes de Pascua de Pentecostés en la romería de la virgen de la Hiniesta.

Lentamente fue retirándose de las tareas de gobierno, dedicándose a engrandecer y dotar diversos monasterios e iglesias, entre ellas la nueva de San Isidoro de León, recogiéndose finalmente en un monasterio leonés hasta el final de sus días en el año 1101, siendo enterrada en el Panteón de los Reyes del templo de San Isidoro.

Según juicio de varios historiadores Doña Urraca poseía un gran don de gobierno ligado a una profunda honestidad, prudencia, sabiduría y otras grandes virtudes que la hicieron muy respetada en el reino de León.

A finales de la Edad Media se extiende por todo el reino de León la fama de santidad de Doña Urraca atribuyéndole una serie de milagros.

Su tumba, como la mayor parte de las del Panteón de los Reyes fue saqueada y destruida por los franceses durante la Guerra de la Independencia. El resto de los testimonios materiales en su mayoría han desaparecido quedando el palacio de Doña Urraca como la más interesante referencia a la vida de la Reina.





La reina Urraca de León y de Castilla fue la primera mujer que ejerció de forma efectiva el papel de reina “propietaria” en España (entendiendo España como el territorio ocupado por los distintos reinos cristianos ibéricos durante la Edad Media, de la misma forma que entendieron este concepto los que vivieron esa época), y se trata de un personaje verdaderamente insólito en la Historia del medioevo hispánico, por su condición femenina y por la incidencia que tuvo en los hechos históricos de su época como por las controversias que su persona ha generado después. Sufrió el maltrato físico y psíquico de su marido e incluso de sus súbditos, pero demostró también una fuerza y una determinación indomable que la llevo a ser de nuevo maltratada por al Historia.

En purita verdad no fue la primera, pues su abuela Sancha fue reina “consorte” de Castilla (merced a su matrimonio con el segundo hijo del rey Sancho de Navarra: Fernando, a quien el rey navarro le dio como dote el condado de Castilla, que pertenecía a su mujer la condesa Muniadona Sánchez, y los territorios usurpados al reino de León entre el Pisuerga y el Cea, con el título de reino de Castilla, convirtiéndose así, en 1032, en los primeros reyes castellanos), y además reina “propietaria” de León tras la muerte sin descendencia de su hermano, el rey Bermudo III (guerreando con Fernando I de Castilla, precisamente). Pero no llegó a ejercer de forma efectiva el reinado ya que fue su marido Fernando I el ungido y coronado como rey de León en 1038. Con este pequeño botón queda claro el monumental lío existente entre las familias reinantes de León, Castilla y Navarra, y, a través de esta última, también con Aragón.

Pero esto es baladí con el guirigay que se monta unos años después tras la,… Pero volvamos al tajo y a nuestra Urraca. Contaba nuestra reina entre sus bisabuelos con un rey de Navarra, un rey de Aragón, una condesa de Castilla y un… ¡rey de Francia! Por pedigrí que no falte y teniendo como modelo a su padre, Alfonso VI, no debían faltarle ni mala leche ni una libido desenfrenada. Baste recordar que entre otras lindezas su padre tuvo cinco esposas legales (Inés de Aquitania, Constanza de Borgoña, Isabel de Francia, Berta de Toscana y Beatriz de Este), otra que no se sabe muy bien si fue concubina o esposa legal (Zayda, hija del rey moro de Sevilla, llamada Isabel tras el bautismo) y un número incierto de amantes entre al que destaca Jimena Núñez, (eso sin contar los escarceos de un solo día que en su vida tan azarosa no debieron ser pocos); y respecto a la mala leche tan sólo recordar que fue acusado por las lenguas de doble filo de instigar la muerte de su propio hermano (Sancho II de Castilla) para hacerse con el reino castellano.

Con estos orígenes no es de extrañar el apodo con el que pasó a la posteridad: Urraca “La Temeraria”. Como veremos la historiografía tradicional, haciendo gala de su vena más misógina, nos ha presentado su figura como modelo de lo que no debía ser una mujer, incluso se la reconocen “meritos” que serían de alabar en un hombre pero reprochables absolutamente en una mujer. Las mujeres, como hijas de Eva, encarnaban la debilidad y la concupiscencia y las hacían inferiores al varón y necesariamente estar unidas a ellos para atenuar su apetito interior. Pero esta visión tan machista es a todas luces parcial y no debió corresponderse fielmente a la realidad, dando lugar a una figura histórica muy controvertida.



En la edad media la mujer estaba lastrada por el tópico de la debilidad y la dependencia del hombre, por eso siempre atrajo la atención la habilidad, el carácter y la determinación de la reina Urraca. Seguramente su personalidad y las circunstancias históricas del momento favorecieron a que fuera el eje de innumerables intrigas políticas y dinásticas, todas ellas cargadas de traición, amor, pasión, engaño,… Era esta mujer hija primogénita de Alfonso VI de Castilla y de Constanza de Borgoña y debió nacer en León allá por el año 1081. Contrajo matrimonio en primeras nupcias (con apenas doce años) con el conde Raimundo de Borgoña de quien nacería el futuro Alfonso VII en 1105.

Urraca se convierte en la única heredera a los tronos de León y de Castilla tras la muerte de su hermanastro Sancho en la batalla de Uclés en 1108. La ocasión la solemniza Alfonso VI en Toledo poco antes de morir cuando convoca una Curia en esta ciudad para proclamar a su hija como sucesora. Urraca jura en el Alcázar de Toledo sus deberes y obligaciones como futura Reina de Castilla y León.

Urraca era viuda desde hacía un año y en consecuencia quiso su padre casarla con el monarca aragonés Alfonso el Batallador, intentando vanamente con un marido foráneo evitar disputas ente leoneses y castellanos y garantizar la defensa de sus reinos de la amenaza almorávide. Las bodas tuvieron lugar en Monzón de Campos en 1109 con la decidida oposición de la nobleza castellana y de ella misma que llegaría a decir:

Me vi forzada a seguir la disposición y arbitrio de los grandes, casándome con el cruento, fantástico y tirano rey de Aragón. El cual, no sólo me deshonraba con torpes palabras sino que muchas veces mi rostro fue manchado por sus sucias manos y golpeado por su pie.

Desde el mismo momento que Urraca accede al trono demuestra una voluntad férrea en conservar para sí y para su dinastía los reinos heredados de su padre. Y al poco tiempo la discordia por las disputas territoriales rompió su matrimonio que dio origen a continuos enfrentamientos entre castellanos, leoneses y aragoneses. Las capitulaciones preveían que todos los reinos del matrimonio pasarían al heredero común, lo que dejaba fuera de la sucesión de León y de Castilla a Alfonso Raimúndez (hijo de Urraca y futuro Alfonso VII como ya he señalado) que merced a la dote de su madre era el conde de Galicia. Esto supuso una seria oposición de los prelados gallegos encabezados por el obispo Gelmírez que no querían perder los privilegios obtenidos y de otros nobles que buscaban la formación de un reino independiente en Galicia en favor del hijo de Urraca. Esta primera revuelta fue aplacada con furia por el Batallador.

Por otro lado, el rey aragonés no podía entender como la reina, que tenía dos hijos de su anterior matrimonio, aún no había engendrado uno suyo, que acapararía los reinos castellano y aragonés y se convertiría en el rey más poderoso de la península. Y este pensamiento le consume. Además, las discrepancias afloraban por doquier; se cuenta que Urraca liberó en Huesca a un buen número de nobles árabes que Alfonso de Aragón tenía como rehenes sin consentimiento de su marido. La violenta reacción del aragonés no tarda en llegar y después de maltratar furiosamente a la reina, llegando incluso a pegarla una paliza él mismo, la manda encerrar en la torre del castillo de El Castellar, de donde puede huir refugiándose finalmente en Burgos.

Estamos ante una guerra civil abierta en la cual, en general, baja nobleza castellana y leonesa apoyaba al monarca aragonés, mientras la alta nobleza y los prelados a la reina castellana y al frente el conde de Candespina, Gómez González, y el arzobispo de Toledo, Bernardo de Sédirac. El Batallador penetró con un potente ejército en Castilla y tomó importantes ciudades leonesas y castellanas: Palencia, Burgos, Osma, Orense, Toledo, donde depuso al arzobispo, y Sahagún, donde la reina estaba escondida en un convento que es saqueado por el aragonés.

Al final, Urraca pudo refugiarse y hacerse fuerte en el castillo segoviano de Candespina, propiedad del conde Gómez González, desde donde la reina recabará todos los apoyos posibles, llegando a entrevistarse con Jimena Díaz, la viuda del héroe castellano por excelencia: El Cid. Tras una corta estancia en Toledo, Alfonso de Aragón dirigió su ejército hacia el cuartel general de la reina Urraca en Segovia produciéndose una cruenta batalla el dos de abril de 1111 en Candespina, en la cual los aragoneses infligieron una severa derrota a las tropas fieles a Urraca. Hay que señalar que en esta ocasión el Batallador estuvo apoyado por los condes de Portugal, nada más y nada menos que la propia hermana de Urraca: Teresa que pretendía, y al final lograría, la independencia de Portugal. Por si faltaba algo que liara más la madeja.

Tras este suceso se produjo una sorprendente reconciliación entre Urraca y Alfonso en Carrión, en la cual los condes portugueses tienen que renunciar a sus elevadas pretensiones (pedían en pago de su ayuda nada más y nada menos que el reino de Toledo). Parece ser que esta reconciliación fue meramente circunstancial, pues apenas unos meses más tarde, la reina que no se fiaba en absoluto de su marido, decidió apoyar los movimientos secesionistas de Galicia en favor de su hijo Alfonso Raimúndez que es coronado (con siete añitos) como rey de Galicia en septiembre de ese mismo año. El Batallador comienza una nueva campaña de castigo contra Urraca que con treguas y hostilidades durara hasta 1114.

Un año antes se había producido la que sería la última “reconciliación” entre Alfonso y Urraca, que según cuentan las crónicas se vino al traste por la ingerencia de Teresa (recordemos: condesa de Portugal y hermana de Urraca) que malmetió al rey con la inventada conjura de que su hermana pretendía envenenarle. En estas, Alfonso de Aragón decide abandonar sus aspiraciones territoriales y pedir la nulidad de su matrimonio (a lo que se había negado hasta entonces) y repudiar a Urraca, lo que consigue en el Concilio de Palencia de ese año merced a una dispensa del papa Pascual II.

Parecería que una vez superado este infausto matrimonio la cosa se sosegaría, pero para nada. Urraca, una vez liberada de la atadura matrimonial, decidió reinar en solitario si bien no le faltaron amantes, entre los que hay que destacar a su privado el conde Pedro González de Lara de quien tuvo dos hijos. Según cuentan las crónicas, Urraca quiso casarse con este conde pero fueron los nobles y ricos hombres castellanos los que impidieron el matrimonio.

En el mundillo político la cosa tampoco fue bien: enfrentada a Portugal, Navarra y Aragón; con los musulmanes aprestados en la frontera del Tajo; con los grupos burgueses y de la baja nobleza de sus reinos apoyando, en algunos casos abiertamente, a Alfonso de Aragón; y con la enemistades que generaba su privado Pedro de Lara, la situación era poco esperanzadora. Pero lo peor estaba por venir aún de Galicia. Tras haber apoyado la independencia de este condado en la figura de su hijo Alfonso, la reina quiso apartarlo de la influencia de la nobleza y del clero gallego. A tal fin, en 1115 puso cerco militar a la ciudad de Santiago de Compostela. Diego Gelmírez, obispo de Santiago, y el levantisco Pedro Froilaz, conde de Traba, pactan una rendición con Urraca y durante la entrevista que mantienen se produce uno de los hechos más sorprendentes de la Historia de España y que aún hoy nos deja estupefactos.

Durante la reunión en el palacio obispal se produce una revuelta popular y la población se amotina. La reina se ve sorprendida por la turba y fue golpeada y humillada sin piedad, hasta que fue arrojada desnuda a un barrizal donde fue vejada y hasta dicen que con algún conato de lapidación.

Así lo cuenta Jerónimo de Zurita:

La cogen y arrojándola al suelo en un lodazal, arrebatándolos como lobos, hacen jirones sus vestidos, hasta tal punto que los pechos abajo quedó en el suelo con el cuerpo vergonzosamente desnudo y a la vista de todos. Llegó el obispo donde yacía la reina en el fango, pisoteada por las turbas de los agresores y viéndola tan feamente desnuda y postrada, transido de dolor, pasó de largo.

Y así Enrique Flórez:

Ya no se tenía respeto a nada. No le valió a la iglesia del Apóstol su sagrado. Pusiéronla fuego. Y viendo arder el templo, ¿qué seguridad esperarían la reina y el prelado? Saliéronse del palacio. Refugiáronse a la fuerza en una torre. Saquearon el palacio los tumultuados. Atreviéronse a dar contra la torre donde estaban la reina y el prelado. Ciegos ya, clamaban descubiertamente por su muerte. Ponen fuego a la torre. Dispónense los sitiados a morir. El obispo confesó a la reina y compañeros. No hubo más racionalidad en el monstruo de la sedición, que permitir que saliese la reina. Salió esta obligada por el prelado, y recibida seguridad sólo la halló en la vida. Perdiéronla el respeto. Arrojáronla en el suelo. Y en semejante desorden se debe extrañar más lo que no hicieron.

A pesar de lo crítico de la situación la reina pudo huir y salvar milagrosamente la vida. La ciudad pagaría caro este atrevimiento, pues una vez al mando del ejército sitiador tomó la ciudad al asalto y desencadenó una feroz represión. De cualquier forma sus enfrentamientos con los partidarios del conde de Traba no cesaron hasta su muerte, a pesar de que en 1117 firmó el pacto de Tambre que convertía a su hijo Alfonso Raimúndez en rey de Toledo (fue coronado en 1118) y de Galicia, y garantizaba su sucesión en los reinos de León y de Castilla (lo que sucedió en 1126). Tampoco cesaron los enfrentamientos con el rey aragonés con resultados dispares, pues si bien Urraca tuvo que ceder en 1122 varias localidades castellanas y renunciar a sus derechos sobre la taifa de Zaragoza a cambio de la renuncia de El Batallador al trono castellano leonés, pudo en 1124 reconquistar Sigüenza parando definitivamente la expansión aragonesa en Castilla, de igual forma que algunos años antes, con la recuperación de Zamora, replegó las ambiciones de su hermana Teresa de Portugal.

La reina Urraca murió de parto (de un tercer hijo del conde Pedro González de Lara) a los 45 años de edad en el castillo de Saldaña (Palencia), el 8 de marzo de 1126. Por expreso deseo suyo fue enterrada en el panteón real de San Isidro en León.

A lo largo de toda su vida intentó hacerse respetar por sus súbditos y se dice que cuando se sentía desobedecida gritaba: “¡El rey soy yo!”. Llegó a titularse Totius Hispaniae Regina (Reina de Toda España) en consonancia con el titulo imperial que lució su marido hasta la anulación matrimonial: Alfonsus Gratia Dei Imperator de Leone et Totius Hispaniae Rex. Lo cierto es que de haber prosperado esta unión dinástica hubiera supuesto la unificación en un solo rey todos los reinos cristianos de España (incluido Portugal que no alcanzaría su independencia de “iure” hasta 1143).

La figura de Doña Urraca no ha sido bien tratada ni por la historia ni por la literatura. Las múltiples luchas entre Urraca y sus familiares (esposo, hermana, hijo), con los nobles, con el clero,… fueron el contexto idóneo para conformar la visión tan negativa que hemos recibido de esta reina de Castilla y de León a través de unas fuentes históricas, principalmente la Historia Compostelana y la Crónica de Sahagún, muy parciales. Descrita como una mujer ambiciosa y sin moral, al igual que otras figuras malditas de la historia de Castilla como Pedro I El Cruel, la vida y la personalidad de la reina doña Urraca está sometida desde hace algún tiempo a una profunda revisión historiográfica.


D. Teresa de Portugal, mãe de D. Afonso Henriques, é uma personagem fundamental da História portuguesa. No entanto a sua vida é pouco conhecida. E o que se sabe tem sido distorcido por interesses políticos e por preconceitos ancestrais. Descendente de nobres portucalenses, entre outros a poderosa Mumadona de Guimarães, ao casar-se com Henrique de Borgonha, seu pai, o rei D . Afonso VI de Castela e Leão, deu-lhe em dote os ricos e estratégicos territórios a sul do Minho que constituíram a origem do Portugal actual.
Viúva aos vinte e cinco anos com três filhos pequenos, durante dez anos de governo autónomo e proveitoso, soube ganhar o apoio dos colaboradores do seu marido, como Egas Moniz, repelir os ataques muçulmanos a Coimbra e vencer mais de uma vez, pela astúcia ou pelas armas, a sua meia-irmã, a rainha Urraca de Castela. Caso único da História ocidental, uma mulher pode assim colocar-se à cabeça de um regnum até então inexistente e exercer o poder com o mesmo desembaraço que os homens. Em 1116, o Papa Pascoal II reconheceu-lhe o título de Rainha de Portugal. A sua relação política e sentimental com o conde Fernando Pérez de Trava desencadeou a rejeição daqueles que, baseados numa tradição milenar, consideravam que o governo nas mãos de uma mulher era algo perigoso ou, até mesmo, diabólico. Um confronto que acabaria em 1128 com a lendária batalha de São Mamede em que D.Teresa foi derrotada pelas forças partidárias do seu filho e herdeiro. Primeira narrativa da extraordinária vida de uma das governantes mais originais, inteligentes e empenhadas da Idade Média.











a viúva do Conde Henrique, D. Teresa, que desde a morte dele ficara governando a terra portucalense.


Atacada pela rainha de Leão, sua meia irmã D. Urraca – por motivos não suficientemente esclarecidos, mas decerto os de ordem política, relacionados com as ações de D. Teresa, que se não acomodava facilmente à subalterna situação de vassalagem – veio D. Teresa recuando desde a margem do rio Minho com suas tropas, já vencidas e progressivamente dispersas, até encerrar-se no Castelo de Lanhoso, onde logo foi cercada, em manifeste situação de inferioridade. Porém D. Urraca, sob o império de prementes dificuldades políticas próprias, entretanto sobrevindas, só lhe impôs um tratado de paz com expressas cláusulas de mútuo auxilio.



Certa tradição refere que em 1128, como consequência da derrota sofrida na batalha de S. Mamede, D. Teresa voltou ao Castelo de Lanhoso, mas desta vez como prisioneira de seu filho, o vencedor infante Afonso Henriques, que para ali a enviara, duramente agrilhoada. Nada menos exato do que o negrume dessa lenda, há muito desfeita nas páginas dos historiadores, porquanto tudo quanto se lê nas mais vetustas memórias é que, após a batalha, e já em fuga, ela e o seu consorte, o conde galego Fernando Peres de Trava, foram aprisionados, e sem demora expulsos de Portugal, de que o jovem Afonso Henriques se tornou desde então incontestado senhor. A condessa sobreviveu ao desastre, falecendo na Galiza nos fins de 1130. Seus ossos vieram mais tarde para Braga, em cuja catedral repousam, num túmulo parceiro do de seu primeiro marido, o glorioso conde Henrique.




Há, também, associada a este castelo, uma lenda.
Esta lenda dita que durante a Reconquista Cristã algumas mouras preferiam ficar fechadas no castelo a submeter-se à religião Cristã. Durante o cativeiro, ocupavam o seu tempo a tecer novelos de ouro e prata que guardavam em baús. Somente traziam os seus novelos e vinham para fora do castelo no dia de S. João.Diz-se que ainda no fundo da torre; há baús com novelos de ouro, outro com novelos de prata e ouro que está carregado de desgraças que, uma vez aberto empestará toda a região. Houve já quem tentasse ir buscar estes tesouros, mas, com receio da peste acabavam por desistir... e até agora ainda não foram encontrados!



O castelo que chegou até aos nossos dias não é já aquele que assistiu a estas contendas, uma vez que, no final do século XII, no amplo processo de estruturação das terras e respectivas cabeças de território, o conjunto foi objeto de reforma. Construiu-se, então, o castelo românico, com torre de menagem isolada no centro do pátio central.
Nesse contexto, no século XIII, o castelo foi palco de um terrível crime passional. O seu alcaide, D. Rui Gonçalves de Pereira, que se encontrava fora do castelo, ao se inteirar da infidelidade conjugal de sua esposa, Inês Sanches, enamorada de um frade do mosteiro de Bouro, retornou e, fechando-lhe as portas, ordenou que se incendiasse a alcáçova, provocando com isso a morte da infiel e seu amante, bem como dos serviçais, que implicou como cúmplices por não terem denunciado o fato. Os antigos relatos referem que ninguém escapou com vida do incêndio, sequer os animais domésticos.



Não haveria de passar muito tempo até que se reerguessem as muralhas, já sob o signo da arte gótica. A torre de menagem foi "deslocada" para uma das extremidades, defendendo ativamente os muros e a porta principal foi flanqueada por duas torres, de feição harmônica, mais característica dos tempos de D. Dinis. Este monarca concedeu especial atenção ao castelo e respectiva povoação, por via de foral passado em 1292.


Com o início da Idade Moderna, consolidadas as fronteiras do reino, o castelo perdeu progressivamente a sua importância estratégica, vindo a conhecer o abandono e a ruína. Esse processo seria acentuado a partir do final do século XVII, quando André da Silva Machado, um comerciante abastado do Porto decidiu erguer uma réplica do Santuário do Bom Jesus de Braga. Para esse fim, obteve autorização para demolir o antigo castelo e reaproveitar a pedra para edificar um santuário sob a invocação de Nossa Senhora do Pilar (1680). Iniciou-se assim o desmonte de parte da barbacã e das muralhas, edificando-se no interior do recinto uma igreja, a escadaria e as capelas de peregrinação: o Santuário de Nossa Senhora do Pilar.



O castelo foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. A intervenção do poder público iniciou-se a partir de 1938, quando a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) deu início a obras de consolidação e restauro, entre as quais trabalhos de prospecção arqueológica, limpeza, reconstituição dos dois cubelos ladeando o portão de entrada, do arco desse portão, da torre de menagem, de troços das muralhas, e ainda de uma estrada de acesso ao castelo e de beneficiações diversas no Santuário de Nossa Senhora do Pilar. Novas campanhas se sucederam, pelo mesmo órgão, em 1958-1959, em 1973 e em 1975-1976. Mais recentemente, a Câmara Municipal, com o apoio do Associação Adere-Lanhoso, procederam a trabalhos de limpeza e consolidação de estruturas, bem como a remodelação dos pisos interiores da torre, quando o castelo foi reaberto ao público (1996).


Sobrinha de D Urraca de Zamora, prima de Martim Moniz


Biografía de Doña Urraca. Reina de León y Castilla

Introducción a la figura de Doña Urraca

En un mundo de predominio masculino, en el que la condición femenina frecuentemente estaba lastrada por el tópico de la debilidad y la dependencia del hombre, llama la atención la habilidad, el carácter y la determinación de Doña Urraca, que manejó a la perfección la situación creada tras la muerte de su padre, Alfonso VI, que sin descendencia masculina, le reconocía todos sus derechos al trono, tal y como relata el anónimo cronista de Sahagún: "dexó el señorío de su reino a la dicha domna Urraca, su fixa".



El Chronicon Mundi, de Lucas de Tui y el De Rebus Hispaniae, de Rodrigo Jiménez de Rada, trataron de eclipsar su reinado, que salpicaron de connotaciones negativas para enturbiar la imagen de esta mujer a la que estudios posteriores han reconocido su condición de primera reina titular de la historia de España.

El matrimonio Doña Urraca con Raimundo de Borgoña
Para estrechar sus relaciones con Cluny, Alfonso VI no dudó en casar a sus hijas con nobles borgoñones. Así, cuando Urraca tenía apenas seis años, se prepararon los esponsales con Raimundo de Borgoña, conde de Amous, cuarto hijo del conde Guillermo de Borgoña, al que el monarca leonés había encomendado la regencia de Galicia. La boda se celebró probablemente en 1093, cuando la joven había cumplido los doce años. En esta misma fecha murió su madre, Constanza, que pertenecía también a la familia ducal de Borgoña y nació Sancho Alfónsez, su hermanastro, lo que complicaba sus aspiraciones políticas.

Como consecuencia de su matrimonio, Urraca se traslada al ámbito gallego, donde incluso llega a tener su propia corte, en la que aparece como notario Diego Gelmírez, quien luego se Álvaro Mendes vinha de uma família nobre em ascensão e ligada à poderosa Casa de Bragança, uma vez que era cavaleiro da casa do Duque de Bragança e regedor da cidade de Évora.

Entende-se, assim, a construção da Torre do Esporão como um sinal visível de erupção da pretensão aristocrática. Uma necessidade de afirmação da nova linhagem que, entre outros sinais, tinha por hábito erguer uma torre ou casa forte, como verdadeiros símbolos da sua afirmação na sociedade.

A função primeira deste tipo de torres era a de habitação, mas nos finais do século XV as torres que existiam em Portugal dificilmente serviriam de morada permanente, uma vez que as suas dimensões eram muito reduzidas.

Podiam também ter sido refúgios seguros para pessoas e bens, em caso de extrema necessidade. Mas, antes de tudo, eram um símbolo de senhorio e poder militar.

Desenhando em planta um quadrilátero de 14,40 x 10,9 metros, a Torre do Esporão apresenta dimensões pouco usuais – relativamente mais larga – quando comparada com construções antecedentes ou mesmo contemporâneas. No entanto, mais tarde, acabou por servir de modelo a outras Torres, o que demonstra bem a influência que teve em posteriores construções de Torres no Alentejo.

Claro está que, a exemplo de edifícios congéneres, ao longo dos anos a Torre do Esporão foi sofrendo alterações significativas, desvirtuando o desenho e a sua arquitectura inicial.

Quase ao fim do seu governo foi descoberta e denunciada a conspiração da Inconfidência Mineira. Coube a Luís de Vasconcelos determinar a prisão de Tiradentes e a detenção e transporte para o Rio de Janeiro dos conjurados que foram recolhidos a estabelecimentos militares. O processo, porém, se desenrolou sob o governo do seu sucessor. Pelos serviços prestados como Vice-Rei do Brasil foi Luís de Vasconcelos, ao regressar à Metrópole, agraciado com o título de Conde de Figueiró.

CONJURAÇÃO MINEIRA – O MOVIMENTO

A Conjuração Mineira (1789) foi um movimento que manifestou o descontentamento de um grupo de intelectuais, mineradores, fazendeiros, clérigos e militares com as inúmeras taxações da Coroa portuguesa, particularmente pesadas devido ao esgotamento da mineração de diamantes e do ouro de aluvião das Gerais. Entusiastas das idéias liberais aprendidas nos livros "franceses", proibidos na Colônia, ou nas universidades européias, os conjurados defendiam a livre produção e comércio, o desenvolvimento das manufaturas têxteis e da siderurgia, a fundação de uma universidade em Vila Rica e a mudança da capital de Minas Gerais para São João del Rei. O projeto dos inconfidentes não incluía a abolição da escravidão. Para a data do levante foi escolhida a da cobrança da derrama, o que não aconteceu pela traição de Joaquim Silvério dos Reis, que teve perdoado seu débito com a Fazenda Real. Os conjurados foram presos em Minas Gerais por ordem do Visconde de Barbacena e Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) foi detido no Rio por diligência do Vice-Rei Luís de Vasconcelos e Sousa. O processo prolongou-se até 1792, no Rio de Janeiro, para onde haviam sido conduzidos os acusados. A primeira sentença da Alçada de Inconfidência condenou onze à morte e outros ao degredo perpétuo na África. Esta decisão foi posteriormente modificada: punia Tiradentes com a forca, enquanto Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e outros recebiam a pena de exílio em possessões portuguesas na África. Os padres, entre eles o cônego Luís Vieira da Silva, foram enviados para conventos penitenciários em Portugal. A documentação foi recolhida pela Secretaria dos Negócios do Império, em 1874 e pela Comarca de Ouro Preto, em 1888.

Sobrenome de origem portuguesa, classificado como sendo um toponímico, ou seja, de origem geográfica (lugar no distrito de Braga)é considerado também como sendo um diminutivo étnico ou geográfico de Vascão, Vasconço ou Vasconicos, existe tambem a variação Vasconicellos. Procedem de Pedro Martins da Torre, filho de Martim Moniz, foi o seu solar a Torre de Vasconcelos, no lugar de Amares (entre Douro e Minho). O primeiro que assim se chamou foi D. João Pires de Vasconcelos, que se achou na conquista de Servilha, com el-rei D. Fernando, o Santo em 1248.

Nome de raízes toponímicas, foi tirado da terra com esta designação.

ANO 1147
A Conquista de Lisboa

Na muralha de Lisboa existe uma porta chamada de Martim Muniz. Pode lêr-se num quadro de mármore entre o alto da porta e o nicho com um busto:

"EL-REI DÕ AFONSO HENRIQUES MANDOU AQUI COLOCAR ESTA STATUA E CABEÇA DE PEDRA EM MEMÓRIA DA GLORIOSA MORTE QUE DÕ MARTIM MUNIZ PROGENITOR DA FAMÍLIA DOS VASCONCELOS RECEBEU NESTA PORTA QUANDO ATRAVESSANDO-SE NELA FRANQUEOU AOS SEUS A ENTRADA COM QUE SE GANHOU AOS MOUROS ESTA CIDADE NO ANO DE 1147."

"JOÃO ROIZ DE VASCONCELOS E SOUSA CONDE DE CASTEL MELHOR SEU DÉCIMO QUARTO NETO POR BARONIA FEZ AQUI POR ESTA INSCRIÇÃO NO ANO DE 1646."

Este D. Martim Muniz foi rico-homem do rei D. Afonso Henriques, esteve na batalha de Ourique, onde comandou a ala direita, encontrou-se no sítio de Lisboa e aí morreu valorosamente, defendendo uma das portas do castelo, a qual ficou conhecida por porta de Martim Muniz.


ANO 1245
A Torre de Vasconcelos

D. Pedro Martins da Torre teve o senhorio da casa de seus pais e a torre de Vasconcelos e casou com D. Teresa Soares da Silva, ou D. Maria, filha de D. Soeiro Peres Escacha e de sua mulher, D. Froilhe Viegas, de quem nasceu D. João Pires Tenreiro, senhor da casa paterna e, parece, o primeiro que se apelidou de Vasconcelos por ser senhor da torre do mesmo nome, na freguesia de Santa Maria de Ferreiros, em terras de Entre Homem e Cávado. Foi um dos maiores fidalgos do seu tempo, esteve na conquista de Sevilha e casou com sua prima terceira D. Maria Soares, filha de Soeiro Viegas Coelho e de sua mulher, D. Mor Mendes, por cujo casamento teve o morgado de Penagate."

In "Familias Nobres - suas origens e suas armas" de António Machado de Faria - Lisboa 1961


BRASÃO DE ARMAS

Escudo em fundo preto, três faxas contrapostas de prata e vermelho.

TIMBRE

Um leão preto andante com três faxas do escudo.
(Brasão passado em 24 de Dezembro de 1874. Registro no Cartório Geral dos Brasões de Armas de Nobreza e Fidalguia de Portugal, Livro IX, folhas 165v).



CASTELO

Castelo do Barão de Vasconcelos em Itaipava, Petrópolis

Barões da Várzea
Barões das Lages
Barões de Albufeira
Barões de Almeidinha
Barões de Alvaiázere
Barões de Castro Daire
Barões de Lazarim
Barões de Leiria
Barões de Maraú
Barões de Moimenta da Beira
Barões de Monserrate
Barões de Mossâmedes
Barões de Parangaba
Barões de Penalva
Barões de Ponte da Barca
Barões de Riba Tâmega
Barões de Santa Comba Dão
Barões de São Pedro
Barões de Vasconcelos
Barões do Hospital
Barões do Zambujal
Condes da Calheta
Condes da Feira
Condes da Feira-a
Condes da Lapa
Condes de Alva
Condes de Arganil
Condes de Castelo Melhor
Condes de Correia Bettencourt
Condes de Figueiró
Condes de Leiria
Condes de Mossâmedes
Condes de Óbidos
Condes de Palma
Condes de Penela
Condes de Podentes
Condes de Porto Santo
Condes de Proença-a-Velha
Condes de Quinta das Canas
Condes de Reriz
Condes de Sabugal
Condes de Santa Eulália
Condes de Santa Eulália-n
Condes de Torres Novas
Condes de Vila Real
Condes do Canavial
Condes do Carvalhal
Marqueses de Belas
Marqueses de Castelo Melhor
Marqueses de Montebelo
Marqueses de Ponte do Lima
Marqueses de Reriz
Marqueses de Santa Iria
Morgados de Fontelas
Morgados de Mateus
Morgados de Santa Comba
Morgados de Santo António do Cruzeiro
Morgados de Vila Nova de Foz Coa
Morgados do Esporão
Senhores da casa da Fábrica
Senhores da Casa da Preguiça
Senhores da Casa de Barcos
Senhores da Casa de Ferronhe
Senhores da Casa de Fervença
Senhores da Casa de Folhadosa
Senhores da Casa de Fondevila
Senhores da Casa de Fontelas
Senhores da Casa de Pascoaes
Senhores da Casa de Reguengo
Senhores da Casa de Rosende
Senhores da Honra de Alvarenga
Senhores da Honra de Nomães
Senhores da Lousã
Senhores da Torre de Fontelas
Senhores da Torre de Vasconcelos
Senhores da Trofa
Senhores de Alvarenga
Senhores de Aveloso
Senhores de Carrazedo
Senhores de Entre Homem e Cávado
Senhores de Enxara dos Cavaleiros
Senhores de Figueiró
Senhores de Lobios
Senhores de Mafra
Senhores de Mossâmedes
Senhores de Pedrógão
Senhores de Penela
Senhores de Valhelhas
Senhores de Vila Boa de Quires
Senhores do Morgado da Fonte Boa
Senhores do Morgado da Taipa
Senhores do Morgado da Vidigueira
Senhores do morgado de Cetima
Senhores do morgado de Fontelas
Senhores do Morgado de Machede
Senhores do morgado de Monsul
Senhores do morgado de Soalhães
Senhores do Morgado do Espanhol
Senhores do Morgado do Esporão
Senhores do Morgado dos Sousas
Viscondes da Carreira
Viscondes da Granja
Viscondes da Lapa
Viscondes da Quinta de São Tomé
Viscondes da Várzea
Viscondes de Almeida e Vasconcelos
Viscondes de Caeté
Viscondes de Faria Pinho
Viscondes de Gouveia
Viscondes de Guiães
Viscondes de Leiria
Viscondes de Mariares
Viscondes de Mirandela
Viscondes de Moimenta da Beira
Viscondes de Monserrate
Viscondes de Mossâmedes
Viscondes de Nogueiras
Viscondes de Pinheiro
Viscondes de Podentes
Viscondes de Ponte da Barca
Viscondes de Proença-a-Velha
Viscondes de Quinta das Canas
Viscondes de Reriz
Viscondes de Riba Tâmega
Viscondes de Sagres
Viscondes de São Sebastião
Viscondes de São Torquato
Viscondes de Silvares
Viscondes de Sousela
Viscondes de Torres Novas
Viscondes de Vila Mendo
Viscondes de Vila Nova de Cerveira
Viscondes de Vilarinho de São Romão
Viscondes do Zambujal

varonia legítima dos primeiros Vasconcelos, senhores da Honra e Solar de Vasconcelos no século XIII e da linhagem do célebre Martim Moniz (cujo feito na conquista de Lisboa surge pela primeira vez num documento 200 anos depois).

Existem ainda hoje algumas famílias fidalgas que descendem por varonia dos Vasconcelos medievais - através de Rui Vasques Ribeiro (de Vasconcelos). Senhor das vilas de Figueiró e Pedrogão, filho bastardo (legitimado por D. João I em 1430) de Rui Mendes de Vasconcelos, e dos seus descendentes os primeiros marqueses de Castelo-Melhor. São elas: a família de Luís-Maria Pinto de Vasconcelos e Sousa (ramo segundo dos Castelo-Melhor) e as Casas de Óbidos, Alcaçovas, Pombeiro e Pombeiro de Riba Vizela. Mas de todas elas a única que ainda conserva o apelido de Vasconcelos é a de Óbidos.

Todas elas têm portanto uma nobreza por varonia legítima que remonta a 1430.

Rui Mendes de Vasconcelos (1340 -?) foi um nobre medieval do Reino de Portugal e o primeiro senhor de Figueiró e de Pedrógão.

Recebeu das mãos do rei D. João I de Portugal, por mercê, o Senhorio da vila de Caminha e de Terra da Nóbrega, localidade que corresponde a actual Ponte da Barca. Como cavaleiro destacou-se no combate contra os mouros em conjunto com o irmão, D. Mem Rodrigues de Vasconcelos, na Batalha de Aljubarrota, na Ala dos namorados.[1] Mais tarde veio a trocar as as terras de Baltar e Paiva com seu primo D. Nuno Álvares Pereira, cedendo-lhe este as terras de Basto e as honras de Frazão e Sanfins de Ferreira.

Foi ainda como militar que prestou socorreu à cidade de Coimbra, ainda na vigência do reinado de D. João I de Portugal que acompanhou em combate. "se meteo dentro da cidade com sua gente acudindo aos asaltos e sahindo aos encontros com tal honra q na defeza da terra lhe derão o 1.º lugar e na batalha pelejou na banguarda com esforso e vallor".

Veio a morrer por afogamento na Nau dos Estanques, que navegava no Rio Minho, junto à localidade de Monção, na altura em que acompanhava D. João I de Portugal a quando do ataque a Tui.

Foi filho de Gonçalo Mendes de Vasconcelos (1320 -1407) que foi alcaide-mor de Coimbra e de Teresa Rodrigues Ribeiro (c. 1320 -?) filha de Rui Vasques Ribeiro (1300 -?) e que foi o 2.º senhor do morgadio de Soalhães e de Marinha Gonçalves de Chacim (1310 -?). Casou com Constança Álvares (c. 1340 -?) de quem teve:

Rui Vasques Ribeiro (1360 -?) e que foi o 2.º senhor de Figueiró e Pedrógão. Casou por duas vezes, a primeira com Ana Afonso e a segunda com Violante de Sousa;
Maria da Silva (c. 1360 -?) casada com D. João Rodrigues Pereira (1340 - Monção), que foi senhor de Castelo de Paiva, Baltar e Cabeceiras de Basto.















Este edifício – o mais importante e representativo de todo o conjunto que compõe a “Cerca do Esporão” – integra ainda uma curiosa Porta Fortificada com uma escada em caracol de acesso ao terraço defensivo e a Ermida Nossa Senhora dos Remédios, que vem confirmar a importância que as torres medievais voltaram a adquirir no final da Idade Média. A sua presença indica não só que os seus possuidores tinham começado a fazer mais uso das torres espaçosas, mas também que existia uma certa sacralização do espaço em que se erguiam.

Há quatro anos, a Finagra tomou a iniciativa de restituir à Torre do Esporão a dignidade perdida. A autorização do IPPAR para a sua reabilitação foi obtida e a empresa – por sua conta e risco – iniciou o processo de reabilitação recentemente concluído




O Paço de Vasconcelos ou Residência Senhorial dos Condes de Castelo Melhor, conhecido a nível local pelo "castelo de Santiago", é um importante exemplar dos antigos paços senhoriais rurais, da região entre Coimbra e Leiria.

Monumento atribuído aos Vasconcelos Ribeiros e Sousas do Prado, manteve-se na posse desta família desde o século XVI até à segunda metade do século XIX. Nos finais desse século, com o advento da Revolução Liberal e a consequente extinção dos Morgadios, passou a ser utilizado para fins diferentes daqueles para os quais fora construído. Iniciou-se assim um processo de degradação contínua que se acentuou ao longo do século XX mas que não impediria, em 1978, a sua classificação como Monumento Nacional.

Manteve-se em mãos privadas até 1996, ano em que a Câmara Municipal de Ansião adquiriu o imóvel, condição que se viria a revelar fundamental para a sua posterior reabilitação.

A par de toda a intervenção arquitectónica, cuja planificação então se iniciou e que actualmente se encontra concluída, iniciou-se também em 2002 um trabalho de pesquisa arqueológica no local. Um local onde, ferira-se, já existiam indícios de presença romana, nomeadamente uma pedra com inscrição latina na fachada da Torre. Essa intervenção arqueológica viria a revelar, dentro das paredes da residência Senhorial, a "pars urbana" (área onde habitava o proprietário) de uma villa tardo-romana do século IV/V, onde foram postos a descoberto pavimentos musivos de excepcional valor e que se destacam no panorama nacional. Quanto à existência, num mesmo local, de uma residência senhorial do Séc. XVI e de uma villa Romana, é mesmo considerada única na Península Ibérica.

Castelo Melhor é uma aldeia localizada no Vale do Coa e está integrada numa zona classificada com dois patrimónios mundiais pela UNESCO: o Douro vinhateiro e as gravuras rupestres do Vale do Coa. Rodeada de um património invejável, não apenas natural, já que está situada entre o Douro e o Côa, mas também histórico (gravuras rupestres, vestígios romanos).
Passou a fazer parte do Reino Português após o importante Tratado de Alcanizes (em 1297). A sua história poderá estar relacionada com a desaparecida cidade de Calábria, já que uma das teorias é que a construção do castelo, em 1209 ou 1210, se deveu à necessidade de criar um forte militar melhor do que Calábria.
As casas em xisto, o Castelo, a Igreja Matriz, a Capela de Santa Bárbara, a Capela e miradouro de São Gabriel são os principais atractivos desta aldeia transmontana

O castelo de Castelo Melhor é um dos melhores exemplos de fortaleza medieval secundária, erguida numa das zonas mais periféricas dos reinos peninsulares. A obra original é leonesa e remonta aos inícios do século XIII, altura a que corresponde uma intensa fortificação da linha de Riba-Côa, zona constantemente disputada pelos monarcas português e castelhano. Foi neste contexto que Afonso VII, em 1209 ou 1210, mandou construir a fortaleza, dando-lhe simultaneamente foral, numa tentativa de consolidação populacional e militar, que se veio a revelar de relativa importância nos dois séculos seguintes.

Menos de um século depois, com o Tratado de Alcanices (1297), Castelo Melhor passou para a coroa portuguesa, integrando, a partir daí, a raia nacional. D. Dinis, como prova de afirmação do novo espaço, empreendeu obras e dotou a vila de um novo quadro administrativo, mas a verdade é que Castelo Melhor não cessou de desempenhar um papel secundário e periférico, mesmo na linha de reforço militar de Riba-Côa.

Deste estatuto menor dão conta as obras patrocinadas por D. Dinis. Apesar das transformações e ruínas posteriores, que impossibilitam uma melhor análise das obras góticas, elas ter-se-ão limitado à reformulação do “sistema de entrada do castelo, cuja porta passou a estar enquadrada por dois torreões de planta quadrangular”, solução muito frequente nos castelos dionisinos, pelo impacto cenográfico e pelo símbolo de autoridade régia que transmitiam. Paralelamente, manteve a estrutura geral do perímetro muralhado, com uma cerca de planta genericamente circular e um só torreão adossado, “voltado ao povoado, protegendo a única vertente por onde o acesso era possível”. A 12 de Junho de 1298, D. Dinis confirmou os foros concedidos por Afonso IX, evitando, assim, qualquer mudança brusca no sistema de vivência e de organização dos homens vinculados à vila, mas não parece sequer ter dotado o castelo de uma torre de menagem.

A história posterior do Castelo de Castelo Melhor é a de uma progressiva decadência. No final do século XIV, no contexto da guerra peninsular empreendida por D. Fernando, há notícias de o conjunto ter sido objecto de algumas beneficiações, certamente tendo em conta a posição estratégica face à linha de fronteira. Na centúria seguinte, com a associação de algumas das mais importantes famílias nobres às alcaidarias dos castelos, a fortaleza passou para a posse dos Cabral, estirpe que detinha também a alcaidaria de Belmonte. Mas se, em Belmonte, esta família construiu o seu paço, em Castelo Melhor, a ter existido, nada parece ter restado.

Durante a época moderna, a povoação passou a ser sede de condado (1584) e, posteriormente, a cabeça de marquesado (1766), estatutos de prestígio que pouco tiveram que ver com a relevância do seu velho castelo. Integrado no concelho de Almendra (também ele extinto em 1855), Castelo Melhor chegou aos nossos dias como uma das nossas mais impressionantes ruínas medievais de carácter militar. À margem das grandes intervenções restauracionistas da primeira metade do século XX, constitui um dos poucos castelos não adulterados pelas vagas de restauro e um dos que poderá trazer mais informação acerca da Baixa Idade Média, assim se efectuem escavações arqueológicas direccionadas para este período.

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http://maps.google.com.br/maps?f=q&source=s_q&hl=pt-BR&q=Castelo+Melhor,+5150+Vila+Nova+de+Foz+C%C3%B4a,+Guarda,+Portugal&sll=-14.179186,-50.449219&sspn=84.136162,152.753906&ie=UTF8&cd=1&geocode=FWsHcgIdcjKU_w&split=0&hq=&hnear=Castelo+Melhor,+Vila+Nova+de+Foz+C%C3%B4a,+Guarda,+Portugal&ll=41.026924,-7.074165&spn=0.07019,0.149174&t=h&z=13

http://www.panoramio.com/map/#lt=41.032136&ln=-7.066526&z=4&k=2

41° 1' 55.69" N 7° 3' 59.49" W

Almendra deve ter mantido a sua importância ao longo do século XVI, ou talvez o tenha mesmo visto aumentar. Por exemplo, só durante o reinado de D. João III foram passadas 13 cartas a nomear outros tantos tabeliães. É ainda ao longo deste século que são construídos alguns dos principais edifícios religiosos. Nos séculos XVII e XVIII foram seus donatários os Condes de Castelo Melhor, que eram inclusivamente proprietários dos ofícios públicos e tinham ainda poder para fazer eleições e confirmá-las.

Ainda no século XVIII surge o partido médico local, proporcionando melhores condições de combate à doença entre os Almendrenses. Finalmente, em 1855 extinguia-se o concelho de Almendra, na época composto pelas freguesias de Castelo Melhor, Algodres, Vilar de Amargo e a própria freguesia de Almendra.

Fontes: António N. Sá Coixão e António António R. Trabulo, Por Terras do concelho de Foz Côa – Susídios para a sua História – Estudo e Inventário do seu Património, Vila Nova de Foz Côa, Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, 2ª edição – 1999., CM Vila Nova Foz Côa


Orígem de D. Martim Moniz

Teodósio I, Imperador de Roma

* Spagna 0346 + Milano, Milano 17.01.0395
Genitori
Padre: Flávio Honório Teodósio
Madre: Thermantia
Matrimoni
Matrimonio II:
Gala

Ataulfo, rei

+ 0415
Marriages
France, Narbonne 0414
Gala Placida * c. 0388

Children
Atailda Jofre Rocaberti
Sigerico, rey de los Godos
Teodorico Flavia Gala Placida

Theodoric I, King of the Visigoths


Parents
Father: Teodorico
Mother: Flavia Gala Placida
Marriages

N

Children
Eurico I Balthes, rey de los Visigodos Ragnahild


Eurico I Balthes, rey de los Visigodos


Padres
Padre: Theodoric I, King of the Visigoths
Madre: N
Matrimonios

Ragnahild

Hijos
Alaric II Balthes, rey dos Visigodos Theodegotha dos Ostrogodos


Alaric II Balthes, rey dos Visigodos

+ 0507
Padres
Padre: Eurico I Balthes, rey de los Visigodos
Madre: Ragnahild
Matrimonios
0494
Theodegotha dos Ostrogodos * c. 0473

Hijos
Amalric I Balthes, rey de los Visigodos * 0502 Clothilde de France


Amalric I Balthes, rey de los Visigodos

* 0502 + c. 0530
Padres
Padre: Alaric II Balthes, rey dos Visigodos
Madre: Theodegotha dos Ostrogodos * c. 0473
Matrimonios
0511
Clothilde de France * c. 0510

Pedro, duque da Cantábria

* c. 0660
Padres
Padre: Ervigio Favila * c. 0630
Madre: Liubigotona Baltes * c. 0630
Matrimonios
c. 0690
N

Hijos
Alfonso I, rey de Asturias * c. 0690 Ermesinda de Asturias
Froila Petri de Leão * 0700 N


Alfonso I, rey de Asturias

* c. 0690 + 0757
Padres
Padre: Pedro, duque da Cantábria * c. 0660
Madre: N
Matrimonios
c. 0723
Ermesinda de Asturias * 0700

Hijos
Froila I, rey de León * c. 0725 Munia Froilaz

Froila I, rey de León

* c. 0725 + 0768
Padres
Padre: Alfonso I, rey de Asturias * c. 0690
Madre: Ermesinda de Asturias * 0700
Matrimonios
Matrimonio I: c.
Munia Froilaz * c. 0730

Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Alfonso II el Casto, rey de León * 0759
Froila de Leão * c. 0760 N
Hijos de Hermesenda Romaes
Romão, conde de Monterroso e de Santa Marta de Ortigueira D. Teresa Arias

Bermudo, príncipe de Leão

* c. 0750 + 0842
Padres
Padre: Froila de Leão * c. 0760
Madre: N
Matrimonios
c. 0790
Ursinda Muniadona de Coimbra * c. 0750

Hijos
Ramiro I, rey de León * c. 0770 Paterna de Castilla


Ramiro I, rey de León

* c. 0770 + 0850
Padres
Padre: Bermudo, príncipe de Leão * c. 0750
Madre: Ursinda Muniadona de Coimbra * c. 0750
Matrimonios
c. 0800
Paterna de Castilla * c. 0780

Hijos
Ordoño I, rey de León * 0800 Munadona de Vierzo
Condessa Muncia

* 0800 + 0866
Padres
Padre: Ramiro I, rey de León * c. 0770
Madre: Paterna de Castilla * c. 0780
Matrimonios
c. 0845
Munadona de Vierzo * c. 0810

Hijos
Alfonso III, rey de León * 0838 Ximena Garcez de Pamplona
Luidegunda, infanta de León * c. 0840 Garcia Iñiguez, rey de Pamplona
Nuno Ordoñez, infante da Galiza N de Castilla
Bermudo Ordoñez , pretendente + a. 928
Oduário Ordoñez , pretendente
Froila Ordoñez , pretendente


Alfonso III, rey de León

* 0838 + 20.12.0910
Padres
Padre: Ordoño I, rey de León * 0800
Madre: Munadona de Vierzo * c. 0810
Matrimonios
c. 0860
Ximena Garcez de Pamplona * c. 0840

Hijos
Garcia I, rey de León * c. 0860 Muniadona Nuñez
Ramiro de Leão * c. 0870 Urraca (antes N.. ibn Abd' Allah)
Ordoño II, rey de León * c. 0860 Elvira Mendes de Portugal Sancha Sanchez de Pamplona
Froila II, rey de León * c. 0860 Munia Ximenez de Pamplona


Ordoño II, rey de León

* c. 0860 + 0924
Padres
Padre: Alfonso III, rey de León * 0838
Madre: Ximena Garcez de Pamplona * c. 0840
Matrimonios
Matrimonio I: c. 0890
Elvira Mendes de Portugal * 0865

Matrimonio II:
Sancha Sanchez de Pamplona * c. 0910

Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Alfonso IV, rey de León * c. 0900 Onega Sanchez de Pamplona
Ramiro II, rey de León * c. 0900 Ausenda Guterres de Coimbra Urraca Sanchez de Pamplona Onega?…

Ramiro II, rey de León

* c. 0900 + 0965
Padres
Padre: Ordoño II, rey de León * c. 0860
Madre: Elvira Mendes de Portugal * 0865
Matrimonios
Matrimonio I: c. 0925
Ausenda Guterres de Coimbra

Matrimonio II: c. 0930
Urraca Sanchez de Pamplona * c. 0915

Matrimonio III:
Onega?…

Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Ordoño III, rey de León * c. 0925 Urraca Fernandez de Castilla Munia Sanchez de Pamplona
Teresa, infanta de León * c. 0930 Garcia III (I) Sanchez, rey de Pamplona
Hijos del Matrimonio II:
Sancho I el Gordo, rey de León * c. 0930 N
Elvira de Leão , regente do reino de Leão em 966
Hijos del Matrimonio III:

Ordoño III, rey de León

* c. 0925 + Zamora 08.0955
Padres
Padre: Ramiro II, rey de León * c. 0900
Madre: Ausenda Guterres de Coimbra
Matrimonios
Matrimonio I: 0950
Urraca Fernandez de Castilla * c. 0930

Matrimonio II: c. 0950
Munia Sanchez de Pamplona * c. 0920

Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Sin sucesión
Hijos del Matrimonio II:
Sin sucesión
Hijos de Elvira Pais Daza * c. 0930
Bermudo II, rey de León * 0956 Elvira Garcez de Castilla

Bermudo II, rey de León

* 0956 + 09.0999
Padres
Padre: Ordoño III, rey de León * c. 0925
Madre: Elvira Pais Daza * c. 0930
Matrimonios
Matrimonio I: c. 0960
Elvira Garcez de Castilla * c. 0960

Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Alfonso V, rey de León * 0994 Elvira Mendes, condessa soberana de Portugal Urraca Garcez de Pamplona
Hijos de N
Ordonho Bermudes de Leão * c. 0980 Fronilde Pais de Coimbra


Alfonso V, rey de León

* 0994 + Viseu 07.08.1028
Padres
Padre: Bermudo II, rey de León * 0956
Madre: Elvira Garcez de Castilla * c. 0960
Matrimonios
Matrimonio I: 1014
Elvira Mendes, condessa soberana de Portugal * 0995

Matrimonio II:
Urraca Garcez de Pamplona * c. 1000

Sancha, infanta heredera de León

* c. 1015 + 07.11.1067
Padres
Padre: Alfonso V, rey de León * 0994
Madre: Elvira Mendes, condessa soberana de Portugal * 0995
Matrimonios
1033
Fernando I el Magno, rey de Castilla y León * c. 1016

Hijos
Sancho II, rey de Castilla * c. 1040 Alberta
Alfonso VI, rey de Castilla * 06.1039 Agnès d' Aquitaine Constance de Bourgogne Berthe de Bourgogne Zaida, luego Isabel de Sevilla
Garcia I, rey da Galiza * c. 1040 + 1095 nc ss
Urraca, infanta de León * 1033 Garcia Ordoñes

Urraca, infanta de León

* 1033 + León 1201
Padres
Padre: Fernando I el Magno, rey de Castilla y León * c. 1016
Madre: Sancha, infanta heredera de León * c. 1015
Matrimonios

Garcia Ordoñes

Hijos
Osório Garcia, conde de Cabrera Sancha Moniz
Garcia Ordoñez, conde de Nájera


Garcia Ximenez, magnate basco
* c. 0790
Padres
Padre: Ximeno, magnate basco * c. 0760
Madre: N

Ximena Garcia de Pamplona
* c. 0820
Padres
Padre: Garcia Ximenez, magnate basco * c. 0790
Madre: N
Matrimonios
c. 0840

Garcia Ximenez
* c. 0840
Padres
Padre: N
Madre: Ximena Garcia de Pamplona * c. 0820
Matrimonios
Matrimonio I:
Oneca de Sangueza

Matrimonio II:
Daldidis de Paillars

Sancho I Garcez, rey de Pamplona
* c. 0865 + c. 0925
Padres
Padre: Garcia Ximenez * c. 0840
Madre: Daldidis de Paillars

Garcia III (I) Sanchez, rey de Pamplona
* 0919 + 22.02.0970
Padres
Padre: Sancho I Garcez, rey de Pamplona * c. 0865
Madre: Toda Aznares de Aragón * c. 0880

Sancho II Garcez "Abarca", rey de Pamplona
* > 0935 + 12.0994
Padres
Padre: Garcia III (I) Sanchez, rey de Pamplona * 0919
Madre: Andregoto Galindes de Aragón * c. 0900

Garcia IV Sanchez, rey de Pamplona
* 0958 + 1004
Padres
Padre: Sancho II Garcez "Abarca", rey de Pamplona * > 0935
Madre: Urraca Fernandez de Castilla * c. 0930
Matrimonios

Sancho III el Grande, rey de Navarra e Castilla
* 0991 + 18.05.1035
Padres
Padre: Garcia IV Sanchez, rey de Pamplona * 0958
Madre: Ximena Fernandez * c. 0970

Fernando I el Magno, rey de Castilla y León
* c. 1016 + 27.12.1065
Padres
Padre: Sancho III el Grande, rey de Navarra e Castilla * 0991
Madre: Munia Maior, heredera de Castilla * c. 0990

Urraca, infanta de León
* 1033 + León 1201
Padres
Padre: Fernando I el Magno, rey de Castilla y León * c. 1016
Madre: Sancha, infanta heredera de León * c. 1015
Matrimonios

Sancha Moniz
Garcia Ordoñes
Matrimonios
Urraca, infanta de León * 1033

Osório Garcia, conde de Cabrera
Padres
Padre: Garcia Ordoñes
Madre: Urraca, infanta de León * 1033

D. Monio Osorez de Cabrera
* c. 1110
Padres
Padre: Osório Garcia, conde de Cabrera
Madre: Sancha Moniz
Matrimonios
Maria Nunes de Grijó * c. 1120

D. Martim Moniz
Pais
Pai: D. Monio Osorez de Cabrera * c. 1110
Mãe: Maria Nunes de Grijó * c. 1120
Casamentos
Teresa Afonso * c. 1150
Filhos
D. Pedro Martins da Torre, senhor da Torre de Vasconcelos * c. 1160 D. Teresa Soares da Silva

D. João Peres de Vasconcelos, o Tenreiro

* c. 1200
Pais
Pai: D. Pedro Martins da Torre, senhor da Torre de Vasconcelos * c. 1160
Mãe: D. Teresa Soares da Silva * c. 1160
Casamentos

Maria Soares Coelho * c. 1210

Filhos
D. Rodrigo Anes de Vasconcelos * c. 1230 Mécia Rodrigues de Penela
Pedro Anes de Vasconcelos * c. 1250 Margarida Peres de Portocarrero
Estevão Anes de Vasconcelos
Teresa Anes de Vasconcelos João Fernandes Franco, senhor do solar de Dornelas
Maior (ou Maria) Anes de Vasconcelos Aires Rodrigues de Urrô

Martim Moniz
A lenda
De acordo com a lenda, terá sido um nobre cavaleiro que lutou com heroísmo durante aquele cerco, ao lado das forças cristãs sob o comando do rei D. Afonso Henriques (1112-1185).

Ao perceber o entreabrir de uma porta no Castelo dos Mouros, atacou-a individualmente, sacrificando a vida ao atravessar o seu próprio corpo no vão da mesma, como forma de impedir o seu fechamento pelos defensores.

Esse gesto heróico permitiu o tempo necessário à chegada e o acesso dos companheiros, que assim conseguiram conquistar o castelo. Em sua homenagem, esse acesso ficou conhecido como Porta de Martim Moniz.

Os dois únicos testemunhos coevos da conquista de Lisboa aos mouros são as cartas dos cruzados Osberno ("De expugnatione Lyxbonensi") e Arnulfo, que, em suas narrativas, não citam nem este personagem e nem este episódio. Historiograficamente, Alexandre Herculano considerou como lendário o episódio narrado pela tradição, embora pareça plausível no contexto, à época.

casado com Teresa Afonso (que alguns genealogistas apontam como filha bastarda de D. Afonso Henriques, Rei de Portugal) com quem gerou três filhos:

Pedro Martins da Torre (1160-1???), senhor da Torre de Vasconcelos (do qual provém a importante linhagem dos Vasconcelos);

João Martins de Cabreira Salsa (1???-1???);
Martim Martins de Cabreira (1???-12??) (Arcediago da Sé de Braga), que deixou testamento posterior a 1256, em que nomeou por herdeiro o seu sobrinho-neto, Estêvão Anes de Vasconcelos.

Alfredo Pimenta, na obra A façanha de Martim Moniz de 1940, comenta a existência de documentos datados desde 1258 que fazem referência ao portão de Martim Moniz.

Próximo à Porta de Martim Moniz, na antiga cerca moura de Lisboa, ergue-se um busto do herói. Em uma placa epigráfica de mármore, sobre a porta, colocada por um descendente da família Vasconcelos em meados do século XVII, lê-se:

"El-Rei dõ Afonso Henriques mandou aqui colocar esta statua e cabeça de pedra em memória da gloriosa morte que dõ Marti Muniz progenitor da família dos Vasconcelos recebeu nesta porta quando atravessando-se nela franqueou aos seus a entrada com que se ganhou aos mouros esta cidade no ano de 1147."
"João Roiz de Vasconcelos e Sousa Conde de Castel Melhor seu décimo quarto neto por baronia fes aqui por esta inscrição no ano de 1646."
Martim Moniz é igualmente o nome de uma grande praça no sopé do Castelo de Lisboa (no coração da freguesia do Socorro), bem como da estação de metropolitano que a serve.










Santiago da Guarda tem sido povoada desde os primórdios da humanidade, o que é testemunhado por diversos vestígios arqueológicos encontrados, designadamente, machados e artefactos neolíticos, no Monte Alvão, lugares de Guarda e Moita Santa, e também muita cerâmica, pedaços de vasilhas, restos de tegulae e imbrices, na zona do Poço do Carvalhal (Várzea), mosaicos e construções romanas sob o Paço dos Condes de Castelo Melhor e um troço bem conservado de estrada romana, próximo do Vale de Boi.

Troço de uma estrada romana
Durante o 1.º reinado português, na carta de doação do Alvorge ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (1141) é mencionada a povoação “Façalamim”, que se localiza a Sul do Alvorge. D. Sancho I, em Abril de 1191, deu o dízimo, que uma herdade local pagava à Coroa, ao Mosteiro de São Jorge de Coimbra.
Pero de Sousa Ribeiro, filho de João Rodrigues de Vasconcelos e de D. Branca da Silva, em 8 de Dezembro de 1476, recebeu carta de privilégio de couto e honra para a Quinta que possuía na Freguesia e para a feira da Moita Santa. No final do século seguinte (1597), Luís de Sousa e Vasconcelos, 4.º Alcaide-mor de Pombal, recebeu aquela Comenda. Seguiram-se ainda outras honras e títulos. Em 1758, ainda era Donatário da região, o Conde de Castelo Melhor.
Nesse tempo, Santiago da Guarda possuía vários templos religiosos dignos de destaque (alguns ainda existem): Igreja Matriz, dedicada a S. Tiago (já demolida e substituída por uma nova na década de 1970), as Ermidas da Senhora da Piedade, no Vale do Boi; de Santa Ana, no lugar do Pinheiro; de São Pedro, no Casal dos Nogueiros; de Santo António, nas Louriceiras; de Santa Bárbara, no lugar da Melriça; de São Vicente, no lugar da Moita Negra; e da Senhora da Moita Santa, no lugar do mesmo nome.
Santiago da Guarda integrou o concelho de Rabaçal, na primeira metade do século XIX, e, mais tarde, integrou o concelho de Ansião. A devoção ao apóstolo S. Tiago, nascida no contexto da Reconquista Cristã, subsistiu ao longo dos tempos. Aliás, por aqui passava um dos “caminhos de peregrinação a Santiago”, por isso, as populações desta região se apegaram tanto a esse culto, que acabou por ficar no nome da Freguesia.

Entre o actual património da freguesia, o edifício que mais dá nas vistas é, sem dúvida, aquele a que o povo chama “Castelo” e não é mais que o Solar dos Condes de Castelo Melhor. Trata-se do único Monumento Nacional classificado (desde 1978), em toda a área do Concelho, sendo o único exemplar da arquitectura manuelina na região. É constituído por Torre, Paço e Capela. Muito vandalizado, durante o século XX, algumas portas e janelas manuelinas ilustram o estilo em que foi construído, na 2.ª metade do século XV, acreditando-se que a Torre, em cantaria, será anterior.

um dos mosaicos romanos da "villa" da Guarda em Santiago
É propriedade do Município, que superintendeu e custeou parte da intervenção a que recentemente foi sujeito, tendo-se encontrado, no subsolo, mosaicos romanos de grande valor, parte deles conservados para serem observados pelos visitantes. Ainda na área da freguesia, próximo à povoação de Vale de Boi, existe um pequeno troço de “calçada romana”, certamente um pedaço de uma via romana secundária, por onde terão passado muitos peregrinos de S. Tiago, que poderão ter tido alguma ligação ao actual nome desta freguesia.

Pela sua importância patrimonial, merecem ser vistos os Moinhos de Vento da Melriça e do Outeiro – únicos no mundo em termos de funcionamento. Este é, de facto, bastante original: toda a estrutura roda à procura do vento que faça girar as velas (em lona), para que estas, por sua vez, façam girar as mós que hão-de moer o grão.
O Artesanato é uma actividade importante na área desta freguesia, que todos os anos, no mês de Julho, organiza uma Feira de Artesanato. A tecelagem e a cestaria são os sectores mais representativos.
O Queijo do Rabaçal tem aqui o maior centro de produção – a Coprorabaçal – que tem como objectivo produzir o delicioso queijo, em quantidade e qualidade. Aqui tem sede, também, a respectiva Confraria do Queijo Rabaçal.

Capela da residência dos Condes de Castelo Melhor (Santiago da Guarda)



A capelinha do Solar dos Condes de Castelo Melhor de que restam apenas as paredes e abóbada (agora reconstruídas) apresenta características claras do estilo manuelino. Pessoas antigas com quem conversámos recordam-se, quando o estado de ruína não era ainda tão grande (nas primeiras décadas do século XX) como depois foi, dos bonitos frescos que existiam nesta capela.



A Torre de Vasconcelos uma estrutura do género Domus Fortis, encontra-se localizada perto do lugar de Vasconcelos, na freguesia de Ferreiros (Amares), distrito de Braga. Está, pelo Decreto 37077 de 29/9/1948, classificada como Imóvel de Interesse Público pelo IPPAR [1].
Da torre restam ainda alguns vestígios daquilo que é um dos raros paços de origem românica em Portugal.

As informações disponíveis deixam supor que tenha sido edificada em meados do século XIII, pelo então Pêro de Anes e Rodrigo Anes de Vasconcelos, nascido, este último em 1230 e casado com D. Mécia Rodrigues de Penela que foram os fundadores da Honra de Vasconcelos, filhos de D. João Peres de Vasconcelos, “O Tenreiro”, nascido em 1200 e de D. Maria Soares Coelho, nascida em 1210. Sendo este João Peres de Vasconcelos filho de D. Pedro Martins da Torre, nascido em 1160 e Senhor da Torres de Vasconcelos e de D. Tersa Soares da Silva, nascida em 1160 e que foi a sua segunda esposa.

As ruínas actualmente existentes são conhecidas de forma popular por “Casa dos Mouros”. Estão edificadas num esporão de terreno sobranceiro à ribeira de Bárrio.

A construção antiga, um autêntico paço senhorial, era constituída por uma torre (que servia de refúgio em caso de ataque) e um anexo residencial de forma rectangular. A torre, propriamente dita, era de forma quadrangular e que ainda se mantém em parte, conserva o seu portal. Uma porta grande e rasgada no mesmo tipo de arcatura, que servia para fazer a ligação com o corpo do restante edifício anexo. Nas ruínas desta construção ainda existe uma grande porta em arco ogival.







Painel de Columbano Bordalo Pinheiro, na Sala dos Passos Perdidos,
retratando Conde de Castelo Melhor, D. Luís da Cunha, Marquês de Pombal
e José Seabra da Silva.






Conde de Castelo Melhor, título criado pelo Rei Filipe II de Portugal, por carta de 21 de Março de 1611, a favor de Rui Mendes de Vasconcelos. Em 10 de Outubro de 1766, D. José I, criou o tíulo de Marquês de Castelo Melhor a favor de D. José de Vasconcelos e Sousa Caminha Câmara Faro e Veiga, 4.º Conde de Castelo Melhor. A partir daí, o título de conde de Castelo Melhor tem sido atribuído a alguns dos herdeiros presuntivos do Marquesado.


João de Vasconcelos e Sousa, 2º Conde de Castelo Melhor

Castelo Melhor é uma aldeia localizada no Vale do Coa e está integrada numa zona classificada com dois patrimónios mundiais pela UNESCO: o Douro vinhateiro e as gravuras rupestres do Vale do Coa. Rodeada de um património invejável, não apenas natural, já que está situada entre o Douro e o Côa, mas também histórico (gravuras rupestres, vestígios romanos).
Passou a fazer parte do Reino Português após o importante Tratado de Alcanizes (em 1297). A sua história poderá estar relacionada com a desaparecida cidade de Calábria, já que uma das teorias é que a construção do castelo, em 1209 ou 1210, se deveu à necessidade de criar um forte militar melhor do que Calábria.
As casas em xisto, o Castelo, a Igreja Matriz, a Capela de Santa Bárbara, a Capela e miradouro de São Gabriel são os principais atractivos desta aldeia transmontana.
Porta de entrada do castelo que se apelida «Melhor», mas tem sido muito maltratado pelas entidades responsáveis (Ministério da Cultura e autarquias locais). Ao ritmo da degradação actual, em poucos anos restarão apenas as memórias destas ruínas. Da pequena investigação que fiz sobre o castelo, resultou a seguinte história:

O Monte Calábria, sede da cidade perdida de Calábria, fica localizado na freguesia de Almendra (aldeia vizinha de Castelo Melhor), junto ao rio Douro. Por lá existe uma placa a indicar “Ruínas de Calábria”, que só podem ser vistas numa caminhada a pé até ao cimo do monte. Mas vale bem a pena: a vista é espectacular e inspiradora. Na cidade de Calábria o Bispo Domingo recebeu do Rei Fernando II em 1171. Era uma antiga vila visigótica sede de uma diocese activa. Supõe-se também que, com a invasão dos Muçulmanos esta cidade tenha desaparecido, restando apenas alguns vestígios das muralhas. Também estas ruínas estão deixadas completamente ao abandono. [fonte]
A cidade de Calábria, romano-visigótica, foi conquistada em 60 A.C. por Júlio César com o nome de Calliabriga, em 716 foi arrasada pela invasão muçulmana e em 960 incluída no testamento de D. Flâmula («Livro da Mumadona», que está na Torre do Tombo).

Após a destruição da cidade Calábria, surgiu a necessidade de construir uma fortificação militar que seria melhor e mais forte noutra localização. Daí a construção e designação de «Castelo Melhor». Mas é apenas uma teoria..

O Monte Calábria, sede da cidade perdida de Calábria, fica localizado na freguesia de Almendra (aldeia vizinha de Castelo Melhor), junto ao rio Douro. Por lá existe uma placa a indicar “Ruínas de Calábria”, que só podem ser vistas numa caminhada a pé até ao cimo do monte. Mas vale bem a pena: a vista é espectacular e inspiradora. Na cidade de Calábria o Bispo Domingo recebeu do Rei Fernando II em 1171. Era uma antiga vila visigótica sede de uma diocese activa. Supõe-se também que, com a invasão dos Muçulmanos esta cidade tenha desaparecido, restando apenas alguns vestígios das muralhas. Também estas ruínas estão deixadas completamente ao abandono. Supõe-se que, após a destruição de Calábria, surgiu a necessidade de construir uma fortificação militar que seria melhor e mais forte noutra localização. Daí a construção e designação de «Castelo Melhor». Há quem relacione «Melhor» com Castelo Bom ou Castelo Mendo, cujas localizações são próximas

O castelo de Castelo Melhor é um dos melhores exemplos de fortaleza medieval secundária, erguida numa das zonas mais periféricas dos reinos peninsulares. A obra original é leonesa e remonta aos inícios do século XIII, altura a que corresponde uma intensa fortificação da linha de Riba-Côa, zona constantemente disputada pelos monarcas português e castelhano. Foi neste contexto que Afonso VII, em 1209 ou 1210, mandou construir a fortaleza, dando-lhe simultaneamente foral, numa tentativa de consolidação populacional e militar, que se veio a revelar de relativa importância nos dois séculos seguintes

Menos de um século depois, com o Tratado de Alcanices (1297), Castelo Melhor passou para a coroa portuguesa, integrando, a partir daí, a raia nacional. D. Dinis, como prova de afirmação do novo espaço, empreendeu obras e dotou a vila de um novo quadro administrativo, mas a verdade é que Castelo Melhor não cessou de desempenhar um papel secundário e periférico, mesmo na linha de reforço militar de Riba-Côa. Deste estatuto menor dão conta as obras patrocinadas por D. Dinis. Apesar das transformações e ruínas posteriores, que impossibilitam uma melhor análise das obras góticas, elas ter-se-ão limitado à reformulação do "sistema de entrada do castelo, cuja porta passou a estar enquadrada por dois torreões de planta quadrangular", solução muito frequente nos castelos dionisinos, pelo impacto cenográfico e pelo símbolo de autoridade régia que transmitiam. Paralelamente, manteve a estrutura geral do perímetro muralhado, com uma cerca de planta genericamente circular e um só torreão adossado, "voltado ao povoado, protegendo a única vertente por onde o acesso era possível". A 12 de Junho de 1298, D. Dinis confirmou os foros concedidos por Afonso IX, evitando, assim, qualquer mudança brusca no sistema de vivência e de organização dos homens vinculados à vila, mas não parece sequer ter dotado o castelo de uma torre de menagem

A história posterior do Castelo de Castelo Melhor é a de uma progressiva decadência. No final do século XIV, no contexto da guerra peninsular empreendida por D. Fernando, há notícias de o conjunto ter sido objecto de algumas beneficiações, certamente tendo em conta a posição estratégica face à linha de fronteira. Na centúria seguinte, com a associação de algumas das mais importantes famílias nobres às alcaidarias dos castelos, a fortaleza passou para a posse dos Cabral, estirpe que detinha também a alcaidaria de Belmonte. Mas se, em Belmonte, esta família construiu o seu paço, em Castelo Melhor, a ter existido, nada parece ter restado

Durante a época moderna, a povoação passou a ser sede de condado (1584) e, posteriormente, a cabeça de marquesado (1766), estatutos de prestígio que pouco tiveram que ver com a relevância do seu velho castelo. Integrado no concelho de Almendra (também ele extinto em 1855), Castelo Melhor chegou aos nossos dias como uma das mais impressionantes ruínas medievais de carácter militar. À margem das grandes intervenções restauracionistas da primeira metade do século XX, constitui um dos poucos castelos não adulterados pelas vagas de restauro e um dos que poderá trazer mais informação acerca da Baixa Idade Média, quando se efectuarem escavações arqueológicas



Conde de Castelo Melhor foi um título criado pelo Rei Filipe II de Portugal, por carta de 21 de Março de 1611, a favor de Rui Mendes de Vasconcelos. Em 10 de Outubro de 1766, D. José I, criou o tíulo de Marquês de Castelo Melhor a favor de D. José de Vasconcelos e Sousa Caminha Câmara Faro e Veiga, 4.º Conde de Castelo Melhor. A partir daí, o título tem sido atribuído a alguns dos herdeiros presuntivos do Marquesado.

Em 1994, esta terra passou a ser mundialmente conhecida devido à descoberta de arte rupestre nas margens do rio Côa.
O património mundial enriqueceu-se com o achado do maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. Há 20 mil anos atrás o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal. Desde Agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a alguns núcleos de gravuras. Em Castelo Melhor está localizado um dos núcleos mais importantes (Penascosa). No vale do Côa existem centenas, talvez milhares de gravuras do período Paleolítico. O seu estudo demorará anos, talvez décadas. É património da UNESCO desde 1998

Criação
Título criado por
D. José I, rei de Portugal
por carta de 10-10-1766
a favor de
José de Vasconcelos, 1º marquês de Castelo Melhor * 1706
É actual representante
D. Bernardo João da Silveira de Vasconcelos, 9º marquês de Castelo Melhor * 1957







Cronologia
Apesar de projectado no século XVIII, a fachada apresenta influência neoclássica em vez do barroco, estilo que vigorava na altura, pois a construção demorou mais de cem anos. Além disso, como acabou por se arrastar pelo século XIX, apresenta também elementos decorativos de síntese, ou revivalistas, de acordo com gostos mais recentes.
Historial
Inicialmente designado por Palácio Castelo Melhor, por ter sido mandado construir pelo 4º conde e 1º marquês de Castelo Melhor, D. José Vasconcelos e Sousa Câmara Faro e Veiga, este conjunto estético conjuga harmoniosamente a intervenção artística - o escultor Simões de Almeida interveio com várias esculturas, algumas das quais na fachada. sendo-lhe atribuída também a balaustrada de pináculos -, e a presença de materiais raros - muitas madeiras vieram do Brasil, enviadas por um irmão do conde, o Governador do Grão Pará. No tempo áureo do primeiro proprietário, integrou a capela privada de Nossa Senhora do Amor de Deus; dela se conhece ainda a imagem de Nossa Senhora da Pureza que, depois de deambular por outras paragens, figura actualmente na Sé de Lisboa. Apesar de ser considerada a mais faustosa residência de Lisboa da segunda metade do século XIX, dado o magnífico e sumptuoso recheio digno de figurar como museu vivo, foi a leilão no início do século XX, o que não deixa de poder significar um prenúncio do fim da monarquia e do poder da nobreza. Desde aí sucederam-se-lhe vários destinos: no ano de 1901, a casa passou, por aluguer, para as mãos de um burguês de raiz plebeia, Manuel José da Silva, dono do Anuário Comercial; assim permaneceu até 1908, altura em que foi hipotecado ao Crédito Predial; em 1910, passou para a propriedade doutro empresário, o 1º conde de Sucena, que o arrendou a vários locatários, para nele se instalarem ofícios e lojas: alfaiataria, fotografia, ourivesaria, leitaria, clubes, espectáculos, ginásios, etc, uma espécie de centro comercial da época; esta situação durou até finais dos anos 30, quando foi novamente hipotecado, desta feita, à Caixa Geral de Depósitos; comprado, cerca de 1944, pela Fazenda Nacional, foi submetido a importantes obras de restauro para nele ser instalado o célebre SNI – Secretariado Nacional de Informação, sob a direcção de António Ferro, Ministro da Propaganda de António de Oliveira Salazar e abrigou fundos documentais utilizados pelo Estado Novo, agora à guarda na Biblioteca Nacional e do Ministério da Cultura. Na actualidade, funcionam aqui: o Gabinete para os Meios de Comunicação Social, o Observatório da Comunicação, a Inspecção-Geral das Actividades Culturais, a Comissão de classificação, a Cinemateca Júnior do Ministério da Cultura, a Loja de Museus do Instituto dos Museus e da Conservação, o Posto de Turismo do Ministério da Economia e da Inovação, a Esquadra de Turismo da Polícia de Segurança Pública e a Comissão Nacional para as comemorações do Centenário da República. As instalações servem ainda para espectáculos culturais especiais, nomeadamente na celebrada Sala de Espelhos.







O Apelido Vasconcellos
Francisco de Vasconcelos
Portugal
Tal como sucede com quase todos os apelidos (em Portugal e nos outros países) sejam eles de origem toponímica como este, de patronimicos ou de alcunhas, são inúmeras as diferentes famílias que o usam e usaram, muitas das quais não têm sequer uma pinga de sangue em comum.

Das muitas famílias que usam este apelido - designadamente oriundas da região do Douro Litoral, da Madeira, Açores, Uruguai, Malaca e Singapura, Angola e Brasil - só uma o tem por varonia.

Quanto às restantes o apelido de Vasconcelos veio-lhes por linhas com uma ou mais quebras de varonia, bastardia ou simplesmente de "fantasia" (genealogias inventadas), ou descendem de antepassados que passaram a usá-lo por obrigação de algum vínculo, por devoção com algum patrono importante, pelo baptismo cristão de antigos judeus ou nativos das colónias de África, Ásia e Brasil, ou simplesmente porque era o apelido do padrinho de baptismo.

E pode mesmo ter havido diferentes famílias que por terem sido em várias épocas sucessivamente moradoras no lugar de Vasconcelos tenham adaptado como apelido o topónimo que começou por ser mera alcunha indicativa de residência.

A grafia tem tido variantes: de Vasconcelos, de Vasconcellos, de Basconcellos (na Galiza), Vasconsellos, Vascogoncellos, Uasconcellos, Basconcillos (lugar perto de Burgos, em Espanha), etc.

O LUGAR QUE DEU ORIGEM AO APELIDO

O nome de Vasconcelos surge pela primeira vez nas inquirições de 1258 para designar uma "honra " (feudo) - hoje um lugar da freguesia de Ferreiros, concelho de Amares, distrito de Braga - então pertencente a João Peres de Vasconcelos, de alcunha "O Tenreiro", fidalgo que participou na conquista de Sevilha e é o mais antigo personagem assim designado.

O lugar tem uma torre e paço medieval que dizem ser do século XIII e, embora esteja desde há muito arruinado é ainda assim talvez o mais importante solar fortificado de meados da primeira dinastia que existe em Portugal .

Está assente num terraplano, o que faz com que três dos seus lados desçam abaixo do nivel do andar térreo. Compõe-se de uma quadra, a torre, que mede 6,10 por 6,35 metros, e que está junta a outro edificio rectangular. A espessura das paredes é de 1,80 metros e da parede interna é de 1,1 metros. A parte mais alta das paredes atinge hoje já somente 3,65 metros, refere J. Rigaud de Sousa.

Incrivelmente ao abandono, ainda há pouco cheio de vegetação, em riscos de se arruinar ainda mais, é um monumento raro, que bem merecia a protecção dos responsáveis - públicos e privados !

NOME DE PLANTA E DE UM PRÉMIO MUSICAL

Entretanto está naturalmente ligada a este apelido a origem do nome da "vasconcélia", "género de planta da família das caricáceas" - referida no Dicionário Lello Universal.

Mas Vasconcellos não é apenas nome de um apelido e de um solar, pois designa também um prémio de música o "Vasconcellos Music Trust", criado para jovens músicos, cantores e compositores portugueses em memória de António e Domingos de Sousa e Vasconcellos.

Os primeiros Vasconcelos, uma linhagem de infanções que a partir do reinado de D. Fernando ascendeu à primeira plana da Corte, adaptaram como brasão de armas um escudo de negro com três faixas veiradas (ou veiradas e contraveiradas, não se sabe ao certo) de prata e encarnado - armas muito parecidas com a dos Alvarengas (seus descendentes por uma senhora) e a da ilustre antiga família francesa dos Sires de Coucy (de encarnado três faixas veiradas de azul e prata).

As armas dos Vasconcelos aparecem pela primeira vez sem indicação de cores em l284 num selo do Bispo de Lisboa D. Estevão Anes de Vasconcelos (cf. Marquês de Abrantes, Sigilografia Medieval Portuguesa , selo nº.268) , e com indicação de cores numa pintura em madeira de cerca de 1397/1401 na Igreja de Nª. Sª. da Oliveira em Guimarães. Na versão das três faixas veiradas e contraveiradas aparecem nos principais armoriais oficiais - o Livro do Armeiro Mor (15O9) o Livro da Torre do Tombo, de António Godinho (1515/45), na Sala dos Brasões do Paço de Sintra e na notabilíssima Capela dos Morgados do Esporão na Sé de Évora (1530).

Destas armas, que pertencem hoje de direito ao chefe do nome e armas dos Vasconcelos (o Marquês de Abrantes, como sucessor dos Morgados do Esporão e antigos Condes de Figueiró) existem numerosas variantes oficiais consagradas em Cartas de Brasão de Armas atribuídas a famílias nobres de Portugal e Brasil.

TÍTULOS DO PRÓPRIO APELIDO

Houve alguns titulares da própria designação deste apelido. A saber:

Barão de Vasconcellos - título vitalício, brasileiro, concedido sucessivamente em 1869 e 1874 a dois elementos da família Smith de Vasconcellos, que são Fidalgos-Cavaleiros.
Conde de Vasconcellos - título que em 1629 teve Félix Machado da Silva Castro e Vasconcellos, Senhor de Entre-Homem-e-Cávado, antes de ser feito (por Filipe IV) Marquês de Montebelo (cf. Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra, titº. de Vasconcelos, p.341).
Marquês de Vasconcellos - Um oficial português que tinha servido no Regimento de Infantaria 7 (que permaneceu muito tempo em Espanha) foi preso em 1813 em Badajoz por se intitular (sem qualquer direito) Marquês de Vasconcellos (cf . Bol. do Arquivo Histórico-Militar. vol.XVI Vª.Nª. de Famalicão, p.p.l74-175).
TÍTULOS "DE JURO E HERDADE"

Marquês de Castelo-Melhor - Desde o século XVII a principal casa do apelido de Vasconcelos, teve em 1611 o título de Conde de Castelo Melhor. Em 1766 recebeu o título de "juro e herdade" (isto é, hereditário) de Marquês de Castelo-Melhor, por troca com as capitanias hereditárias das Ilhas da Madeira e de Santa Maria dos Açores.

Por um casamento com a sucessora dos capitães da Madeira, esta Casa - que apesar de em 1888 ter passado por casamento para a varonia dos Silveiras Pinto da Fonseca (do Visconde da Várzea) conserva ainda o apelido de Vasconcelos - tem também além de outros, o título de Conde de Calheta (de 1576) também "de juro e herdade" e a chefia do nome e armas dos Câmaras.

A sua residência tradicional , um dos mais grandiosos palácios de Lisboa ainda existe, embora lhe tenham mudado o nome para Palácio Foz quando no final do século XIX foi alienado pelos Castelo-Melhor.

O actual Marquês de Castelo-Melhor, Bernardo de Vaconcelos e Sousa, um dos mais notáveis historiadores da nova geração, sucedeu recentemente a José Mattoso como director do Arquivo da Torre do Tombo.

Conde da Lapa - família com nobreza medieval (séc.XIV) por ter a varonia antiga dos "Almeidas por quem o Tejo chora", foi a primeira que usou o duplo apelido Almeida e Vasconcelos. Tem o título "de juro e herdade " de Barão de Mossâmedes, que tirou do Reguendo de Mossâmedes (na Beira) propriedade concedida aos seus antepassados em 1388 e, segundo parece, a chefia do apelido Soveral.

O 1º. Barão, que foi capitão e governador de Angola, fundou nesta província ultramarina a cidade de Mossâmedes, à qual deu o nome do antiquíssimo reguengo propriedade da sua família.

FAMÍLIAS COM VARONIA DOS PRIMEIROS VASCONCELOS

Não se conhece hoje nenhuma famíla que seja descendente por varonia legítima dos primeiros Vasconcelos, senhores da Honra e Solar de Vasconcelos no século XIII e da linhagem do célebre Martim Moniz (cujo feito na conquista de Lisboa surge pela primeira vez num documento 200 anos depois).

Existem ainda hoje algumas famílias fidalgas que descendem por varonia dos Vasconcelos medievais - através de Rui Vasques Ribeiro (de Vasconcelos). Senhor das vilas de Figueiró e Pedrogão, filho bastardo (legitimado por D. João I em 1430) de Rui Mendes de Vasconcelos, e dos seus descendentes os primeiros marqueses de Castelo-Melhor. São elas: a família de Luís-Maria Pinto de Vasconcelos e Sousa (ramo segundo dos Castelo-Melhor) e as Casas de Óbidos, Alcaçovas, Pombeiro e Pombeiro de Riba Vizela. Mas de todas elas a única que ainda conserva o apelido de Vasconcelos é a de Óbidos.

Todas elas têm portanto uma nobreza por varonia legítima que remonta a 1430.

Conde de Óbidos - título de 1636, com Honras de Parente (1749) "de juro e herdade" (1777), família que usa os apelidos Vasconcelos e Sousa , e é também representante dos títulos de Marquês de Santa-Iria, Conde de Palma, Conde de Sabugal, Conde de Alva, dos antigos Alcaides-Mores de Óbidos e Selir do Porto e dos fidalgos Monteiro Paim.

Senhores das Alcáçovas , título de 1449, "de juro e herdade" (1518), cujos sucessor em 1834 foi feito (a título vitalício??) Conde das Alcáçovas. Esta Casa, cujos senhores usam os apelidos Henriques de Lancastre e são chefes do nome e armas dos Henriques, passou em 1808 pelo casamento da 13ª Senhora das Alcáçovas, Dona Teresa Henriques, com o Par do Reino Luís de Vasconcelos e Sousa (Castelo-Melhor) à varonia Vasconcelos, apelido que não usa.

Também a Casa dos Senhores (1355) e Condes (1662) de Pombeiro, Senhores (l449) e Marqueses (1801) de Belas, Morgados de Castelo Branco-o-Novo (em Santa Iria, junto a Sacavém) passou pelo casamento da 6ª. Condessa com um fidalgo da Casa Castelo-Melhor à varonia Vasconcelos. Não usam contudo este apelido, mas sim o de Castelo-Branco , tradicional na casa Pombeiro e do qual são, segundo parece, os chefes do nome e armas.

E, recentemente, também Casa do Paço de Pombeiro de Riba Vizela, que em 1851 teve o título de Barão em duas vidas (extintas em 1906), passou em 1945 pelo casamento da sua herdeira e sucessora com um fidalgo da Casa das Alcáçovas à mesma antiga varonia dos Vasconcelos.

Títulos antigos deste apelido: Condes de Penela, casa com varonia (ilegítima) real, descendente de Dona Maria de Vasconcelos casada com o Senhor Dom Afonso de Cascais, filho bastardo do infante Dom João, Senhor de Cascais e Oeiras; Condes de Figueiró e morgados do Esporão (grande herdade perto de Reguengos de Monsaraz, que ainda existe com os mesmos limites que tinha na Idade Média e cujos senhores construiram na Sé de Évora uma notável capela renascença).



TÍTULOS BRASILEIROS

Títulos e Famílias brasileiras com nobreza hereditária:
Barão de Parangaba, José Miguel de Vasconcellos
Barão de Várzea, José António de Sepulveda e Vasconcellos
Visconde de Montserrate, Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos
Visconde de Caethé (1826), José Teixeira da Fonseca e Vasconcelos
Barão de Maraú (1860), José Teixeira de Vasconcelos, senhor de engenho.
Barão de Vasconcelos (já referido), da família Smith de Vasconcellos.
ALGUMAS FAMÍLIAS PORTUGUESAS

Conde de Leiria - título concedido em 1890 a um elemento da família Pereira de Vasconcelos, apelido que ainda hoje conservam os seus sucessores, apesar de a casa ter passado por um casamento à varonia dos Azeredos de Mesão Frio.
Santa'Ana e Vasconcelos, descendentes do Visconde das Nogueiras;
Ornelas e Vasconcelos, morgados do Caniço (1499) na Ilha da Madeira, que ascenderam ao pariato hereditário no final do século XIX.
Carneiro de Vasconcelos, Fidalgos de Cota d'Armas (1848), que sucederam por casamento na casa dos Viscondes de Vilarinho de S. Romão, sucessores dos antigos dos Ferreiras do Carregal (1492) e das Taipas no Porto e da Honra do Paço de Avioso .
Perestrelo de Vasconcelos - Moços-Fidalgos com tratamento de senhoria, descendentes de um desembargador do século XVIII que casou com a sucessora da antiga Quinta do Hespanhol, no termo de Torres Vedras, casa antiga dos Perestrelos.
Moraes Sarmento de Vasconcelos e Castro - família com varonia Morais, Fidalgos-Cavaleiros da Casa Real.
Barros e Vasconcelos da Quinta das Barras, perto de Lisboa, fidalgos autênticos e antigos, têm o fôro de Moços-Fidalgos "com as honras de exercício no Paço" (isto é, com o tratamento de senhoria).
Teixeira de Vasconcelos (Pascoais) - família do escritor Teixeira de Pascoais, proprietários da antiga Casa de Pascoais perto de Amarante, que ascenderam ao pariato heriditário em 1906.
Teles de Vasconcelos - família nobre oriunda da Guarda, que ascendeu ao pariato heriditário em 1881 na pessoa de António Teles Pereira de Vasconcelos Pimentel.
Vasconcelos, de Vila do Conde - família nobilitada em 1779 com uma Carta de Brasão de Armas, Cavaleiros--Fidalgos (desde 1794), herdaram por um casamento de 1789 o antiquíssimo solar do Paço de Siqueiros (século XIV) perto de Ponte-do-Lima, berço dos Sequeiros e Luna.
Pais de Vasconcelos - nobreza medieval, família com varonia Tavares, têm uma Carta de Brasão do século XVI do apelido Pais e são desde o século XVI Fidalgos-Cavaleiros da Casa Real.
Azevedo de Almeida e Vasconcelos (Reriz) - Descendentes de um médico, físico-mór dos reis do final do século XVI, cujo neto foi capitão de Infantaria na Guerra da Restauração e casou com uma Almeida e Vasconcelos da Casa de Mossâmedes. Senhores de um belo Solar em S. Pedro do Sul, têm o "foro" de Fidalgos-Cavaleiros (1710) e receberam o título (vitalício ?) de Marquês de Reriz em 1894.
Almeida Loureiro e Vasconcelos - família que teve em 1908 o título (vitalício ?) de Visconde de Almeida e Vasconcelos.
Vieira e Vasconcelos (Alvaiázere) - Família da região de Ourém, descendente de um médico muito estimado de D. João IV, que usou primeiro os apelidos Vieira da Silva e teve o "foro" de Fidalgo da Casa Real (1806), uma carta de brasão d'armas (1826) e o título de Barão de Alvaiázere. A vidente de Fátima, Jacinta Marto, foi sepultada no jazigo desta família no Cemitério de Vila Nova de Ourém quando morreu em 1920, só mais tarde o seu corpo tendo sido transferido para o Santuário da Cova da Iria.
Sousa e Vasconcelos - família nobre cujos elementos têm o "foro" de Fidalgos-Cavaleiros.
Vasconcelos e Sá - ilustre família descendente de José Maria de Vasconcelos e Sá (1862-1953) oficial de Engenharia , Construtor do célebre Farol da Cockburn em Lourenço Marques, que era filho natural perfilhado do 2º. Barão de Albufeira.
Lobo de Vasconcelos - notável família oriunda da Quinta da Faia, nos arredores da Guarda (Mondego) a que pertenceu um ilustre oficial do Exército do tempo do Rei D. Carlos e é hoje por um casamento proprietária do Casal Branco, em Almeirim.
Vale e Vasconcelos - família da Casa do Souto, em Cavez, Cabeceiras de Basto, a que pertencem o escritor e editor Francisco Vale e o antigo director-geral do Secretariado Técnico para os Assuntos do Processo Eleitoral- STAPE, Duarte Nuno de Vasconcelos.
Pestana de Vasconcelos, do Porto - notável família católica e miguelista, ligada à fundação do Banco Popular Português e da Real Companhia Vinícola do Norte de Portugal, que hospedou no seu palácio da Praça da República no Porto a vidente de Fátima Jacinta Marto e os primeiros jesuítas que chegaram a Portugal depois da segunda expulsão da Companhia de Jesus na primeira República. A capela neo-gótica do seu palácio - vandalisada por ocasião das desordens subsequentes ao 25 de Abril - tem a mais antiga imagem de Cristo Rei que existe em Portugal. E que por isso mesmo esteve presente na inauguração do Monumento de Almada .
Leite de Vasconcelos - ilustre família a que pertencem um dos mais eminentes vultos da cultura portuguesa.
Jácome de Vasconcelos (Avelar) - ilustre família de Braga onde possui desde o século XVI a Casa do Avelar e de que alguns elementos se distinguiram no governo do município. A esta família pertence a actual directora do bem organizado Arquivo Distrital de Braga / Universidade do Minho, Maria da Assunção Jácome de Vasconcelos.
Vasconcelos Porto - família descendente de um notável político regenerador e oficial de Engenharia, que foi Ministro da Guerra do Governo de João Franco no reinado de D. Carlos.
Abreu Vasconcelos - família proprietária da casa do antigo morgado de Jolda, Arcos-de-Valdevez, descendente de filhos naturais de um sacerdote, senhor desta casa. que procedia por varonia dos Sequeiros, Condes de Priègue na Galiza, e amo dos antigos Sequeiros do Paço de Sequeiros em Ponte de Lima.
Pestana de Vasconcelos, da Ilha da Madeira.
Rocha Páris Pinto de Vasconcelos - embora o apelido tradicional desta família oriunda do Minho seja Rocha Páris, alguns dos seus descendentes usam hoje Vasconcelos, naturalmente por que era o último apelido (troca esta que ocorreu também com outras famílias antigas). A esta ilustre família, que tem uma justificação de nobreza de ...... pertenceu o notável poeta do início deste século, João da Rocha, que usou o pseudónimo de Frei.
Marques de Camões de Vasconcelos - descendentes de José Manuel Marques de Camões e de sua mulher, herdeira da antiga casa nobre chamada dos Vasconcelos em Alter do Chão.
Bacelar de Vasconcelos - Família descendente por varonia de João Pinto de Vasconcelos (filho natural de um oficial do Exército do mesmo apelido que fez serviço em Monção no século XVII). A esta antiga família que conserva a propriedade da Casa do Forno, em Margaride, Felgueiras, pertence Pedro de Bacelar de Vasconcelos, Governador Civil de Braga.
Meireles e Vasconcelos - Família oriunda da Quinta da Ramada, no Arco de Baulhe, que se distinguiu na política liberal no século XIX e se aliou aos Vasconcelos de Vila do Conde (de onde lhes vem o segundo apelido).
Teixeira de Vasconcelos (Marvão) - Família ilustre do Minho, proprietária da casa do Marvão em Celorico de Basto, descendente de Manuel Teixeira da Cunha e Andrade de Carvalho, que teve dois filhos, que receberam ambos carta de brasão de armas em 1790:Bernardo Coutinho Teixeira Álvares de Carvalho e Sebastião José Teixeira Carvalho da Cunha Coutinho. A esta família pertenceu frei Bernardo da Anunciada Vaz Lobo Teixeira de Vasconcelos (1902-1932) mais conhecido por frei Bernardo de Vasconcelos, frade beneditino, poeta místico e escritor, falecido com fama de santidade e cujo processo de beatificação está em curso.
PERSONALIDADES NOTÁVEIS

António Pedro de Vasconcelos - o mais ilustre dos governadores de Colónia do Sacramento (antiga cidade portuguesa, hoje no Uruguai) e fundador de Montevideu em 1723.
Luís Mendes de Vasconcelos (séc.XVII), foi Príncipe e Grão Mestre da Ordem Soberana e Militar de Malta, tendo sido um dos quatro portugueses que ocuparam esta alta dignidade.
José de Vasconcelos (1882-1959), filósofo mexicano e um dos mais notáveis pensadores latino-americanos da primeira metade deste século. Foi Ministro da Educação (1920-1924) e candidato derrotado à Presidência da República do Mexico em 1929.
3º. Conde de Castelo Melhor, Luís de Vasconcelos e Sousa, valido do rei D. Afonso VI, governou o País de 1662 a 1667, tendo sido um dos maiores responsáveis pela vitoriosa campanha da Guerra que levou à restauração da independência de Portugal.
Augusto de Vasconcelos (1867-1951) - Primeiro Ministro de Portugal em 1911/12, era professor catedrático de Medicina e foi também Ministro dos Negócios Estrangeiros e Ministro de Portugal em Londres e Madrid.
Miguel de Vasconcelos e Brito - o Secretário de Estado morto pelos revoltosos no 1º. de Dezembro de 1640, foi Senhor da antiga Honra de Alvarenga (de onde tirou o apelido de Vasconcelos) e era da varonia dos Lunas, família de magistrados do século XVI oriunda de Viana do Castelo e do Paço de Sequeiros em Ponte de Lima. Dele escreveu um autor que "foi muito inclinado à Poesia, como no estudo da genealogia, pela qual se fez odioso a grande parte da Nobreza".
Dona Francisca de Vasconcelos - casou com o Rei das Maldivas de quem teve D. Filipe, s.g.. também Rei das Maldivas, e a Infanta D. Inês, casada com Sebastião Tavares de Sousa, de quem teve D. Luís de Sousa, que vindo a Portugal em 1641 El-Rei D. João IV "lhe deu tratamento de Rei com Docel e Alteza" (cf. Felgueiras Gaio, titº. de Leites).
Luís de Vasconcelos e Sousa, ilustre fidalgo, que foi vice-rei do Brasil em 1778.
Constantino de Vasconcelos - arquitecto e engenheiro do século XVII, que foi o principal arquitecto barroco do Perú, país onde viveu.


O Castelo de Castelo Melhor localiza-se na vila e Freguesia de mesmo nome, Concelho de Vila Nova de Foz Côa, Distrito da Guarda, em Portugal.
Em posição dominante no alto de um monte, actualmente cercado pelo arvoredo, constituiu-se num castelo secundário, acessório na defesa do território de Ribacôa.
Acredita-se que a primitiva ocupação deste local remonte a um castro pré-romano.
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, tendo a região sido conquistada pelas forças do reino de Leão, a povoação recebeu, das mãos do rei Afonso IX de Leão, a sua primeira Carta de Foral (1209), ocasião em que o soberano determinou a reconstrução e reforço das suas defesas.
Integrante do território de Ribacôa, disputado a Leão por D. Dinis (1279-1325), a sua posse definitiva para Portugal foi assegurada pelo Tratado de Alcanices (1297). Este soberano, a partir de então, procurou consolidar-lhe as fronteiras, fazendo reedificar o Castelo de Alfaiates, o Castelo de Almeida, o Castelo Bom, o Castelo Melhor, o Castelo Mendo, o Castelo Rodrigo, o Castelo de Pinhel, o Castelo do Sabugal e o Castelo de Vilar Maior.
O soberano confirmou o foral leonês (12 de Junho de 1298). Entretanto, as reformas que procedeu na sua defesa atestam o papel secundário desta povoação: elas limitaram-se ao Portão da Vila, que passou a ser guarnecido por dois torreões de planta quadrangular, transmitindo assim, ao visitante, a impressão de solidez e força, ao mesmo tempo em que se mantinha a primitiva cerca amuralhada, reforçada por um torreão adossado, vigiando a única via de acesso.
Novos trabalhos de ampliação e reforço da defesa desta vila fronteiriça tiveram lugar durante o reinado de D. Fernando (1367-1383), no contexto da campanha que empreendeu contra Castela.
Em meados do século XV, sob o reinado de D. Afonso V (1438-1481) a vila de Castelo Melhor e seus domínios foram doados à família dos Cabral, que já eram alcaides do Castelo de Belmonte.
Da Dinastia Filipina aos nossos dias
À época da Dinastia Filipina, os domínios da vila foram elevados a condado Condes Castelo Melhor "Vasconcelos"(1584). Quando da Guerra da Restauração da independência portuguesa, tiveram lugar ligeiras obras de modernização e reforço, adaptando a estrutura defensiva ao moderno fogo da artilharia. Posteriormente, a vila seria elevanda a marquesado Marqueses Castelo Melhor "Vasconcelos"(1766). Estas honrarias, entretanto, não beneficiaram o antigo castelo que, mergulhado no esquecimento, se conservou sem grandes adulterações.
Ainda demandando uma pesquisa arqueológica mais vasta, o conjunto foi classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 26 de Fevereiro de 1982.
Coroando o monte, o castelo apresenta planta circular, com a muralha desprovida de merlões, reforçada por três cubelos. Nela se rasga a porta, em arco quebrado. No interior, na praça de armas, abre-se uma cisterna de planta circular.
A vila, orientada por duas ruas principais, ao longo dos séculos veio a ultrapassar os muros. Em sua pequena praça central, destaca-se a igreja



Uma carta anónima de 1645 refere a chegada ao Alentejo, em Abril, do novo governador das armas daquela província, o 2º Conde de Castelo Melhor. Nela se descreve o equipamento das companhias de cavalos couraças (introduzidas em Setembro do ano anterior) e de cavalos arcabuzeiros, bem como se aponta também a força de infantaria existente na província transtagana. Em complemento ao artigo já aqui publicado em 2008, passo a transcrever (modernizando a ortografia) a carta que se encontra num conjunto de manuscritos em português do espólio do Arquivo Histórico de Badajoz, cujas cópias me foram gentilmente enviadas pelo historiador e amigo Sr. Julián García Blanco, a quem presto os meus agradecimentos.

Entrada do Conde de Castelo Melhor em Elvas

A entrada do Conde de Castelo Melhor se fez com a maior festa e e aplauso que se viu nesta cidade. Joane Mendes de Vasconcelos o foi esperar caminho de Estremoz, no campo de Alcarapinhais, [com] dez tropas de cavalos, duas de couraças (que são armados) todos de armas sem mais que espadas para romper, e os outros com suas pistolas e clavinas [ou seja, os cavalos arcabuzeiros]. Os terços de infantaria repartidos em cinco terços, e no meio 6 peças de campanha, seis carros cobertos, com que formou campo com excelente ordem, tão boa que se esta se tivera em ocasiões de mor importância, fora de grande efeito. Formado o campo se adiantou o mestre de campo general com os fidalgos e nobreza da cidade, que o acompanhou por lho mandar pedir cada um em particular, e foram receber o Conde, vindo acompanhado-o. E chegando à vista se fez salva com a artilharia, e ao passar pelos esquadrões, cada qual deu salva com carga cerrada [ou seja, dispararam todos a um tempo] e vieram marchando. Para esta ocasião se tinham feito em o fosso da muralha 200 minas, a que se pôs fogo em todas como vieram chegando, e foram outras tantas peças a que respondeu o forte de Santa Luzia, disparando a artilharia e dando carga de mosquetes. O mesmo se fez em os muros da cidade em roda, e vista de Badajoz, saíram danças e chacota adiante da nossa cerca. Foram acompanhando até sua casa com a costumada rapazia [rapaziada], que tudo atroava com vivas. A infantaria que veio diante se pôs em alas pelas ruas por onde havia de passar e foi dando cargas, a da praça foi muito grande, e neste tempo, que pareceu mais excesso, se repicaram continuamente os sinos da Sé, relógio da cidade, e à noite assim na Sé como [em] toda a cidade houve iluminárias, de que também gozaram à entrada por serem horas de Avé Marias. Entrou dia da Cruz, que é prognóstico de grandíssima felicidade e venturosos sucessos. O Marquês de Legañez também dizem que é entrado em Badajoz. Ordene Deus tudo a seu Santo Serviço, e a bem de todos.

O prognóstico não se concretizou. Divergências graves entre o governador e a oficialidade portuguesa, incluindo o mestre de campo general Joane Mendes de Vasconcelos, a que se juntou uma abortada tentativa de pôr cerco a Badajoz, ditaram a demissão de João de Vasconcelos e Sousa, 2º Conde de Castelo Melhor, ao fim de quase um ano como governador das armas do Alentejo.



GENEALOGIA BRASILEIRA
Estado de Minas Gerais - Tiradentes e seus contemporâneos



Lênio Luiz Richa (lenioricha@yahoo.com.br)



DR. DIOGO PEREIRA RIBEIRO DE VASCONCELOS



5 - ...

4 - Major Jacinto Pereira Ribeiro (avô paterno ou materno), comerciante em Congonhas do Campo, MG. ("A Inconfidência Mineira", de Márcio Jardim, fls. 213/214).

3 - Ana Jacinta da Natividade Ribeiro, n. Porto, Portugal. (A.4.173 e Wikipédia).

2 - Cel. Jerônimo Pereira de Vasconcelos, n. Porto. (A.4.173 e Wikipédia).

ASCENDENTES DELE

1 - Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, n. 1758, Santo Ildefonso, Comarca do Porto, Portugal, f. 1812, veio com 9 anos para Congonhas do Campo, MG, para viver com o avô Jacinto. Doutorou-se em Direito em 1782, na Universidade de Coimbra, veio em 1783 para Mariana, MG, foi Vereador em Vila Rica, MG, Juiz do crime no Bairro São José, no Rio, historiador e jurisconsulto, existem dúvidas se teria sido um dos inconfidentes, chegou a ser preso e depois liberado. C. 1785, Mariana, com Maria do Carmo de Souza Barradas, dessa cidade, tendo como padrinhos e testemunhas, Tomás Antonio Gonzaga, Francisco Gregório Pires Monteiro Bandeira e Inácio José de Souza Rabelo. Deixou 11 filhos, entre os quais: (A.4.173, HP.70, Wikipédia e "A Inconfidência Mineira", de Márcio Jardim, fls. 213/214, este de pesquisa da amiga, genealogista, Jussara Fernandes Carvalho, de Varginha, MG).
1.1 Jerônimo, o mais velho, n. 1787, b. 1788, na Matriz do Pilar de Ouro Preto (padrinhos: José Pereira Ribeiro e Anna Joaquina de São José), seguiu carreira militar em Portugal, tendo sido Ten.-Cel, Ministro da Guerra, Par do Reino, Conselheiro de Estado e Visconde da Ponte da Barca.
1.2 Anna, b. 1790, na mesma Matriz (padrinhos: João de Souza Barradas e Francisca de Souza, residentes em Mariana).
1.3 Jacinta, b. 1792, idem (padrinhos: Manoel José de Oliveira e Maria da Assumpção, residente em Mariana).
1.4 João, b. 1794, idem (padrinhos: José da Costa Ferrão e Anna Jacintha, residente em Congonhas).
1.5 Fernando, formado em História Natural, na Holanda, foi o criador do Jardim Botânico de Ouro Preto.
1.6 Bernardo Pereira de Vasconcelos, foi Juiz e Deputado.
1.7 Francisco Diogo, foi Magistrado, Senador do Império, Ministro e Conselheiro de Estado.

ASCENDENTES DA ESPOSA

2 - Dr. João de Souza Barradas, de Mariana, MG. (A.4.173).

3 - Jacinta Maria da Fonseca e Silva. (Artigo do amigo, genealogista, José Roberto Nunes de Vasconcelos, no site rootsweb).

......................

Vejamos o que diz o historiador e genealogista Deusdedit Campos, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, em seu livro sobre Dona Joaquina do Pompéu, publicado em 2003, a respeito do Dr. Diogo: (Texto gentilmente enviado pelo autor).

"Por ocasião da prisão dos Inconfidentes, o Dr. Diogo foi também preso, no dia 24 de maio, mas comprovando-se não ter nenhuma culpa, foi libertado a 29 de maio daquele ano. Tiradentes foi enforcado a 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro.
O Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos escreveu “Breve Descrição Histórica, Física e Geográfica da Capitania de Minas Gerais”.
Durante muitos anos foi vítima de críticas de outros historiadores. O motivo da crítica era que no Capítulo de seu livro, dedicado a Pessoas Célebres, não citou o nome do Dr. Cláudio Manoel da Costa, de José Alvares Maciel e de Domingos Vidal, todos Inconfidentes.
Diogo Luiz de Almeida Pereira de Vasconcellos, um seu descendente, explica no livro “História Média das Minas Gerais” que todos aqueles Inconfidentes foram condenados “de Memória Infame”. A Memória Infame correspondia a morte Civil e por isto não poderiam ser lembrados por ninguém sob pena de duros castigos. Como Jurista que era o Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos sabia que não poderia contrariar a lei então vigente. Além disto, seu pai e seus irmãos viviam em Portugal ocupando importantes cargos no Governo.
Em 1789, o Dr. Diogo havia sido convocado para depor na devassa instaurada pelo Visconde de Barbacena, por ocasião da Inconfidência Mineira, da qual foi acusado de ter tomado parte em conversas relativas ao levante que se premeditava. Em seu depoimento, afirmou desconhecer qualquer tentativa de rebelião e atribuiu a prisão de Tiradentes ao fato deste andar espalhando “umas parvoíces, dizendo que queria fazer uma república”.
Prestou também depoimento na devassa do Rio de Janeiro, instaurada por ordem do então vice-rei D. Luís de Vasconcelos e Sousa, na mesma época.
Politicamente, o Dr. Diogo foi uma figura polêmica. Realista, governista e colonialista, em 22 de maio de 1792, sendo primeiro vereador da Câmara de Vila Rica e como orador oficial da “Solene Festividade” da comemoração de um mês da execução de Tiradentes, em sessão solene, estando presentes, além do governador e capitão-general Visconde de Barbacena, mais o Bispo Diocesano, oficiais militares, magistrados, funcionários régios e negociantes de grosso e pequeno trato, perante os quais proferiu um longo e eloqüente discurso a favor de D. Maria I, pelo feliz sucesso de se achar desvanecida a pretendida conjuração nesta capitania; o texto é uma verdadeira apologia ao Despotismo Triunfante. Começou ele, entre outras expressões terríveis de menosprezo à memória dos que haviam tomado parte na conjuração, ao definir-se, declarando que “A tolerância é vício, entre nós abominável”. E por isso, referindo-se a Tiradentes, cuja cabeça descarnada, suspensa ao poste da infâmia, se avistava através das janelas da Casa do Paço Municipal, dizia":

“Um castigo em si terrível, ainda é pequeno para expiar tão atroz delito. Crime horrendo, cujo efeito mostra no centro daquela praça os restos de um pérfido. Mas, deixemos esse desgraçado servir ao exemplo da futura idade, que dele não se lembrará sem formular a idéia da sua ingratidão, de seu opróbio e suplício”.

VASCONCELLOS

Que decir de un apellido con tanta historia en Brasil y Portugal , Vasconcellos al parecer diminutivo de Vasconso(fuente Enciclopedia Luso Brasileña Verbo - Lisboa 1976) ;al parecer algun vasco se instaló en el norte de Portugal y en plena época feudal dio lugar a una comarca , próxima a Amares entre los rios Homem y Cavádo cerca a Braga y Guimaraes en el Norte de Portugal , esa comarca se conoceria como el lugar , castillo o torre de Vasconcellos y Joao Pires Cenreiro (que en portugues antiguo significa terco) en plena época Medieval hablamos ahi por el 1250 se agregaría a su Joao Pires de Vasconcellos por la citada torre siendo hijo de Pedro Martins Da Torre desciendente al parecer de los reyes de Leon Ramiro III, Sancho Garces, Dom Fruela , etc pobladores del norte de Portugal y del Sur de Galicia .

EL Gran Diccionario Histórico de Joseph Miravel y Casadevante Tomo VIII de |1753 (Biblioteca de Salto)publicado en Paris dice que Vasconcellos es " casa ilustre y antigua en Portugal , cuyo tronco según Pedro Conde De Barcellos fue el conde Osorio de Cabreira hijo o nieto de Rodrigo Velloso señor de Cabreira y Ribeira , hijo de Sancho apellidado hijo ilegitimo e incestuoso segun se cree y asegura de Ramiro III de Leon .... Reino entre el 966 y el 984 )" otros señalan el origen en Don Fruela I (fallecido en el 768 ) Rey de Asturias y Leon así The Historical Research Center (empresa inglesa) . El Gran Diccionario Histórico citado también dice que algunos Vasconcellos tienen origen en Alfonso de Cascaes hijo ilegitimo de Juan Hijo de Pedro I (1357-1367) Y De la hermosa Ines de Castro, está misma obra destaca la presencia de numerosas ramas de Vasconcellos que en el caso descenderian del Conde Ossorio de Cabreira se cita a las Ramas: De los Señores de Figueiro y Pedrogam , a los Vasconcellos Ribeiro Comendadores y Castellanos de Pombal , a los Vasconcellos de Esporam , a los señores de la Substitución de Vidigueiras .

Por más información recomiendo la página web de Familia Vasconcelos Que presenta entre otras cosas diversos llinks , así como interesantes escudos heraldicos utilizado por los Vasconcellos , también la página del portugues Francisco de Vasconcelos que a pesar que dice que algunos "nao tem un pingo de sangue en común" trae interesantes informaciones.

Vasconcellos ha sido apellido de militares , de santos católicos , de virreyes del Brasil , de gobernadores de Rio de Janeiro , de navegantes , de historiadores, de religiosos , de cientificos , de condes , viscondes de gente de diversas ocupaciones algunos que pasaron a la historia como personajes de bien y otros no tanto .

Modernamente es premio Musical en Portugal , es nombre de planta y apellido de telenovelas como en Celebridade -Brasil

El solar de los Vasconcellos se ubica en la freguesía de Ferreiros , Consejo DE Amares , distrito de Braga Portugal .

El escudo más conocido presenta los colores negro , rojo y plateado con un león en el timbre heráldico .Las armas de Vasconcellos aparecen por primera vez en 1284 en un sello del Obispo de Lisboa

En la historia de mi pais Uruguay tenemos la presencia del más conocido gobernador de Colonia del Sacramento Pedro de Vasconcellos , así como del politico coterraneo de quien escribe estas páginas el Dr Amilcar Vasconcellos .

Según el hIstoriador uruguayo Fernando O.Assuncao articulo publicado en folleto de la Casa de Portugal de Montevideo sobre la Presencia portuguesa en Uruguay (AÑO 1995) , en la séptima etapa llegaron a nuestro pais diversas familias luso-brasileñas por la llamada "frontera seca" y dice el autor las bases de importantes troncos familiares como los Brum, los Terra, los Saravia, Ferreira, Vasconcellos, etc .

Si bien en Portugal y Brasil es un apellido bastante corriente , en Uruguay tenemos presencia basicamente en Artigas y Montevideo (si bien en Family Search hay algún registro en Salto, Fray Bentos y Tacuarembó.

Mi familia en particular cunde sus raices al ya mencionado Marcelino de Basconcelos cuyos descendientes contrajeron matrimonio con familias riograndenses y se instalaron en el Norte uruguayo dedicandose obviamente a las actividades agropecuarias en particular a la cria de ganado , actividad que aun sigue constituyendo como sostén económico de unos cuantos familliares Vasconcellos .

En la literatura riograndense la famosa obra "A Cruz Maragata " obra de Francisco Pereira culmina con el siguiente parráfo "En el viejo y pequeñito cementerio de la Villa el capitan Manuel Antonio de Meneses e Vasconcellos y Dona Januaria Goncalvez de Azambuja, Palmiero y Miguela reposan eternamente a la sombra del cruzeiro del la Paz , en cuanto la cruz maragata el tiempo se encargó de dar fin 2 pág 130-Romance Literario de la revolución gaúcha de 1893 .

ALGUNOS VASCONCELLOS DESTACADOS POR EL MUNDO -----(DIVERSAS FUENTES COMO: ENCICLOPEDIA LUSO -BRASILEÑA VERBO 1977, ENCICLOPEDIA DICCIONARIO INTERNACIONAL VOL XX ambos encontrados en la biblioteca de QUARAI, OTRAS Interne, TV,etc.)

Alberto Ossorio de Vasconcellos (1842-1881) Politico,Periodista nacido en Lisboa (Portugal)

Antonio Garcia Ribeiro de Vasconcelos (1860-1941) Historiador,Pedagogo,Teologo,Sacerdote,Filosofo,Humanista,Critico de Arte,Arqueologo,etc -Portugues (nacido en San Paio de Gramacos) .

Pedro Antonio Vasconcelos nacido en Leiria - Portugal 1939 Ensayista, actor de cine y TV

Fr Bernardo de Vasconcelos :Poeta mistico benedictino portugues (1902-1932)-Sacerdote

Bernardo Pereira de Vasconcelos . Politico brasileño Ministro , (1795 Ouro Preto- 1850 RJ)

Diogo Vasconcelos Mendez :Humanista Portugues ,Inquisidor (1523-1599 Evora)

Ernesto Carvalho de Vasconcelos :Almirante , geografo portugues (1852-1930)

Florido Teles de Meneses Vasconcelos Critico de arte portugues (n 1920 Porto)- Historiador y tambien filosofo

Joao Carvalho Vasconcellos :Licenciado en agro, genetica y botanica Portugues (1857-1972)

Joaquim de Vasconcelos : Historiador y literato

Jorge Croner de Vasconcelos :Compositor, Pianista portugues (Lisboa 1910-1974)

Jorge Ferreira de Vasconcelos :Comediografo Portugues (1515-1585), escribano del Tesoro y Casa de Indias , nacionalista anti-iberico

José Augusto do Amaral Frazao de Vasconcelos : Historiador y Periodista Portugues (Lisboa 1889-1970), estudio sobre Historia de la Marina , Descubrimientos de Ultramar , Genealogia y Heraldica .

Jose Joaquim Soares de Barros Vasconcelos : Cientifico Portugues (1721-1793)

José Leite de Vasconcelos :Etnologo, Filologo portugues (1858-1941) es autor fundamental en cuanto se trate a Portugal y portugueses , escribio mas de 300 libros . , tambien medico.

José Mauro de Vasconcelos : Escritor Brasileño (1920-1985) Nacido en Rio de Janeiro descendiente de indigenas y portugueses , cargador de bananas, boxeador, pescador, profesor , autor de numerosos libros entre los cuales Mi Planta de Naranja Lima (Meu Pe de Laranja Lima) , Rosinha mi canoa, Marea Baixa, sentimental, sencillo , ingenioso y alegorico son caracteres que definen a este escritor .

Luis Mendes de Vasconcellos :Militar y Politico portugues gobernador de Angola entre 1617 y 1621.

Mario Cesariny de Vasconcellos :Poeta Portugues N. en Lisboa 1823

Paulino Antonio Cabral de Vasconcelos: Abad de Fazende

Ruy Mendes de Vasconcelos :Caballero portugues del s XVI

Ruy Mendes de Vasconcelos: (1618) Noble , mayordomo de la reina Margarita de Austria.

Simao de Vasconcelos :Cronista de los Jesuitas del Brasil (n Porto 1590- m en Rio en 1671)

Miguel de Vasconcelos e Brito : Politico Portugues (1590-1640) murio asesinado por el pueblo portugues que lo considero despiadado y favorable siempre al regimen español y al Conde de Olivares.

Augusto Cesar de Almeida Vasconcelos Correa :Cirujano y Diplomatico portugues (1867-1959), fue Ministro y Embajador en Londres.

De Ornellas Vasconcellos :Diplomatico portugues (1836-1891) nacio en Funchal Y fallecio en Alemania.

Agostinho Manoel De Vasconcellos: Hidalgo y escritor portugues (1584-1641) Abogado.

Antonio de Vasconcelos : Escritor Portugues (1555-1622)

Antonio Augusto de Vasconcellos :Magistrado brasileño nacido en Maranguape Ceara (1852)

A.Moreira de Vasconcellos: actor dramatico brasileño n en Rio de Janeiro 1861.

Ayres Ornellas de Vasconcelos :Prelado portugues (Madeira 1827-1880)

Bartholomeu de Vasconcelos :Jesuita Portugues s XVIII

Carolina Michaelis de Vasconcelos: Filologa, Escritora ,Historiadora, Cientifica, Literata nacida en Berlin (Alemania) 1851.

Diogo Mendes de Vasconcellos :Latinista Portugues (1523-1599) , arqueologo, historiador y teologo.

Francisco Botelho de Moraes Vasconcellos: Poeta portugues (1670-1747)

Francisco de Barros Accioly de Vasconcellos : Militar y escritor brasileño (n Alagoas 1847) lucho en la Guerra del Paraguay.

Francisco Diogo Pereira Vasconcelos :Politico brasileño (n Vila Rica 1812-|863)

Jacinto Augusto de Santa Ana Vasconcellos: Visconde das Nogueiras escritor portugues (1824- murio en U.S.A donde fue diplomatico)

Padre Joao de Vasconcelos. Jesuita portugues (1592-1661)

Joaquim de Freitas Vasconcelos :Periodista Brasileño riograndense (1835-1896)

Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos: Magistrado brasileño n en 1788

José de Almeida Vasconcelos: Diplomatico brasileño en Uruguay ( fallecido en 1903)

José Joaquim Soares de Barros e Vasconcellos: Matematico y escritor portugues (1721-1793)}

Manoel de Macedo Pereira de Vasconcellos: Orador , teologo nacido en Colonia do Sacramento (Uruguay) (1721-1790)

Mem Rodrigues de Vasconcelos : Caballero lusitano del tiempo de Joao I nacido en Alcacer do Sal.

Zacharias e Goes e Vasconcellos :Politico brasileño (1815-1877) Abogado.

Guilherme de Vasconcelos Abreu : Orientalista, Militar, Geografo, literato portugues (1842-1907)

Antonio de Meneses Vasconcellos de Drummond : Politico brasileño ( 1794-Paris 1865)

Antonio Pedro de Vasconcelos>: Gobernador Portugues de Colonia del Sacramento (actual Uruguay ) este Brigadier ejerció el cargo por 20 años y soporto victoriosamente durante 22 meses el asedio de fuerzas muy superiores a las suyas (4.000 indios y 1.000 españoles contra 527 lusitanos) .

, Diogo de Vasconcelos: Historiador brasileño , escribio entre otras obras Historia de Minas Gerais

Jerónimo Castanheda de Vasconcellos: Capitan de la Carcel de Sao Pedro do Rio Grande do Sul(1743)

Amilcar Vasconcellos: Politico, Abogado, Maestro,Escritor Uruguayo , Ministro nacido en Artigas 1915 , fallecido en Montevideo en 1999 denuncio el golpe de Estado de 1973 famoso libro :"Febrero Amargo".Candidato a la Presidencia de La Republica ( en 2 oportunidades )

Hector Vasconcellos: Familiar del anterior politico artiguense, una calle le rinde hoy homenaje.

Electicia Vasconcellos:Maestra, Abogada, Pedagoga , escritora nacida en Artigas hermana de Amilcar.

Alma Vasconcellos: Poeta , con numerosos versos , carnavalesco montevideano.

Jerónimo de Ornellas de Meneses Vasconcellos : natural de Ilha da Madeira casado con una páulista Lucreica Leme , patriarca , uno de los primeros habitantes de Rio Grande del Sur y antepasado de los farrapos .

Teofilo Otoni Vasconcelos Torronteguy :Historiador brasileño

Frei Dom Felicio Da Cunha Vasconcelos (1904) sacerdote que da nombre a Vila Vasconcelos en las proximidades de Porto Alegre .

Antonio de Figueiredo Vasconcelos :Capitan de caravelas en lucha contra los holandeses en 1632.

Mariscal José de Castelo Branco Correa e Cunha Vasconcelos. Conde de Figueira .

José Gomes de Vasconcellos :médico farrapo en la Revolución gaucha hermano del que sigue , uno de los Presidentes de la República Piratini.

Jerónimo Vasconcellos Jardim : comandante Militar antepasado de los Vasconcellos de Uruguaiana

: Luis de Vasconcellos : virrey del Brasil s XVIII embellecio Rio de Janeiro (1740-1807)

Guevara Vasconcelos : Gobernador venezolano 1809.

Silvio Vasconcelos Da Silveira: filosofo brasileño (1851-1914)

Ernani Vasconcelos: reconocido arquitecto brasileño

Constantino Vasconcellos: Portugues que elaboró planos para el Convento San Francisco de Lima (Perú),ingenerio y arquitecto de estilo barróco.

José Teixeira da Fonseca e Vasconcellos: Visconde de Caeté-Brasil (1767-1838).

José Teixeira de Vasconcelos : Barao de Maraú (1798-1873)

José Smith de Vasconcelos (1817 Lisboa -1910 Paris) Hidalgo caballero de la casa real.

Rodolpho Smith de Vasconcellos (Fortaleza 1846-) Barón coautor del Archivo Nobiliario Brasileño .

John Vasconcellos senador norteamericano por California ( con varias páginas webs)

Joe Vasconcellos : Cantante Pop chileno , de origen brasileño.

Jaguar de Vasconcellos: Futbolista historico del Olimpique de Marseille campaña 1937 .

Renata Vasconcellos :Periodista de la Red Globo de Television de Brasil .

Zé Vasconcellos: Humorista brasileño

"Supla " Vasconcellos: rockero brasileño .

Antonio Pedro Vasconcelos : Escritor director de cine Portugues premiado en San Sebastian en 1999.

José de Vasconcelos: Filosofo méxicano ( 1882-1959) Ministro de Educación , candidato a Presidente en 1929 , numerosas obras como la "Raza Cósmica", "Prometeo Vencedor", "Pitágoras".

luis de Vasconcelos e Souza : Tercer Conde de Castel Melhor -Portugal lucho por la independencia portuguesa entre 1662 y 1667

Augusto de Vasconcelos: Primer ministro portugues (1867-1951)

Doña Francisca de Vasconcelos: casada con el rey de las Islas Maldivas madre del rei de las mismas don Filipe .

José Miguel de Vasconcelos : Barón de Parangabá Brasil .

Mendes De Vasconcellos: Navegante Portugues que 1511 llegó a Goa en 1512 es ahorcado por ser considerado traidor de su patria .

Miguel de Frias e Vasconcellos: Politico brasileño del s XIX Federalista,

Doroteo Vasconcelos : Presidente de El Salvador en 1848 .

Hector Vasconcellos Cruz : Premiado periodista méxicano .

Lopo Mendes de Vasconcellos: Cavallero de la Casa Real de Portugal cuñado de Vasco da Gama.

Joao Leite de Vasconcellos: Escritor, arqueologo, cientifico, portugues estudio los enigmas de las tablilas de Glozel .

Martha Vasconcellos: esplendorosa rubia Miss Universo 1968 nacida en Bahía - Brasil .

Jarbas Vasconcellos:Politico brasileño gobernador de Recife electo en 1994.

Sebastiao Vasconcellos: Actor de cine y TV , Con participacion en diversas novelas de la Red Globo.

Pedro Vasconcelos: También actor de la Red Globo de televisión.

Naná Vasconcelos: Percusionista reconocido , brasileño , vive en Nueva York .

Moracy Vasconcellos Santana: Preparador Fisico de la selección de Brasil campeona del Mundo de Fútbol en U.S.A 1994 .

Salomao Vasconcelos: Historiador y Escritor brasileño del s XVIII.



Diversos Senhores ( Carrazedo, de Lobios, Mafra,etc), Morgados, Viscondes ( Gouveia, Sousela, Proenca a Velha etc), Marqueses ( Ponte de Lima, Reriz, Montebelo,etc) , Condes (de Calheta, Mossamedes, Obidos ,etc) , Barones ( de Peñalba, Albufeira,Ponte da Barca,etc) , llevaron el apellido VASCONCELLOS .

Tambien las famosas telenovelas de la red Brasileña Globo citan al apellido VASCONCELLOS , ejemplo de ello es la reciente "Celebridade" con la familia propietaria de la Empresa responsable del llamado salón Espacio y Fama del personaje Beatriz Vasconcellos ( hija del Dr Lineu Vasconcellos asesinado al principio de la telenovela y cuya muerte se constituye en la gran incógnita ficticia que mueve a la obra de principio a fin.)

LOCALIDADES VASCONCELLOS

Vasconcelos: Lugar cercano a Braga - Portugal.

Ferraz De Vasconcellos.: Ciudad del Estado de Sao Paulo - Brasil.

Diogo de Vasconcellos: Localidad en Minas Gerais- Brasil cerca de Ouro Preto .

Carlos de Vasconcelos: Localidad cercana a Uberlandia - Minas Gerais-Brasil

Ponta Vasconcelos. Localidad en Guinea Bissau


Bernardo Pereira de Vasconcelos (Vila Rica, 27 de agosto de 1795 — Rio de Janeiro, 1 de maio de 1850) foi um político, jornalista, juiz de fora e jurista brasileiro da época do Império. Vem sendo considerado, de modo quase unânime, a personalidade política mais importante do período imperial, o verdadeiro construtor e idealizador do Império.

Nasceu diante da Casa dos Contos. Seu pai era do Porto, o Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, mas criado em Minas e formado no Seminário de Mariana. Na última década setecentista tivera convívio com Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa e outros inconfidentes mas não há prova de conivência ou simpatia para com tais idéias. Advogado, foi procurador da Fazenda, caixa dos Diamantes, juiz do crime no Rio de Janeiro. E, sobretudo, foi autor das Memórias sobre a Capitania de Minas Gerais, de Minas e Quintos do Ouro, de «escorregadelas poéticas». Sua mãe, mineira, D. Maria do Carmo Barradas, tinha sangue do Faial. Tiveram numerosos filhos e receberam educação cuidada. Bernardo e o irmão Francisco Diogo seriam magistrados, senadores, conselheiros de Estado; outro irmão, Fernando, diplomado na Holanda em Ciências Naturais, fundou o Jardim Botânico de Ouro Preto. Jerônimo, o primogênito, seguiu jovem para Portugal onde foi tenente-general, ministro da Guerra, par do reino, conselheiro de Estado, feito Visconde de Ponte da Barca por D. Maria II. O problema da opção já se apresentava no Brasil desde finais do século XVIII, quando amadurecia no Brasil o sentimento nativista, sobretudo entre os indivíduos de nível intelectual mais alto, manifestando-se no conflito entre os deveres de vassalo e o apego à terra natural.
Bernardo seguiu para Portugal em 1807, aos 12 anos, a cargo de dois tios maternos, um desembargador na Casa da Suplicação e outro advogado. Acabou na Inglaterra e foi recambiado ao Brasil, por força da ocupação francesa. Concluídos os estudos preparatórios em 1813, já órfão de pai, voltou a Portugal e se matriculou nos cursos de Filosofia e de Direito na Universidade de Coimbra em outubro de 1814. Mais de 230 moços brasileiros estavam matriculados ali. Companheiros de turma eram José da Costa Carvalho, futuro deputado e regente do Império, depois marquês de Monte Alegre; Caetano Maria Lopes Gama, futuro deputado, senador, presidente de província, depois visconde de Maranguape; João Bráulio Muniz, futuro regente do Império e muitos outros. Coimbra em nada contribuiria para sua formação liberal. Crítico, diria mais tarde: «Estudei Direito Público naquela Universidade e por fim saí um bárbaro: foi-me preciso até desaprender.»
Concluiu o curso em julho de 1819 e permaneceu algum tempo em Lisboa, com seus parentes esclarecidos. Em 1820, já o Brasil, dirigiu uma petição a D. João VI para obter lugar na magistratura. Ganhou o juizado de fora de Guaratinguetá, mas não quis: pediu ao rei a ouvidoria em Vila Rica para entrar em exercício logo que vagasse… Acabou prestando mesmo juramento, em 30 de outubro de 1820, como juiz de fora da pequena vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, empossando-se em janeiro de 1821. Foi exonerado em 1822, depois de muitas licenças para tratar da saúde. Em 1825, com 30 anos, foi nomeado desembargador da Relação do Maranhão, cargo que não chegou a desempenhar, pois em 1824 foi eleito para a Assembléia Geral Legislativa do Império, inaugurada em maio de 1826. Ali se tornaria conhecido.
Sua atividade se exercia sobretudo pela imprensa na velha Vila Rica, em 20 de março de 1823 elevada a categoria de Imperial Cidade de Ouro Preto. Em 18 de julho de 1825 apareceu na cidade seu jornal, O Universal. Estava iniciada sua tática de ter sempre um jornal à sua disposição, pois a ele se sucederiam O Sete de Abril, O Caboclo, O Brasileiro, A Sentinela da Monarquia, o Correio da Tarde.

Seu trato com negócios públicos teve início em 1825, no Conselho do Governo da Província de Minas Gerais, do qual fazia parte. Diamantes e o rio Doce eram os dois assuntos de interesse então, e Bernardo combateu corajosamente a concessão à Companhia dos Diamantes, levando o Conselho a representar ao imperador sobre sua inconveniência, e o decreto de 6 de maio de 1825 que aprovava a concessão da Sociedade de Agricultura, Comércio, Mineração e Navegação do rio Doce, gratuitamente dado aos ingleses (defendidos pelo marquês de Baependi) quando o rio já há muito era navegável e o maior obstáculo ao comércio não provinha de cachoeiras mas sim dos botocudos.
Em 1825 teve início também sua colaboração como principal redator do jornal "O Universal", publicado em Ouro Preto. Assim, durante 25 anos, homem de saúde precária, manterá trabalho ininterrupto na elaboração de leis e de códigos, das discussões na Câmara, até seu fim imprevisto. Mal fechava a Câmara no Rio, voltava a Minas e tomava parte nos trabalhos do Conselho do Governo da Província e depois na Assembléia Provincial. Para poder seguir para a Corte em março de 1826, vendeu uma chácara, a do Funil.
Foi deputado na primeira Câmara Legislativa do Império. Instalada em sessão solene, em 6 de maio de 1826, com a presença do imperador, que lhe recomenda a votação de leis complementares, a primeira legislatura da Câmara dos Deputados delibera sobre a difusão da vacina contra a varíola , a regulamentação das relações entre Igreja e Estado; o processo de desapropriação à fixação das Forças Armadas; a dotação da família imperial, a reforma do Judiciário; a instrução pública, a criação dos cursos jurídicos em São Paulo e Olinda; a separação entre os poderes e definição de competências; a responsabilidade dos ministros de Estado por crimes políticos; a administração municipal e o Código Criminal de 1830, com origem em projetos de Bernardo de Vasconcelos e José Clemente Pereira.
De sua autoria, em 7 de agosto de 1826, foi o projeto que criava o Supremo Tribunal de Justiça, convertido em lei apenas em 1828 que aboliu o Desembargo do Paço, numa grande reforma descentralizadora. Teve parte importante na discussão sobre a fundação dos cursos jurídicos, que queria no Rio de Janeiro, combatendo as influências bairristas.
Nesta Câmara de 1826, aliás, houve a primeira comissão dos cinco, importante na tradição parlamentar brasileira, e Vasconcelos dela fez parte como relator, ao lado de Januário da Cunha Barbosa, Almeida e Albuquerque, Nicolau de Campos Vergueiro e Lúcio de Gouveia. Logo de início se impôs aos companheiros e desde então esteve no primeiro plano. Esforços ingratos, pois a Constituição de 25 de março de 1824, com seu Poder Moderador, chava de toda a organização política e delegado privativamente ao Imperador, «e o Poder Executivo chefiado também pelo Imperador, inviolável, sagrado e irresponsável» nas palavras do historiador Octavio Tarquinio de Sousa, não se ajustavam facilmente a mecanismos de gabinete. É verdade que a Constituição foi feita às carreiras, mas também o regime parlamentar nascera de repente…
A Monarquia constitucional, a forma de governo preferida da burguesia em seu apogeu, constituiu o ideal de Bernardo Pereira de Vasconcelos. Guiou-o sempre um liberalismo à moda inglesa, com um liberal sincero, sem sem jamais ser um ideólogo (apegado a construções apenas teóricas). O princípio monárquico lhe parecia o elemento aglutinador por excelência de um país sacudido por lutas internas e ameaçado de secessão. Há quem afirme estar a chave de toda suas atitudes na frase - «Para que havemos de questionar sobre o que é melhor fazer-se, se o aperto das nossas atuais circunstâncias só nos faculta indagar o que se pode fazer?»
J. P. Xavier da Veiga, em Efemérides Mineiras, diz: «Espírito prático e positivo até a insensibilidade, preconizava para os problemas sociais soluções consoantes ao interesse tangível do Estado, perecessem embora altos princípios de ordem moral.» Por isso mesmo a vinda de escravos negros para o Brasil lhe parecia uma necessidade imperiosa de civilização e do desenvolvimento do país.
Desde 1826, quando da morte de D. João VI, o imperador se sentia atraído para Portugal, para os interesses portugueses, absorvido pelas complicações da política portuguesa. Portuguesa era sua roda palaciana, quase toda antipática aos brasileiros. E a impopular guerra no Sul, origem de tantos recrutamentos brutais, e de que resultou a perda da Província Cisplatina, dava ensejo a violências. A Câmara ia fechar e pouco pudera remediar… Bernardo de Vasconcelos, porém, trabalhava muito e já em janeiro de 1827 anunciava em O Universal «a 1$600 por exemplar o projeto do Código do Império», código criminal que por si só perpetuaria seu nome.

Dois projetos para o futuro Código Criminal do Império foram apresentados na Câmara quando de sua reabertura em abril de 1827: o seu e o de José Clemente Pereira. No código adotado em 1830 preponderou seu trabalho, fazendo obra inovadora e notável.
E começavam suas críticas ao arbítro dos ministros de Estado, esquecidos «da razão, da atividade política, do bem social». Traçara-se um programa: «Deputado nacional estou neste lugar para defender os interesses gerais e não para fazer a corte a ninguém.»
Tomou a iniciativa da extinção do Tribunal do Conselho da Fazenda, obsoleto e inútil, e depois dos tribunais do Desembargo do Paço e Mesa da Consciência e Ordens. Já era francamente pela abolição do tráfico de escravos, em discurso a 3 de julho de 1827. Mas mudaria ainda nesse assunto. Criados os cursos jurídicos, candidatou-se a professor em São Paulo, mas sua petição ao imperador não teve êxito. Não era benquisto - e o marquês de Baependi continuava a ser seu maior adversário, acusando-o de «gênio atrabiliário e descomedido». Sua resposta ao que chamava as calúnias do marquês foi uma sensacional obra, Carta aos senhores Eleitores da Província de Minas Gerais, datada de 30 de dezembro de 1827, em Ouro Preto, publicada na tipografia de O Astro, jornal de São João del-Rei. Recapitulando sua ação política até então, desenvolvia um largo programa administrativo, com lucidez pouco comum e propunha um governo de gabinete, instituições liberais à moda britânica. O constitucionalismo do imperador, porém, não ia até lá… D. Pedro I queria governar e, por força de seu temperamento, desmandava-se, não deixava nenhuma iniciativa aos ministros, que se sucediam.
Em 1828 teria sido chamado para um ministério, e o recusou. O Reverendo Walsh, o inglês que o conheceu e descreveu em Notices of Brazil in 1828 and 1829, diz que era na altura «o célebre deputado Vasconcelos, considerado pelos seus compatriotas o Franklin ou o Adams do Brasil, o líder da voz popular.» As honras de ministro cairam em José Clemente Pereira. Desde 1827 outra figura crescia no Rio, com o surgimento de Aurora Fluminense, o jornal de Evaristo da Veiga, que visava os mesmos fins e com ele muitas vezes esteve de acordo.
Em 1828, Vasconcelos, relator da comissão da Fazenda, propôs a extinção do Banco do Brasil, que se aproximava da bancarrota, entregue a gente incapaz e menos escrupulosa. Pela primeira vez os orçmentos públicos foram discutidos. Mostrou-se parlamentar por excelência no exame meticuloso, paciente, inflexível das contas públicas. Liberal em política, era liberal em economia e de sua iniciativa foi uniformizar a taxa de importação, reduzindo-a a 15% para todos os países. Sustentava que o governo não tinha autoridade para ingerir em negócios da indústria - «o que é indispensável é guardar-se o mais religioso respeito à propriedade e à liberdade do cidadão brasileiro.»
O dia 18 de julho de 1829 tinha sido um dos maiores de sua vida, no movimento de afirmação das prerrogativas da Câmara, posto o Governo transgressor da Constituição e das leis no banco dos réus, na pessoa do general Joaquim de Oliveira Álvares, ministro da Guerra. Até 1834 continuaria seu nome muito alto no favor público, e só depois começaria o declínio. Em 1840, por ocasião do golpe de Estado da Maioridade, sua casa seria apedrejada. Vinte dias depois de fechada a Câmara pelo Imperador, em 1829, retornava a Minas com grandes festas e em dezembro de 1829 estava de novo mergulhado nos trabalhos do Conselho Geral da Província.
Nas eleições para a nova Câmara de 1830, concorreu para que Minas Gerais elegesse Martim Francisco Ribeiro de Andrada, Vieira Souto e Evaristo da Veiga, e ele próprio fosse reeleito. Teve êxito em outros Estados, pois seu prestígio crescera e era visto como uma espécie de chefe dos liberais. A Câmara abriu sessões a 3 de maio. Seria a última tentativa de governo de gabinete sob D. Pedro I, com o ministério do marquês de Barbacena. Vasconcelos deu-lhe apoio e procurou facilitar sua tarefa para firmar o sistema constitucional. Colaborar, para ele, não era conformismo nem servilismo, mas sim estudar a fundo as propostas, esmiuçar, reduzir despesas. Mas D. Pedro não cedia no que julgava ser seu direito e dever de governar, desconfiava dos ministros e dos deputados e, pela primeira vez, Vasconcelos usou linguagem revolucionária. Chegaram ao Rio a 14 de setembro de 1830 notícias da revolução que em Paris, em julho de 1830, abatera o trono de Carlos X de França. «
Os jornais se multiplicavam, publicavam-se 53 no Império dos quais 42 eram de feição liberal e havia os que pregavam a federação. A indignação se avolumava, o espírito revolucionário se espalhava pelas províncias, houve prisões, devassas, perseguições, Líbero Badaró foi assassinado e uma campanha demolidora apontava a Constituição outorgada como a capa de ´traidores e absolutistas´. Teimoso e apaixonado, D. Pedro I lançou uma proclamação em Ouro Preto a 22 de fevereiro de 1831, indignado com o ´partido desorganizador´, que tinha traçado um ´plano revolucionário´ e queria realizar a federação. Seguiu-se o famoso ultimato ao imperador, redigido por Evaristo da Veiga, em que se disse toda a verdade ao monarca - a 6 de abril D. Pedro substituiu o ministério, formando outro de marqueses, nomes impopulares, odiosos aos liberais. A insurreição popular estava nas ruas, a sedição militar. Altivo, ainda teimoso, o imperador abdicou na pessoa de seu filho, o Sr. D. Pedro de Alcântara, que contava os anos nos cinco dedos - ficava o Brasil entregue por assim dizer a si mesmo.
Vasconcelos se deixara ficar em Ouro Preto, vindo em marcha lenta para o Rio, onde chegou a 2 de maio de 1831. Aliou-se imediatamente a dois homens que viam as coisas como ele: Diogo Antônio Feijó e Evaristo da Veiga. Havia-se operado grande transformação no Brasil. Escolhera-se uma regência provisória, composta de elementos moderados. A revolução material acabara mas faltava a revolução moral, segundo ele. A 9 de junho de 1831, manifestando-se partidário da suspensão dos pagamentos da dívida externa contraída contra a letra expressa da Constituição e resultante do ´empréstimo português` (para indenizar Portugal pela independência…), sentia que a crise não estava debelada. De um lado havia os arrebatamentos de descontentes republicanos, federalistas, anarquistas; do outro, as manobras dos absolutistas que começavam já a sonhar com o retorno de D. Pedro I. Por isso se aliou a Evaristo da Veiga, elemento moderado e liberal, e andou mesmo à sua sombra na condução dos acontecimentos. Quando a 5 de julho de 1831 Feijó foi nomeado Ministro da Justiça, viu-se que era o homem necessário que chegava. A 17 de julho Vasconcelos assumiu a pasta da Fazenda. O governo fora remodelado, Lino Coutinho era ministro do Império, Manuel da Fonseca Lima e Silva ministro da Guerra.

Vasconcelos nem pode tratar logo dos assuntos de sua pasta, incumbido de redigir a Exposição dos Princípios do Ministério, feita à Assembléia em 23 de julho, programa em que assentavam as bases do novo governo. No documento se acentuava a ´unidade do governo´ e sua responsabilidade coletiva. Vinha depois a interpretação, conservadora é certo, da Revolução de 7 de Abril, em que se dizia não ter havido de ´subverter as instituições constitucionais e de mudar a dinastia, nem o de consagrar a violência e proclamar a anarquia´ mas, usando do ´direito de resistência à opressão, popularizar a monarquia, arredando-se dela os abusos e os erros (…) a fim de reconciliá-la com os princípios da verdadeira liberdade´. Tal exposição de motivos é associada com a política de «regresso» mais tarde abertamente preconizada por Vasconcelos: abandono dos processos violentos, de golpes revolucionários, política de conservação, conciliando o progresso com a ordem.
Seu rumo na pasta foi: boa administração e distribuição das rendas públicas com a reforma do sistema de impostos; pronta liquidação do Banco do Brasil; ,melhoria do meio circulante; consolidação do crédito público; restrição nas despesas do Estado e reforma do aparelho fazendário. Foi escasso o tempo de que dispôs e o essencial do que pode fazer está no Relatório apresentado à Câmara em 8 de maio de 1832 mas conseguiu, em termos administrativos, dar execução à lei de 4 de outubro de 1831, de organização do Tesouro Nacional e das Tesourarias das províncias, base do aparelho fazendário e obra de grande valor, e deu novo regulamento às Alfândegas por decreto de 16 de julho de 1832. Quanto à situação financeira, com a subida do câmbio as remessas para o pagamento da dívida externa passaram a custar 60% menos. Continuou a liquidação do Banco do Brasil mas, tendo mudado de opinião, propunha a criação de outro banco, para evitar a usura estrangeira nos empréstimos, facilitar recursos aos agricultores, socorrer e alentar indústria e comércio. Na prática, fez o que condenara em seus antecessores: mandou cunhar moeda de cobre e se justificou pelo «império da lei da necessidade», com isso provocando entretanto grande escândalo e campanha do órgão reacionário que era O Caramuru e de O Carijó, jornal dos restauradores ( e tinha a animosidade dos Andrada, pois figurava entre os que desejaram a destituição de José Bonifácio de Andrada e Silva de tutor de D. Pedro II.
Esteve ainda entre os que desejaram o golpe, fixado para 30 de julho de 1832, de converter-se a Câmara dos Deputados em Assembléia Nacional Constituinte, fazendo-se as reformas necessárias sem a colaboração do Senado, reduto conservador. Quando Honório Hermeto Carneiro Leão frustrou o golpe, a Regência, ou seja, Feijó, ficou mas o ministério partiu e com ele Vasconcelos. Entregou a pasta ao sucessor em 4 de agosto e voltou à cadeira de deputado.

Suas grandes orações, em 28 de agosto e em 5 de setembro de 1832, combatiam Martim Francisco Ribeiro de Andrada.
Mais tarde, enfrento quase sozinho uma sedição militar em Minas Gerais, o movimento de 22 de março de 1833, quando era substituto legal do presidente da Província, Manuel Inácio de Melo e Sousa, futuro barão de Pontal. Depois de muitas peripécias, instalou o governo legal em São João del-Rei em 5 de abril e devolveu a presidência a Manuel Inácio. Foi absolvido pelo Aurora Fluminense, que louvou suas ações, «fulminando os sublevados». Conspirava-se abertamente pelo retorno de D. Pedro I e Evaristo da Veiga, em sua Sociedade Defensora, entre seus ´chimangos´ ou ´´chapéus redondos´, combatia a volta do monarca. Eram ele e Vasconcelos o maior alvo da campanha caramuru.
Teve grande parte no Ato Adicional (lei de 12 de agosto de 1834), cujo verbete pode ser lido. Com a Exposição de 1831 e o Ato Adicional de 1834 estava traçada a linha política de sua vida, sua política realista. Voltando a seus trabalhos na Câmara, ali combatia Araújo Viana e mais ainda Aureliano Coutinho por meio do órgão de seus maus sentimentos, O Sete de Abril. 1834 foi o ano que marcou sua vida. Até então era liberal; embora liberal sem extremos, queria reformas. Mas de repente o espetáculo das dissensões, lutas, a ameaça permanente de secessão e a anarquia o fizeram parar. Pareceu-lhe que prosseguir nas reformas seria sacrificar a ordem. Não parar, até não retroceder, seria atacar a unidade do vasto Império. Teria entrado em sua amargura o despeito por não ter sido ministro, ou escolhido senador - mas não terá sido isso o motivo que orientou suas idéias e seus interesses, concretizados no futuro partido conservador.
Inaugurando-se as assembléias provinciais, Vasconcelos foi eleito em 1834 para a de Minas Gerais, cuidando das estradas e da instrução primária. Na Câmara, reabertas as sessões, defendia o tráfico africano que continuaria impune até 1850. Haviam malogrado as tentativas de imigração de colonos europeus e o partido conservador, que sem dúvida Vasconcelos almejava criar, recrutaria adeptos entre os fazendeiros e os senhores de engenho. Suas relações com Evaristo da Veiga já não eram as mesmas, o Sete de Abril lançava farpas contra a Aurora Fluminense.
A morte de D. Pedro I em 24 de setembro de 1834 já ajudara a desanuviar o panorama político, mas Feijó, eleito Regente, não conseguira abafar as crises. Faltavam-lhe tato, prudência, moderação, submissão à maioria parlamentar, equidistância entre os partidos. Depois de dois anos quase perdidos, a Regência passou para Pedro de Araújo Lima. Feijó reassumiu a regência mais tarde, descrente e doente, e havia sedição no Pará, sedição em Porto Alegre, problemas com a Santa Sé. Aberta a sessão legislativa de 1836, Vasconcelos desfechou contra ele ataques virulentos próprios de deputado oposicionista, de chefe da oposição agora. O conflito persistiu até 1837, quando Feijó, desanimado de lutar, passou a Regência a Pedro de Araújo Lima, o futuro marquês de Olinda.

A transformação política pressentida por Vasconcelos ficou patente nas eleições para a legislatura de 1838 a 1841, quando triunfaram os que na Câmara faziam oposição a Feijó e eram na maioria gente cujos interesses exigiam ordem, paz social, garantias jurídicas - o voto dos «eleitores do campo», como dizia Evaristo da Veiga - fazendeiros e senhores de engenho, em detrimento dos eleitores urbanos. Vasconcelos, segundo Octavio Tarquinio de Sousa, «colocou-se a serviço da grande lavoura que ia afinal preponderar na direção política do Brasil» e «defenderia as causas que se ajustavam aos interesses dos donos de escravos». Era uma política de frio realismo e de conveniência imediata, sem concessões ao que julgava quimérico ou inexequível.
Nos primeiros meses de 1837 surgiu a idéia da antecipação da maioridade de D. Pedro II, com 12 anos. Vasconcelos foi contra por não lhe parecer que o pretexto da maioridade fosse o melhor meio de afastar Feijó da Regência. E tanto mais que a diminuta maioria do governo já se transformara em minoria com o falecimento do maior sustentáculo de Feijó, que era Evaristo da Veiga, morto a 12 de maio de 1837. Vasconcelos retomou na Câmara seus ataques contra o Governo, escolhendo como vítima o velho vice-almirante Tristão Pio dos Santos, ministro da Marinha, que os jornais da oposição apelidaram Alegrão Impio dos Diabos. Na renovação que se operaria com a retirada de Feijó, teve outra vez lugar no Governo.
A 19 de setembro de 1837 Pedro de Araújo Lima foi nomeado ministro do Império e substituto legal de Feijó na Regência. Vasconcelos foi por ele escolhido ministro da Justiça e interino do Império, no chamado «ministério das capacidades». Expediu uma circular em 19 de setembro aos governos provinciais em que traçou a orientação do governo de forma parlamentarista. Nunca se usara linguagem parecida, salvo na frustrada experiência do ministério do marquês de Barbacena em tempo de D. Pedro I e no de 16 de julho de 1831. A revolução continuava no Rio Grande do Sul, onde Bento Gonçalves fugira da prisão, rebentava a Sabinada, as desordens tiveram novo surto com a Balaiada no Maranhão. Mas havia um tão grande interesse de paz, sobretudo nos elementos que encarnavam o poder, um cansaço das lutas, que Vasconcelos julgou apropriado o momento para a formação do partido conservador.
Uma de suas grandes iniciativas foi a fundação do Colégio Pedro II, por decreto de 2 de dezembro de 1837, o primeiro grande estabelecimento de ensino secundário no país. Inaugurou-se no dia do aniversário do imperador, em março de 1838, no edifício do antigo Seminário de S. Joaquim, tendo por reitor D. Fr. Antônio de Arrábida, bispo de Anemúria. Criou ainda uma Escola de Agricultura na fazenda do governo na lagoa Rodrigo de Freitas, reformou o Jardim Botânico ali existente.
Na nova legislatura de 1838, recebeu adesões valiosas: José Clemente Pereira, o antigo ministro de D. Pedro I, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada. Era apoiado ainda pelas futuras grandes figuras do partido conservador, Honório Hermeto Carneiro Leão, Paulino de Sousa, Joaquim José Rodrigues Torres. No combate ao ministério, Teófilo Otoni, Limpo de Abreu.

Vasconcelos chegou ao senado em 1838 como representante de Minas Gerais e tomou posse a 29 de setembro. Tinha 43 anos mas, de tão doente, parecia um velho. Recebido com hostilidade, assumiu de início atitude de sobranceria desdenhosa que irritou muita gente.
No início de 1839 a crise estava próxima. Desde o final de 1838, Vasconcelos fizera publicar uma declaração sintomática: «Bernardo Pereira de Vasconcelos, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Justiça e encarregado interinamente dos do Império, declara que longe de haver divergência que parece acreditar o Sete de Abril nº 652, existe a maior harmonia entre ele e seus colegas que compõem o atual Ministério na política seguida com os governos de Buenos Aires e Montevidéu e que não se considerando superior a nenhum dos seus colegas em sentimentos americanos, não lhe pode caber o elogio do que ali se faz, uma vez que não seja extensivo a todos os outros senhores.»
Vasconcelos em 16 de abril de 1839 demitiu-se, antes da abertura da Câmara. Divergências quanto à situação no Rio Grande do Sul, onde o exército legalista sofria contínuos reveses, e o desejo, que Araújo Lima contrariou, de fazer Miguel Calmon senador. Não tinha razão, pois a escolha dos senadores era ato do Poder Moderador. Todo o gabinete o acompanhou e Vasconcelos só voltaria ao poder em 1840, e por horas apenas.
Voltou ao Senado mas não foi eleito para qualquer Comissão. E além da campanha difamatória na Câmara, «no Senado todos porfiavam em reduzi-lo, em humilhá-lo, num apaixonado ajuste de contas.» Na operação se empenharam as figuras principais: Feijó, Barbacena, Vergueiro, Alves Branco, Alencar. A todos enfrentou e defendeu-se com vantagem.

A experiência ultraliberal da Regência chegava ao fim. E a Maioridade, levada a cabo por uma lei inconstitucional ou por um golpe de Estado parlamentar, como afinal veio a se realizar, tinha sobretudo o apoio dos liberais liderados por Teófilo Benedito Ottoni mas os conservadores a aceitavam. A nação, diz Octávio Tarquinio de Sousa, «esquecera as demasias do poder pessoal e clamava por um rei». «O ato de suprimento de idade seria como a visita do Espírito Santo. Tivesse o país um imperador e a ordem se implantaria providencialmente…»
Mas o Brasil progredia. Na Regência se havia feito a primeira concessão de estrada de ferro e começara a modernização dos meios de transporte, aparecendo gôndolas-ônibus e diligências. «O chá, o café e a cerveja substituíam o clássico e refrigerante aluá», diz Vieira Fazenda em Aspectos do Período Regencial. Já eram sorvetes em 1830 os nevados oferecidos na festa do segundo casamento de D. Pedro I.
Com a instalação da sessão da Assembléia Geral em 1840 o movimento maiorista tomou corpo. Foi fundado o Clube da Maioridade ou Sociedade Promotora da Maioridade, sendo aclamado seu presidente Antônio Carlos. Vasconcelos, no Senado, discutia seu projeto de reforma do Código de Processo, e agia de acordo com Paulino de Sousa, futuro visconde do Uruguai, o ministro da Justiça.
Na sessão de 13 de maio Holanda Cavalcânti, José de Alencar, Paula Cavalcânti, Firmino de Melo e Costa Ferreira apresentaram dois projetos: um declarava o imperador maior, outro criava o Conselho Privado da Coroa. O caso figurou na ordem do dia 20. Foi rejeitada na votação, por dois votos: 18 a 16. Vasconcelos só entrou no recinto depois de proclamado o resultado. Explicou-se: «Voto contra a maioridade sem garantias para o trono e para o país.» Queria antes criação de um Conselho de Estado, que se fizesse a reforma dos Códigos, se implantasse a disciplina no Exército, se reformasse a administração da Fazenda.
Sondado, o menino imperador disse que queria - «Quero já!». Armou-se a trama, pois os liberais ansiavam pelo poder. Depois de dias de negociações na Câmara, discursos, protelações, deputações a D. Pedro em São Cristóvão, diluiram-se as resistências, cedeu o regente e cedeu o ministro do Império, Vasconcelos, nomeado nove horas antes, e se demitiu. No dia 23 de julho de 1840 D. Pedro II jurou «observar e fazer respeitar a Constituição Política da Nação Brasileira» (a mesma cujo artigo 121 o declarava menor até a idade de 18 anos completos) e no dia seguinte liberais recebiam pastas de ministro: Antônio Carlos, Martim Francisco, Holanda Cavalcanti, Paula Cavalcanti, Limpo de Abreu. Em agosto, nos primeiros dias da nova situação, Vasconcelos comparecia ao senado e discutia, como sempre, todos os assuntos.

Um novo ministério subiu ao poder em 23 de março de 1841, todo conservador, mas nele não figurou Vasconcelos. Mas a obra desse Gabinete foi a consolidação de seua política, «o regresso». Em maio foi eleito para duas Comissões, a de Constituição e Diplomacia, e a da Fazenda. Era seu o programa: reforma na legislação criminal e no processo, Conselho de Estado, boas finanças, reorganização das forças armadas. Vasconcelos votava com a maioria - ou a maioria votava com ele.
Votaram-se as leis da Conselho de Estado e a da reforma do Código de Processo (lei de 3 de dezembro de 1841) com grande participação de Paulino de Sousa e Vasconcelos. Aos dois se deve a orientação, a doutrina, a legislação da política conservadora do Império. A grita que a lei de 3 de dezembro provocou foi imensa entre os liberais, e no restabelecimento do Conselho de Estado se quis ver a origem da revolução de 1842 (Vasconcelos, aliás, foi o homem mais visado por este movimento, acusado de obra retrógrada e funesta). Abrindo-se as Câmaras em 1843, foi escolhido para as da Fazenda e de Constituição e Diplomacia, como antes, mas já estava perto do fim: desde o início começou a defender a dissolução da Câmara eleita em 1840, a atacar a revolução de 1842, a fazer picuinhas a Feijó. Já quase hemiplégico, tornara-se o companheiro assíduo de um homem em ascensão, Honório Hermeto Carneiro Leão. Lutava sobretudo com Holanda Cavalcanti e Alves Branco. Cada vez mais escravocrata, cada vez mais partidário do tráfico africano, levava o espírito conservador a extremos, pelo gosto da contradição, porque ligado aos interesses da grande lavoura.
Sua vida parlamentar continuava. Excluído das comissões em 1845, só compareceu ao Senado em fins de abril. Declarava que ia ao Senado distrair-se de suas dores. Mesmo assim era considerado chefe da oposição aos liberais, cujo predomínio se aproximava do fim. Em 1849 tinha 54 anos, vinte anos de sofrimentos e má saúde, mas seria tratado sempre com dureza e crueldade, pois ele próprio nada tinha de ameno, de suave. Era conselheiro de Estado, senador do Império, grã-cruz da Legião de Honra, morava em palacete próprio à rua do Areal, perto do Senado, com carruagem, louça de fina porcelana com suas iniciais, fugia de vez em quando para sua chácara do Macaco. Fez seu testamento em 1847 mas morreu só em 1º de maio de 1850, vítima de uma epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro. A mesma que ele dizia não haver no Rio de Janeiro, ser invenção dos médicos. Não houve discurso algum no Senado, nem palavras de pesar. Na Câmara as manifestações foram menos frias, nomeando-se uma comissão de cinco membros para assistir ao funeral no cemitério do Catumbi.

Jornalista, parlamentar, administrador, legislador, atuou de forma incisiva e infatigável, tendo ocupado sucessivamente como ministro as pastas da Fazenda (1831), Justiça e Império (1837). Na última, a mais alta direção política, foi dos mentores e fundadores do Partido Conservador, depois de ter militado nas alas liberais. Às críticas à sua nova posição política, considerada como um retrocesso, respondeu com o brilhante discurso, do qual destaca-se o conhecido trecho:
"Fui liberal; então a liberdade era nova no país, estava nas aspirações de todos, mas não nas leis, o poder era tudo: fui liberal. Hoje, porém, é diverso o aspecto da sociedade: os princípios democráticos tudo ganharam e muito comprometeram; a sociedade, que então corria risco pelo poder, corre agora risco pela desorganização e pela anarquia. Como então quis, quero hoje servi-la quero salvá-la; e por isso sou regressista. Não sou trânsfuga, não abandono a causa que defendo, no dia dos seus perigos, de sua fraqueza; deixo-a no dia em que tão seguro é o seu triunfo que até o sucesso a compromete. Quem sabe se, como hoje defendo o país contra a desorganização, depois de o haver defendido contra o despotismo e as comissões militares, não terei algum dia de dar outra vez a minha voz ao apoio e a defesa da liberdade?…Os perigos da sociedade variam; o vento das tempestades nem sempre é o mesmo: como há de o político, cego e imutável, servir no seu país?"
Em 22 de julho de 1840, em suas primeiras 24 horas como ministro da pasta do Império ("Ministério das Nove Horas"), sustentou bravamente a posição contrária à maioridade de D. Pedro II (1840-1889), fundamentado no princípio da inviolabilidade da Constituição, que não previa a coroação antes da maioridade legal. Derrotado no Parlamento, caiu o seu gabinete, fato que confidenciou terem sido as mais gloriosas 24 horas de vida pública.
Dentre as numerosas contribuições de Bernardo de Vasconcelos à formação política do Estado brasileiro estão o Ato Adicional e os Códigos Civil e Criminal. Deixou nome como fundador do Arquivo Nacional e do Colégio Pedro II. Autor de diversos artigos para O Universal (Ouro Preto), o Sete de Abril (1833 a 1837) e a Sentinela (1842), no Rio de Janeiro.
Sua obra mais importante talvez seja a famosa "Carta aos Eleitores Mineiros" (1827), redigida em sua terra natal e publicada em São João del-Rei, a que se acrescentam os brilhantes discursos pronunciados nas Casas em que serviu como deputado e ministro.

Bernardo Pereira de Vasconcelos marcou profundamente sua trajetória na História política do Brasil participando efetivamente nos mais diversos segmentos. Participando na criação da Lei de Terras, regulamentada em 30 de janeiro de 1854, terá deixado para alguns uma marca negativa. Pela dita lei, todas as terras pertencentes ao Estado brasileiro só poderiam ser adquiridas mediante pagamento, e não pela posse ou "uso capião". As consequências dessa lei foram nefastas, pois a mesma estimulou decisivamente a concentração da propriedade agrícola no país e contribui decisivamente para a exclusão e a desigualde social no Brasil.
Entretanto, foi um dos primeiros a levantar a bandeira pela valorização do magistério e a defesa da educação pública de qualidade; a obrigatoriedade dos ministros de Estado de prestarem contas de seus atos e atividades ministeriais; um dos responsáveis pela criação da lei que responsabilizava criminalmente funcionários públicos por prevaricação; etc.

Escola Bernardo de Vasconcelos



Avenida Bernardo de Vasconcelos (Belo Horizonte - MG)



Rua Bernardo de Vasconcelos (Ouro Preto - MG)




Senador Bernardo Vasconcelos
Bernardo Pereira de Vasconcelos
Nascimento: 27/8/1795
Natural de: Ouro Preto - MG

Filiação: Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos
e Maria do Carmo Barradas
Falecimento: 1/5/1850
Histórico Acadêmico
Direito Universidade de Coimbra
Cargos Públicos
Juiz de Fora Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá
Desembargador da Província do Maranhão (não Chegou A Exercer).
Conselheiro de Estado
16Ministro dos Negócios da Justiça
Ministro do Império do IV Gabinete da Regência de Araújo Lima (por Um Dia, Antes da Declaração da Maioridade de D. Pedro II).
10Ministro de Estado da Fazenda do I Gabinete da Regência Trina Permanente.
Profissões
Servidor Público
Jurista
Jornalista
Mandatos
Deputado Geral - 1826 a 1828
Deputado Geral - 1830 a 1833
Vice-presidente de Província - 1833 a 1835
Deputado Geral - 1834 a 1837
Deputado Geral - 1838 a 1838
Senador - 1838 a 1850
Trabalhos Publicados
- \'Comentários À Lei dos Juizes de Paz\'.
- \'Código Criminal do Brasil\'.
- \'Relatórios\', como Ministro de Estado.
- Manifesto Político e Declaração de Princípios. Coleção Bernardo Pereira de Vasconcelos, 1975. (Senado Federal, UnB)

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CÂMARA DE 1826: BERNARDO PEREIRA DE VASCONCELOS E A GÊNESE DO DEVIDO PROCESSO LEGISLATIVO NO BRASIL

Patrus Ananias de Souza*

"Obremos nós segundo o espírito da nossa Constituição".

(B. P. Vasconcelos)

"Nasci para ser. Esbarrando aquele momento, era eu, sobre vez,

por todos, eu enorme, que era o que mais alto se realçava.

E conheci: ofício do destino meu, real era o de não ter medo.

Ter medo nenhum. Não tive (...) conheci. Enchi minha história".

(Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas. Assim poderia ter falado Vasconcelos nos seus dias de "Urutu-Branco")

A Constituição Imperial estabelecia, no seu art. 13, que "o poder legislativo é delegado à assembléia geral, com a sanção do imperador". A assembléia geral compunha-se de duas câmaras: câmara de Deputados e Câmara de Senadores ou senado (art. 14). Entre as atribuições conferidas à assembléia geral destacavam-se as previstas nos incisos VIII e IX: fazer leis, interpretá-las, suspendê-las e revogá-las; velar na guarda da Constituição e promover o bem geral da nação.

Garantia a inviolabilidade dos membros de cada uma das câmaras pelas opiniões proferidas no exercício de suas funções (art. 26).

Considerando que o Senado era composto de membros vitalícios, escolhi-dos pelo imperador em listas tríplices organizadas por eleições provinciais (art. 40 c/c o art. 44), o presente capítulo dará ênfase e prioridade à Câmara dos Deputados, eletiva e temporária (art. 35), pelo seu caráter mais popular e democrático e pelo papel que cumpriu na consolidação das instituições parlamentares no Brasil. O art. 36 estabelecia como privativa da Câmara dos Deputados a iniciativa sobre impostos e recrutamentos e o art. 38 determinava como "privativa atribuição da mesma Câmara decretar que tem lugar a acusação dos ministros de estado e conselheiros de estado". Todos esses temas foram, como veremos, polêmicos na legislativa de 1826-1830. A leitura dos pronunciamentos, projetos e debates na Câmara mostra que, do ponto de vista da atuação parlamentar, dos conhecimentos jurídicos e do compromisso com a aplicação e a eficácia das normas constitucionais, já numa perspectiva de constitucionalidade das leis, dos atos administrativos e dos procedimentos legislativos, avultou-se, de maneira singular, a presença de Bernardo Pereira de Vasconcelos. Por isso, o enfoque do nascente Poder Legislativo no Brasil se fará tendo como referência o irrequieto e complexo estadista mineiro.

A Assembléia Geral Legislativa do Império, e com ela a Câmara dos Deputados, inaugurou-se em maio de 1826, embora as eleições se tivessem realizado em 1824.(1) A rigor, 1824 tornou-se um ano marco na história jurídica e política brasileira: outorga da Constituição, eleições para a Assembléia e a revolta dos pernambucanos, conhecida como a Confederação do Equador. Impossível não se ater, ainda que rapidamente, sobre esse acontecimento da nossa história, porque ele não se encerra em si mesmo. Teve conseqüências e desdobramentos.

* Acadêmico, professor univérsitário, ex-prefeito de Belo Horizonte.

A exemplo da Conjuração Mineira, personificada na figura grandiosa e heróica do Tiradentes, a Confederação do Equador encontrou também em Frei Caneca uma generosa expressão intelectual e humana. Os vencidos se tornam vencedores e, muito além dos seus torturadores, algozes e assassinos, projetam a sua influência nos acontecimentos e na história.

Na repressão brutal aos rebeldes nordestinos, Dom Pedro I inicia a sua fase de descenso e crescente incompatibilidade com os sentimentos da jovem nação, o que vai levar à ruptura de 7 de abril de 1831, quando Dom Pedro I, a rigor, não abdicou; foi, na verdade, deposto, como se depreende da leitura dos autores citados neste texto. As idéias de Frei Caneca ajudaram a moldar o nascente e frágil constitucionalismo brasileiro.

O frade libertário, dado às boas leituras "dos Locke, dos Hamilton, do Espírito das Leis",(2) não aceitou, com seus companheiros, a dissolução da Constituinte e a Carta outorgada. A quebra do pacto, assegurada pela Assembléia Constituinte, implicaria, na outra ponta, o direito de resistência e de rebelião. As razões apresentadas por Frei Caneca no processo que o condenou à morte traçam, "com clareza, a medula do seu pensamento", na expressão de Faoro:

"A soberania estava nos povos. Os povos não são herança de ninguém. Deus não quer sujeitar milhões de seus filhos ao capricho de um só. Os reis não são emanação da divindade, são autoridades constitucionais (...). Os povos têm o direito de mudar a forma de governo. As Cortes são superiores ao imperador. Clamando-se ao soberano congresso sobre alguma lei, que dele emanar, a qual contrária seja aos interesses do povo, se estes não forem atendidos, desfeito está o pacto; cabe-nos então assumir nossos direitos (...). O povo do Brasil deu por generosidade o trono ao imperador. O governo absoluto, o maior de todos os males..."

Caneca (apud Faoro), "coerente com o programa liberal", pregava "a rejeição da Constituição de 24" e apresentava o seu receituário constitucional: "Nós queremos uma Constituição que afiance e sustente a nossa independência, a união das províncias, a integridade do império, a liberdade política, a igualdade civil, e todos os direitos do homem em sociedade; o ministério quer que, à força de armas, aceitemos um fantasma irrisório e ilusório da nossa segurança e felicidade..."(3)

A contradição manifesta no testemunho e no martírio de Frei Caneca expressa uma ambivalência constante - explícita ou embutida na sutileza dos casuísmos e "acertos" conciliatórios das elites - na história pátria. No ano mesmo da morte do frade constitucionalista, convocam-se as eleições parlamentares. Da mesma forma que participantes ativos do processo de independência, como José Clemente Pereira, Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa, foram excluídos da Constituinte (o liberal radical Cipriano Barata, "proprietário e senhor de escravos",(4) se auto-excluíra), os irmãos Andrada e Montezuma, exilados, não participaram da primeira Câmara. José Bonifácio foi, seguramente, nas suas virtudes e deficiências, a personalidade mais representativa e instigante na formação do Estado brasileiro. Exerceu o poder usando métodos pombalinos e tratando com rigor os adversários. Na oposição, fustigava os detentores do poder ou os áulicos que giravam em torno dele e costurava alianças, nem sempre muito claras e coerentes. Mas foi o grande arquiteto do processo emancipatório e tinha, muito além dos seus contemporâneos, uma concepção de Estado nacional fundada na integridade territorial do País e numa monarquia constitucional que mediasse a soberania entre os poderes do imperador e os direitos individuais. Com toda certeza, Bonifácio foi afastado do processo menos por seus métodos e concepções muitas vezes autoritárias do que por suas idéias relativas à progressiva abolição da escravatura, mudanças no sistema fundiário, uma política mais sensata para os índios e modernização do Estado brasileiro. O velho Andrada merece uma atenção especial, porque ele e Bernardo Pereira de Vasconcelos, considerando-se os atores institucionais - e, nesse caso, ficam excluídos Frei Caneca e os "rebeldes republicanos" - foram, a meu ver, as duas grandes personalidades políticas da década de 1820/1830. O ideal teria sido uma síntese ou fusão dos dois. Empregando a expressão de Pedro Octávio Carneiro da Cunha, José Bonifácio, no campo social, que ia além da abolição da escravatura, era um homem do futuro; por outro lado, no campo da política, das práticas parlamentares e democráticas, era um homem do passado. Vasconcelos era o contrário.

Por isso, permito-me discordar de Raymundo Faoro quando diz, relativamente à Câmara de 26, que "a ausência de José Bonifácio, banido da pátria, não criará sentimento de opressão ou de orfandade: o patriarca, exausto de seu papel político, caminha para o esquecimento, que o devora e aos seus inimigos".(5)

Quase duzentos anos depois, com os seus erros e acertos, seguramente mais estes do que aqueles, quando considerados na perspectiva do projeto nacional e do desenvolvimento do País, José Bonifácio não foi esquecido e muitos dos problemas por ele intuídos continuam a desafiar a inteligência e a consciência nacionais.(6) Apesar dessas contradições e ausências, a história do povo brasileiro vai-se desenvolvendo. "E la nave va"... São 175 anos de história parlamentar, entremeados de eleições censitárias e fraudadas, eleições a "bico de pena", exclusão de analfabetos, períodos ditatoriais. Mesmo hoje, como se vê pelos meios de comunicação e estudos especializados, o Poder Legislativo no Brasil não oferece à sociedade um rol de realizações, procedimentos e debates dos mais estimulantes. É o ziguezague da História. Como ensinava Winston Churchill, "a democracia é a pior forma de governo, exceto quando comparada com as outras".

Ruim com o Parlamento, pior sem ele. Sem ele, não estaríamos hoje discutindo novos horizontes e possibilidades no campo do Direito, da Filosofia e da Ciência Política, como novos mecanismos e procedimentos participativos e de construção da cidadania, o Processo Constitucional e o Devido Processo Legislativo. José Honório Rodrigues critica a omissão da grande maioria dos historiadores brasileiros quanto ao papel do Parlamento: a grande maioria das histórias do Brasil desconhece o papel do Parlamento que seo aparece quando existiram crises, estados de excecão, guerras cívis e se tornou necessária ou se conseguiu, sob pretextos variados, a concessão de recursos extraordinários e a suspensão das garantias constitucionais".(7)

O Poder Legislativo cumpriu, apesar dos contratempos, papel fundamental na conformação do Estado Nacional brasileiro e na construção e consolidação das nossas intituições jurídicas e democráticas desde o período imperial. "A Câmara temporária, seria nesse quadro, o viveiro experimental do recrutamento dos estadistas..." (8)

A contrução nacional não é obra somente do Poder Executivo, mas também do Poder Legislativo, e foi durante o Império, durante o regime parlamentar, obra sobretudo do Parlamento (9).

Distinguindo-se da tendência majoritária da nossa historiografia, Euclides da Cunha realça o papel da "primeira Assembléia Legislativa do Brasil, de 1826".

Chama a atenção para o divórcio que logo se manifesta entre o imperador e a Câmara dos Deputados, com "o antagonismo crescente da segunda contra as 'comissões militares' que se alastraram pelo País, instituindo um regímen de terror generalizado". O autor de Os Sertões destaca o contraste entre a atuação altiva e independente da Câmara e a subserviência do Senado. Já numa linha de preocupações constitucionais, os deputados - Bernardo Pereira de Vasconcelos, Odorico Mendes e Limpo de Abreu - denunciaram os ministros da Guerra e da Justiça como réus da criação inconstitucional das "Comissões Militares". No dia da votação, a Câmara ouviu "a palavra severa de Diogo Antônio Feijó: 'A Constituição não pode marchar sem a responsabilidade do governo; voto, portanto, pela acusação dos ministros'". Euclides distingue, como todos os demais autores que tratam do período, a figura de Bernardo Pereira de Vasconcelos, "vindo de Minas - uma alma titânica dentro de um arcabouço abatido e fistulado de moléstias - aparecia, surpreendentemente, cedendo aos máximos arrancos de seu temperamento impetuoso ao ponto de ferir de frente a própria integridade do regímen". Euclides assinala, ainda, a presença, na primeira Câmara, de Odorico Mendes, José Custódio Dias, Lino Coutinho e, "predestinado a tornar-se maior do que todos", Diogo Antônio Feijó". (10) O padre paulista teve, de fato, destacada presença na Câmara e, sobretudo, no período regencial. Mas, como se depreende da monumental obra de pesquisa de José Honório Rodrigues (11) e, a partir do segundo volume, em parceria com Leda Boechat Rodrigues e com a colaboração de Octaviano Nogueira e de outros depoimentos, como os de Joaquim Nabuco, (12)Octávio Tarquínio de Sousa, (13) Raymundo Faoro, (14) José Murilo de Carvalho, (15) Alfredo Valadão (16) e Zahidé Machado Neto,(17) foi Bernardo Pereira de Vasconcelos o grande arquiteto que deu as linhas e coordenadas mestras e iniciais para a construção do imponente e inacabado edifício das nossas instituições parlamentares e democráticas. Em síntese: Bernardo fundou o Poder Legislativo no Brasil e lançou as bases do Devido Processo Legislativo. Verdade que, na Câmara de 26, outras personalidades marcariam o período imperial, além de Bernardo, Feijó e os demais citados por Euclides da Cunha; lá estavam, entre outros, Vergueiro, um dos homens mais equilibrados e instigantes do período, Araújo Lima - o futuro Marquês de Olinda, Limpo de Abreu. Mas este trabalho, como disse, ater-se-á basicamente em Bernardo de Vasconcelos, em face de sua competência e atividades no campo do Direito, especialmente nos projetos de organização do Poder Judiciário, do Código Criminal, do Ato Adicional e, sobretudo, por seu empenho vigoroso em afirmar o primado da Constituição.

Bernardo foi um homem controvertido e rigorosamente condicionado, do ponto de vista social e econômico, pelos limites da época e da realidade brasileiras.

Dotado, entretanto, de superior inteligência e refinada ironia que, não raro, resvalava para o sarcasmo, soube, como José Bonifácio, escapar ao ridículo de certas situações, como os títulos nobiliárquicos. Soube também transcender determinadas circunstâncias e questionar, quando não criticar dura e sarcasticamente, certos modelos e padrões culturais vigentes no seu tempo, como, por exemplo, os cursos de Direito.

"Estudei Direito Público naquela Universidade (Coimbra) e por fim saí um bárbaro: foi-me preciso até desaprender. Ensinaram-me que o Reino de Portugal e acessórios era patrimonial; umas vezes sustentavam que os portugueses foram dados em dote ao Senhor D. Afonso I, como se dão escravos ou lotes de bestas, outras vezes diziam que Deus, no campo de Ourique, lhes dera todos os poderes e à sua descendência; umas vezes negava-se a existência das Cortes de Lamego, outras confessava-se a existência, mas negava-se a soberania que os povos nelas exerceram; dizia-se que aquela e as outras assembléias da nação portuguesa tiveram de direito e de fato um voto consultivo; o direito de resistência, esse baluarte da liberdade, era inteiramente proscrito; e desgraçado quem dele se lembrasse! Estas e outras doutrinas se ensinam naquela universidade, e por quê? Porque está inteiramente incomunicável com o resto do mundo científico. Daí vinha que o estudante, que saía da Universidade de Coimbra, devia, antes de tudo, desaprender o que lá se ensinava e abrir nova carreira de estudos".(18)

Os biógrafos e estudiosos da vida e da obra jurídico-política de Vasconcelos, mesmo os mais entusiasmados com o seu talento e o papel que cumpriu na História da nossa Pátria, como Octávio Tarquínio, não desconsideram as suas contradições e a defesa nua e crua - pelo menos era despojada de metáforas e farisaísmos - que fazia do regime escravagista. Na sessão de 3 de julho de 1827, Bernardo faz um pronunciamento condenando o tráfico e, no limite, questionando a própria escravidão: "Demonstrar que o tráfico da escravatura é reprovado pela santa religião que professamos e ofensivo aos imprescritíveis e sagrados direitos da natureza, seria manifesta injúria às altas luzes e reconhecido liberalismo desta augusta Câmara."

(...)

"O nosso interesse na maior produção que oferece o trabalho por escravos, menos pode coonestar esta injustiça: o útil e o justo devem ser sempre inseparáveis.

"Só não tem força e robustez o brasileiro que foge ao trabalho. De mais, o homem livre produz mais que o escravo, segundo os cálculos dos economistas; os escravos, senhores, não têm o estímulo da recompensa, nem segurança em seu estado, e o temor do castigo não pode suprir a estas faltas".

As denúncias e imagens que apresenta dos "navios negreiros" fazem lembrar os versos inesquecíveis e permanentes de Castro Alves nos poemas Navio Negreiro e Vozes d'África, resgatados e musicados pelo talento versátil e surpreendente de Caetano Veloso no seu disco Livro.

"E como seremos constitucionais, como guardaremos as fórmulas protetoras das liberdades públicas, se no recinto de nosso domicílio exercemos o mais absoluto despotismo? Ah! Senhores, imitemos os estados americanos; o Brasil é hoje o único país do globo que ainda prossegue neste comércio; mudemos de conduta a respeito dos africanos, em tudo nossos semelhantes...

(...)

A fome, a devastação e a guerra são os bens que estes especuladores levam àqueles desgraçados habitantes. Que merecem pois?

Nossos semelhantes roubados ou comprados, são atirados no porão dos navios; parte morre de sede e peste; parte é lançada ao mar como mercadoria avariada em ocasião de contágio, e a outra parte que sobrevive a tantas atrocidades satisfaz sua avareza em nossos mercados".(19)

O mesmo Vasconcelos que pronunciava essas palavras na sessão de 3 de julho de 1827 propunha, em 1828, que se representasse à Assembléia Geral do Império sobre os inconvenientes da abolição da escravatura. Em conversas com o pastor inglês Walsh, advogava a causa do tráfico de escravos e "defendia a escravidão em princípio, visto que sustentara que não estava provado que ela desmoralizasse um país no grau em que pretendiam os seus opositores, bastando que se estabelecesse paralelo entre o Brasil e as nações que não têm escravos".²°

Se mudou de opinião na questão dos escravos, em nome do realismo político e do que é possível fazer,²¹ também na questão política Vasconcelos fez um giro completo, saindo das fileiras liberais, onde fora combatente e líder nos anos vinte, para o campo regressista, tomando-se destacado porta-voz dos conservadores e um dos ideólogos, com Paraná, Uruguai, Euzébio, Itaboraí, do Tempo Saquarema. Bernardo justificou essa mudança num texto que se tornou clássico na literatura política brasileira. Se pode ser questionado pelo que traz de autocomplacência ou até mesmo de cinismo, vale como retrato de uma época e pela elegância inexcedível do estilo:

"Fui liberal; então a liberdade era nova no País, estava nas aspirações de todos, mas não nas leis, não nas idéias práticas; o poder era tudo; fui liberal. Hoje, porém, é diverso o aspecto da sociedade: os princípios democráticos tudo ganharam e muito comprometeram; a sociedade que então corria risco pelo poder, corre agora o risco pela desorganização e pela anarquia. Como então quis, quero hoje servi-la, quero salvá-la, e por isso sou regressista. Não sou trânsfuga, não abandono a causa que defendi, no dia do seu perigo, de sua fraqueza: deixo-a no dia que tão seguro é o seu triunfo que até o excesso a compromete. Quem sabe se, como hoje defendo o País contra a desorganização depois de o haver defendido contra o despotismo e as comissões militares, não terei algum dia de dar outra vez a minha voz ao apoio e à defesa da liberdade? Os perigos da sociedade variam: o vento das tempestades nem sempre é o mesmo: como há de o político, cego e imutável, servir o seu País?"

Mas voltemos ao combativo Vasconcelos dos anos vinte, que afirmava o Parlamento e a Constituição. Em quase todos os seus pronunciamentos e projetos havia uma constante preocupação com o respeito e o cumprimento das Normas constutucionais.

A sua fidelidade rigorosa à Constituição e a sua dignidade em face do poder imperial se expressam no discurso de saudação ao imperador pronunciado no dia 7 de setembro de 1828:

"Um só desejo concentra hoje todos os desejos do Brasil - Constituição -, um só eco retumba hoje do Oiapoque ao Guaporé - Constituição -, um só sentimento reúne hoje os representantes da Nação - Constituição -: Constituição é a alma da vida política de V. M. Imperial".

Estava lançado o slogan "Viva o Imperador... enquanto Constitucional".

Já na sua primeira intervenção parlamentar, questionava decisão do Senado, invocando dispositivo constitucional. Houve discordância entre as duas Casas em torno do artigo 7, o do formulário de recepção do imperador, que mandava colocar cadeiras de ambos os lados do Trono para a Corte de S. Majestade. "Na impossibilidade de um acordo, coube a Dom Pedro decidir a favor do artigo proposto pelo Senado, admitindo assentos para a Corte".(22). Bernardo, com o apoio de Vergueiro, questiona a decisão do Senado - "O Senado infringiu manifestamente um dos artigos da Constituição"- e do próprio imperador: "Sua Majestade, pela Constituição, deve sancionar ou suspender as resoluções tomadas em ambas as Câmaras juntamente, mas na Constituição se não acha artigo algum, pelo qual possa o mesmo Senhor decidir questões que se suscitem entre elas. É, portanto, minha opinião, que devemos protestar contra esta decisão da Câmara dos Senadores, por ser contrária à Constituição do Estado".(23)

O pano de fundo da discussão eram as relações entre a Câmara e o Senado e entre estes e o imperador, seus ministros e súditos. Lembremos que, à exceção da Constituinte dissolvida pela força de um golpe de Estado, o País não possuía, no plano da representação nacional, nenhuma tradição ou experiência. Estava-se começando da estaca zero. A preocupação inicial e central de Vasconcelos, como nos ensina José Murilo de Carvalho, "foi colocar em funcionamento a monarquia representativa, acabar com os resíduos do absolutismo ainda vigentes na cabeça e nas práticas do imperador, de seus ministros e até mesmo nas leis. (...) Era uma luta por idéias, mas também por regras, procedimentos, rituais".(24)
Nas suas preocupações com os procedimentos e com "a importância dos regimentos internos das Assembléias Legislativas" manifestam-se, ainda que de forma incipiente, mas eficaz, as primeiras divisas do Devido Processo Legislativo:

"Novo erro cometeu o Senado, pedindo ao governo a decisão de um ponto de cerimonial, que devia ser marcado pelo regimento interno, na forma prescrita na Constituição, artigo 20 (...). A Constituição principia no artigo 52 a prescrever o modo pelo qual as leis devem ser propostas, discutidas e sancionadas (...); declara no artigo 61 a maneira pela qual devem ser aprovadas, ou rejeitadas as emendas que uma Câmara tiver oferecido ao projeto remetido pela outra Câmara (...); interprete o Senado a Constituição não por artigos separadamente, mas combinando os artigos uns com os outros".(25)

As modernas teorias da democracia têm ressaltado a importância dos procedimentos que permitem a igualdade de oportunidades e de participação e estabelecem as regras do jogo que garantem os direitos da(s) maioria(s), mas preservam igualmente os direitos fundamentais da(s) minoria(s), assegurando-lhe(s) as possibilidades concretas e materiais de se tornarem maioria. Esses procedimentos, sejam na esfera do Judiciário e do Executivo (Devido Processo Legal), sejam na esfera do Legislativo (Devido Processo Legislativo), sejam na esfera das organizações não-governamentais e da sociedade civil, devem estar pautados pelos princípios e normas constitucionais. Vasconcelos, como vimos, teve uma clara intuição da importância desses procedimentos legislativos à luz dos comandos constitucionais. Octávio Tarquínio de Sousa não foi indiferente a essa dimensão procedimental nas atividades do nosso primeiro e efetivo intérprete da Constituição.

E não só debatia incansavelmente os grandes assuntos que se suscitavam, como era fértil em propostas e indicações sobre questões de ordem e interpretações regimentais, interessado no fundo, na essência da obra que a Câmara realizava, e também na técnica legislativa, na melhor elaboração das leis, na sua clareza e precisão.

Uma das primeiras e mais renhidas batalhas travadas por Bernardo de Vasconcelos para dar corpo e alma ao Parlamento e garantir a Constituição foi com os ministros do imperador, para que se tornassem responsáveis e prestassem contas dos seus atos.

Dizia ele: "Um dos principais deveres da Assembléia Geral é o de velar a guarda da Constituição e das leis (...). A lei da responsabilidade dos ministros de Estado e dos conselheiros de Estado (...) é a medida mais profícua que se podia tomar para promover o bem geral; sem tão importante lei todas as outras seriam inúteis, e a mesma Constituição seria impunemente violada, como o tem sido até agora".(26)

Antes mesmo de confrontar os ministros, ousa ferir uma questão considerada, se não sagrada, pelo menos como dogma: as falas do trono. "Com que admiração, Sr. Presidente, não tenho ouvido a dois ilustres membros da Comissão, e a outros srs. Deputados, que a fala do trono não pode ser discutida, ou que a sua discussão deve ser em termos genéricos".(27) Vasconcelos apresenta a sua compreensão do delicado tema: "As falas do trono foram sempre consideradas como atos ministeriais; suas decisões são sempre na presença dos ministros, a cujo cargo está explicá-las e defendê-las como qualquer proposta do governo".(28) A partir daí cobra, com rigor, mais do que informações, a presença dos ministros: "Negaram-nos as precisas informações com o pretexto de inconstitucionalidade, como se o pedirmos bases para o desempenho de nossos deveres fosse oposto à Constituição, como se eles fossem capazes de nos negarem informações para o fim de não infringirem a Constituição, que tão pouco amor lhes merece. Não vieram a esta Casa nem nos casos expressos da Constituição (...). Mas em vão esforçam-se eles por mostrar a inutilidade do corpo legislativo! Loucos! Como existirá o Brasil sem representação nacional?"(29)

No dia 28 de maio de 1826 apresentou o Projeto de Lei sobre a Responsabilidade dos Empregados Públicos. Subscreviam o projeto Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e José Ricardo da Costa Aguiar de Andrade, este com restrições.

O projeto era composto do Título, da Responsabilidade dos Empregados em Geral, com cinco artigos: Título II, Dos Crimes e Erros dos Empregados Públicos, com 19 capítulos e 96 artigos; Título III, Do Processo de Responsabilida-de, com três capítulos e 33 artigos.

Visava a regulamentar, conjuntamente, os arts. 133, 134 e 156 da Constituição. Projeto ousado, de avançado corte democrático, alcançava todos os funcionários públicos: ministros, conselheiros, magistrados e "todos os empregados de qualquer classe". Era um corte direto e horizontal, fundado no princípio da igualdade de todos perante a lei. José Lino Coutinho, Manuel Caetano de Almeida e Albuquerque e, mais uma vez com restrições, José Ricardo da Costa Aguiar de Andrade, apresentam projeto estabelecendo a responsabilidade específica dos Ministros e Secretários de Estado sob o argumento de que o art. 134 diz expressamente "que uma lei particular especificará a natureza dos delitos dos Ministros de Estado, e a maneira de proceder contra eles". A rigor, como reconhece Almeida de Albuquerque, o projeto visava a preservar os ministros e estabelecer uma espécie de foro privilegiado: "Esta classe de delitos dos Ministros e Secretários de Estado é particularíssima, e não deve jamais ser confundida com as das mais autoridades públicas".(30) Lino Coutinho é mais explícito ao dizer que a Constituição estabelece clara diferença entre os empregados da primeira e os da segunda hierarquia, entre os Conselheiros e Ministros de Estado e os funcionários subalternos.(31)

Vasconcelos, como sempre, busca na Constituição os fundamentos do seu projeto. Mas a sua interpretação (ou hermenêutica, como ele próprio gostava de dizer) da Constituição se faz a partir de um visível e admirável enfoque, nesse aspecto mais do que liberal, moderno e democrático:

"... é a Constituição a base dos meus argumentos. A Constituição, Sr. Presidente, não determina uma lei particular para regular a responsabilidade dos Ministros e Conselheiros de Estado, nem da sua letra se pode derivar tal inteligência [...].Porque, quando a Constituição trata dos Ministros de Estado, diz que são responsáveis pelos atos de sua jurisdição; o mesmo determina quando regula o Conselho de Estado; o mesmo acerca dos juízes, o mesmo, finalmente, a respeito de todos os empregados de qualquer classe [...].

"Não descubro esta distinção, que o ilustre Deputado insinua, entre os atos do Ministério, e Conselho de Estado, e os das outras classes de funcionários públicos.

Todos servem à mesma Nação, e dela recebem estipêndio; e se os Ministros exercem uma parte da soberania nacional, os magistrados também representam um dos poderes políticos, e nem por isso deixam de estar sujeitos à lei geral da responsabilidade, pela Constituição.

"Não há, portanto, implicância alguma em que uma mesma lei compreenda a uns e outros, e a todos os empregados da Nação, quando se trata de os responsabilizar pelas suas ações; antes é muito conforme esta teoria com o princípio de que a lei é geral para todos".(32)

Implicância podia não haver, mas Vasconcelos estava determinado a enquadrar os ministros, e através deles o próprio imperador, restringindo os limites e atribuições do Poder Moderador, e a implantar no País o regime parlamentarista.

Vasconcelos quer que o art. 12 - "Todos estes poderes no império do Brasil são delegações da Nação" - se traduza efetivamente na soberania da Nação: "É princípio sabido que a soberania reside essencialmente na Nação, que se pode dar ao governo que mais entende convir aos seus interesses e felicidade; a nossa Constituição, declarando que todos os poderes são delegados da Nação, proclamou o princípio da sua soberania".(33) Os debates são ricos e acalourados. Bernardo mais explicita a sua posição: "Seria justo que o Ministro de Estado, ou outro grande funcionário sofresse a simples pena de perdimento do emprego, ou de prisão por aquele mesmo delito, pelo qual outro empregado de menos consideração fosse conduzido ao cadafalso?" Bate forte também na magistratura, que podia não ter as garantias ensejadoras do Processo Constitucional e do Devido Processo Legal, mas tinha, e já naquela época preservava com forte espírito corporativo, os seus privilégios: "Os Desembargadores são isentos de responsabilidade; eis aí uma classe privilegiada [...]; os juízes de fora e outros Magistrados trienais também são invioláveis de fato [...] porque os Magistrados também têm o seu ponto de honra: um colega nunca deve morrer nas unhas de outro colega".(34)

Mesmo parlamentares de tendências mais liberais, como Sousa França, resistem ao projeto: "A Constituição é clara e, por conseqüência, o projeto assinado pelos Srs. Vasconcelos e Vergueiro excede os limites por ela marcados, ainda que não vá contra a sua literal inteligência". Sousa França propõe que se divida o projeto em dois títulos, "dos quais um fosse dedicado unicamente à responsabilidade dos Ministros e Conselheiros de Estado, e o outro aos demais empregados públicos".(35) Vasconcelos, com o sóbrio e elegante apoio de Vergueiro, resiste, sobretudo, quando querem retirar da Câmara a responsabilidade na acusação e julgamento dos Ministros de Estado, vinculando a acusação ao Procurador da Coroa e o julgamento ao Senado: "Os Deputados da Nação devem ter mais conhecimentos dos altos problemas políticos, que podem considerar-se crimes de um Ministro, do que um Procurador da Coroa, que pode não entender, senão de algum título do digesto, e que não está ao fato dos negócios".

Valoriza o Legislativo, recuperando as suas responsabilidades e deveres e sempre atento em limitar os espaços do Poder Executivo: "Os Deputados são eleitos pela Nação, e devem esmerar-se no desempenho de seus deveres: neles haverá a necessária coragem para estas acusações; o Procurador da Coroa é criatura do Poder Executivo, e dele depende; o seu desempenho será pois agradar aos Ministros; este é, ao menos, o modo porque devemos considerar este emprego".(36)

Aprovado pela Câmara e encaminhado ao Senado, o projeto de lei sobre a Responsabilidade dos Ministros e Conselheiros de Estado originou a Lei de 15 de outubro de 1827. Com base nessa lei, Bernardo de Vasconcelos e a Câmara viveram momentos de inspiração e grandeza.

Ocorreu em Pernambuco um incidente envolvendo pouco mais de setenta pessoas. Não se podia falar em levante, dado o pequeno número de participantes e os limitados desdobramentos do ocorrido. Esse reduzido grupo de pessoas, protestando contra violências policiais no Recife, promoveu, na noite de 1º de fevereiro de 1829, desordens de rua em Afogados, arrombando a Cadeia de Santo Antão, dando vivas à República e incitando a população. Como esta não aderiu ao frágil movimento, os rebeldes fugiram para o interior do Estado. A repressão foi violenta e desproporcional, as garantias constitucionais foram suspensas e criou-se uma Comissão Militar. A Câmara, a requerimento de Holanda Cavalcanti, pedira ao governo informações sobre o que ocorrera em Pernambuco no interregno parlamentar. A Fala do Trono fez vagas referências ao ocorrido em Pernambuco, "onde um partido desorganizador ousou levantar a voz da rebelião, contra a qual o governo foi obrigado a tomar medidas extraordinárias".

Vasconcelos requereu "que se exigisse do ministro o cumprimento do § último do artigo 179 da Constituição, a fim de que a Câmara chegasse a um perfeito conhecimento das medidas tomadas sobre os acontecimentos políticos na província de Pernambuco". A hermenêutica - para usar a expressão utilizada por Lino Coutinho nos debates parlamentares sobre o assunto - do § 35 exige a sua vinculação ao § 34. Ei-los: "Os poderes constitucionais não podem suspender a Constituição no que diz respeito aos direitos individuais, salvo nos casos e circunstâncias especificadas no parágrafo seguinte.

"Nos casos de rebelião ou invasão de inimigos, pedindo a segurança do Estado que se dispensem por tempo determinado algumas das formalidades que garantem a liberdade individual, poder-se-á fazer por ato especial do poder legislativo.

Não se achando, porém, a esse tempo reunida a assembléia, e correndo a pátria perigo iminente, poderá o governo exercer esta mesma providência como medida provisória e indispensável, suspendendo-a imediatamente que cesse a necessidade urgente que a motivou; devendo em um e outro caso remeter à assembléia, logo que reunida for, uma relação motivada das prisões e de outras medidas de prevenção tomadas; e quaisquer autoridades que tiverem mandado proceder a elas serão responsáveis pelos abusos que tiverem praticado a esse respeito".

A resposta do Ministro da Justiça, Lúcio Soares Teixeira de Gouveia, confirmava a fragilidade do pretenso levante e o rigor das medidas tomadas sem observância dos preceitos constitucionais.

O parecer da Comissão de Justiça propunha uma solução intermediária: isentar de culpa o Ministro da Justiça e incriminar o Ministro da Guerra. Vasconcelos discorda do parecer na parte em que exculpava o Ministro da Justiça, "tão criminoso ou mais do que o Ministro da Guerra", e requer a nomeação imediata da comissão especial de denúncia, de acordo com a lei de responsabilidade. Foi eleito membro da comissão especial com quase o dobro dos votos (trinta) obtidos pelos outros dois integrantes da comissão, Galvão e Lino Coutinho.(37) Estava armado o cenário para um dos mais ousados momentos da história do Parlamento brasileiro. No epicentro da crise, agigantou-se a figura do contraditório e fascinante político mineiro. Euclides da Cunha precisa o grande momento: "Destarte o antagonismo entre a opinião nacional e o governo era irremediável; e na legislatura de 1829 atingiu ao ponto crítico. Bernardo de Vasconcelos, o Mendes e Limpo de Abreu denunciaram os Ministros da Guerra e da Justiça como réus da criação inconstitucional das "Comissões Militares". Atacava-se de frente a ortodoxia governamental. As sessões transcorreram tumultuárias, ruidosas [...]

"Estávamos como nos grandes dias da Convenção..."

Condenando as Comissões Militares, "desconhecidas em nossa legislação", Bernardo faz atualíssima crítica aos tribunais militares: "Cada um na sua profissão. Os militares são instituídos para defender a Pátria com as armas na mão; neste exercício se fazem credores do reconhecimento nacional; serão, porém, também aptos para julgar? Ah! Não: alheios aos conhecimentos jurídicos, à prática do foro, seus juízes não têm por si a presunção da lei".(38) Bernardo faz da Constituição a sua trincheira: "... não posso deixar de reconhecer no Ministro da Justiça o mais decidido propósito de calcar aos pés a Constituição do Império.

Na falta dos argumentos expedidos contra o parecer da Comissão, sobrava para a sua rejeição o refletirmos que o Ministro suspendeu, não algumas, mas todas as garantias da liberdade individual contra a expressa disposição da Constituição.

Embora a Comissão o justifique pela referência do decreto à Constituição, combine- se o decreto com a Constituição e o crime do Ministro mais manifesto se torna. Quando a necessidade urgente obriga à suspensão de garantias, cumpre fixar muito positivamente qual é a que se suspende (...); aliás, o executor não sabe como se há de conduzir, pois que expressamente se lhe não designam as medidas de prevenção que deve pôr em prática".(39)

Insiste o parlamentar desabusado na "inconstitucionalidade" (ou "anticonstitucionalidade") dos atos praticados pelo Ministro da Justiça. Nos seus pronunciamentos, o termo surge reiteradas vezes. Mais freqüente, ainda, a expressão "garantias constitucionais".

Nos debates constitucionais, quando da denúncia contra o Ministro da Guerra, já se vislumbra o estudioso das teorias presentes na época, ensejadoras das novas concepções do Direito Criminal. Bernardo de Vasconcelos, como se sabe é grande mentor do nosso primeiro código: "A letra da Constituição não reconhece juízo que não seja estabelecido em lei anterior, proscreve comissões especiais tanto cíveis como crimes, e é de sua intenção que ninguém será julgado por juízes, em cuja escolha não tenha tido parte ao menos indireta, como a que se exerce pelas recusações peremptórias no juízo dos jurados".(40)

Na famosa "Carta aos Senhores Eleitores da Província de Minas Gerais", Vasconcelos fundamenta juridicamente suas críticas veementes às comissões militares. Nesse texto, como em muitos outros, constata-se a preocupação com procedimentos diretamente relacionados às garantias constitucionais e ao devido Processo Legal: "Para punir algumas províncias, foram suspensas as garantias constitucionais; criaram- se comissões militares contra as leis e a Constituição; e a liberdade e vida de milhares de famílias brasileiras foram postas à discrição de militares, bravos sim, e cobertos de glória marcial, mas alheios à prática de julgar. (...)

(...) A história judiciária basta a convencer-nos de que o juiz conhecido antes do ato de julgar nem sempre se guia pelas leis e pela razão natural; todos os pleitos não são inacessíveis às paixões e à corrupção; e muito custa resistir aos embates do poder, empenhado nas decisões judiciais: mas o pior de todos os juízes é o escolhido pelo governo para sentenciar os que considera seus inimigos; entre juízes assim escolhidos e assassinos, uma só diferença noto: e é que os primeiros matam com os aparatos judiciários e, sem estes, os segundos. E como em um século de luzes, e no regime constitucional se ousa abreviar as fórmulas dos processos? Por que nos objetos insignificantes há o maior escrúpulo, recomenda-se cuidadosamente a observância das leis e das fórmulas, e nenhum escrúpulo há, nenhuma fórmula sequer, quando se ventila sobre a liberdade e a vida do cidadão? As fórmulas demoram algum tanto os processos, mas elas garantem a inocência; sem elas não pode haver justiça sobre a terra".(41)

O imperador, sempre imaturo, parcial e desatento à dignidade de seu cargo, envolveu-se pessoal e diretamente no processo contra os ministros. A idéia de um novo golpe, à semelhança de 23, deve ter-lhe passado pela cabeça. Mas os tempos eram outros. E Bernardo se antecipa a qualquer ação golpista recordando a Constituinte dissolvida por "criminosa, violenta prepotência, as prisões cheias, as deportações". O remédio para evitar que se repetisse a situação não era a moderação, as concessões fáceis e pusilânimes. Impunha-se a punição rigorosa do delito, da ofensa à Constituição. Ousado, confrontando e medindo forças indiretamente com o próprio imperador, para demarcar-lhe o campo de ação e do Poder Moderador e garantir a eficácia da Constituição, Vasconcelos esgota argumentos constitucionais e jurídicos na acusação dos Ministros.(42)

O governo, comprando e corrompendo, ganhou.(43) Vitória de Pirro! A sorte de Dom Pedro I estava selada. A Câmara se impusera ao respeito da Nação; fizera sentar no banco dos réus "o governo transgressor da Constituição e das leis".(44)

Bernardo Pereira de Vasconcelos tratava com argúcia e competência os mais variados temas. A sua âncora era sempre a Constituição. Alguns desses temas são de grande atualidade. A questão orçamentária e, mais especificamente, do crédito suplementar, por exemplo. As leis orçamentárias no Brasil, das diretrizes constitucionais aos orçamentos anuais, passando pelos Planos Plurianuais e Leis de Diretrizes Orçamentárias, continuam, em boa medida, sendo peça de ficção. Naquele tempo, competia à Câmara decretar impostos. Bernardo, em parecer de 1828, aconselhava seus pares que mantivessem em toda a plenitude esse dispositivo constitucional, não consentindo em inversões, ainda que simuladas.(45)

Adverte duramente o Ministro da Fazenda porque tomou a iniciativa sobre impostos.

"Eis uma proposta inconstitucional (...). Havemos de estar ensinando ao Sr. Ministro a sua obrigação! Há de a Assembléia converter-se em escola de ministros?

Diz o artigo da Constituição que é privativo da Câmara". Vasconcelos questiona até a linguagem do ministro, que "não é constitucional".(46)

Exige do governo a autorização, prevista na Constituição, da Assembléia Geral para contrair empréstimos e argúi a inconstitucionalidade dos empréstimos contraídos ao arrepio dos dispositivos constitucionais. Astuto e sempre determinado na afirmação do Poder Legislativo, dependente de convocação do governo, desenvolve um raciocínio surpreendente para sensibilizar seus pares: "Não falarei na opressão que sofrem os povos com o livre arbítrio dos empréstimos; direi só que este artigo da Constituição, que há pouco citei, é um dos maiores garantes da convocação da Assembléia e todos os anos, porque o governo, necessitando de dinheiro, há de convocar a Assembléia. Este é o artigo da nossa garantia: é o principal artigo".

O problema da dívida e dos empréstimos externos é antigo. Bernardo deixou uma boa lição: "E digo que fique reputada como dívida pública, que temos contraído, porque excluo o empréstimo de Londres. Este empréstimo, segundo os cálculos que tenho feito, é anticonstitucional, não pode ser aprovado. Façamos aos ingleses o que eles fariam à nossa Nação; nunca o Parlamento inglês quereria aprovar um empréstimo contraído contra o que manda a sua Constituição".(47)

A questão cisplatina e as guerras ao longo do Rio da Prata estão relacionadas com os temas do recrutamento e da contratação de soldados mercenários na Europa. Como vimos, as propostas de impostos e recrutamento deviam sempre ter origem na Câmara dos Deputados. Esta decidiu que a força de trinta mil homens já decretada era suficiente para as necessidades do momento. O Senado, subserviente, propôs uma emenda aumentando o número em mais três mil e violando a Constituição, porquanto penetrava nas competências privativas da Câmara. Ademais, o governo andava promovendo recrutamentos forçados pelo interior do País. Bernardo, iniciando "sua extraordinária carreira parlamentar", contrapõe forte resistência legal aos "ensaios ditatoriais de D. Pedro I": "Não admitimos a mais leve infração da Constituição; este artigo é ainda mais importante que o dos impostos; o recrutamento é também um imposto, e de que natureza? É uma imposição sobre a liberdade, o sangue e a vida dos nossos concidadãos. Não consintamos que o Senado infrinja a Constituição (...). O que os povos precisam é de que se lhes guardem as garantias constitucionais; que as autoridades os não vetem, que os não espoliem, que se lhes não arranquem seus filhos para com eles se fazerem longínquas guerras (...). Muito perigoso é acostumar o soldado a olhar seu concidadão como inimigo; acostumem-se eles a repelir inimigos e a respeitar os cidadãos".(49)

A cultura jurídica de Bernardo de Vasconcelos, a despeito da Universidade de Coimbra, levou-o a ocupar-se de temas e questões mais especificamente vinculados à área do Direito, como a criação dos cursos jurídicos, do Supremo Tribunal de Justiça e do Código Criminal. Defende, como fizera Cairu na Constituinte, que o nosso primeiro curso jurídico fosse instalado no Rio de Janeiro.

As razões com que fundamentava e justificava sua proposta revelam preocupações constitucionais e o seu realismo e conhecimento da realidade brasileira daqueles tempos. Defende que o curso seja implantado no Rio de Janeiro porque considera que a cidade tem mais recursos: livros, mestres, opinião pública "muito mais bem formada que nas outras províncias", tipografias, bibliotecas.

Mas fere o nó da questão ao falar do clima de arbítrio e despotismo que ainda prevalecia nas províncias:

"Há também aqui uma proteção muito mais decidida do que nas províncias, onde ainda não pode raiar a liberdade, e onde o despotismo está em maior furor do que aqui. Quem é que se atreverá a explicar a Constituição em qualquer das nossas províncias? Um presidente com a maior facilidade manda agarrar um qualquer cidadão, e manda-o para aqui, dizendo que é demagogo e revolucionário; isto é o que todos nós temos visto, e estamos a ver. Lá faz-se só o que o presidente quer [...] os presidentes são os herdeiros dos capitães generais [...]. Por isso julgo que, para maior liberdade dos mestres e alunos, na explicação e desenvolvimento das doutrinas, convém que por enquanto se estabeleçam estas aulas no Rio de Janeiro.

Do contrário, não me admiraria, se soubesse que o presidente da província, onde estivesse o curso jurídico, tinha mandado em ferros para as fortalezas desta Corte, os professores, e os estudantes, como republicanos e incendiários [...]

[...]

"os presidentes não gostam muito dessa difusão de luzes: eles sabem muito [que] quanto mais luzes, menos mando absoluto, e mais quem note os seus erros e comportamentos".(50)

O futuro idealizador e responsável pela implantação do Colégio Pedro II destila o seu veneno contra o Direito português: "Porém, como temos de organizar um novo código, e há de finalmente chegar o tempo de acabar com esta legislação atual, que provisoriamente nos serve, parecia que por ora se pode muito bem escusar esta cadeira de História da legislação portuguesa, que nestes últimos cinqüenta anos tem crescido e avultado tanto que o jurisconsulto mal pode ter notícia da lei, quanto mais da sua história! A nova legislação deve principiar quanto antes, se possível fosse do ano de 1827 por diante".(51)

Embora leitor dos autores em voga na época - "Os amigos com que estou em contato são os Says, os Ganilhs, os Benjamin Constants, os Benthams e os Henets, e outros políticos e financeiros que declaro serem escritores..."(52) - e considerasse Rousseau "infalível em matéria política",(53) Vasconcelos inicia entre nós, talvez em decorrência do problema da escravidão, uma equívoca "tradição" de se buscar sempre uma adequação dos temas jurídicos mais universais a uma pretensa e específica realidade brasileira: a famosa democracia "brasileira" que tanto provocava a ira santa de Sobral Pinto.

Na prisão, na noite de 13 de dezembro de 1968, Sobral Pinto protestava: "Pode haver 'peru à brasileira', mas não 'democracia à brasileira'". A democracia pressupõe o respeito a certos valores e procedimentos universais. Essa ênfase nas chamadas "questões nacionais", em detrimento de um intercâmbio maior e mais livre com outros povos e culturas, muito presente nos autores brasileiros de corte mais autoritário (Oliveira Vianna, Alberto Torres, Plínio Salgado, Francisco Campos, este mais especificamente no domínio do Direito) e que se tornou uma divisa do integralismo: "Soluções nacionais para problemas nacionais", já se fazia notar em Vasconcelos, mais discretamente no princípio e mais visível nos tempos do "regresso".

Afinal, conciliar liberalismo e escravidão, liberalismo e patrimonialismo com fortes ressaibos feudais impunha uma leitura própria e singular do ideário e princípios liberais. Assim, nos debates sobre os cursos jurídicos, o nosso primeiro grande jurista e parlamentar propunha conteúdos curriculares, procurando evitar, com elegância, o estudo do Direito Constitucional Comparado: "Também acho estas doutrinas sumamente necessárias, mas creio que há de haver grande dificuldade em estabelecer as cadeiras próprias, principalmente a de análise das constituições dos diversos governos, isto é mais fácil de imaginar, e propor, do que pôr em prática. Como em uma aula se hão de analisar todas as constituições existentes? Portanto, eu julgaria suficiente por ora a cadeira de análise da nossa Constituição..."(54)

Evidente que há aí um sofisma: ainda hoje não se coloca para o Direito Comparado o desafio, quase impossível, de estudar todas as Constituições ou legislações específicas. Trata-se de confrontar algumas, as mais representativas; às vezes, não mais do que duas. Nem se exigiria, de professores e alunos, o rigor de Aristóteles no confronto das teorias (Platão, Falêas, Hipôdamos) e das constituições (lacedemônios, cretenses, cartageneses).(55) Quem sabe o temor não seria do contágio da Constituição republicana dos EUA? Ou da França revolucionária?

Afora isso, voltava a brilhar a inteligência lúcida de Vasconcelos e a sua proposta curricular era interessante, considerando os padrões da época: direito natural, direito público, princípios gerais de legislação, direito das gentes, instituições canônicas ("há compêndios modernos da aceitação por conterem doutrinas puras e livres das trevas, com que a cúria de Roma tem procurado enredar esta ciência..."), análise da Constituição e direito pátrio. Vasconcelos se opõe com vigor ao projeto oferecido por Marcos Antônio Brício (Barão de Jaguarari), "porque não sei de que sirva ter estudado somente o direito natural e o direito das gentes - é o mesmo que nada saber".(56)

Outra iniciativa de vulto de Bernardo de Vasconcelos foi o projeto, apresentado em 7 de agosto de 1826, criando o Supremo Tribunal de Justiça, que se converteu em lei em setembro de 1828. O Supremo Tribunal de Justiça substituiu o velho Desembargo do Paço e deu o primeiro passo na atribulada história do Poder Judiciário no Brasil. O projeto de Vasconcelos previa que o Supremo Tribunal de Justiça "será composto de treze juízes letrados, tirados das Relações, por suas antiguidades, e serão condecorados com o título de Conselheiro, usarão de beca e capa; terão o tratamento de Excelência e ordenado de 4:000$000, sem outro algum emolumento ou propina. E não poderão exercitar outro algum emprego, nem acumular outro algum ordenado ou subsídio ou coisa semelhante".(57)

Na fundamentada opinião de Octávio Tarquínio de Sousa, "era toda a organização da justiça que procurava renovar, tirando o seu caráter quase medieval com o privilégio pessoal do foro dos cavaleiros e outras velharias, ao mesmo tempo que propunha a publicidade dos julgamentos criminais".(58)

Importante salientar, mais uma vez, a atenção de Vasconcelos para com a Lei Maior. Ao apresentar o projeto, estava regulamentando os artigos 163 e 164 da Constituição. Antecipando, novamente, temas e conteúdos práticos que conformam a moderna concepção jurídica do Devido Processo Legal, Bernardo Pereira de Vasconcelos apresenta, precedendo o Código Criminal, um importante projeto de lei sobre a publicidade dos juízes criminais. Na justificativa, o autor afirma que o projeto "trata de tornar públicos os relatórios dos juízes em última instância, as alegações das partes e as sentenças". Insiste que pretende "a maior publicidade possível em todos os atos do processo". Inferia, citando exemplos históricos como a Inconfidência Mineira, que "dos relatórios feitos no segredo da inquisição têm resultado as mais danosas e revoltantes injustiças".

Nessa linha, dispunha o projeto:

"Art. 1: No dia aprazado para as sentenças finais em última instância, serão os réus ou seus procuradores (nos casos em que tiverem lugar) admitidos à sala em que se acharem os juízes que hão de proferir as sentenças. O mesmo será permitido ao autor, e seu procurador.

"Art. 2: A sala será quanto possível espaçosa, e terá assentos para os espectadores que quiserem assistir ao ato; para o que o governo dará as necessárias providências.

"Art. 3: O juiz relator fará relatório escrito dos autos na mencionada sala, em presença de todos os espectadores, e das partes.

"Art. 4: Findo o relatório, dará o mesmo juiz relator a palavra às partes, declarando- lhes que podem notar com a maior brevidade todos os defeitos do relatório, e alegarem o direito que entenderem a seu favor.

"Art. 5: O juiz relator conferirá as notas das partes com os autos, e lerá em voz alta as falhas apontadas, para que se conheça se houve, ou não, o defeito argüido.

(...)

"Art. 8: Proferida a sentença, será lida pelo juiz relator em voz alta, na sala pública, em presença das partes, seus procuradores, e espectadores, e intimiada pelo escrivão.

"Art. 9: A mesma forma se guardará para a decisão dos embargos.

"Art. 10: A sentença será impreterivelmente proferida na mesma sessão.

"Art. 11: Ao juiz relator compete dar a palavra às partes (...)".(59)

Finalmente, outra grande iniciativa do parlamentar mineiro foi o projeto do Código Criminal, "trabalho que por si só perpetuaria o seu nome e marcaria o progresso das idéias liberais, na sua maior expansão".(60) O projeto, com emendas e acréscimos, tornou-se, em 1830, o Código Criminal do Império.



Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos (Freguesia de Santo Ildefonso, Porto (Portugal), 1758 — Rio de Janeiro (Brasil), 1815, foi um historiador, jurisconsulto e tronco de importante e tradicional família luso-brasileira, os Pereira de Vasconcelos. Era filho do Coronel Jerônimo Pereira de Vasconcelos e de Ana Jacinta da Natividade Ribeiro, ambos naturais da cidade do Porto, Portugal.

Formado em Leis pela Universidade de Coimbra, Portugal. Autor, entre outras, de Breve Descrição Física, Política e Geográfica da Capitania de Minas Gerais, foi Cavaleiro professo na Ordem de Cristo, de Portugal, caixa de Diamantes de Indaiá (Minas Gerais), vereador e Presidente do Senado da Câmara de Vila Rica (atual Ouro Preto/MG) e Juiz do Crime do bairro de São José, no Rio de Janeiro.

Chegou a ser preso sob a suspeita de envolvimento na Inconfidência Mineira. Ao final do processo da Devassa que condenou os réus da Conjuração, " o vereador Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos revestido de todo o amor patrício e das obrigações de vassalo" proferiu no dia 22 de maio de 1792, como orador oficial, discurso de rigozijo pela execução de Tiradentes, na Câmara de Vila Rica:

"Apenas soôu na Europa o descobrimento de Colombo ou de Américo Vespúcio, afôitos se dão logo a conhecer na Bahia de Todos os Santos e successivamente em todo o Brazil. Estes são os Portuguezes, estes são oh! Brazileiros, os vossos gloriosos progenitores!" E, ainda: "Que mudança a invicta, generosa mão dos Portuguezes, que differente forma deu a estas Provincias, a estes Paizes!" …"Estes benefícios são de infinito preço e do mesmo genero, crede-me Brazileiros, dissimulo outros, que abrevidade me não consente enumerar." …Ah! Brazileiros, aqui esmoreço, d'aqui não posso proseguir avante quando me lembro que, sendo um castigo em si terrivel, ainda é pequeno para expiar tão atroz delicto!"
E continua:…"Brazileiros! vós sois doceis, sois intelligentes, homens taes obrão sempre o que é justo, ainda que a lei o não declare." …"Imitando os exemplos dos seus maiores, foram os Brazileiros os que resgatarão o Rio de Janeiro consquistado, os que, vencendo um povo forte e atrevido em defeza da Bahia e Pernambuco, ganharão perpétua vida." …"Verdade é que vossas virtudes, Brazileiros, acompanhadas de raríssimos talentos"
…"As mitras, as togas, os botões, estes honrosos premios são conferidos aos Brazileiros da mesma sorte que aos naturaes do Reino"…"todos são vassalos." . [1]
Foi casado com Maria do Carmo de Sousa Barradas, mineira de Mariana, sendo pai, dentre outros, do estadista brasileiro Bernardo Pereira de Vasconcelos e do Marechal Jerônimo Pereira de Vasconcelos, o Visconde de Ponte da Barca.



Bernardo Pereira de Vasconcelos:
Terra, imigrantes,
leis, vias de comunicação

Bernardo Pereira de Vasconcelos apresenta o primeiro elo concreto, na fase de construção após a independência, entre o projeto de Brasil à americana, a idéia de interiorização da capital e o desenho que irá permear a gestação e toda história da EF D. Pedro II — uma linha da Côrte para o centro do país, uma para o norte e outra para o sul — , e que renascerá no nome republicano de EF Central do Brasil.

A virada da fase liberal para a do regresso, em Pereira de Vasconcelos, ilustra de forma radical a transição desse projeto orgânico de país independente (em grande parte gestado na Europa), para um projeto que vai se dissolvendo e preterindo por sua própria instrumentação política imediata, até se metamorfosear em um conjunto — filtrado, incompleto — de propostas dispersas, moldadas aos limites da realidade impostos pelo novo equilíbrio de poder que vai se consolidando. Mesmo entre os que permanecerão liberais mais ou menos avançados, daí por diante, os embates com esses limites jogarão o projeto sempre para o segundo plano, na forma de tópicos dispersos, incompletos, e que já não voltam a formar um conjunto orgânico.

Formado em Coimbra, retorna ao Brasil em 1820 e elege-se deputado em 1824 para a legislatura que irá se instalar em 1826. Nesse meio tempo, estréia no jornal O Universal (1825-1842), lançado uma semana após a compra da Tipografia Patrícia encerrar a circulação do "moderado" Abelha do Itaculumy — que criticava o "liberalismo exaltado", o "germe da anarquia", a "vertigem revolucionária", as "doutrinas mais sediciosas e mais jacobínicas" da imprensa litorânea.

O Universal parece propor para o novo país um projeto bem definido.

Nas reflexões publicadas a 15 de agosto de 1825, propõe a construção de uma capital no interior do país; e um programa completo de atração de imigrantes europeus (de preferência ingleses, como os fundadores dos Estados Unidos) para o desenvolvimento da indústria, tal como havia feito a Holanda independente da Espanha, e como agora faziam os Estados Unidos independentes da Inglaterra.

Para essa atração, recomendava a cessão de terras, a tolerância religiosa e a proteção das leis — nunca o pagamento ou subsídio ao imigrante, como aliás o Brasil continuaria tentando:

O de que os povos precisam, é de que se lhes guardem as garantias constitucionais; que as autoridades os não vexem, que os não espoliem, que se lhe não arranquem seus filhos para com eles se fazerem longínquas guerras: isto, e só isto, reclama a indústria [Vasconcelos, 1999, p. 89, cf. Lazarini].

Certo, o programa contido nas reflexões é importado — aliás, transcrição do Programa para o desenvolvimento do Brasil de Hipólito, 1816.

O modelo incluía, ainda, a universalização do ensino fundamental, defendida desde o primeiro número do Universal.


A CONTRIBUIÇÃO DE BERNARDO PEREIRA DE VASCONCELOS (1795-1850) PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA[1]

É um estudo sobre a educação brasileira na primeira metade do século XIX, fundamentado no pensamento de Bernardo Pereira de Vasconcelos, norteando-se pela investigação de fontes documentais primárias impressas além de fontes secundárias impressas de autores contemporâneos que abordam o período delimitado para esta pesquisa. A sua importância reside no fato deste autor ter participado da construção da sociedade brasileira e, também, da discussão dos rumos da educação nacional. Parte-se do pressuposto que a sociedade é dinâmica e, conseqüentemente, a compreensão das questões educacionais deve estar situada no interior das múltiplas tramas societárias que compõem um determinado contexto histórico. Nesta perspectiva as idéias de Vasconcelos encontram explicações na realidade da época e, por isso, a sua produção intelectual foi analisada à luz dos acontecimentos por ele vivenciados.

Bernardo Pereira de Vasconcelos (1795-1850) foi uma figura de destaque na historiografia brasileira, tendo participação ativa nos momentos cruciais da construção do Estado Imperial brasileiro e, também, da instalação de suas estruturas educacionais.

O mineiro de Vila Rica, Bernardo Pereira de Vasconcelos, segundo Carvalho[5] (1999, p. 10), “descendente de uma família de jurisconsultos e advogados atuantes aquém e além-mar”. Nasceu em 27 de agosto de 1795 e, segundo Sousa (1988, p. 24), chegou à Coimbra e matriculou-se nos cursos de Direito e de Filosofia, em outubro de 1814. Naquele ano havia, conforme Carvalho (1999, p. 11-12), duzentos e trinta brasileiros matriculados na Universidade de Coimbra em diversos cursos e, dos vinte colegas de sua turma, alguns se destacariam posteriormente, como ele, na política.[6] Diante disso, Carvalho (1999, p. 12) salientou que “Coimbra foi o viveiro dos políticos do Primeiro Reinado e da Regência”. Concluiu o curso em 1819 e retornou ao Brasil em 1820, um ano antes do regresso de D. João para Portugal aqui deixando o Príncipe Regente D. Pedro.

Em 1824, Bernardo Pereira de Vasconcelos elegeu-se deputado geral por Minas na primeira legislatura do novo país, cujos trabalhos se instalaram em 1826, três anos após a dissolução da Assembléia Constituinte em 1823[7]. Escreveu, segundo Carvalho (1999, p. 10), “nosso primeiro manifesto liberal e documento precioso de nosso aprendizado democrático”[8] que permite ter uma idéia do liberalismo no Primeiro Reinado. Líder da oposição no Parlamento regido pela Constituição pró-imperador de 1824, opunha-se às aspirações absolutistas de D. Pedro I que contrariava as pretensões das elites econômicas nacionais de participar diretamente das decisões do poder de Estado.[9]

É neste cenário que Bernardo Pereira de Vasconcelos viveu a primeira fase de sua vida política, posicionando-se como liberal. Mas o itinerário do seu liberalismo estava atrelado à construção de um Estado independente de Portugal e não aos princípios da doutrina. Prova disso foi sua intransigente defesa da escravidão, que o acompanhou de 1828 até o final de sua vida.

Após a morte de D. Pedro I, em 1834, consolidou-se a definitiva separação entre Brasil e Portugal. A partir desse momento, Vasconcelos foi um dos líderes políticos que buscou consolidar as instituições do Estado brasileiro, colocando-se como um dos principais porta-vozes da elite agrário-exportadora escravista. Polemizou veementemente contra todos aqueles que tentavam obstar os encaminhamentos desse setor hegemônico da sociedade brasileira, fazendo valer o peso da sua formação e prestígio:

Gigante intelectual, na definição de Nabuco, sustentáculo da monarquia representativa, teórico do liberalismo conservador em política e economia, construtor de instituições, mas também avesso à democracia e à igualdade social e insensível à sorte dos escravos, tudo isso foi Vasconcelos. Admirado, temido e odiado, não deixou ninguém indiferente à sua passagem. O país também guardou sua marca nas instituições e no viés conservador das suas elites, expresso no ideal do progresso na ordem (CARVALHO, 1999, p. 34).

Este posicionamento também apareceria no âmbito educacional através de sua intransigência quanto à necessidade de moldar as instituições do Estado Imperial escravista, segundo os interesses da elite dirigente. Participou ativamente na discussão da criação dos cursos jurídicos de Olinda e São Paulo, em 1827 e, em 1837, foi o mentor da fundação do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro.

Na primeira fase de sua vida política, posicionou-se como liberal, evocando a superioridade da iniciativa privada em relação ao poder estatal e sua interferência na economia, conforme seu pronunciamento acerca “Das leis sobre a indústria”:

Os governos não têm autoridade para se ingerirem ativa e diretamente em negócios de indústria, esta não precisa de outra direção que a do interesse particular, sempre mais inteligente, mais ativo e vigilante que a autoridade. Quando há liberdade, a produção é sempre a mais interessante à nação; as exigências dos compradores a determinam. O de que os povos precisam, é de que se lhes guardem as garantias constitucionais; que as autoridades os não vexem, que os não espoliem, que se lhe não arranquem seus filhos para com eles se fazerem longínquas guerras: isto, e só isto, reclama a indústria. (VASCONCELOS, 1999, p. 89)

Entretanto, essas idéias liberais não se perpetuaram na carreira política de Bernardo Pereira de Vasconcelos.[10] Essa mudança no seu posicionamento estava atrelada ao desenvolvimento histórico internacional e nacional que colocavam novas questões de ordem prática e teórica. Vale lembrar que, em linhas gerais, a derrocada da restauração monárquica na França, as revoltas imperiais e regenciais no Brasil das décadas de 20 e 30 do século XIX, foram alguns fatos históricos marcantes que abalaram o conjunto societário em geral, produzindo alterações nas posições dos homens que compunham a elite dirigente do país, tal como ocorreu com Vasconcelos:

Fui liberal; então a liberdade era nova no país, estava nas aspirações de todos, mas não nas leis; o poder era tudo: fui liberal. Hoje, porém, é diverso o aspecto da sociedade; os princípios democráticos tudo ganharam, e muito comprometeram; a sociedade, que então corria risco pelo poder, corre agora risco pela desorganização e pela anarquia. Como então quis, quero hoje servi-la, quero salva-la; e por isso sou regressista. (...) Quem sabe se, como hoje defendo o país contra a desorganização, depois de o haver defendido contra o despotismo e as comissões militares, não terei algum dia de dar outra vez a minha voz ao apoio e a defesa da liberdade? ... Os perigos da sociedade variam; o vento das tempestades nem sempre é o mesmo: como há de o político, cego e imutável, servir no seu país? (VASCONCELOS, 1978, p. 25)

Esta ambigüidade no pensamento de Vasconcelos também se manifesta na questão da organização da produção de riquezas no Brasil. Defensor dos interesses da elite agrária escravista brasileira, tomou partido diante do problema crucial da abolição do tráfico de escravos africanos. Em 1827, posicionou-se favoravelmente ao fim do tráfico imposto pela nação inglesa:

Debalde trabalharemos na grande obra de nossa liberdade, se não ouvirmos as vozes da justiça e da humanidade! (...) E como seremos constitucionais, como guardaremos as fórmulas protetoras das liberdades públicas, se no recinto de nosso domicílio exercemos o mais absoluto despotismo? Ah! senhores, imitemos os estados americanos; o Brasil é hoje o único país do globo que ainda prossegue neste comércio; mudemos de conduta a respeito dos africanos em tudo nossos semelhantes, como provam os haitianos.

A Inglaterra que não só é livre, mas que quer que todos o sejam, deu o exemplo, abolindo este tráfico nas suas colônias, e hoje intervém para que também ele cesse no Brasil.

Quem pudera disputar-lhe este direito? Todas as nações têm rigorosa obrigação de socorrer a humanidade oprimida. Oh! Intervenham todas assim nos negócios alheios!!! (VASCONCELOS, 1999, p. 54)

Porém, no final de 1828, Vasconcelos mudou por completo o seu discurso, desta feita defendendo veementemente a continuidade do tráfico. (CARVALHO, 1999, p. 19) Em 1843 ele ainda sustentava o mesmo argumento, admitindo, até mesmo, que a África civilizava o Brasil. (VASCONCELOS, 1999, p. 268)

Vasconcelos marcava sua posição em todos os assuntos discutidos pela Assembléia, inclusive sobre a instrução pública, à qual atribuía importância crucial para a organização social brasileira, afirmando que era preciso nivelar as “faculdades morais dos brasileiros”. Por isso defendia a liberdade de imprensa acreditando que era a melhor forma de difundir a instrução entre os homens. A imprensa, segundo Vasconcelos, possibilitaria a propagação dos conhecimentos úteis. Assim, via uma estreita vinculação entre instrução pública e liberdade de imprensa. (VASCONCELOS, 1999, p.116-117)

Vasconcelos demonstrou preocupação com as questões educacionais desde o início de sua carreira parlamentar, em 1826. Num de seus discursos fez sugestões acerca da organização curricular no curso de direito que seria criado no ano seguinte em São Paulo e Olinda. (VASCONCELOS, 1999, p. 39-41)

Ainda no campo da instrução pública, protagonizou um acontecimento importante durante o período regencial: por sua iniciativa, em 1837, criou-se o Colégio Pedro II, através do decreto de 2 de dezembro. (NISKIER, 1996, p. 111) A criação desta instituição recebeu, segundo Carvalho (1999, p. 28), total atenção de Vasconcelos:

Supervisionou as obras de reforma do antigo seminário de São Joaquim, escreveu o regulamento do novo colégio, e fez o discurso de abertura de aulas em 25 de março de 1838. Desde a discussão da criação dos cursos superiores, na década de 1820, Vasconcelos sempre se interessou pelo ensino superior, médio e primário. No caso do Colégio Pedro II, pensou-o como modelo para as escolas particulares já existentes no Rio, convencido da superioridade do ensino público, como deixou claro no discurso de inauguração.

Neste texto é possível verificar o modo como a elite agrário-exportadora escravista, cujo posicionamento foi ardorosamente defendido por Bernardo Pereira de Vasconcelos, forjou o Império do Brasil, nele criando todas as instituições necessárias para a sua consolidação como Estado independente.

Não se tratou aqui de realizar uma descrição biográfica de um “grande homem” que teria moldado essas instituições segundo sua força e vontade individual. Mas sim compreender que essa força e vontade individual estão postadas (e só existem por isso) em relação ao conjunto social ao qual pertence o indivíduo em questão. Suas posições sobre a sociedade devem ser entendidas do ponto de vista das relações de classe ou frações dela que compõem a sociedade investigada.

Essa perspectiva de análise nada tem a ver com aquela que atribui a construção histórica aos “homens de vulto” ou “heróis”. No entanto, considera que, nas sociedades de classe tal como vem ocorrendo o desenvolvimento histórico das sociedades denominadas civilizadas, é necessário ter em conta o papel proeminente de certos indivíduos que incorporam perspectivas de setores da sociedade, tornando-se seus porta-vozes, seja no papel de construtores de uma determinada ordem social ou no de destruidores da mesma.

Negar o papel de relevo de certas figuras históricas, em nome de uma pretensa “análise horizontal” da sociedade, é perder de vista a realidade vertical das mesmas, pois nenhum objeto de estudo pode ser tratado com um mínimo de honestidade intelectual sem ter como ponto de partida aquilo que a realidade é ou era. Nesse sentido, parece que o correto não é fazer opção de análise pelos “de cima” ou pelos “de baixo”, mas sim entender o processo dialético das relações sociais fundamentais de reciprocidade e contradição entre ambos.

É esta linha de análise que norteou este estudo, uma vez que não existe um recorte arbitrário entre as idéias expressas por Bernardo Pereira de Vasconcelos e as perspectivas da classe social da qual ele era porta-voz. Essa unidade pode ser percebida no seu posicionamento em relação a duas instituições fundamentais da época: a escravidão como forma básica de produção da riqueza, e a construção de um modelo escolar que formasse homens capazes de gerir o Estado Imperial em seus diversos níveis. Deste modo, quando Vasconcelos defendia a manutenção do trabalho escravo ou quando fazia sugestões para a organização do currículo dos cursos jurídicos criados em Olinda e São Paulo, em 1827, ou quando propôs a criação do Colégio Pedro II, em 1837, ações que, aparentemente, se constituíam em objetos exclusivos de seus interesses pessoais e com as quais conquistou notoriedade,

Espera-se que este exercício intelectual contribua para uma melhor compreensão dos acontecimentos decisivos na edificação da ordem social brasileira sobre os quais se alicerçaram a sua organização educacional.



Senador Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos
Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos
Nascimento: 28/12/1812
Natural de: Ouro Preto - MG
Filiação: Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos
e Maria do Carmo Barradas
Falecimento: 3/3/1863
Histórico Acadêmico
Secundário
Direito Faculdade de Direito de São Paulo
Cargos Públicos
Juiz Municipal e de Órfãos Ouro Preto
Juiz de Direito Substituto Paraibuna
Juiz de Direito Rio Das Mortes
12Ministro da Justiça do Décimo Terceiro Gabinete do Segundo Império
Juiz de Direito da Segunda Vara do Crime Belém
Chefe de Polícia da Corte do Império
Chefe de Polícia
Profissões
Magistrado
Mandatos
Deputado Provincial - 1840 a 1842
Deputado Geral - 1843 a 1844
Deputado Geral - 1850 a 1857
Vice-presidente de Província - 1853 a 1856
Presidente de Província - 1853 a 1856
Presidente de Província - 1856 a 1857
Presidente de Província - 1858 a 1863
Senador - 1858 a 1863

Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos, irmão legítimo de Bernardo Pereira de Vasconcelos, foi, como ele, filho do Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos e de D. Maria do Carmo Barradas, neto pela parte materna do Dr. João de Sousa Barradas, e de D. Jacinta Maria da Fonseca Tavoreda e Silva, e pela paterna do coronel Jerônimo Pereira de Vasconcelos e de D. Ana Jacinta da Natividade. Nasceu a 28 de dezembro de 1812 na antiga Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto, capital da província de Minas Gerais.

Apenas concluídos com distinção nas aulas daquela província os estudos preparatórios, seguiu para S. Paulo, e no ano de 1831 ma-triculou-se na Academia Jurídica, recebendo o grau de bacharel formado em ciências sociais e jurídicas no ano de 1835.

De volta à província de seu nascimento, foi no ano seguinte, o de 1836, nomeado juiz municipal e de órfãos do termo do Ouro Preto, lugar que serviu até ser nomeado juiz de direito substituto da comarca do Paraibuna. Nesse cargo pouco tempo se demorou, pois logo em 1839 foi despachado juiz de direito da comarca do Rio das Mortes, na mesma província de Minas Gerais.

Em 27 de agosto de 1839 casou com D. Bernarda Malvina de Vasconcelos, que faleceu em Petrópolis no dia 19 de abril de 1857, fi-cando-lhe deste consórcio uma filha.

No ano de 1840 tomou assento na Assembléia Provincial e serviu em diferentes outras legislativas, honrado por vezes com a eleição de presidente da mesma assembléia.

Em 1842 foi nomeado chefe de polícia de Minas Gerais, lugar que exerceu até princípios de 1844.

Foi eleito deputado à assembléia geral legislativa no ano de 1842 e reeleito nas seguintes legislaturas, menos em 1844 e 1848, em que aliás lhe coube a suplência próxima, tendo por isso assento na câmara temporária apenas com a interrupção de um ano, o de 1845.

No ano de 1843 foi nomeado 2º, e posteriormente 1º vice-presidente da província de Minas Gerais.

Foi removido em 1844 para juiz de direito da 2ª vara criminal do Pará (capital).

Em 1849 serviu pela segunda vez o cargo de chefe de polícia da província de Minas.

Em 1850 foi chamado para servir na polícia da corte e de-morou-se no emprego de chefe de polícia até o ano de 1853, em que foi mandado presidir à província de Minas Gerais.

Neste exercício se conservou até fevereiro de 1856, sendo transferido no mesmo caráter para presidente da província de S. Paulo.

Tendo tomado posse da presidência dessa província em abril do mesmo ano de 1856, retirou-se em janeiro de 1857 da capital de S. Paulo para a do Império, em conseqüência dos graves sofrimentos de sua mulher, que, como fica dito, morreu pouco tempo depois.

Eleito deputado pelo 1º Distrito Eleitoral de Minas, tomou assento na Câmara dos Deputados no dia 3 de maio de 1857, e no dia 4 do mesmo mês e ano foi chamado ao Ministério da Justiça pelo marquês de Olinda, encarregado por S. M. o Imperador de organizar um gabinete pela retirada do que fora presidido pelo finado Marquês de Paraná.

Procedendo-se em julho deste ano à eleição de dois senadores nas vagas deixadas pelo dito marquês de Paraná e pelo de Valença, foi seu nome incluído na lista sêxtupla, e por carta imperial datada de 4 de novembro de 1857 foi escolhido senador do Império, tomando assento na respectiva câmara em maio do ano de 1853.

Retirou-se do ministério com seus colegas no dia 12 de dezembro do mesmo ano de 1858.
É comendador da Ordem de Cristo, e oficial da Rosa.

Diogo Luís de Almeida Pereira de Vasconcellos (Mariana, 1843 — 1927) foi um historiador e político brasileiro, filho do Major Diogo Antonio Pereira Ribeiro de Vasconcelos e D. Luísa de Almeida, neta do conselheiro Joaquim José da Rocha, advogado, diplomata e conselheiro de D. Pedro I. Por parte de pai, Diogo de Vasconcelos era neto do coronel Joaquim da Cunha e Castro de Vasconcelos e D. Ana Rosa Pereira Ribeiro de Vasconcelos, filha do eminente advogado Diogo de Vasconcelos e D. Maria do Carmo Barradas. Ana Rosa era irmã de Bernardo Pereira de Vasconcelos, ilustre senador e primeiro-ministro do Império. Estudou sucessivamente no Seminário de Mariana, no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro e na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, na cidade de São Paulo, onde se graduou em 1867. Foi várias vezes eleito deputado-geral no II Império.

Na República, foi agente e xecutivo e presidente da câmara de vereadores de Ouro Preto e integrante do senado mineiro, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e do de São Paulo, e da Academia Mineira de Letras. Destacou-se também como pioneiro na defesa do patrimônio histórico e artístico e é considerado o primeiro historiador de arte, no Brasil.

Escreveu, dentre outros, os livros História antiga de Minas Gerais (1904) e História média de Minas Gerais (1918). Em 1938, foi dado o seu nome ao antigo distrito de São Domingos, do município de Mariana, em Minas Gerais, que em 7 de dezembro de 1962, pela lei nº 2.764, foi elevado a município.

Era sobrinho-neto de Bernardo e Francisco Diogo Pereira de Vasconcellos e o 1º Visconde de Ponte da Barca, Jerônimo Pereira de Vasconcellos.




José Teixeira da Fonseca Vasconcelos, o visconde de Caeté, (Santa Quitéria, c. 1770 — Caeté, 10 de fevereiro de 1838) foi um proprietário rural, juiz de fora e político brasileiro.
Formou-se em Direito e Medicina na Universidade de Coimbra.
José Teixeira da Fonseca Vasconcelos foi um dos responsáveis por pressionar o futuro imperador Dom Pedro I que no dia 9 de janeiro de 1822 permanecesse no país e não partisse para Portugal, e que ficou conhecido como o dia do fico.
Foi o primeiro presidente da província de Minas Gerais e senador do Império do Brasil de 1826 a 1838.

Senador Visconde de Caeté
José Teixeira da Fonseca Vasconcellos
Título: Visconde de Caeté
Filiação: José Teixeira de Carvalho
e Josefa Rodrigues da Fonseca
Falecimento: 10/2/1838
Histórico Acadêmico
Direito Universidade de CoimbraCargos Públicos
Intendente do Ouro de Minas Gerais
Ouvidor da Comarca de Sabará Sabará
Juiz de Fora da Comarca Sabará
Profissões
Proprietário Rural
Servidor Público
Mandatos
Deputado - 1823 a 1823
Presidente de Província - 1824 a 1827
Senador - 1826 a 1838



Jerônimo Pereira de Vasconcelos, primeiro barão e visconde de Ponte da Barca (Ouro Preto, 31 de julho de 1788 – Verride, 21 de janeiro de 1875) foi um militar luso-brasileiro. Chegou à patente de marechal-de-campo, além de ministro de Estado honorário e da Guerra. Foi par do reino e fidalgo Cavaleiro da Casa Real.
Filho de Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, juiz do crime do Rio de Janeiro e Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo, e de Maria do Carmo de Sousa Barradas. Casou-se em 1840 com Maria Leonor Pires Monteiro Bandeira. Seu filho Fernando Luís Pereira de Vasconcelos o sucedeu no viscondado.

Visconde de Ponte da Barca é um título nobiliárquico criado por D. Maria II de Portugal por decreto de 12 de outubro de 1847, a favor de Jerónimo Pereira de Vasconcelos.


Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos (Freguesia de Santo Ildefonso, Porto (Portugal), 1758 — Rio de Janeiro (Brasil), 1815, foi um historiador, jurisconsulto e tronco de importante e tradicional família luso-brasileira, os Pereira de Vasconcelos. Era filho do Coronel Jerônimo Pereira de Vasconcelos e de Ana Jacinta da Natividade Ribeiro, ambos naturais da cidade do Porto, Portugal.
Formado em Leis pela Universidade de Coimbra, Portugal. Autor, entre outras, de Breve Descrição Física, Política e Geográfica da Capitania de Minas Gerais, foi Cavaleiro professo na Ordem de Cristo, de Portugal, caixa de Diamantes de Indaiá (Minas Gerais), vereador e Presidente do Senado da Câmara de Vila Rica (atual Ouro Preto/MG) e Juiz do Crime do bairro de São José, no Rio de Janeiro.
Chegou a ser preso sob a suspeita de envolvimento na Inconfidência Mineira. Ao final do processo da Devassa que condenou os réus da Conjuração, " o vereador Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos revestido de todo o amor patrício e das obrigações de vassalo" proferiu no dia 22 de maio de 1792, como orador oficial, discurso de rigozijo pela execução de Tiradentes, na Câmara de Vila Rica:
"Apenas soôu na Europa o descobrimento de Colombo ou de Américo Vespúcio, afôitos se dão logo a conhecer na Bahia de Todos os Santos e successivamente em todo o Brazil. Estes são os Portuguezes, estes são oh! Brazileiros, os vossos gloriosos progenitores!" E, ainda: "Que mudança a invicta, generosa mão dos Portuguezes, que differente forma deu a estas Provincias, a estes Paizes!" …"Estes benefícios são de infinito preço e do mesmo genero, crede-me Brazileiros, dissimulo outros, que abrevidade me não consente enumerar." …Ah! Brazileiros, aqui esmoreço, d'aqui não posso proseguir avante quando me lembro que, sendo um castigo em si terrivel, ainda é pequeno para expiar tão atroz delicto!"
E continua:…"Brazileiros! vós sois doceis, sois intelligentes, homens taes obrão sempre o que é justo, ainda que a lei o não declare." …"Imitando os exemplos dos seus maiores, foram os Brazileiros os que resgatarão o Rio de Janeiro consquistado, os que, vencendo um povo forte e atrevido em defeza da Bahia e Pernambuco, ganharão perpétua vida." …"Verdade é que vossas virtudes, Brazileiros, acompanhadas de raríssimos talentos"
…"As mitras, as togas, os botões, estes honrosos premios são conferidos aos Brazileiros da mesma sorte que aos naturaes do Reino"…"todos são vassalos." . [1]
Foi casado com Maria do Carmo de Sousa Barradas, mineira de Mariana, sendo pai, dentre outros, do estadista brasileiro Bernardo Pereira de Vasconcelos e do Marechal Jerônimo Pereira de Vasconcelos, o Visconde de Ponte da Barca.

Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos (Ouro Preto, 28 de dezembro de 1812 — Ouro Preto, 3 de março de 1863) foi um magistrado e político brasileiro.
Era filho do Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, magistrado, historiador e Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo, e de D. Maria do Carmo de Sousa Barradas. Neto paterno do Coronel Jerônimo Pereira de Vasconcelos e de Ana Jacinta da Natividade Ribeiro. Neto materno do Dr. João de Sousa Barradas, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo. Era irmão do estadista Bernardo Pereira de Vasconcelos e do Visconde de Ponte da Barca Marechal Jerônimo Pereira de Vasconcelos.
Formado em direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo, foi senador do Império do Brasil (de 1858 a 1863) e exerceu os cargos de presidente das províncias de São Paulo, de 29 de abril de 1856 a 22 de janeiro de 1857 e de Minas Gerais, por duas vezes, de 22 de outubro de 1853 a 1856 e de 1862 a 1863, deputado geral, deputado provincial de Minas Gerais, juiz de direito, juiz de órfãos, chefe de polícia de Minas Gerais e da Corte (6 novembro 1850 a 24 abril 1853), Ministro da Justiça (4 maio 1857 a 12 dezembro 1858) no governo de Pedro de Araújo Lima, comendador da Imperial Ordem da Rosa e sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
presidente da província de São Paulo



Luís de Vasconcelos (Portugal, 1 de Novembro de 1742 — Rio de Janeiro, 24 de Março de 1809), foi o 4º conde de Figueiró.
Filho de José de Vasconcelos e Sousa Caminha Câmara Faro e Veiga, 1º marquês de Castelo Melhor, e Maria Rosa Quitéria de Noronha.
Foi o Vice-Rei do Brasil e Capitão General de Mar e Terra do Estado do Brasil, exercendo o cargo por doze anos, de 30 de abril de 1778 a 9 de maio de 1790. Trouxe minuciosas instruções assinadas pelo novo Secretário de Estado, Martinho de Melo e Castro, pelas quais se regularia quanto aos assuntos relativos à religião, justiça, fazenda, tropa, agricultura, navegação, comércio, política etc. Segundo Varnhagen, distinguiu-se "pela moderação e pela prudência". Fomentou o cultivo do anil e do cânhamo.
Muito fez pela cidade do Rio de Janeiro, capital do Vice-Reinado: criou o Passeio Público, ainda hoje existente, ao mandar aterrar a Lagoa do Boqueirão, ali existente; reformou o Largo do Carmo; abriu ruas e protegeu artistas, como o Mestre Valentim da Fonseca e Silva e Leandro Joaquim. Mandou construir a chamada Casa dos Pássaros, origem do Museu Nacional do Rio de Janeiro, no Largo da Lampadosa (era dirigida por Xavier dos Pássaros, como era chamado Francisco Xavier Cardoso Caldeira). Reedificou a Alfândega e se diz que, em geral, foi o precursor do urbanismo do Rio.
Sob seus auspícios criou-se a Sociedade Literária, que reuniu vários intelectuais brasileiros. No final de seu governo, entretanto, ocorreu o movimento independentista conhecido como Inconfidência Mineira, sendo condenado e esquartejado Tiradentes. Evidentemente, foi dissolvida a Sociedade Literária e a repressão se instalou. (Ver o verbete Bocage).


JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS

José Santana de Vasconcellos Moreira
Nascimento: 10/04/1939
Naturalidade: Alvinópolis, MG
Profissões: Advogado, Empresário e Produtor Rural
Filiação: Edmundo Vasconcellos Moreira e Haydeé Vasconcellos Martins
Legislaturas: 1987-1991, 1991-1995, 1995-1999, 1999-2003, 2003-2007 e 2007-2011.
Mandatos Eletivos:
Deputado Estadual, 1971-1975, MG, ARENA; Deputado Estadual, 1975-1979, MG, ARENA; Deputado Estadual, 1979-1983, MG, ARENA; Deputado Estadual, 1983-1987, MG, PDS; Deputado Federal (Constituinte), 1987-1991, MG, PFL. Dt. Posse: 01/02/1987; Deputado Federal (Congresso Revisor), 1991-1995, MG, PFL. Dt. Posse: 01/02/1991; Deputado Federal, 1995-1999, MG, PFL. Dt. Posse: 01/02/1995; Deputado Federal, 2003, MG, PFL. Dt. Posse: 06/01/2003; Deputado Federal, 2003-2007, MG, PFL. Dt. Posse: 01/02/2003; Deputado Federal, 2007-2011, MG, PL. Dt. Posse: 01/02/2007.
Suplêcias e Efetivações:
Assumiu, como Suplente, o mandato de Deputado Federal na Legislatura 1999-2003, em 6 de janeiro de 2003.
Licenças:
Filiações Partidárias:
PSD, 1962-1965; ARENA, 1970-1980; PDS, 1981-1985; PFL, 1986-2003; PL, 2003-2007; PR, 2007-.
Atividades Partidárias:
Vice-Presidente Estadual da ARENA, MG, 1976-1979; Vice-Presidente Nacional do PFL, 1989-1990; Vice-Líder do PFL, 1990 e 1996-1999; Vice-Líder do Bloco PFL/PRN/PSC/PMN/PST, 1991; Vice-Líder do Bloco PFL/PTB, 1996; Tesoureiro do PFL, Belo Horizonte, MG, 2000.
Atividades Profissionais e Cargos Públicos:
Assessor e Responsável, Gabinete do Governador Israel Pinheiro, Belo Horizonte, MG, 1965-1970.
Estudos e Graus Universitários:
Direito, UFMG, Belo Horizonte, 1964-1968.
Seminários, Conferências e Congressos:
Participante: Seminário Sistemas Eleitorais do Brasil, Inst. Tancredo Neves, Belo Horizonte, MG, 1987; 1º Encontro Regional de Produção de Novilhos Precoces, Matozinhos, MG, 1997; III Reunião de Ministros Responsáveis por Comércio do Hemisfério, Evento Ligado à ALCA, São Paulo, SP, 1997; III Fórum Empresarial das Américas Ligado à ALCA, São Paulo, SP, 1997; Conferência Internacional para Integração e Desenvolvimento CNT, Belo Horizonte, MG, 1997.
Atividades Parlamentares:
CÂMARAS MUNICIPAIS, ASSEMBLÉIAS LEGISLATIVAS E CÂMARA LEGISLATIVA DO DF ALEMG: Mesa: Presidente. ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Comissão de Sistematização: Titular; Subcomissão dos Estados, da Comissão da Organização do Estado: Titular. CONGRESSO NACIONAL Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização: Titular; Comissão Mista Especial Plebiscito sobre Forma e Sistema de Governo: Suplente; Comissão Mista ITR e Pagamento dos Títulos da Dívida Agrária: Titular. CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÕES PERMANENTES: Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática: Suplente, 3/2005-3/2006; Finanças e Tributação: Suplente, -3/2005; Minas e Energia: Titular, -3/2005, 3/2005-3/2006, 3/2006, 4/3/2008-2/2/2009, 4/3/2009-1/2/2010, 3/3/2010-, e Suplente, 14/2/2007-6/2/2008; Transportes: Vice-Presidente; Viação e Transportes: Primeiro-Vice-Presidente, 19/9/2007-4/3/2008, Titular, 14/2/2007-6/2/2008, e Suplente, 3/2006-, 4/3/2008-12/3/2008; Viação e Transportes, Desenvolvimento Urbano e Interior: Suplente. COMISSÕES ESPECIAIS: Atualização da Legislação Eleitoral e Partidária: Titular; Legislação Eleitoral e Partidária: Titular; PEC nº 1/95, Reeleição: Suplente; PEC nº 3/07, Férias Coletivas Juízos e Tribunais: Titular, 14/4/2009-; PEC nº 7/95, Embarcação Nacional, Navegação de Cabotagem e de Interior: Titular; PEC nº 43/95, Alistamento Eleitoral: Suplente; PEC nº 84/91, Recursos para Irrigação da Ilha de Marajó: Titular; PEC nº 92/95, Escolha Ministro STF: Suplente-; PEC nº 306/00, Plano Nacional de Cultura: Titular-; PEC nº 358/05, Reforma do Judiciário: Suplente, 11/2005-; PEC nº 533/06, Competência do STF (Perda de Mandato): Suplente, 5/2006-; PEC nº 554/97, Convocação da Assembléia Nacional Constituinte: Titular; PEC nº 603/98, Terrenos da Marinha: Suplente, 3/2006-; PL 146/03, Licitações e Contratos: Titular-; PL nº 824/91, Propriedade Industrial: Suplente; PL nº 2.109/99, Patrimônio Incorporações Imobiliárias: Suplente-; PL nº 2.316/03, Código Brasileiro de Combustíveis: Titular, 4/2005-12/2005; PL nº 3.057/00, Parcelamento de Solo Urbano: Suplente, 6/2006-; PL nº 3.337/04, Agências Reguladoras: Titular-; PL 7.709/07, Licitações e Contratos: Titular, 6/3/2007-23/3/2007, e Suplente, 23/3/2007-; PLP nº 76/03, SUDENE: Titular, 12/2005-; Reforma do Judiciário: Titular-; Reforma Política: Suplente; Gestão do Funcafé: Suplente, 12/2005-13/12/2006.
Atividades Sindicais, Representativas de Classe e Associativas:
Presidente, União Colegial de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1961-1962; Presidente, Congresso Estadual dos Estudantes, Belo Horizonte, MG, 1962-; Presidente, AAPG, Belo Horizonte, MG, 1993-2002; Presidente, SMA - Sociedade Mineira de Agricultura, Belo Horizonte, MG, 1996-2002; Vice-Presidente, Associação Brasileira dos Criadores da Raça Simental e Simbrasil, Cachoeiro de Itapemirim, ES, 1998-2002; Vice-Presidente, 1999-, e Presidente, 2000-2001, Associação Brasileira dos Criadores do Jumento Pêga, Belo Horizonte, MG.
Conselhos:
Presidente, Conselho da Medalha da Inconfidência, Belo Horizonte, MG, 1981-1982; Presidente, Conselho da Medalha Santos Dumont, Belo Horizonte, MG, 1981-1982; Presidente, Conselho da Medalha do Mérito Legislativo, Belo Horizonte, MG, 1982-1983.
Condecorações:
Medalhas: Honra ao Mérito - Gratidão do Grêmio Literário Dr. Braga, 21/06/1962; de Honra ao Mérito - Gratidão dos Funcionários da Segurança da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, 01/07/1975; do VII Congresso Brasileiro de Assembléias Legislativas - União Parlamentar Interestadual ALEMG, 1976; Santos Dumont, Grau Prata, Governo do Estado de Minas Gerais, 23/10/1979; Centenário de Falecimento do Duque de Caxias, pela valiosa contribuição ao Exército Brasileiro, concedida pelo Comando do I Exército à ALEMG, na pessoa do seu presidente, Rio de Janeiro, 07/05/1980; Grande Medalha da Inconfidência, Grau Ouro, Governo do Estado de Minas Gerais, 21/04/1981; Comemorativa do Dia do Estado de Minas Gerais, no Grau de Comenda de Oficial, Governo do Município de Mariana, 16/07/1981; Alferes Tiradentes, pelos relevantes serviços prestados à Coorporação, Comando da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, 10/10/1981; Santos Dumont, Grau Ouro, Governo do Estado de Minas Gerais, 23/10/1981; Grande Oficial da Ordem do Ipiranga, Grão-Mestre da Ordem do Ipiranga, pelo Governador do Estado de São Paulo, 25/01/1982; Sesquicentenário da Vila Diamantina, Coordenadoria de Cultura do Estado de Minas Gerais e a Comissão Especial, Diamantina, MG, 04/06/1982; do Banco do Nordeste do Brasil, nos seus 30 anos pelos relevantes serviços prestados ao País, 1982; da Ordem do Mérito Legislativo, Grau Grande Mérito, Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, 28/01/1983; Comendador, Grão Mestre da Ordem do Mérito Brasília, concedida pelo Governador do Distrito Federal, 21/04/1984; Jubileu de Ouro 1934-1984, pela colaboração prestada ao Sistema CONFEA/CREAs ao ensejo do trancurso de cinquentenário de sua instalação, Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, Brasília, 20/09/1984; Grande Mérito Comercial, Clube dos Diretores Lojistas de Belo Horizonte, 23/09/1987; Comemorativa do Dia do Estado de Minas Gerais, Governo Municipal de Mariana, MG, 16/07/1990; do Mérito, Justiça do Trabalho da 1ª Região, Rio de Janeiro, 30/04/1992; Bicentenário da Morte do Alferes Tiradentes, Comando da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, 09/06/1992; de Grande Oficial da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, Tribunal Superior do Trabalho, Brasília, 11/08/1997; da Ordem do Mérito Legislativo, no Grau Mérito Especial, Câmara Municipal de Belo Horizonte, 23/12/1997; Homenagem da ABCC Mangalarga Machador 2001 Terceiro Milênio; Homenagem da ABCC Mangalarga Machador 2002; Cinquentenário de Emancipação Política de Bom Jesus do Amparo, Prefeitura Municipal, dez.2003; Presidente Juscelino Kubitschek, Grau Grande Medalha, Governo do Estado de Minas Gerais, 12/09/2004; da Vitória, Ministério da Defesa, 24/05/2005. Diplomas: da Associação Cristã de Moços, pelos relevantes serviços prestados à juventude e ao acemísmo, Diretoria Regional de Minas Gerais; Presidente Perpétuo, União Colegial de Minas Gerais, aprovado pela Assembléia do Congresso Estadual dos Estudantes de Minas Gerais; Amigo Secundarista, União Colegial de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 30/07/1967; Secundarista Honorário, União Colegial de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 30/07/1967; pela atuante participação na comunidade do setor Político pela União Sport Clube, Santa Bárbara, MG, 05/07/1975; Um dos Dez Deputados que mais se destacaram no ano legislativo de 1975, Centro de Cronistas Políticos e Parlamentares - CEPO, Belo Horizonte, dez.1975; pela destacada atuação no setor Político Estadual, Departamento de Turismo da Prefeitura Municipal de Santa Bárbara, 08/05/1976; Melhor Deputado conferido em 1976, Centro de Cronistas Políticos e Parlamentares - CEPO, Belo Horizonte, 30/06/1977; Melhor Deputado conferido em 1977, Centro de Cronistas Políticos e Parlamentares; de Honra ao Mérito, Câmara Municipal de João Monlevade, MG, 28/04/1979; de Honra ao Mérito, Prefeitura do Município de Ouro Fino, MG, 04/11/1980; de Benemérito pela Polícia Militar de Minas Gerais, Comando do Corpo de Bombeiros, Belo Horizonte, MG, 02/07/1981; de Sócio Honorário, Diretoria da ABCZ, Uberaba, MG, 03/05/1982; de Personalidade do Ano (destaque Especial nos anos de 1982 e 1983), Prefeitura Municipal de Itajubá, MG, 19/03/1984; de Bom Amigo, Instituto Cultural Newton de Paiva Ferreira, Belo Horizonte, MG, 10/04/1985; do Cinquentenário de Cordisburgo, Câmara Municipal de Cordisburgo, MG, 07/08/1988; de Sócio Benemérito, Associação dos Criadores de Jumento Pega, Belo Horizonte, MG, 05/09/1988; Sócio Benemérito, Associação dos Juizes Classistas do TRT da 3ª Região - AJUDICIA, Belo Horizonte, MG, 18/05/1990; de Honra ao Mérito, Sindicato Rural de Águas Formosas, MG, jul.1991; de Honra ao Mérito Antônio de Castro e Silva, Prefeitura Municipal de Santa Luzia, MG, 04/08/1992; de Mérito Comunitário, Associação Comunitária de Baldim, MG, 01/05/1993; de Reconhecimento e Distinção, Câmara Municipal de Ponte Nova, MG, 26/04/1996; Melhor dos Tranportes, Jornal Edição do Brasil, Belo Horizonte, MG, 06/11/1996; do Mérito Legislativo Teófilo Otoni, Câmara Municipal de Serro, MG, 05/12/1997; de Grande Benemérito da Raça Mangalarga Machador, Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Machador, Belo Horizonte, MG, 07/12/2001; Eu Faço por minha Cidade, minha Região, por Minas e pelo Brasil, na categoria Deputado Federal, indicação em perquisa popular, Sabará, MG, 13/12/2002; Os Melhores de Cláudio e Região, Cláudio, MG, 23/05/2003; Destaque Região Centro-Oeste, Divinópolis, MG, 01/08/2003; Gente de Expressão de Minas Gerais, Colunista Social Lourdinha Silva, out.2005; Notáveis do Ano de Minas Gerais 2005, Jornal Hoje em Dia, 19/09/2005. Condecorações diversas: Homenagem Especial do Jornal do Estado de Minas Gerais - 60 anos Destaque da Pesca - Dr. Camilo Teixeira da Costa, Promoção da Coluna Monumento da Pesca, do Jornalista Onofre Miranda; Homenagem da FIAT nos 20 anos de Produção em Minas Gerais, pelo trabalho feito pela consolidação da empresa no estado; Certificado de Participação na fase 1 do simpósio de Minas Gerais e a Constituinte, Assembléia Legislativa de Minas Gerais; Homenagem e agradecimento por tudo que foi feito a favor do Município, Funcionários da Prefeitura Municipal de Alvinópolis, MG; Amigo do Secundarista Rio-Novense, União Colegial de Rio Novo, MG, 16/09/1967; Homenagem do povo de São Romão pelos relevantes serviços prestados ao Município, Prefeitura Municipal, 29/12/1974; Participação do Simpósio sobre o Desenvolvimento Siderúrgico Nacional, realizado de 09 a 11 de setembro de 1975 pelo Governo do Estado de Minas Gerais, Assembléia Legislativa de Minas Gerais, Secretaria do Estado da Indústria, Comércio e Turismo, Belo Horizonte, set.1975; Reconhecimento do Povo de Carlos Chagas pelos relevantes serviços prestados em prol do Município, 22/10/1975; Participação do VII Congresso Brasileiro de Assembléias Legislativas pela Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, União Parlamentar Interestadual, de 19 a 21 de abril de 1976, Belo Horizonte, abri.1976; Prêmio José Rico Cardoso, Associação Brasileira dos Criadores da Raça Gir, dez.1977; Certificado Bônus do Menor, pela colaboração no exercício de 1978 para o programa assistencial e filantrópico da ACM, Associação Cristã de Moços, Belo Horizonte, MG, fev.1979; Agradecimento no processro de reconhecimento do Centro Tecnológico Dr. Joseph Hein e da Faculdade de Educação, Fundação Educacional de João Monlevade, MG, dez.1979; Homenagem do Povo de Santa Bárbara, através da Administração Municipal, pelos inestimáveis serviços prestados ao Município, 11/03/1980; Participação do Ciclo de Estudos Políticos - Poder Legislativo hoje, realizado de 11 a 13 de novembro de 1980 pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais, Universidade de Brasília, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, nov.1980; Agradecimento pelo reconhecimento da Escola Nossa Senhora da Piedade, Lagoa Formosa, MG, 29/11/1980; Agradecimento pela amizade, companheirismo e lealdade, Diretores, Vice-Diretores, Supervisoras e Professoras de Carlos Chagas, 16/04/1981; Homenagem do Município de Santa Bárbara pelo cargo de Presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e por tudo que tem feito em favor do Município e Região, 13/06/1981; Com carinho e gratidão pela ajuda e apoio, Escola anexa à Faculdade Dom Bosco, 16/12/1981; Participação das Atividades no Ano Internacional das Pessoas deficientes, no período de maio de 1981 a maio de 1982 em Minas Gerais, Belo Horizonte, 11/05/1982; Homenagem do Ministério Público de Minas Gerais, pelos relevantes serviços prestados, ago.1982; Agradecimento e Homenagem ao Deputados pelas inaugurações nesta data: ligação asfáltica de Alvinópolis à BR 262, hoje 381, e ligação do sistema DDD, Cia Fabril Mascarenhas - Conselho de Administração, Presidente Fábio Vieira Marques e Vice-Presidente Júlio Álvares Mascarenhas, Alvinópolis, MG, 26/09/1982; Placa dos Jovens e Amigos e Admiradores do Deputado, pelo alto espírito público marcado por sua inteireza e caráter, humildade e competência, 1983; Placa Destaque 41º Aniversário de Emancipação de Mantena, MG, jun.1985; Homenagem ao Deputado na ocasião do Centenário da Cia - 1987, Cia Fabril de Mascarelhas, Alvinópolis, MG; Participação do II COMUB - Congresso Municipalista do Brasil, Associação Municipalista do Brasil, de 30 de abril a 05 de maio de 1987, Brasília, DF; Participação do Seminário Sistemas Eleitorais no Brasil, de 28 a 30 de abril de 1987, Instituto Tancredo Neves e Fundação Friedrich Naumann, Brasília, 23/07/1987; Homenagem do povo Alvinopolense, Sujeito agente de sua própria história, e da história de sua terra, jan.1989; Menção Honrosa, Associação dos Produtores de Hortifrutigranjeiros do Estado de Minas Gerais, Contagem, MG, 27/06/1989; Homenagem e agradecimento pelo inestimável apoio ao desenvolvimento do Município, Povo de Santa Cruz do Escalvado, 23/08/1992; Agradecimento pelo seu trabalho em prol do Município, Prefeitura Municipal de Nova União, 09/07/1994; Sindicato dos Trabalhadores em Indústria de Calçados de Belo Horizonte e Grande BH, pelo reconhecimento e agradecimento pelas ações em favor do setor calçadista de Minas Gerais, set.1995; Mérito da Raça Jercey pelos relevantes serviços prestados à pecuária de leite, dez.1997; Mérito Mangalarga Machador, ABCC Mangalarga Machador, 1997; Agradecimento e Congratulações do povo de Guaraciaba por prestigiar a 1ª Conferência Municipal de Saúde e pelos serviços prestados, 08/03/1997; Participação da Conferência Internacional para Integração e Desenvolvimento - CNT 97, Confederação Nacional do Transporte, São Paulo, 30/06/1997; Placa pela ajuda inestimável à classe, Sindicato Rural de Santa Luzia, MG, 07/11/1997; Destaque do Vale do Ipiranga 1997, Promotor de Eventos Sócio-Cultural Olegário Lopes Neto, Ponte Nova, MG, 15/11/1997; Homenagem pelos relevantes serviços prestados à Classe Industrial de Minas Gerais, FIEMG, MG, 19/12/1997; Agradecimento e Homenagem por tudo que fez pelo povo do município de Bela Vista de Minas, Prefeitura Municipal, 06/07/1998; Agradecimento ao Sócio 510, "Parabéns Campeão", pelo apoio incondicional tornando possível a realização do XII Congresso Mundial da Raça, Associação Brasileira dos Criadores da Raça Simental, 04/06/1999; Jubileu de Ouro, Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Machador, 16/07/1949 à 16/07/1999; Homenagem pela contribuição política, Jovens do Partido da Frente Liberal, na pessoa do Presidente do PFL/MG e do Presidente do PFL Jovem/MG, Belo Horizonte, 08/02/2000; Homenagem Formandos em Química 2000, As maiores conquistas são aquelas que vencemos juntos; Agradecimento pelo inestimável apoio e relevantes benefícios concedidos ao Município, Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Escalvado, MG, 02/02/2001; Amigos da Coligação Monlevadense Unida em agradecimento ao relevante trabalho e dedicação ao Município, 05/10/2001; Homens de Destaque do Município de Alvinópolis, Homenagem Especial, AAAA, Alvinópolis, MG, 06/03/2004; Homenagem dos Liberais de Betim ao Presidente do PL, Dep. José Santana, 26/04/2004; Certificado pelos relevantes serviços prestados à cultura popular, Associação Folclórica São José do Alto Belo, 18/03/2005; Homenagem do Programa Campo & Criação, como Destaque Agronegócio pela atuação em defesa do agronegócio brasileiro, 18/08/2005. Cidadão Honorário: do Municío de Monte Belo, Câmara Municipal de Monte Belo, MG, 16/12/1969; do Município de Carlos Chagas, Câmara Municipal de Carlos Chagas, MG, 17/12/1979; Aquinense, Câmara Municipal de São Tomás de Aquino, MG, 20/07/1981; do Município de Santa Bárbara, Câmara Municipal de Santa Bárbara, MG, 09/06/1984; do Município de Cordisburgo, Câmara Municipal de Cordisburgo, MG, 25/08/1985; do Município de Águas Formosas, Câmara Municipal de Águas Formosas, MG, 21/10/1985; Iguaçuano, Mérito de Membro e Fundador do Estado do Iguaçu, Sociedade para o Desenvolvimento e Emancipação do Iguaçu, MG, 1988; do Município de Bertópolis, Câmara Municipal de Bertópolis, 01/03/1990; do Município de Nova União, Câmara Municipal de Nova União, MG, 06/11/1999; do Município de Guaraciaba, Câmara Municipal de Guaraciaba, MG, 26/09/1993; do Município de Bela Vista de Minas, Câmara Municipal de Bela Vista de Minas, MG, 29/04/1996; do Município de Barra Longa, Câmara Municippal de Barra Longa, MG, 12/10/2001; de João Monlevade, Câmara Municipal de João Monlevade, MG, 26/03/2004. Títulos: de Sócio-Fundador, Diretoria da Associação dos Criadores do Vale do Suaçuí, Santa Maria do Suaçuí, MG, 16/08/1981; de Agradecimento, Federação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, Brasília, DF, set.1988; de Mérito Político-Melhores de 1989, Jornal do Estado de Minas-Sucursal do Triângulo, Araxá, MG, 22/09/1989; de Colaborador Emérito da Federação em Santa Luzia, Federação dos Diretores Lojistas do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, 28/06/1993; de Membro de Honra da AJL/MG, Ação da Juventude Liberal-MG, Belo Horizonte, 28/06/1997; de Cidadão Benemérito, Câmara Municipal de Materlândia, MG, 15/08/1999. Troféus: Presidente Perpétuo da U.M.E.S.C.F. pelos relevantes serviços prestados; Scania R143H em agradecimento pelos serviços prestados ao transporte brasileiro; Comemoração dos 10 anos da AMEPI - Associação dos Municípios do Médio Piracicaba, pela mesma Associação, 1995; Destaque 1998, Jornal O Tempo de Araxá; 40º Exposição Estadual Agropecuária, Instituto Mineiro de Agropecuária, Governo do Estado de Minas Gerais e Associação dos Amigos do Parque da Gameleira, jun.1988; Pãozinho de Ouro, Sindicato das Indústrias de Panificação, Confeitaria, Massas Alimentícias e Biscoitos de Minas Gerais, out.1998; VIII Exposição Nacional da Raça Simental Simbrasil, Maringá, 1999. Comendas: da Ordem do Mérito, Associação Nacional dos Juizes Classistas da Justiça do Trabalho, Brasília, 30/11/1994; Ordem do Mérito Naval, Grau de Grande Oficial do Quadro Suplementar da mesma Ordem, pelo Presidente da República, 11/06/2004; O Pequeno Notável, Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Pônei, 12/06/2004.

Deputado mineiro Edgar de Vasconcelos Barros.
Professor da Escola Superior de Agronomia de Viçosa, a prestigiada ESAV, lá criou o primeiro Curso de Sociologia Rural no Brasil, após diplomar-se em Economia Agrária pela Universidade Hebraica de Jerusalém. Sua busca por constante aperfeiçoamento científico e intelectual levou-o à Universidade de Wisconsin, Estados Unidos, onde cursou o doutoramento em Sociologia Rural.
Ao regressar ao Brasil, além de retomar sua cátedra, Edgar de Vasconcelos tornou-se conferencista de fama internacional, publicando 2 clássicos sobre sua especialidade: Problemas de Liderança e Sociologia Rural.
Estas e outras publicações valeram-lhe o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. Professor dedicado e intelectual incansável, Edgar de Vasconcelos ainda encontrava tempo para escrever numerosos artigos para o jornal Estado de Minas e para dedicar-se à política.
Eleito Deputado Estadual em 1966, marcou significativamente o Legislativo mineiro com sua competência e cultura exemplares. Tanto nas Comissões quanto no plenário, sua aguda inteligência contribuiu para sofisticar o debate parlamentar, aprimorando de maneira notável a qualidade da produção legislativa votada à época.
Em 1969, Edgar de Vasconcelos foi eleito para a Cadeira 37 da Academia Mineira de Letras, em substituição a Aníbal Matos. Na qualidade de membro da Casa de Alphonsus de Guimaraens, o intelectual originário da Zona da Mata dedicou-se intensamente às atividades da Academia, exercitando com mestria a arte de fazer amigos e de conservá-los.
Os muitos títulos honoríficos e intelectuais acumulados ao longo da vida jamais o afastaram, no entanto, da vocação de educador. Presidiu a Campanha Nacional das Escolas da Comunidade — CNEC, entidade substituta da campanha de organização dos ginásios gratuitos, passando depois à Presidência da Fundação Pandiá Calógeras, por designação do Governo do Estado.
Edgar de Vasconcelos é membro de um dos mais nobres clãs de Minas Gerais. Natural da cidade de Guiricema e sobrinho-neto do Presidente Artur Bernardes, este político e intelectual mineiro conservou por toda a vida os traços mais característicos de sua gente: hábitos severos, senso de responsabilidade, apego à família e vocação para o trabalho.
Mesmo conhecendo a fama e o reconhecimento intelectual, preservou a modéstia e a afabilidade no trato com os outros, fossem eles poderosos ou humildes. Passou toda a vida dedicado a Minas e a seu povo, praticando 2 nobres ofícios: formar homens e lutar por ideais.
Hoje, quando não temos mais a presença radiante e calorosa de Edgar de Vasconcelos entre nós, lamento com imenso pesar a sua ausência, exortando todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo a tomarem sua trajetória como exemplo e inspiração para suas existências.




Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta (Bom Jesus do Amparo, 16 de julho de 1890 — Aparecida, 18 de setembro de 1982) foi um sacerdote católico brasileiro; vigésimo quarto bispo do Maranhão e seu segundo arcebispo; décimo quinto bispo de São Paulo, sendo seu terceiro arcebispo e primeiro cardeal. Foi também o primeiro arcebispo de Aparecida .
Era filho de João de Vasconcellos Teixeira da Motta e de Francisca Josina dos Santos Motta.

Realizou seus estudos fundamentais na Fazenda da Prata, na paróquia de Taquaraçu, Caeté, Minas Gerais. Estudou de humanidades no Colégio Matosinhos, dos Irmãos Maristas, em Congonhas do Campo. Em 1904, matriculou-se no seminário menor de Mariana, saindo após breve período. Entre 1910 e 1911 cursou a Faculdade de Direito de Belo Horizonte. Em 1914 matriculou-se no seminário maior.

Foi ordenado presbítero no dia 29 de junho de 1918, por Dom Silvério Gomes Pimenta, arcebispo de Mariana. Celebrou sua primeira missa, em Taquaruçu, a 7 de julho de 1918.

Após ser ordenado, foi nomeado vigário coadjutor de Taquaruçu, onde permaneceu por seis meses. Depois foi nomeado capelão do Asilo São Luís da Serra da Piedade. Foi depois capelão do Recolhimento das Macaúbas, e trabalhou nas paróquias de Caeté e Sabará. Foi reitor do seminário de Belo Horizonte até 1932.

Em 29 de julho de 1932 foi eleito bispo titular de Algiza e auxiliar de Diamantina, aos 42 anos. Recebeu a ordenação episcopal , em 30 de outubro de 1932, na igreja matriz de São José, em Belo Horizonte, sendo sagrante principal Dom Antônio dos Santos Cabral, arcebispo de Belo Horizonte, e consagrantes: Dom Ranulfo da Silva Farias, então bispo de Guaxupé, e Dom Antônio Colturato OFM Cap, então bispo de Uberaba. Em 19 de dezembro de 1935 foi nomeado arcebispo do Maranhão, onde permaneceu por oito anos.
Em 13 de agosto de 1944, aos 54 anos, foi nomeado arcebispo de São Paulo, da qual tomou posse por procuração a 7 de setembro do mesmo ano. No dia 16 de novembro fez sua entrada solene na igreja de Santa Ifigênia, então catedral provisória. Em 18 de abril de 1974, aos 73 anos, foi nomeado primeiro arcebispo de Aparecida, cargo que exerceu até sua morte, em 18 de setembro de 1982, aos 92 anos.
[editar]Cardinalato

No Consistório do dia 18 de fevereiro de 1946, presidido pelo Papa Pio XII, na Basílica de São Pedro, Dom Carlos foi criado Cardeal-Presbítero, do título de São Pancrácio. Como cardeal, participou de dois conclaves, o de 1958 e o de 1963.

Descrição: Escudo eclesiástico, partido: o 1º de sinopla, com cinco flores-de-lis de jalde postas em sautor - Armas dos Mottas; o 2º de sable com três faixas veiradas de argente e goles - Armas dos Vasconcelos. O escudo está assente em tarja branca, na qual se encaixa o pálio branco com cruzetas de sable. O conjunto pousado sobre uma cruz trevolada de duas travessas de ouro. O todo encimado pelo chapéu eclesiástico com seus cordões em cada flanco, terminados por quinze borlas cada um, tudo de vermelho. Brocante sob a ponta da cruz um listel de goles com a legenda: IN SINV IESV, em letras de jalde.
Interpretação: O escudo oval obedece as regras heráldicas para os eclesiásticos. Os campos representam as armas familiares do Cardeal. O Campo de sinopla (verde) representa: esperança, liberdade, abundância, cortesia e amizade. As flores-de-lis simbolizam: candura, castidade, pureza, poder e soberania, sendo de jalde (ouro) traduzem: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. No 2º, o esmalte sable (negro) do campo simboliza: a sabedoria, a ciência, a honestidade, a firmeza e a obediência ao Sucessor de Pedro; as faixas veiradas representam as pontas de peles variadas que ornavam os mantos da nobreza, sendo que pelos seu metal argente (prata) simboliza a inocência, a castidade, a pureza e a eloqüência, virtudes essenciais num sacerdote; e, pela sua cor goles (vermelho), simboliza o fogo da caridade inflamada no coração do Cardeal pelo Divino Espírito Santo, bem como, valor e socorro aos necessitados. O listel tem com lema No Seio (Coração) de Jesus, sendo uma afirmação da confiança do cardeal na promessa de Jesus de que quem nEle espera jamais será confundido

Dom Motta foi administrador da Diocese de Diamantina , de 1933 a 1934. No Maranhão, criou o Colégio Marista de São Luís, orfanatos, hospitais e um leprosário. Instalou diversas congregações religiosas. Promoveu a criação das dioceses de Caxias e Pinheiros, sendo administrador desta última entre 1940 e 1944.
Preocupadíssimo com a formação católica dos universitários, o Cardeal Motta criou em 18 de março de 1946 a Faculdade Paulista de Direito, núcleo inicial da Universidade Católica, que a 10 de maio de 1945 teve seu primeiro reitor nomeado, Dom Gastão Liberal Pinto e foi instalada a 2 de setembro de 1946. Em 1947, o Papa Pio XII, lhe concede o título de Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no antigo convento carmelita, no bairro de Perdizes.
O Cardeal Motta estimulou, em São Paulo o Movimento familiar Cristão e a Ação Católica, que ganhou grande força na década de 1950 do século XX. Em 14 de outubro de 1952, foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Empenhou-se muito para concluir as obras da nova catedral, inaugurando-a, a 25 de janeiro de 1954, ainda sem as torres, durante as comemorações do quarto centenário da cidade de São Paulo. A catedral teve seus sinos e o carrilhão abençoados, pelo Cardeal Motta, a 6 de janeiro de 1959.
Em 2 de março de 1956 fundou a Rádio Nove de Julho, em comemoração aos oitenta anos do Papa Pio XII. Preocupado em aumentar o número de sacerdotes, o Cardeal Motta promoveu entre 4 e 9 de novembro de 1957 o Segundo Congresso Nacional da Vocações Sacerdotais. O cardeal procurou implantar e incentivar as reformas do Concílio Vaticano II na arquidiocese.
A Arquidiocese de Aparecida, no Vale do Paraíba, havia sido ereta a 19 de abril de 1958 e o Cardeal Motta era seu Administrador Apostólico, desde então. A 25 de abril de 1964, foi ele nomeado para ser o primeiro arcebispo daquela sede. Em Aparecida, o cardeal assumiu, com grande empenho, a construção do novo santuário nacional da padroeira do Brasil.

Seu pai João de Vasconcelos Teixeira da Motta foi deputado durante o Império. Foi o Cardeal Motta quem escolheu pessoalmente o nome de Brasília para ser a nova capital Federal da Nação. Em 3 de maio de 1957, e celebrou a 1ª missa em Brasília.
Foi o primeiro presidente da CNBB, de 1952 a 1958. Foi Arcebispo de São Paulo por 20 anos, criando mais de 100 paróquias. Participou de dois Conclaves: do Papa João XXIII e do Papa Paulo VI.

Afonso Augusto Moreira Pena
Profissão             Advogado e jurista
Afonso Augusto Moreira Pena (Santa Bárbara[1], 30 de novembro de 1847 — Rio de Janeiro, 14 de junho de 1909) foi um político brasileiro.
Foi presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1906 e 14 de junho de 1909, data de seu falecimento. Antes da carreira política, foi advogado e jurista.

Diplomado em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1870, Afonso Pena foi um dos fundadores e diretor, em 1892, da "Faculdade Livre de Direito" de Minas Gerais, atual Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerceu o mandato de deputado pelo estado de Minas Gerais, em 1874.
Nos anos seguintes, enquanto se mantinha como deputado, também ocupou alguns ministérios: da Guerra (1882), da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (1883 e 1884), e da Justiça (1885). Afonso Pena e Rodrigues Alves, seu colega de faculdade, foram os dois presidentes da república que foram antes conselheiros do Império do Brasil.
É o único membro do Gabinete Imperial de Dom Pedro II que se tornou Presidente da República do Brasil.
Afonso Pena presidiu a seguir a Assembleia Constituinte de Minas Gerais, nos primeiros anos da república.
Governador de Minas Gerais e vice-presidente da República
Foi governador do estado de Minas Gerais entre 1892 e 1894, sendo o primeiro governador de Minas Gerais a ser eleito pelo voto direto. Foi durante seu governo que se decidiu pela mudança da capital do estado, de Ouro Preto para a Freguesia do Curral d'El Rei, hoje Belo Horizonte. Foi presidente do Banco do Brasil, de 1895 a 1898 e depois senador por Minas Gerais.
Em 1 de março de 1902, Rodrigues Alves foi eleito presidente da República tendo Francisco Silviano de Almeida Brandão como seu vice presidente. Silviano Brandão faleceu em setembro de 1902, antes de sua posse. Para ocupar seu lugar, Afonso Pena foi eleito vice presidente, em 18 de março de 1903, e, empossado na vice presidência, em 23 de junho de 1903[2]

Afonso Pena foi eleito presidente da república, em 1 de março de 1906, obtendo a quase totalidade de votos. Obteve 288.285 votos contra 4.865 votos de Lauro Sodré e 207 votos de Rui Barbosa. Nilo Peçanha foi eleito, na mesma data, seu vice presidente.[2]
Apesar de ter sido eleito com base na chamada política do café-com-leite, realizou uma administração que não se prendeu de tudo a interesses regionais. Incentivou a criação de ferrovias, e interligou a Amazônia ao Rio de Janeiro pelo fio telegráfico, por meio da expedição de Cândido Rondon.

Na caricatura de O Malho, Afonso Pena é criticado por ter jovens em sua equipe.
Fez a primeira compra estatal de estoques de café, em vigor na República Velha, transferindo assim, os encargos da valorização do café para o Governo Federal, que antes era praticada regionalmente, apenas por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que haviam assinado o Convênio de Taubaté. Modernizou o Exército e a Marinha por meio do general Hermes da Fonseca, e incentivou a imigração. Seu lema era: "governar é povoar", lema absorvido e ampliado depois por Washington Luís: "Governar é povoar; mas, não se povoa sem se abrir estradas, e de todas as espécies; Governar é pois, fazer estradas".
Seus ministérios eram ocupados por políticos jovens e que respeitavam muito a autoridade dele. Estes jovens receberam a alcunha de Jardim da Infância. Chegou mesmo a declarar, em carta a Rui Barbosa, que a função dos ministros era executar seu pensamento:
"Na distribuição das pastas não me preocupei com a política, pois essa direção me cabe, segundo as boas normas do regime. Os ministros executarão meu pensamento. Quem faz a política sou eu".
Foi um grande incentivador das ferrovias, sendo que se destaca em seu governo, a construção da NOB e da ligação das ferrovias paulistas com as paranaenses, permitindo-se pela primeira vez, a ligação do sudeste do Brasil com o sul do Brasil por trem.
Em virtude de seu afastamento dos interesses tradicionais das oligarquias, na chamada República oligárquica, enfrentou uma crise por ocasião da sucessão. David Morethson Campista, indicado pelo presidente, foi rejeitado pelos grupos de apoio a Hermes da Fonseca (principalmente por Pinheiro Machado, mais influente congressista daquela época).
Ainda tentou indicar os nomes de Campos Sales e Rodrigues Alves, sem sucesso. Em meio a tudo isso, iniciou-se também a campanha civilista, lançada por Rui Barbosa.

Afonso Pena.
Acabou falecendo durante o mandato, em 15 de junho de 1909, em meio à crise política gerada pelas disputas à sua sucessão que se daria em 1910, e pouco depois da morte de seu filho, Álvaro Pena. A presidência foi transferida ao vice presidente Nilo Peçanha.
Seu filho, Afonso Augusto Moreira Pena Júnior, foi ministro de Artur Bernardes.
É homenageado dando seu nome à cidade de Penápolis e ao Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o CAAP (Centro Acadêmico Afonso Pena). Por ter sido seu fundador e primeiro diretor, a própria Faculdade é até hoje chamada carinhosamente de Vetusta Casa de Afonso Pena por seus alunos, ex-alunos, professores e funcionários, além de toda a comunidade acadêmica e jurídica que com ela interage. Em Belo Horizonte, ainda dá seu nome à avenida mais importante da cidade. De igual modo, em Campo Grande/MS seu nome figura na principal avenida.
É também homenageado em Curitiba, PR, dando nome ao principal aeroporto da cidade, o Aeroporto Internacional Afonso Pena.

No dia 13 de fevereiro de 2009 chegaram à histórica cidade de Santa Bárbara o mausoléu e os restos mortais do ex-presidente da República Afonso Pena. O traslado partiu do Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, para o casarão onde nasceu o político e advogado.
O monumento onde estavam os restos mortais de Afonso Pena, no Rio, foi inaugurado em 1912, e, provavelmente, esculpido na Itália. Ele foi construído em mármore de Carrara por José Maria Oscar Rodolfo Bernardelli, artista mexicano radicado no Brasil no fim do século 19. A figura, uma mulher chorando sobre a lápide de três toneladas, representa a Pátria. O estilo do mausoléu é eclético, misturando neoclássico e art-nouveau.

Artur Bernardes

Estudou no Colégio do Caraça. Após formar-se na Faculdade Livre de Direito, iniciou sua carreira política como vereador e presidente da Câmara Municipal de Viçosa em 1906. Foi deputado federal (de 1909 a 1910) e Secretário de Finanças de Minas Gerais em 1910. Foi eleito para um novo mandato de deputado federal (1915 a 1917). Tornou-se o líder principal do Partido Republicano Mineiro, tirando o controle do PRM dos políticos do Sul de Minas Gerais, deslocando o centro da política mineira para a Zona da Mata. Foi presidente do estado de Minas Gerais entre 1918 e 1922.

Bernardes venceu as eleições presidenciais de 1 de março de 1922, obtendo 466.877 votos contra 317.714 votos dados a Nilo Peçanha, em uma eleição que dividiu o país: Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro apoiaram Nilo Peçanha e os demais estados deram apoio à candidatura Bernardes.[1]
Antes da eleição, Bernardes teve que enfrentar o rumoroso caso das "cartas falsas" atribuídas a ele e que denegriam o ex presidente Hermes da Fonseca.
Seu vice-presidente foi Estácio Coimbra que substituiu Urbano Santos, vice-presidente eleito, também em 1 de março de 1922, e que faleceu no dia 7 de Maio de 1922, antes de tomar posse.
O descontentamento com a vitória de Bernardes e com o governo de seu antecessor, Epitácio Pessoa, foram algumas das causas do chamado Levante do Forte de Copacabana, primeira ação do movimento tenentista. Bernardes teve que fazer frente à coluna Prestes, movimento tenentista que percorreu o país pregando mudanças políticas e sociais e que jamais foi derrotado pelo governo.

Além da oposição por parte da baixa oficialidade militar (incentivados pela revolução comunista), ele ainda confrontou uma guerra civil no Rio Grande do Sul, onde Borges de Medeiros se elegeu presidente do estado pela quinta vez consecutiva, e também o movimento operário que se fortalecia novamente. Em 1923 e 1924 ocorreram novas ações tenentistas no Rio Grande do Sul e em São Paulo, onde ocorreu a Revolução de 1924, que levou Bernardes a bombardear a cidade de São Paulo. Tudo isso levou Bernardes a decretar o estado de sítio, que perdurou durante quase todo seu governo.
Artur Bernardes foi o pioneiro da siderurgia em Minas Gerais e sempre se bateu pela ideologia nacionalista e de defesa dos recursos naturais do Brasil.
Fundou a Escola Superior de Agricultura e Veterinaria em sua cidade natal, Viçosa, que viria depois a se tornar a Universidade Federal de Viçosa.
Sob seu governo, o Brasil se retirou da Liga das Nações em 1926.
Bernardes promoveu a única reforma da Constituição de 1891, reforma que foi promulgada em setembro de 1926 e que alterava principalmente as condições para se estabelecer o estado de sítio no Brasil. Após deixar o governo, foi eleito senador em 1929.
Foi contrário à ascensão de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada ao governo de Minas Gerais mas não pode evitá-la.

Artur Bernardes. c. 1920.
Após a presidência, foi eleito senador da república, mandato que exerceu até 1930.
Artur Bernardes, no seu discurso de posse no Senado Federal, em 25 de maio de 1927, estando a cidade do Rio de Janeiro sob grande tensão e expectativa, relembrou a dificuldade que foi sua eleição presidencial de 1922 e sua presidência:
Não estará ainda na memória de todos o que fora a penúltima campanha presidencial? Nela se afirmava que o candidato não seria eleito; eleito não seria reconhecido, não tomaria posse, não transporia os umbrais do Palácio do Catete!
— Artur Bernardes
Carlos Lacerda repetiria, contra Getúlio Vargas, essa frase de Bernardes, na campanha presidencial de 1950.
Participou da Revolução de 1930, que desalojou o Partido Republicano Paulista do governo federal. Foi um Revolucionário constitucionalista de 1932. Fracassado este movimento, exilou-se em Portugal. De volta ao Brasil, em 1934, foi eleito deputado federal para o mandato 1935-1939. Em 1937, porém, perdeu o mandato, devido ao golpe do Estado Novo.
Com o restabelecimento da democracia em 1945, ingressou na UDN, elegendo-se deputado federal constituinte em 1945. Criou e dirigiu a seguir o Partido Republicano. Eleito suplente de deputado federal em 1950, exerceu o mandato, em virtude de convocação, sendo eleito para um novo mandato em 1954. Bernardes defendeu, após 1945, o Petróleo e a Siderurgia nacionais. Ocupou o cargo de deputado federal até a sua morte, em 1955.


LUIZ HENRIQUE AGUIAR DE VASCONCELLOS MOREIRA

FORMAÇÃO ACADÊMICA

Possui graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Pós Graduado em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica do Estado de Minas Gerais. Pós Graduado em Teoria Política e Gestão Pública pela ODCA, Chile.Mestre em Direito e Instituições Políticas pela Universidade FUMEC, Belo Horizonte - MG.Doutorando em Direito. 



PRÊMIOS E TÍTULOS

2008 Diploma de Relevante Serviços Prestados ao GATE – PM/MG – MG.
2005 Medalha da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, GATE/ PMMG.
2004 Medalha Santos Dumont, Governo Estado de Minas Gerais.
2004 Medalha Ametista, Câmara Municipal de Teófilo Otoni - MG.
2003 Medalha da Inconfidência, Governo do Estado de Minas Gerais.
2002 Destaque Diplomado ODCA, Chile, Organização Cristã da América.
2002 Medalha Mérito da Juventude, Governo do Estado de Minas Gerais.
2001 Placa de Mérito, PFL Uberaba.
1998 Moção de Congratulação, Câmara Municipal de Belo Horizonte














A Câmara Municipal de Ouro Preto
A Câmara Municipal de Ouro Preto foi fundada em 1711 e sua sede atual passou a ser denominada de Casa da Câmara Bernardo Pereira de Vasconcelos, em 1979, quando do traslado de suas cinzas para o prédio que ocupa na Praça Tiradentes. Bernardo Vasconcelos foi jornalista, politico (deputado federal por MG, senador e Ministro de Estado). Nasceu em Ouro Preto em 27 de agosto de 1795 e morreu no Rio de Janeiro em 1850, aos 55 anos de idade, no exercício do mandato de Senador por Minas Gerais.



A Câmara de Vereadores de Ouro Preto tem como símbolo o Brasão da cidade que foi concedido à Vila Rica por D. João V, quando a erigiu em vila, em 1711.

O Brasão reproduz graficamente a topografia da vila, ou seja, três morros –Cabeças, Santa Quitéria (Praça Tiradentes) e Alto da Cruz e dois vales – Antônio Dias e Pilar do Ouro Preto.

O listel Proetisum Aurum Nigrum (Precioso Ouro Preto) refere-se à cor escura do ouro que ocorre na região e que deu origem ao nome da cidade.

As datas de 1711 e 1789 referem-se respectivamente à fundação do município e à Inconfidência Mineira.

O termo Câmara tem como significado a reunião dos vereadores e se estende ao próprio edifício onde se reúnem, sendo referida também como conselho e os vereadores como conselheiros.

A palavra vereador vem, do verbo verear, contração de verificar, vigiar sobre a boa administração da vila, reger e cuidar da “res publica” ou bem público.

A Câmara colonial brasileira

Como unidade político-administrativa, a vila portuguesa teve origem no modelo da República Romana, que o impôs às regiões conquistadas, como a Península Ibérica, estendendo-se depois às colônias portuguesas. A Câmara portuguesa adotou a estrutura romana básica, implantada no território através da Lei Municipal Júlia (Lex Julia Municipalis), durante o governo de Julio César. A estrutura administrativa de ambas as instituições era composta pelos seguintes agentes:

CAMARA ROMANA

CAMARA COLONIAL

Dois magistrados com plenos poderes, inclusive o da justiça (Duumviri juricundo) O símbolo de seu poder de justiça era o fascies, feixe de varas atado por uma fita vermelha ao redor de um machado, significando o poder de sentenciar à morte

Dois juízes ordinários que se alternavam no cargo de presidente da Câmara, com poder e autoridade para julgar e sentenciar causas criminais e cíveis, com jurisdição restrita ao Termo da Vila (atual Município) O símbolo de seu poder de justiça eram as varas brancas que portavam. Os juízes de fora, magistrados régios, portavam varas vermelhas.

Edis ou servidores auxiliares encarregados do setor administrativo e das normas municipais

Três vereadores com funções eminentemente administrativas no que se referia às decisões do bem comum, propor obras públicas, decidir e aprovar gastos, conceder cartas de ofício, redigir e ordenar a aplicação das normas administrativas e outros;

Questor (exator) encarregado da arrecadação de tributos

Tesoureiro da Câmara, encarregado da arrecadação de impostos e contas da Câmara

Curador (curator) fiscal dos negócios públicos

Procurador com funções executivas, semelhante ao atual prefeito. Responsável pela arrecadação das rendas,arrematação e execução das obras públicas. Representava juridicamente a Câmara nas causas em que esta era autora ou ré.

Defensor da cidade (defensor civitatis)

Não existia esta função. Esta área era de competência do Governador da Capitania, mas a Câmara construiu quartéis na Rua das Flores .

Notários (actuaria): encarregado da documentação administrativa

Escrivão da Câmara e Escrivão da Almotaçaria – encarregados da documentação administrativa

Com o declínio romano, visigodos e árabes conquistaram sucessivamente os territórios, introduzindo novas modificações no governo municipal, tais como o pagamento de tributos pelo povo e criação dos cargos de alcaide (oficial de justiça), de alvazil (vereador, camarista) e de almotacé (inspetor de pesos e medidas, encarregado de taxar mercadorias).

O território da Vila organizava-se em “termos”, equivalente em significado e abrangência à moderna palavra município, compreendendo a zona urbana e rural. Durante a Idade Média a vila era instituída pela carta de forais, documento concedido por um senhor feudal ou o próprio rei aos habitantes de uma povoação, dando-lhes o direito de formar um governo autônomo. Esta povoação passava a ter estatuto de vila e seu conselho gozava de privilégios administrativos e de obrigações. Os símbolos da autonomia da vila eram a Casa da Câmara e o Pelourinho, coluna onde se puniam os criminosos. A vila também recebia o título de propriedade de uma parcela de terras, a carta de sesmaria, que lhe dava o direito de cobrar os foros dos terrenos ocupados dentro desta área, como forma de geração de renda para a sustentação da administração pública. A divisão administrativa do termo, de cunho eclesiástico, compreendia paróquias e freguesias e capelas filiais, criadas individualmente por cartas régias.

Elevada a povoação à categoria de vila, a instalação da municipalidade se completava com a instituição formal da Câmara e a eleição de seus oficiais, de acordo com a formação funcional e normas de eleição definidas nos textos das Ordenações. O termo Câmara tem como significado a reunião dos vereadores e se estende ao próprio edifício onde se reúnem, sendo referida também como conselho e os vereadores como conselheiros A palavra vereador vem, segundo Constâncio, do verbo verear, contração de verificar, ou seja, vigiar sobre a boa administração da vila, reger e cuidar da “res publica” ou bem público

Assim, os vereadores eram definidos como membros da Câmara, Cúria, Conselho ou Assembleia do município que o representam e administram as suas rendas. Os antigos vereadores, além de membros de uma corporação administrativa, também integravam um tribunal judiciário, o que lhes dava o estatuto de oficiais de justiça.As freguesias (distritos) dispunham de um juiz de vintena, responsável por decidir causas de pequena monta tal como os atuais tribunais de pequenas causas.

Esta estrutura vigorou até depois da Independência, tendo suas funções e autoridade drasticamente reduzidas pela lei de 1º de outubro de 1828, que a transformava em corporações meramente administrativas, extinguindo a função judicial que lhe dera tamanha autoridade e prestígio no século XVIII. Todas as decisões executivas eram tomadas pelo Governo Provincial, que cometia arbitrariedades e ingerências nos negócios municipais.

Contra este estado de coisas, as elites civil e militar da cidade de Ouro Preto, entre elas ex-membros da Câmara, se insurgiram contra o governador da Província, o Barão do Pontal e prenderam seu vice-presidente, Bernardo de Vasconcelos, na revolta conhecida como a Sedição Militar de Ouro Preto, Sedição de 1833 ou Revolta do Ano da Fumaça. Nenhuma outra Câmara do Estado aderiu à revolta e Ouro Preto ficou isolada. O Exército Imperial sitiou a cidade por algumas semanas e uma batalha ocorreu em Rodrigo Silva, com mortos e feridos de ambos os lados. Vencida pela fome, a cidade foi derrotada e sua Câmara humilhada. Foi a última revolta ocorrida em Ouro Preto e que resultou numa legislação mais dura e restritiva contra as Câmaras, que imobilizou e enfraqueceu a instituição durante todo o Império e grande parte do Período Republicano. A Câmara Provincial contava com 09 vereadores e um juiz presidente, denominado agente executivo. Sua principal função era a de presidir e fiscalizar a realização das eleições municipais (vereadores e juízes de paz) e deputados da Assembleia Provincial.


BERNARDO PEREIRA DE VASCONCELLOS
O ESTADISTA DA REGÊNCIA

Conferência pronunciada pelo Deputado Ibrahim Abi-Ackel na Academia Mineira de Letras, a convite do Centro de Pesquisas e Estudos Mineiros, em 28 de Agosto de 1995, em comemoração ao bicentenário do nascimento de Bernardo Pereira de Vasconcellos.

As conferências sobre o segundo centenário do nascimento de Bernardo Pereira de Vasconcellos não exprimem apenas o reconhecimento de sua larga, fecunda e instigante ação criadora desse homem excepcional, certamente a mais fértil em conseqüências na modelagem das instituições políticas, judiciárias e econômicas do século XIX. Envolvem, também, a lembrança de um exemplo, dos mais altos, de suprema dedicação de um homem de gênio à causa de seu país. E evocam, ainda que a tanta distância de seu tempo, a atualidade surpreendente de sua clara visão dos problemas nacionais, a que deu remédio com suas profundas reformas, em meio à turbulência paralizante do primeiro Reinado e da experiência republicana da Regência.
Coberto das sombras do passado, recolhido o seu pensamento à solidão dos arquivos, esquecidos a paixão de suas lutas, e o fulgor de sua eloqüência, Bernardo Pereira de Vasconcellos é de vez em quando lembrado pelos estudiosos de nossa história.
Não figura nas antologias da língua portuguesa nem como escritor nem como orador, embora muitas de suas páginas sejam exemplos de arte literária e o discurso sobre o Regresso uma peça antológica de eloqüência parlamentar, recolhida em sua quase inteireza por Joaquim Nabuco em “Um Estadista do Império”. Os economistas não o mencionam nos estudos de história econômica, apesar de ter sido o primeiro financista a descobrir e identificar, no parecer sobre o orçamento de 1839, o fenômeno que denominou “estado de inchação” e que mais tarde veio a chamar-se inflação. Os construtores de sistemas políticos ou reformadores do Estado são raros no Brasil, correndo as transformações institucionais menos por conta da ação previdente de homens e partidos do que em função das circunstâncias políticas e históricas. Mesmo assim é raro lembrar-se de que a ele se deve a construção do sistema parlamentar de governo do segundo Reinado.
Em face desse constante olvido, a iniciativa de dois intelectuais ilustres, Murilo Badaró, presidente do Centro de Pesquisas e Estudos Mineiros e Vivaldi Moreira, presidente da Academia Mineira de Letras, deve ser saudada com entusiasmo. A homenagem que ambos prestam à memória de Bernardo Pereira de Vasconcellos nos redime a todos de nossa omissão, ao mesmo tempo em que exprime a sensibilidade e o saber histórico de seus promotores.
Bernardo Pereira de Vasconcellos nasceu em Ouro Preto em 27 de agosto de 1795 e morreu no Rio de Janeiro em 1850, aos 55 anos de idade, no exercício do mandato de Senador por Minas Gerais. Eleito deputado à Assembléia Geral Legislativa em 1826, tornou-se nos vinte e quatro anos de sua atividade parlamentar e política personalidade dominante e em muitos lances a figura central do dramático reinado de D. Pedro I e do conturbado período regencial.
A devoção ao mandato fez dele um orador de crescente poder de síntese e persuasão. Inimigo das protelações, do palavrório inútil que tanto abastarda o nível intelectual de nossas casas legislativas, pedia a palavra para discutir o assunto em pauta prometendo ser breve. Era-o sempre, e seu raciocínio objetivo incidia no âmago da questão com simplicidade e clareza. Suas palavras continham habituais censuras aos que abusavam da paciência do plenário com longas dissertações. Abjurava as soluções estrangeiras, que lhe pareciam impróprias às peculiaridades do país. Na Corte dominada pela influência francesa, que via no Brasil uma projeção da cultura européia, ainda que semi-bárbara, provocou escândalo ao afirmar que nossa civilização vinha toda da costa da África. Ali estavam, com mais de um século de antecedência, o tema e a epígrafe da obra de Gilberto Freire, estruturada em “Casa Grande e Senzala”.
Costumava sentar-se na primeira fila de poltronas e de lápis em punho anotava o que diziam os oradores, o que lhe facilitava as respostas pela ordem dos argumentos. Colocava diante de si o relógio, para impor-se a contenção, que tanto obedecia quanto reclamava. “Estamos perdendo tempo”, costumava exclamar, quando o debate, espraiando-se, ia além do necessário à compreensão da matéria. A devoção ao trabalho, o estudo incansável das matérias, o hábito de somente falar quando imperiosa a necessidade da sua intervenção conduziram-no a uma indisfarçável impaciência, não raro à irritação, diante da impropriedade dos argumentos e da imprecisão das idéias.
Já no primeiro mandato se impusera como “homem de grandes talentos”, segundo Odorico Mendes. Seus discursos atraiam à Câmara grande público e dentre seus assistentes constantes, além do jovem José Thomaz Nabuco, contaram-se dois estrangeiros ilustres: Armitage, que o denominou o “Mirabeau do Brasil”, e o reverendo Walsh, que em suas memórias se referiu a ele como o “célebre deputado Vasconcellos, considerado pelos seus compatriotas o Francklin ou Adams do Brasil”.
De seu primeiro mandato é toda a reforma do sistema judiciário, obra impressionante pelo alcance e modernidade das disposições. Criou o Supremo Tribunal de Justiça. Extinguiu o Tribunal do Conselho da Fazenda, os Tribunais do Desembargo e a Mesa de Consciência e Ordens, instituições que reputou ultrapassadas e inúteis e que descreveu nos discursos de defesa dos projetos como reminiscências da ordem medieval. O fecho de ouro dessa reforma viria em seguida, com a elaboração do Código Criminal. Tendo pedido licença à Câmara para ausentar-se antes do fim da sessão legislativa, “por sofrer há mais de mês de não pequenos incômodos”, recolheu-se Vasconcellos a Ouro Preto até abril do ano seguinte. Ao regressar à Câmara trazia inteiro o projeto do Código, obra que por si só imortalizaria o seu nome e que assegurou no Brasil o triunfo das idéias liberais. Discutido em conjunto com o projeto de José Clemente Pereira, predominou largamente no Código afinal promulgado o de Bernardo Pereira de Vasconcellos.
O Código teve profunda importância na história internacional do Direito Penal. Foi o primeiro Código da América Latina e serviu de base ao Código Espanhol, ao Código Russo e aos códigos dos países latino-americanos. O professor Ladislau Thot de La Plata afirmou que o Código Criminal do Império era, em todo o mundo, um dos poucos do século XIX com acentuada orientação político-criminal, justificando o caráter científico de sua concepção a notável influência que exerceu no direito comparado. Victor Fouchet o traduziu para o francês, por considerá-lo obra completa e de forma impecável. Consta que Hans e Mitermeyer aprenderam a língua portuguesa para o seu estudo, tal o seu prestígio e repercussão. Escrevendo sobre a reforma judiciária empreendida por Vasconcellos, chamou-o Tavares Bastos “homem de gênio”.
O indomável batalhador continuou a dedicar-se com volúpia ao trabalho, tanto mais absorvente quanto contínuas e lancinantes as dores físicas de que padecia, decorrentes da tabes dorsales que cedo o acometera. Foi plasmando, passo a passo, a grande obra política do Império: a construção do sistema parlamentar de governo, de que foi realmente o fundador no Brasil.
Responsabilidade dos ministros, governo baseado na confiança da maioria parlamentar, prestação de contas da administração feita pessoalmente pelos ministros à Câmara, eis os princípios cardeais reclamados por Vasconcellos como fundamentos do governo de gabinete. No ambiente saturado de autoritarismo do primeiro Reinado, em que pompeava o temperamento imprevisível e despótico de D. Pedro I, causava certamente espanto a audácia do deputado mineiro. Vasconcellos já era, porém, figura respeitada e temida, pelo trabalho beneditino, pela força arrasadora das réplicas, pela coragem extrema das atitudes, pela altivez com que arrostava as conseqüências de sua ação. “Venham os ministros ao parlamento, venham depor perante os representantes na nação”, conclamou em discurso de grande efeito. Espicaçado pelo furor da reação oficial, extremou em seguida o tom: “saiam de seus ministérios, asilos de sua imbecilidade”.
Atacado pelo Marques de Baependí, deu-lhe resposta através da famosa “Carta aos senhores eleitores da Província de Minas Gerais”, datada de 30 de dezembro de 1827, documento precioso no qual prestou Vasconcellos todas as explicações sobre as suas atividades políticas e parlamentares, analisou a situação do país e elaborou, com a lucidez habitual, verdadeiro programa de governo. Raramente, nos regimes representativos, cuidou um mandatário de tão completa prestação de contas aos seus eleitores.
Em 1828 o Imperador quis nomeá-lo para o ministério. Os motivos que levaram Vasconcellos a não aceitar o convite foram expostos por Justiniano José da Rocha: era adversário do governo, não desejava abandonar a causa popular, e, sobretudo, a forma de demissão do ministério o convencia de que D. Pedro não o aceitaria como ministro de corte parlamentar, na significação legítima dessa condição.
A pregação de Vasconcellos sobre o governo parlamentar ia contudo prosperando, ainda que timidamente, em meio a dificuldades e incompreensões. Calmon, navegando com perícia entre os assomos do Imperador e as aspirações de Vasconcellos, compareceu à Câmara como ministro da Fazenda, dando a esta explicações, debatendo com os deputados, respondendo a interpelações. Seguiu-lhe o exemplo o Ministro da Justiça, Lúcio de Gouvêa.
Nessa ocasião, considerado “chefe da oposição” e “seu primeiro orador”, “grande líder da oposição”, “líder da voz popular”, “célebre orador”, é fácil imaginar o receio que inspirava ao governo. Culpavam-no de anarquista, de inimigo do Brasil. Sua preeminência, seu prestígio popular, seu modo de ser avesso à cortesania e à afabilidade hipócrita haviam estimulado rivalidades, suscitado intrigas e malquerenças. Multiplicavam-se os ataques à sua honorabilidade.
Sob pesadas invectivas, cercado de hostilidades e aleivosias, ergueu a voz contra “ministros ineptos e prevaricadores”. Fustigou os temerosos das reações de D. Pedro dizendo em duro discurso que “nunca de devia ocultar a verdade ao trono”. E mais uma vez confrontado com a acusação de anarquista, fixou-se no seu credo: “não quero, não tenho outros desejos senão o da consolidação da monarquia constitucional”.
Pela primeira vez e por força da pregação de Vasconcellos os orçamentos foram discutidos na Assembléia. Como relator da Comissão de Fazenda apresentou parecer sobre a lei orçamentaria de 1829 tida por modelar em face da clareza, da ordem e do método da exposição. Bateu-se no parecer pela adoção dos princípios fundamentais à elaboração dos orçamentos. Impediu a elevação dos impostos, exigindo do governo aumento da arrecadação e cortes nas despesas.
Nas eleições de 1830 ficou evidenciado o seu prestígio. Foi o mais votado em Minas para deputado geral, conselheiro do governo, conselheiro da Província e promotor. Levou para a Câmara, à sombra de seu nome, Martim Francisco, Vieira Souto e Evaristo da Veiga. Seu nome foi largamente votado na Baía.
Com o ministério Barbacena ensaiou-se outra vez o governo parlamentar. Ao apresentar o relatório do Ministério da Fazenda, logo esclareceu Barbacena o novo rumo do governo: “Nos governos constitucionais nenhum ministro pode sustentar o seu posto com utilidade da nação sem merecer a confiança de seus representantes”. Terminava o Marquês afirmando que as dificuldades financeiras sabidamente graves do país seriam vencidas “pela estreita união das Câmaras com o governo, do governo com as Câmaras”.
Nessa completa alteração da índole do governo frutificavam as sementes tão ardorosamente plantadas por Vasconcellos. A Câmara assistia ao triunfo das idéias de um deputado da oposição, que mesmo na hora dos mais ardentes combates se revelara sempre um construtor. Construtor de um novo sistema judiciário, de um novo direito penal, de um novo sistema de governo, em suma um homem de Estado, atento à tradição sem desdenhar de inovações: “tenho procurado combinar o progresso com a conservação”, afirmou certa vez, resumindo a sua incansável atividade.
Deu logo a Barbacena o seu apoio, embora aflitivas e praticamente insolúveis as dificuldades financeiras do governo. Deu-o segundo o seu hábito de tudo conhecer e analisar. Estudou as propostas do governo, propôs cortes de verbas, exigiu redução de despesas, esmiuçou subvenções, apontou defeitos, criticou abusos. Agastado, embora, com o interminável esmiuçar de Vasconcellos, ofereceu o Marques de Barbacena as mais solenes provas de seu propósito de fixar o sistema constitucional. Assíduo à Câmara, expôs o programa do governo, debateu-o, trocou idéias, modificou propostas. Concluída a lei do Orçamento, Vasconcellos, orador da deputação enviada ao Senado, foi na volta carregado pelo povo.
Logo, no entanto, decaiu Barbacena da confiança do Imperador. Submeteu-o D. Pedro a uma demissão que o Marquez julgou humilhante e que repeliu numa carta de bravo: “Um dos tios avós de V. M. I. acabou seus dias numa prisão de Cintra. V. M. I. poderá acabar os seus em alguma prisão de Minas, a título de doido, e realmente só um doido sacrifica os interesses de uma nação, de sua família, da realeza em geral, aos caprichos e seduções de criados caixeiros portugueses, que aliás constituem a escória do que há de mais vil e ignorante na Europa civilizada”.
Extinguiam-se, assim, as esperanças. Falava-se já em república na dezena de jornais espalhada pelo país. Acentuava-se o dissídio entre o Imperador e a Nação. Breve tocariam a finados os sinos das igrejas de Minas, ao tropel da cavalgada imperial. A abdicação tornara-se inevitável e na madrugada de 7 de abril D. Pedro a confiou ao emissário dos militares amotinados, com os olhos em lágrimas, a voz rouca de emoção.
Vago o trono, se esteve sem governo e sem chefe; cada homem se julgava um soberano e cada soldado um general vitorioso, diria mais tarde o “Sete de Abril”. Dominado pela crise, solta nas ruas a desordem, ameaçado de desmembramento e anarquia, valeu-se o Brasil em hora tão difícil da energia de Feijó. Enfrentavam-se de um lado os exaltados - republicanos, federalistas, anarquistas - e de outro os absolutistas já empenhados na restauração de D. Pedro. Desejavam os primeiros a execução imediata de um programa revolucionário com suas inevitáveis conseqüências: prisões, exílios, perseguições, fuzilamentos. Não desejariam outra coisa os restauradores, na hora embriagadora do triunfo. Estoura a rebelião nos regimentos e no corpo de polícia. Corre a notícia da insurreição civil. A palavra de ordem, enérgica e firme, parte de Vasconcellos, contra a indisciplina militar e a desordem nas ruas. Na hora mais grave, com a cidade submergida no terror, é remodelado o governo e nomeado Vasconcellos para o Ministério da Fazenda.
Começam aí, em meio à tormenta revolucionária, o Regresso e a fundação do Partido Conservador. O líder da causa popular ajusta a bússola no sentido de preservar a unidade nacional, curva-se à necessidade da ordem ao mirar no horizonte o espectro do separatismo. Tocou-lhe a incumbência de redigir a exposição de princípios do ministério, documento no qual desde logo afirmou a unidade do governo e a sua responsabilidade coletiva: “o governo está firme na repressão da violência e da sedição, executando e fazendo executar fielmente as leis e quando estas não bastem, representando e propondo à Assembléia Geral as providências necessárias. A sedição é um crime, qualquer que seja o pretexto com que se revista; crime é também a violência, porque ela dá princípio à perturbação da ordem que só um governo fraco e as insuficiências das leis podem tolerar. O governo não capitulará com a desordem ...”. Relacionou na exposição as reformas a realizar na política, nas finanças, educação, comércio, indústria, transportes, forças armadas, relações internacionais, liberdade de imprensa dentro da lei, primeiro passo do Regresso no sentido da abolição dos processos revolucionários, da conciliação do progresso com a estabilidade das instituições.
Enquanto enfrentava Feijó a desordem, dedicava-se Vasconcellos à execução do programa do governo: melhor distribuição dos recursos públicos, consolidação das dívidas, melhoria do meio circulante, restrição nas despesas do Estado, reforma do aparelho fazendário, reforma administrativa com discriminação das rendas gerais e provinciais. Modernize-se a linguagem e ver-se-á que pouco mudou o Brasil no tocante aos seus problemas fundamentais, sempre recorrentes.
O inquisidor-mor do primeiro Reinado, o terror dos ministros, o acusador impenitente, se apresentou à Câmara como ministro e com a franqueza habitual prestou-lhe as contas de sua pasta, debateu, informou, rebateu críticas e acusações. Tinha realmente o que dizer pois em sua gestão organizou o Tesouro Nacional e o das Províncias, lançando as bases do aparelho tributário nacional. Aposentou e demitiu funcionários inválidos e inidôneos. Deu combate às fraudes nas alfândegas. Recuperou do caos os serviços de prestação de contas da administração, reformou o Cofre dos Depósitos, criou a Bolsa do Rio de Janeiro, remodelou a Caixa de Amortização. Atacou a situação financeira, melhorando-a sensivelmente, embora a reputasse nada lisonjeira. As reformas feriram interesses, mobilizaram inimigos, criaram novos. Ao entregar ao seu sucessor o Ministério, a 4 de agosto de 1834, voltou Vasconcellos à sua cadeira de deputado.
A doença se agravara. Aos 34 anos a tabes lhe dificultava os passos, bambeando-lhe as pernas. Em maio e junho desse ano esteve impossibilitado de andar. Em julho e agosto, com grande esforço, arrastava-se à Câmara. Ali, agredido sem descanso, transfigurava-se o enfermo. A voz bem modulada se alteava firme e no crescendo da eloquência defendia-se no mesmo diapasão dos ataques, oscilando do humorismo à comoção, fustigando, zombando, impelindo à ira os contendores. Cinco anos de sofrimentos não lhe haviam quebrado a resistência. Pediu ao Presidente para falar sentado. Na sessão de 5 de setembro de 1834, afirmou em discurso exemplar que se defendia “antes de terminar os seus dias”. O espírito indomável se manifestaria outra vez, numa peça histórica de eloqüência parlamentar, feito no curso de um doloroso ataque: “Quasi moribundo como estou, não me acovardo”. Recuperou-se, porém, e do mesmo modo incansável trabalhou dias e noites por quase vinte anos.
Praticamente só, enfrentou a sedição militar que rebentou em Ouro Preto, quando as forças rebeldes cercaram o palácio, na ausência do Presidente da Província. Preso no palácio, como vice-presidente, e remetido com escolta a Queluz, Vasconcellos se dirigiu a São João Del Rei, onde instalou o governo, metendo em armas a guarda nacional. Quando o Presidente da Província, cobrando o ânimo, chegou a São João para assumir o governo, seis mil homens, sob o comando de Vasconcellos, já se dirigiam para a capital. Foram horas de grande risco as que viveu como refém dos amotinados no palácio e que enfrentou com a altivez e a coragem habituais, fazendo troça dos que exigiam a sua cabeça.
A soberba energia de Vasconcellos, ao reprimir em Ouro Preto a revolução restauradora, lhe realçara o prestígio. O quase moribundo do ano anterior, se era ouvido agora com maior atenção, também recolhia a messe de novos ódios. Retornando à Câmara, iniciou os debates sobre a reforma da Constituição, a fim de dar ao trono de Pedro II maiores garantias. Seu discurso sobre o estado das finanças públicas é um transparente desenho de todas as nossas crises econômicas, nascidas sempre nas mesmas razões e enfrentadas com os mesmos paliativos. Mostrou com grande clareza os inconvenientes da flutuação do valor da moeda, os males das revalorizações apressadas, a necessidade da estabilização como fator de expansão da riqueza pública e privada.
Vasconcellos redigiu então o projeto do Ato Adicional, visando assegurar a autonomia das Províncias. Nenhum outro parlamentar o superou na atenção e nos estudos sobre a matéria. Há nos debates sobre o Ato Adicional uma tentativa de antecipação do que acabaram por fazer os republicanos de 1889. Houve o intuito de transplantar desde logo para o Brasil o modelo norte-americano. Vasconcellos opôs-se com veemência aos teoristas fáceis. mostrando que por ignorância pretendiam copiar exatamente o que merecera a crítica de Hamilton e Jefferson. Consumada a aprovação do Ato Adicional não ficou satisfeito com a adulteração de seu projeto. Ao entregá-lo à Comissão não teve dúvida em comunicar aos seus membros: “Entrego-lhes o código da anarquia”.
Tornara-se então a figura central da política e do parlamento. Os anais da época registram a impressionante preocupação de deputados do governo e da oposição com a pessoa, as atitudes, as opiniões, a conduta do “Sr. Vasconcellos”. Aos que o seguiam apelidaram os jornais de “orquestra do Sr. Vasconcellos”. A Calmon, que mais de uma vez, da tribuna da Câmara, defendera suas idéias, se referiam como o “tenor do Sr. Vasconcellos”. A orquestra se compunha do que havia então de melhor no parlamento. Dela, além de outras figuras de expressão, faziam parte Calmon, Maciel Monteiro, o poeta, Rodrigues Torres, futuro Barão de Itaboraí, Honório Hermeto, depois Marquez do Paraná.
A interpretação extensiva dada ao Ato Adicional pelas Assembléias Provinciais encaminhou com rapidez as Províncias irredentas da autonomia para a separação. Não havia programa de governo que se pudesse executar entre tantas dissenções e intranqüilidades. Vasconcellos, reunindo os elementos moderados, fundou então o partido Conservador. Cansada de lutas, da desordem financeira, da instabilidade das instituições, a nação optou pelo seu programa nas eleições de 1836. Formavam agora a maioria parlamentar os que sob seu comando defendiam o encerramento do ciclo revolucionário deflagrado pela Abdicação. Vasconcellos, sem descurar dos interrogatórios às vezes cruéis a que submetia os ministros, encabeçava com sua imensa autoridade a transformação política consubstanciada no freio às correntes inovadoras. Vencera o regresso, e com a vitória se desfazia o temor manifestado por Paraná de que “em pequeno espaço o Brasil estivesse despedaçado em diferentes estados”.
Acusado por Montezuma de apostasia, respondeu-lhe com timbre superior que homem de caráter é o que rende culto aos princípios. “Por conseqüência, quando a observação, o estudo, a experiência mostram que esses princípios devem ser modificados, que alguns deles devem ser renunciados em favor da verdade, não hesita em sacrificar o erro”. Terminou afirmando que “sua vaidade não chegava ao ponto de sacrificar a verdade ao ridículo de ser coerente”.
Com a renúncia de Feijó e a ascensão de Araújo Lima organizou-se novo ministério com deputados da oposição e Bernardo Pereira de Vasconcellos, chefe da corrente conservadora, assumiu a pasta da Justiça.
O programa do novo governo foi resumido na circular expedida por ele aos Presidentes das Províncias, na qual traçou com equilíbrio a situação: “Para que as nossas instituições liberais produzam os esperados frutos, para que de sua leal e franca execução resultem a liberdade e a ordem, é de mister que o governo tenha a necessária força; porque é assim que ele pode fazer o bem e prevenir o mal”. E adiante: “não intenta o governo dominar as opiniões; mas não as verá com indiferença quando, hostis aos princípios vitais da administração, se produzirem em fatos; o governo saberá respeitar todas as idéias, todos os sentimentos, todos os partidos; mas também os saberá combater com energia e punir com toda a severidade das leis, se ousarem recorrer a meios reprovados”.
Calmon, falando na Câmara em nome de Vasconcellos, afirmou de modo categórico o caráter representativo do governo. “No momento em que se formar uma maioria na Câmara contrária ao ministério atual, nesse momento há de ele ceder o seu posto”. Jamais se usara linguagem parecida, única, aliás, compatível com um governo orientado por quem foi, segundo o Barão do Rio Branco, o fundador do parlamentarismo no Brasil.
Envolveu-se Vasconcellos nos problemas de sua pasta com o mesmo denodo de organizador revelado no Ministério da Fazenda. Reorganizou a Guarda Nacional, concedeu serviços de navegação a vapor, pôs ordem nos atos oficiais e fundou duas instituições que atestariam para sempre a sua estatura de homem de Estado: o Arquivo Público, repositório da memória nacional e o Colégio Pedro II, com o qual se instalava no Brasil o primeiro grande estabelecimento de ensino secundário. Outorgou a ambos, de próprio punho, os regimentos, cuidou de suas instalações, dirigiu pessoalmente as obras. Criou a Escola de Agricultura na Fazenda Nacional da Lagoa Rodrigo de Freitas e o Jardim Botânico no Passeio Público da Corte. Imprimiu à sua ação ministerial o objetivo de reconstruir a autoridade pela anulação de leis contrárias aos laços nacionais, resultantes da interpretação abusiva do Ato Adicional. Pudera o Regente Araújo Lima declarar à Câmara que “a autoridade legal vai recobrando o seu império”, muito embora permanecesse grave a situação do Rio Grande do Sul e não reinasse a paz em todas as Províncias.
Chegara Vasconcellos à definitiva compreensão de sua conduta política e esta seria expressa na fórmula tantas vezes repetida: “Fui liberal; então a liberdade era nova no país, estava nas aspirações de todos, mas não nas leis, não nas idéias práticas; o poder era tudo; fui liberal. Hoje, porém, é diverso o aspecto da sociedade; os princípios democráticos tudo ganharam e muito comprometeram; a sociedade que então corria risco pelo poder, corre agora risco pela desorganização e a anarquia. Como então quis, quero hoje servi-la, quero salvá-la; e por isto sou regressista. Não sou trânsfuga, não abandono a causa que defendi, no dia do seu perigo, de sua fraqueza; deixo-a no dia em que tão seguro é o seu triunfo que até o excesso a compromete. Quem sabe se, como hoje defendo o país contra a desorganização, depois de o haver defendido contra o despotismo e as comissões militares, não terei algum dia de dar outra vez a minha voz ao apoio e à defesa da liberdade? Os perigos da sociedade variam: o vento das tempestades nem sempre é o mesmo; como há de o político, cego e imutável, servir o seu país?”
Na opinião de Euclides da Cunha “Aí está todo o ementário da epóca. Não temos em toda a nossa vida política, em tão poucas linhas, programa tão vasto. Bernardo de Vasconcellos não se justificava; justificava a sua nacionalidade. Seria incoerente se não mudasse. O grande homem aprumando-se na encruzilhada a que chegara a fase preparatória da Regência, trancava a passagem para a república”.
Da mixórdia das facções, da atividade política tumultuária, feita ao sabor de impulsos pessoais, da atmosfera carregada de paixões, se extraia, afinal, o compasso regulador dos partidos conservador e liberal. O movimento pendular entre as duas agremiações, regido pelo Poder Moderador, a vitória completa do governo de gabinete, tendo com âncora a confiança da maioria parlamentar, toda essa obra civilizadora se devia a um homem fisicamente arruinado, batido por dores lancinantes e contudo projetando sobre o país a força dominadora do seu gênio.
Em 1838 chegou Vasconcellos ao Senado como representante de Minas Gerais. O ambiente que encontrou na Câmara Alta foi de manifesta hostilidade. Combatiam-no os adversários por sua alegada deserção. Tudo se fez no Senado para destruir o ministro poderoso, o ministro temido. As campanhas difamatórias ganharam novo alento, os jornais se excediam em acusações. Também na Câmara se levantara contra ele uma tempestade de ódio. Defendeu-se de todos os ataques e acusações, soberbo na tribuna, de onde distribuía cutiladas mortais, ironias desnorteantes, réplicas concisas e fatais, que vergastavam como um látego adversários e inimigos. Não aceitava a piedade nem se compadecia de ninguém.
Quando se tramou o golpe da maioridade de D. Pedro II, a pretexto do salvação do Estado, e se perpetrou, para consumá-lo, o fechamento da Câmara, foi a Vasconcelos que se recorreu - ao odiado e temido Senador Bernardo Pereira de Vasconcellos. Foi buscá-lo Rodrigues Torres, a mando do Regente Araújo Lima, para assumir a pasta do Império. A intenção era a de encaminhar a Maioridade pela reforma da Constituição, de forma que pudesse ser legitimamente decretada ainda naquele ano. À menção do nome de Vasconcellos um sentimento de susto e irritação percorreu toda a Câmara. O deputado Navarro advertiu-a dos riscos de fracasso do movimento maiorista em virtude da inteligência infernal de Vasconcellos. Outros temeram “as manobras”, outros ainda “as atividades do monstro”. O senador mineiro José Bento, referindo-se ao decreto de adiamento, declarou da tribuna: “Vejo o dedo de sangue: eu sei do quanto é capaz o miserável que o assinou”.
O príncipe adolescente pôs termo à tormenta declarando “quero já”, e determinando a convocação da Assembléia Geral para o dia seguinte. Vasconcellos foi ministro do Império por nove horas, “nove horas que reputo as mais honrosas de uma vida”. O povo que o carregara em triunfo agora apedrejava a sua casa.
Decretada a maioridade, não ficaram por muito tempo no poder os liberais que a fizeram. Em 1841 subia ao governo a nata dos conservadores. Fora do governo foi Vasconcellos o colaborador máximo, a cabeça pensante a serviço da nova ordem. A Fala do Trono inspirara-se quase toda em suas idéias. Acalmaram-se os ânimos, e nesse clima de tranqüilidade pode Vasconcellos dedicar-se a dois projetos que por sua importância bastariam para consagrá-lo: o Código de Processo e a restauração do Conselho de Estado, que o Ato Adicional abolira.
Vasconcellos foi na verdade o responsável pela doutrina do Conselho de Estado, definindo-lhe a competência e a organização, marcando-lhe o espírito, fixando-lhe as diretrizes. Aos que criticavam a vitaliciedade dos conselheiros, definindo-a como odioso monopólio, respondeu, desabusado como sempre: “Há monopólios naturais, que o legislador não pode alterar. Os homens de grande inteligência não são freqüentes em todos os países, não se encontram a cada passo: eles têm pela natureza um monopólio que o legislador não pode alterar”.
Tornara-se, então, o homem de maior influência política do País. Sua sombra se projetava sobre toda a nação. Chefe do partido conservador, pontífice da maioria parlamentar, orientador do ministério, atingira o fastígio.
O retorno dos liberais ao poder lhe reservaria ainda um árduo período de lutas, novamente como chefe da oposição. Oposição de todos os dias, cáustica, enervante, entremeada de ironias e sarcasmos, sem prejuízo de trabalhos jurídicos de inestimável valor, como os referentes ao Código Comercial e ao projeto sobre aposentadorias.
A força dos conservadores era porém, irresistível, e o ministério liberal teve vida efêmera, atacado de progressiva anemia. Os conservadores não retornavam, propriamente, ao poder. Estabeleciam-se nele, por largo período de nossa história. A prodigiosa inteligência que concebera e organizara as novas instituições do país, arrancando-as da indisciplina e da desordem, continuava na modelagem de novas leis, com a mesma volúpia pelo trabalho.
Durante o mês de Abril de 1850 teve intensa atividade, cuidando no Senado da liberdade profissional, do protecionismo aduaneiro e da indústria de tecidos. Compareceu à sessão, pela última vez, no dia 25. A 1º de maio, vítima da epidemia de febre amarela que havia uma semana aterrorizava o Rio, morria Bernardo Pereira de Vasconcellos. Calava-se, enfim, o grande lidador.




João Rodrigues de Vasconcelos, 2o. conde de Castelo Melhor, foi um administrador colonial português.
Foi governador-geral do Brasil, tendo tomado posse na Bahia a 4 de janeiro de 1650.
Partiu de Lisboa a 4 de novembro de 1649, no comando da primeira Armada da Companhia Geral do Comércio do Brasil, como Governador-Geral nomeado, tendo como imediato o almirante Pedro Jacques de Magalhães, futuro visconde da Vila Arcada.
Mal provida dos gêneros estancados, no ano seguinte registrou-se enorme escassez de gêneros no Brasil e os protestos contra a Companhia se multiplicaram. Em 1650 a Câmara
Municipal do Rio de Janeiro estabeleceu um tabelamento de preços para a venda ao consumidor dos gêneros mais necessários.





Castelo Melhor (Luís de Vasconcelos 6.º conde da Calheta e 3.º conde de).
n. 1636.
f. 15 de Agosto de 1720.
Reposteiro-mor da Casa Real, escrivão da puridade, conselheiro de Estado, primeiro-ministro e valido de D. Afonso VI, e depois do conselho de Estado de D. João V, senhor de Valhelhas, Almendra e Mouta Santa, alcaide-mor e comendador de Pombal; senhor do condado da Calheta, de que foi o 6.° conde, etc.

N. em 1636, fal. a 15 de Agosto de 1720. Era filho do 2.º conde de Castelo Melhor, D. João Rodrigues de Vasconcelos e de sua mulher D. Mariana de Lencastre e Vasconcelos.

Acompanhando seu pai durante a campanha de 1658, mostrou então grande bravura e intrepidez, mas os campos da batalha eram estreito recinto para quem, reconhecendo em si inteligência não vulgar, pensava em subir aos mais elevados cargos do estado, e por isso trocando a vida agitada dos acampamentos pela não menos difícil e espinhosa da câmara do palácio real, tratou de conquistar o valimento do jovem príncipe, que pela morte de D. João IV herdara a coroa portuguesa, mas que se conservava ainda sob o domínio da rainha regente, sua mãe. A grande dificuldade, porém, a vencer, não era só o assenhorear-se do ânimo do futuro monarca, mas em lhe dar força bastante para assumir o poder e em contrariar e desfazer os planos do marquês de Marialva e de outros áulicos, que, tendo grande importância no tempo da regência, se dispunham a conservá-la quando o novo soberano fosse aclamado. Aproveitando habilmente a prisão de António Conti, valido do príncipe, ordenada pela rainha, e valendo-se do auxilio do conde de Atouguia e de outros fidalgos que atraíra ao seu partido, o conde de Castelo Mentor conseguiu levar D. Afonso a um golpe de estado, e entrando com ele numa liteira foi para a quinta de Alcântara onde o rei mandou chamar toda a nobreza, e expediu a todas as autoridades a comunicação de haver tomado posse do governo. A rainha tentou resistir por boas razões e bons conselhos, mas, reconhecendo as dificuldades da luta entregou definitivamente a seu filho o governo do reino a 29 de Junho de 1662, e o conde de Castelo Melhor começou por assim dizer, a ser o verdadeiro rei de Portugal, embora só com o título de escrivão da puridade.

Para melhor assegurar o seu domínio, procurou cercar o monarca de pessoas exclusivamente suas, introduzindo no palácio de Corte Real em que vivia o infante D. Pedro, homens da sua completa confiança, para o informarem da intriga que ali se urdia, e desconfiando que a rainha viúva ainda conservava alguma influencia no animo do rei, procurou afastá-la, fazendo com que fosse viver numa quinta no sítio do Grilo. Quando o conde de Castelo Melhor se viu senhor omnipotente da administração, eram bem críticas e desesperadas as circunstâncias do país. O tratado dos Pirinéus, pelo qual a França nos havia traiçoeiramente abandonado, permitia a Filipe IV voltar contra Portugal todas as forças disponíveis da sua vasta monarquia, e de facto D. João de Áustria, atravessando a fronteira do Alentejo com um grande exército, veio pôr cerco a Évora, tomou essa cidade, e 5.000 castelhanos chegaram até Alcácer do Sal, quase à vista de Lisboa. Em tão graves circunstâncias o novo ministro tornou-se incansável em reunir e organizar novas tropas, em vencer as rivalidades dos generais, e em empregar finalmente todos os elementos para afastar o perigo que ameaçava a nossa independência. Concentrando no Alentejo todos os recursos de que podia dispor, habilitou D. Sancho Manuel a ganhar a vitória do Ameixial, e sem descansar continuou a juntar novas forças e a prestar a maior atenção aos preparativos militares. O conde de Castelo Melhor buscava também o auxílio das cortes estrangeiras, e para estreitar as relações de Portugal e da França, e interessar esta nação nos nossos destinos, tratou de negociar o casamento de D. Afonso VI com uma princesa da família de Luís XIV. Aproveitando o sucesso obtido pelas nossas armas em Montes Claros e a vontade do soberano francês, que se apresentou como medianeiro para ir tratar da paz entre Portugal e Espanha, o conde de Castelo Melhor impôs condições duríssimas para o orgulho espanhol, que não chegaram a realizar-se, mas, enquanto elas duraram, mostrou uma firmeza e energia admiráveis, qualidades que também manifestou depois nas relações que teve com o representante de Luís XIV em Lisboa para se ajustar a liga ofensiva e defensiva entre Portugal e a França. Desejava sinceramente o soberano francês essa aliança, mas queria conservar para si a liberdade de acção e fazer o menor número possível de sacrifícios, ao mesmo tempo que Portugal se empenhasse na luta com todas as suas forças. O conde de Castelo Melhor não acedeu a estes princípios, e conseguiu afinal que se ajustasse a liga com perfeita e completa reciprocidade de direitos e deveres para os dois estados contratantes, embora um deles fosse a poderosa França e o outro a pequena nação cuja independência poucos anos antes estivera ainda em grave risco. O conde pensava, quando se tratasse da paz definitiva, obter alguma porção de Espanha, que anexando-se ao nosso país, alargasse o território de Portugal, ficando pertencendo a este toda a faixa ocidental da península, e tendo o mar por limites ao norte, ao sul e ao ocidente. O ministro não pôde realizar este grandioso projecto, porque as intrigas contínuas da corte e a vergonhosa trama que tirou a D. Afonso a esposa e o trono, fizeram cair do poder o homem que dirigia os negócios públicos e o governo com tanta fineza e inteligência. Enquanto viveu a rainha D. Leonor de Gusmão, as discórdias entre os dois irmãos conservaram-se quase na sombra, mas apenas faleceu as hostilidades romperam-se abertamente. O conde de Castelo Melhor, receando uma guerra civil que transtornasse os seus planos políticos e que num instante desfizesse as vantagens adquiridas à custa dos trabalhos e sacrifícios de uns poucos de anos, cedeu ás exigências de D. Pedro, mas longe de ficar serenada a tempestade nascente, esta redobrou de intensidade e fervor com a vinda da princesa D. Maria Francisca de Sabóia, escolhida para esposa de D. Afonso VI. Apenas chegou a Portugal, logo a rainha procurou por todos os meios possíveis insinuar-se no ânimo do monarca, seu marido, e como o escrivão da puridade, não só por ciúme mas porque não queria ver o país sujeito completamente à vontade de Luís XIV, tratou do estorvar esses desejos, donde se originou a decidida inimizade entre a soberana e o ministro, que ao princípio se conservou encoberta, mas que dentro em pouco se manifestou clara a abertamente, apesar do astuto diplomata evitar com a maior diligência, que a rainha tivesse motivo para se queixar do seu procedimento.

A injustificada exigência feita pela rainha a seu marido, para demitir o secretário de estado António de Sousa de Macedo, exigência que não foi satisfeita por conselho do conde de Castelo Melhor, forma o primeiro acto do drama tristíssimo e indecoroso em que a rainha e o infante representaram os principais papéis. As intrigas prosseguiram, dando o resultado bem conhecido da deposição do monarca, da subida de D. Pedro ao trono, o casamento com sua cunhada, e a demissão do ministro. O conde de Castelo Melhor saiu então do reino, a depois de ter viajado pela França a pela Itália, fixou a sua residência em Londres em 1677, e tais serviços prestou à rainha D. Catarina de Bragança, mulher de Carlos II, e irmã de D. Pedro, que esta conseguiu que o conde regressasse ao reino em 1685, indo residir então para Pombal, onde permaneceu até 1687, ano em que lhe foi permitido voltar a Lisboa. Mais tarde, D. João V readmitiu-o no conselho do Estado.

O conde de Castelo Melhor era casado com D. Guiomar de Távora, viúva de D. .Jorge de Ataíde, 3.º conde de Castro de Aire, filha e herdeira de Bernardim de Távora, reposteiromor, senhor das ilhas do Fogo, Santo Antão e Santa Maria, comendador de Santa Maria de Cacela na ordem de Cristo, e de sua mulher, D. Leonor de Faro, filha do conde de Faro, D. Estêvão de Faro.

O Ministro de D. Afonso VI-Luís de Vasconcellos e Sousa, 3º Conde de Castelo Melhor
Autor: Francisco da Silveira de Vasconcellos e Souza
Editora: Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa - 2001

“Virgínia Rau, que foi modelar historiadora, estranhando a inexistência de uma biografia do 3.° Conde de Castello Melhor, apontou, no prefácio das Cartas do Marquês de Sande, dele contemporâneo, a necessidade de que alguém um dia a viesse a escrever com fôlego merecido sobre tão alta individualidade. O presente trabalho representa uma tentativa para dar resposta a tal apelo e, sobretudo, o cumprimento sentido pelo autor em retratar, na obediência à mais escrupulosa objectividade, a figura deste seu Avô que contribuiu, de forma decisiva, para a continuação de Portugal como Nação livre.
Verdade é que Jorge Borges de Macedo, na obra Os Grandes Portugueses, definiu, em poucas mas luminosas páginas, o essencial do perfil de Castello Melhor e que Fernando Palha, no século passado, forneceu valiosos elementos sobre o
seu exílio - O Conde de Castello Melhor no Exílio - mas o homem, enquanto personalidade e como político, exigia mais achegas, capazes de, com o apoio de fontes colhidas nos arquivos, se fazer ressaltar, em toda a medida do possível, enquanto destacado e decisivo interveniente nas complexidades e nas dificuldades do tempo em que exerceu o poder por entre perigos para a própria vida e dificuldades que se lhe levantaram maldosa e obstinadamente.
Não é o autor senão um interessado praticante da História e, por tal facto, não se lhe podem estranhar faltas na metodologia seguida nem na continuidade do discurso, pensando o mesmo que, apesar de tudo, a presente obra contribuirá, para um conhecimento mais íntimo e alargado de quem foi e por que razões de patriotismo agiu Luís de Vasconcellos e Souza, 3.° Conde de Castello Melhor.
Sabemos que não compulsámos todas as fontes disponíveis, sobretudo as que existem nos Estados Unidos, por exemplo, onde permanece boa parte do Arquivo da Casa dos Vasconcellos e Souza, mas obtivemos, no Quai d'Orsay e na Bibliotheque Nationale de Paris, elementos preciosos que se adicionaram aos de uma documentação inédita que se encontra em Portugal.
Utilizámos, para além disso, entre outras obras: O Mercúrio Português, A Catástrophe e a Anti-Catástrophe, O Anno Histórico, A História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Cartas do Padre António Vieira, A História de Portugal
restaurado, Le Portugal et /'Atlantique au XVlléme Siecle, de Fréderic Mauro, Francisco da Silveira de Vasconcellos e Souza, A Ascensão e Queda dos Grandes Impérios, a documentação dos Reservados da Biblioteca Nacional de Lisboa e da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, as Cartas do Primeiro-Ministro enquanto exilado em Turim (1668-1687), em Paris e Londres, recheadas de informações minuciosas e esclarecedoras a que se adicionam as que constam do livro de Fernando Palha.
De tudo provirá não um resultado completo e definitivo, iluminando-se, porém, com novas luzes, o palco em que decorreram momentos de subida glória e acções mesquinhas da cabala que terrivelmente se armou contra a acção de um génio político, que foi uma pessoa de bem, vindo a sucumbir devido ao vendaval das intrigas que se lhe armaram na Corte.”

(Prefácio do Autor)
Afonso VI (1656 -1683)
Quando morreu João IV, o seu filho Afonso VI (1656-83) tinha 13 anos de idade. A mãe de Afonso, Luísa de Gusmão, actuou como regente até que, em Junho de 1662, ele começou a governar. Afonso VI era de mente e espírito fraco, mas o país foi bem governado por Luís de Vasconcelos e Sousa, conde de Castelo Melhor, até 1667.

A princesa francesa Maria Francisca de Sabóia, (mademoiselle D`Aumale e neta de Henrique IV) que tinha casado com Afonso VI no ano anterior, apaixonou-se pelo irmão do rei, Pedro (depois Pedro II) que era senhor de uma personalidade muito mais forte e normal, e juntos começaram a intrigar contra o rei.
Conseguiram demitir Castelo Melhor e anular o casamento de Maria Francisca, que fugindo do marido, tinha ido para um convento, e intentou contra ele um processo escandaloso. A rainha , obtida do Papa a anulação do casamento, casou com Pedro e este declarou-se regente. Afonso VI foi preso e permaneceu encarcerado até à sua morte.

D. Afonso VI, nasceu em Lisboa filho de D. João IV e de D. Luísa de Gusmão. Casou por procuração em 27 de Junho de 1666 com Maria Francisca Isabel, Mademoiselle de Aumalle. Morreu em Sintra em 12 de Agosto de 1683.

Castelo Melhor (Luís de Vasconcelos e Sousa 6.º conde da Calheta e 3.º conde de).
n. 1636.
f. 15 de Agosto de 1720.
Reposteiro-mor da Casa Real, escrivão da puridade, conselheiro de Estado, primeiro-ministro e valido de D. Afonso VI, e depois do conselho de Estado de D. João V, senhor de Valhelhas, Almendra e Mouta Santa, alcaide-mor e comendador de Pombal; senhor do condado da Calheta, de que foi o 6.° conde, etc.

N. em 1636, fal. a 15 de Agosto de 1720. Era filho do 2.º conde de Castelo Melhor, D. João Rodrigues de Vasconcelos e de sua mulher D. Mariana de Lencastre e Vasconcelos.

Acompanhando seu pai durante a campanha de 1658, mostrou então grande bravura e intrepidez, mas os campos da batalha eram estreito recinto para quem, reconhecendo em si inteligência não vulgar, pensava em subir aos mais elevados cargos do estado, e por isso trocando a vida agitada dos acampamentos pela não menos difícil e espinhosa da câmara do palácio real, tratou de conquistar o valimento do jovem príncipe, que pela morte de D. João IV herdara a coroa portuguesa, mas que se conservava ainda sob o domínio da rainha regente, sua mãe. A grande dificuldade, porém, a vencer, não era só o assenhorear-se do ânimo do futuro monarca, mas em lhe dar força bastante para assumir o poder e em contrariar e desfazer os planos do marquês de Marialva e de outros áulicos, que, tendo grande importância no tempo da regência, se dispunham a conservá-la quando o novo soberano fosse aclamado. Aproveitando habilmente a prisão de António Conti, valido do príncipe, ordenada pela rainha, e valendo-se do auxilio do conde de Atouguia e de outros fidalgos que atraíra ao seu partido, o conde de Castelo Mentor conseguiu levar D. Afonso a um golpe de estado, e entrando com ele numa liteira foi para a quinta de Alcântara onde o rei mandou chamar toda a nobreza, e expediu a todas as autoridades a comunicação de haver tomado posse do governo. A rainha tentou resistir por boas razões e bons conselhos, mas, reconhecendo as dificuldades da luta entregou definitivamente a seu filho o governo do reino a 29 de Junho de 1662, e o conde de Castelo Melhor começou por assim dizer, a ser o verdadeiro rei de Portugal, embora só com o título de escrivão da puridade.

Para melhor assegurar o seu domínio, procurou cercar o monarca de pessoas exclusivamente suas, introduzindo no palácio de Corte Real em que vivia o infante D. Pedro, homens da sua completa confiança, para o informarem da intriga que ali se urdia, e desconfiando que a rainha viúva ainda conservava alguma influencia no animo do rei, procurou afastá-la, fazendo com que fosse viver numa quinta no sítio do Grilo. Quando o conde de Castelo Melhor se viu senhor omnipotente da administração, eram bem críticas e desesperadas as circunstâncias do país. O tratado dos Pirinéus, pelo qual a França nos havia traiçoeiramente abandonado, permitia a Filipe IV voltar contra Portugal todas as forças disponíveis da sua vasta monarquia, e de facto D. João de Áustria, atravessando a fronteira do Alentejo com um grande exército, veio pôr cerco a Évora, tomou essa cidade, e 5.000 castelhanos chegaram até Alcácer do Sal, quase à vista de Lisboa. Em tão graves circunstâncias o novo ministro tornou-se incansável em reunir e organizar novas tropas, em vencer as rivalidades dos generais, e em empregar finalmente todos os elementos para afastar o perigo que ameaçava a nossa independência. Concentrando no Alentejo todos os recursos de que podia dispor, habilitou D. Sancho Manuel a ganhar a vitória do Ameixial, e sem descansar continuou a juntar novas forças e a prestar a maior atenção aos preparativos militares. O conde de Castelo Melhor buscava também o auxílio das cortes estrangeiras, e para estreitar as relações de Portugal e da França, e interessar esta nação nos nossos destinos, tratou de negociar o casamento de D. Afonso VI com uma princesa da família de Luís XIV. Aproveitando o sucesso obtido pelas nossas armas em Montes Claros e a vontade do soberano francês, que se apresentou como medianeiro para ir tratar da paz entre Portugal e Espanha, o conde de Castelo Melhor impôs condições duríssimas para o orgulho espanhol, que não chegaram a realizar-se, mas, enquanto elas duraram, mostrou uma firmeza e energia admiráveis, qualidades que também manifestou depois nas relações que teve com o representante de Luís XIV em Lisboa para se ajustar a liga ofensiva e defensiva entre Portugal e a França. Desejava sinceramente o soberano francês essa aliança, mas queria conservar para si a liberdade de acção e fazer o menor número possível de sacrifícios, ao mesmo tempo que Portugal se empenhasse na luta com todas as suas forças. O conde de Castelo Melhor não acedeu a estes princípios, e conseguiu afinal que se ajustasse a liga com perfeita e completa reciprocidade de direitos e deveres para os dois estados contratantes, embora um deles fosse a poderosa França e o outro a pequena nação cuja independência poucos anos antes estivera ainda em grave risco. O conde pensava, quando se tratasse da paz definitiva, obter alguma porção de Espanha, que anexando-se ao nosso país, alargasse o território de Portugal, ficando pertencendo a este toda a faixa ocidental da península, e tendo o mar por limites ao norte, ao sul e ao ocidente. O ministro não pôde realizar este grandioso projecto, porque as intrigas contínuas da corte e a vergonhosa trama que tirou a D. Afonso a esposa e o trono, fizeram cair do poder o homem que dirigia os negócios públicos e o governo com tanta fineza e inteligência. Enquanto viveu a rainha D. Leonor de Gusmão, as discórdias entre os dois irmãos conservaram-se quase na sombra, mas apenas faleceu as hostilidades romperam-se abertamente. O conde de Castelo Melhor, receando uma guerra civil que transtornasse os seus planos políticos e que num instante desfizesse as vantagens adquiridas à custa dos trabalhos e sacrifícios de uns poucos de anos, cedeu ás exigências de D. Pedro, mas longe de ficar serenada a tempestade nascente, esta redobrou de intensidade e fervor com a vinda da princesa D. Maria Francisca de Sabóia, escolhida para esposa de D. Afonso VI. Apenas chegou a Portugal, logo a rainha procurou por todos os meios possíveis insinuar-se no ânimo do monarca, seu marido, e como o escrivão da puridade, não só por ciúme mas porque não queria ver o país sujeito completamente à vontade de Luís XIV, tratou do estorvar esses desejos, donde se originou a decidida inimizade entre a soberana e o ministro, que ao princípio se conservou encoberta, mas que dentro em pouco se manifestou clara a abertamente, apesar do astuto diplomata evitar com a maior diligência, que a rainha tivesse motivo para se queixar do seu procedimento.

A injustificada exigência feita pela rainha a seu marido, para demitir o secretário de estado António de Sousa de Macedo, exigência que não foi satisfeita por conselho do conde de Castelo Melhor, forma o primeiro acto do drama tristíssimo e indecoroso em que a rainha e o infante representaram os principais papéis. As intrigas prosseguiram, dando o resultado bem conhecido da deposição do monarca, da subida de D. Pedro ao trono, o casamento com sua cunhada, e a demissão do ministro. O conde de Castelo Melhor saiu então do reino, a depois de ter viajado pela França a pela Itália, fixou a sua residência em Londres em 1677, e tais serviços prestou à rainha D. Catarina de Bragança, mulher de Carlos II, e irmã de D. Pedro, que esta conseguiu que o conde regressasse ao reino em 1685, indo residir então para Pombal, onde permaneceu até 1687, ano em que lhe foi permitido voltar a Lisboa. Mais tarde, D. João V readmitiu-o no conselho do Estado.

O conde de Castelo Melhor era casado com D. Guiomar de Távora, viúva de D. .Jorge de Ataíde, 3.º conde de Castro de Aire, filha e herdeira de Bernardim de Távora, reposteiromor, senhor das ilhas do Fogo, Santo Antão e Santa Maria, comendador de Santa Maria de Cacela na ordem de Cristo, e de sua mulher, D. Leonor de Faro, filha do conde de Faro, D. Estêvão de Faro.

Nas mãos de um descendente de Cabral, os papéis do Brasil
2005-07-02

HISTÓRIA           
Adelto Gonçalves
Bernardo Vasconcelos e Sousa, o nono marquês de Castelo Melhor, descendente de Pedro Álvares Cabral, é o responsável pelo Arquivo Nacional da Torre do Tombo, de Lisboa, que guarda a maior parte da documentação do Brasil da época colonial. Descendente também do vice-rei do Brasil à época da Inconfidência Mineira, Bernardo foi quem representou a família do Descobridor, no dia 9 de março, quando os presidentes Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, e Jorge Sampaio, de Portugal, inauguraram a Casa do Brasil em Santarém, instalada no solar onde Cabral viveu a maior parte de seus dias.

A Casa é hoje uma espécie de consulado brasileiro informal, sem funções burocráticas, com biblioteca, auditório, sala de leitura, elevador panorâmico, jardim com árvores tropicas e um bar com uma esplanada que se abre para as Portas do Sol, nome atual das Muralhas da Alcáçova, e para o Tejo.

"Não ocupo o cargo pelo fato de ser descendente do descobridor do Brasil", garante Vasconcelos e Sousa, ao definir a circunstância como “apenas uma coincidência histórica”. Aos 43 anos, ele é um acadêmico profissional: professor da Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou com uma tese sobre História Medieval, está há cinco anos na Torre do Tombo e, há dois anos e três meses, assumiu o cargo principal da diretoria em razão da aposentadoria do historiador José Mattoso.

Vasconcelos e Sousa não admite sequer que a descendência ilustre o tenha levado a estudar História, embora não falte quem faça a relação óbvia e até insinue que o fato o tenha ajudado a ocupar o disputado cargo, exatamente à época das comemorações dos 500 Anos. "No início, ainda hesitei entre o Direito e a Filosofia", explica. "Jamais quis misturar as coisas: tanto que, embora seja historiador, nunca pesquisei a história de minha família". Isso, no entanto, não significa que a desconheça.

Logo cedo sentiu a responsabilidade de representar a família em solenidades. Até porque nasceu órfão de pai: João Brum de Vasconcelos e Sousa morreu um mês antes de seu nascimento. Já o avô paterno, Francisco da Silveira de Vasconcelos e Sousa, ele perdeu quando tinha sete anos. "Tudo isso sempre representou uma grande carga simbólica", reconhece, lembrando que, em 1968, com apenas 11 anos de idade, esteve no Brasil em nome da família para participar dos festejos do quinto cinquentenário do nascimento de Pedro Álvares Cabral. Uma emoção que fez questão de passar para o filho, agora em março em Santarém.

O reconhecimento dos Vasconcelos e Sousa como descendentes de Cabral nunca foi pacífico. Até pelo menos os anos 50 outra família costumava representar o Descobridor nas solenidades oficiais tanto no Brasil como em Portugal: a do Conde de Belmonte. Em 1960, porém, um livro contestou a pretensão dos Belmontes: Pedro Álvares Cabral e a sua representação de fato e de direito, do historiador Luís de Bívar Guerra. Mais tarde, em 1971, outro livro, ainda bem mais fundamentado, Subsídios para uma biografia de Pedro Álvares Cabral, do genealogista Luiz de Melo Vaz de Sampaio, colocou um ponto final na questão.

Bernardo Vasconcelos e Sousa, 17º neto de Cabral em linha direta e ininterrupta de pais e filhos, por legítimos casamentos, é hoje considerado o representante genealógico do descobridor do Brasil porque o seu quarto avô, D. Diogo de Lima, quarto marquês de Castelo Melhor, casou, em 1835, com uma descendente de Pedro Álvares Cabral, Joana de Vasconcelos e Meneses. A essa época, o patronímico Cabral já havia desaparecido entre os descendentes, o que ocorreu ainda no século XVII. Já os Belmontes continuam a representar a família de onde Pedro Álvares Cabral proveio, mas são descendentes do irmão mais velho do Descobridor, João Fernandes Cabral. Ficaram magoados pelo fato de o presidente Fernando Henrique Cardoso não ter ido a Belmonte durante a visita que fez em março a Portugal.

Na briga pela representação entre os de Belmonte e os de Castelo Melhor, não faltaram acusações e golpes baixos. Em 1900, um administrador dos bens da Casa de Belmonte, Francisco de Sales Pires da Silva, escreveu um opúsculo defendendo a primazia para o patrão. Como argumento, dizia que um neto do Cabral mais famoso, João Gomes Cabral, ainda no século XVI, teve "um infeliz casamento" com a filha de um arcipreste de Braga e que, portanto, o seu descendente teria sido produto de "um coito danado".

Ficou provado, porém, que dona Brites de Barros, embora filha de um cônego da Sé de Braga, foi casada com João Gomes Cabral por legítimo matrimônio reconhecido pela Igreja Apostólica Romana. E que seu filho, Fernão Álvares Cabral, herdou com sua mãe as tenças e bens do pai, ao tempo de D. Henrique, o Cardeal-Rei.

Por causa de divergências genealógicas, os Belmontes representaram Cabral em Santarém na abertura de seu túmulo em 1882, no quarto centenário do Descobrimento do Brasil, na inauguração de Brasília e no quinto centenário do nascimento de Cabral em 1968, que também contou com a presença do atual marquês de Castelo Melhor.

O certo, porém, é que João e Pedro são filhos de Fernão Cabral, quarto Senhor de Azurara, primeiro alcaide-mor de Belmonte e adiantado da Beira, que entrara para o Conselho de D. Afonso V antes de 1464 e permaneceu no de D. João II, de certo até a sua morte, o que ocorreu depois de outubro de 1492 e, provavelmente, antes de março de 1493, como conta Vaz de Sampaio em seu livro.

A Fernão Cabral sucedeu nos bens da Coroa seu filho primogênito, João Fernandes Cabral, cavaleiro e fidalgo da casa de D. Manuel, que lhe conferiu em 1496 a alcaidaria-mor de Belmonte, o padroado da igreja de São Julião de Azurara e os direitos reais da vila de Belmonte e, em 1500, as terras de Azurara e Manteigas, Moimenta e a quinta de Santo André.

Por isso, segundo o historiador Luís de Melo Vaz Sampaio, Pedro Álvares Cabral, ao contrário do que se lê em quadros e gravuras antigas, não pode ter sido alcaide-mor de Azurara nem senhor de Belmonte ou senhor de Azurara e muito menos adiantado da Beira, como escreveram outros autores. "Esses erros foram repetidos ao longo de séculos", lamenta Sampaio.

O que se sabe também é que Pedro logo foi morar em Santarém, em companhia de um irmão mais jovem, Luís, e, depois, entrou para a marinha real. Casou com Isabel de Castro, irmã de D. Garcia de Noronha, que morreu vice-rei da Índia em 1540. Teve dois filhos: Fernando Álvares e Antônio Cabral. Sua morte é dada entre o começo de 1519 e outubro de 1520, provavelmente em Santarém. Seus ossos estão na igreja de Nossa Senhora da Graça, em Santarém, para onde foram trasladados dez anos depois de sua morte. A igreja fica ao lado do solar onde viveu Cabral.

A última descendente de Pedro Álvares Cabral por varonia legítima morreu em meados do século XVII, mas deixou longa geração. Milhares de portugueses e até estrangeiros podem hoje orgulhar-se de ter o navegador por antepassado. Mas só o marquês de Castelo Melhor o representa genealogicamente, segundo as leis da nobreza portuguesa, isto é, por primogenitura legítima, feminina sempre que faltar a masculina.
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Adelto Gonçalves, jornalista, escritor, é doutor em Letras na área de Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e autor de Gonzaga, um Poeta do Iluminismo (Nova Fronteira, 538 págs., R$ 40), biografia do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).
Adelto Gonçalves

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GENEALOGIA MINEIRA Região Sudeste - Genealogias © Sala de Estudos (www.marcopolo.pro.br) VASCONCELOS José Roberto Vasconcelose-mail vasconcelosminas@yahoo.com.br1 – DIOGO PEREIRA RIBEIRO DE VASCONCELOS. Nasceu a 28-10-1758 na cidade doPorto, Portugal. Faleceu a 28-02-1815 no Rio de Janeiro. Jurisconsulto, poeta e historiador. Em13/05/1808, obteve a mercê de Hábito da Ordem de Cristo. Juiz do Crime do bairro de SãoJosé, no Rio de Janeiro, administrador da extração diamantina de Indaiá, Vereador ao Senadoda Câmara de Vila Rica (Ouro Preto), onde também foi Juiz Ordinário e de Órfãos. Filho doCoronel Jerônimo Pereira de Vasconcelos, nascido em 1732, no Porto, Portugal, onde casoucom Ana Jacinta Natividade Ribeiro, natural da mesma cidade. Casou com MARIA DOCARMO DE SOUZA BARRADAS a 12-05-1785 em Mariana, MG, nascida a 12-05-1765, emMariana e falecida a 03-03-1840 em Ouro Preto, filha do Dr. João de Sousa Barradas nascido a01-06-1735 em Mariana, onde faleceu em 04/maio/1820, advogado, o primeiro mineiro formadoem leis na Universidade de Coimbra, Cavaleiro professor na Ordem de Cristo e Vereador aoSenado da Câmara de Mariana; e de D. Jacinta Maria Taveredo da Fonseca e Silva, natural deVerride, termo de Montemor-o-Velho, Portugal. Teve:1.1 - MARIA DO CARMO PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 28-04-l787, emOuro Preto. Faleceu a 19-04-l849, na mesma cidade. Em 1806 casou com FELIPEJOAQUIM DA CUNHA E CASTRO, Tenente-Coronel de Cavalaria de Linha daComarca do Rio das Velhas, Ajudante de Ordens Perpétuo do Governador e Capitão-General de Minas Gerais, detentor do Hábito de Cristo, natural de Ouro Preto e falecidoem 26-01-1841, f.ilho do Coronel Felipe Joaquim da Cunha, natural de Santarém,Portugal, e de Joana Helena de Sá e Castro, natural de Ouro Preto, falecida em 07-03-1793. Teve:1.1.1 - FRANCISCO GABRIEL DE CASTRO VASCONCELOS. Coronel daGuarda Nacional. Fazendeiro. Natural de Ouro Preto. Em 1ªs núpcias casoucom sua tia RITA MARIA DA CUNHA SÁ E CASTRO, irmã de seu pai, de cujomatrimônio houve uma única filha. Em 2ªs núpcias casou com sua primaJOANA HELENA DE SÁ E CASTRO (TIA NANA, JOANA DA TAQUARA),nascida a 15-07-l822 e falecida a 08-09-l895, filha de seu tio paterno LuizJoaquim da Cunha Sá e Castro (Luiz do Junco) e de Bernarda Maria (Bernardada Ponte), esta descendente de D. Joaquina do Pompéu. Com sucessão.1.1.2 – FELIPE JOAQUIM DE CASTRO VASCONCELOS (FELIPE BAÍA).Proprietário rural em Sete Lagoas. Casou com MARIA BELCHORINA DECAMPOS ABREU, filha de Belchior José de Campos Abreu, fazendeiro, e de ede Bárbara Umbelina de Sá e Castro. Com sucessão.1.1.3 – BERNARDO DE CASTRO VASCONCELOS. Casou com. AMÉLIA ?,natural de Ouro Preto. Sem mais notícias.1.1.4 – MARIA DO CARMO PEREIRA DE VASCONCELOS. Casou comJOÃO PINHEIRO DE ULHÔA CINTRA. Residiu em Ouro Preto. Sem maisnotícias.1.2 – JERÔNIMO PEREIRA DE VASCONCELOS - 1º BARÃO E 1º VISCONDE DE PONTE DA BARCA. Nasceu a 31-07-1788, em Ouro Preto, Minas Gerais. Cadete do Regimento de Cavalaria de Linha (Dragões) de Ouro Preto. Marechal de Campo reformado, Par doReino, Conselheiro de Estado, Deputado da Nação, Ministro de Estado da Guerra eHonorário, Governador Civil de Coimbra, Comendador da Ordem de Isabel, a Católica,de Espanha. Faleceu em Lisboa a 21-01-1875,sendo sepultado em Verride, termo deMontemor-o-Velho. Em Lisboa, a 14-03-l840, casou com MARIA LEONOR PIRESMONTEIRO BANDEIRA, que faleceu a 25-03-l889, com 71 anos, na Figueira da Foz,filha de Domingos Pires Monteiro Bandeira, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo eFidalgo Cavaleiro, por Alvará de 26-03-l778, e de sua mulher D. Maria Josefa Pinto,ambos naturais da cidade de Lisboa. Teve:
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GENEALOGIA MINEIRA Região Sudeste - Genealogias © Sala de Estudos (www.marcopolo.pro.br) 1.2.1 – JOSEFINA EUFRÁSIA PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceua 14-08-l841, na Quinta da Melhor Vista, Verride, termo de Montemor-o-Velho..Faleceu a 01-11-l846.1.2.2 – FERNANDO LUIZ PEREIRA DE VASCONCELOS - 2º VISCONDE DEPONTE DA BARCA, título concedido pelo Rei D. Luís, por Decreto datado de14-03-l875. Nasceu a 06-08-l843, na Quinta da Melhor Vista, Verride, termo deMontemor-o-Velho.. Faleceu, em Santarém, a 30-05-l905. Bacharel em Direitopela Universidade de Coimbra. Comendador da Ordem de Nossa Senhora daConceição de Vila Viçosa. Chefe da Seção de Fiscalização Interna dosImpostos. Em 25-06-l866, casou com MARIA EDUARDA ORNELLAS ENAPOLES FERREIRA PIMENTEL, nascida em 31-08-l849, em Relves, efalecida em Abrunheira, a 17-04-l939. Com sucessão.1.2.3 – MARIA LEONOR PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 14-03-l845, na Quinta da Melhor Vista, Verride, termo de Montemor-o-Velho.. Casoucom o DR. LUIZ ANTÔNIO RIBEIRO DIAS, cirurgião do Exército português eComendador da Ordem de Cristo. Com sucessão.1.2.4 – MARIA DIOGUINA PEREIRA DE VASCONCELOSNasceu a 16-02-l849, na Quinta da Melhor Vista, Verride, termo de Montemor-o-Velho. Casou com JOAQUIM VILAS BOAS REBELO. Com sucessão.1.2.5 – MARIA DO CARMO PEREIRA DE VASCONCELOSNasceu a 25-05-l851, na Quinta da Melhor Vista, Verride, termo de Montemor-o-Velho.. Faleceu a 22-02-l916.1.2.6 – JERÔNIMO PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 22-06-1852, emVerride, Portugal. Faleceu a 19-01-l926, em Portugal. Conselheiro de Estado;Fidalgo Cavaleiro da Casa Real; Inspetor Aduaneiro das Alfândegas e dosCorpos de Fiscalização Externa das Alfândegas; Inspetor Geral do Selo; dosImpostos; e do Ministério da Fazenda. Em 1870, casou com CRISTINAADELAIDE DE SEABRA COUCEIRO PIMENTEL BARJONA DE FREITAS,natural de Portugal, filha do Conselheiro de Estado e Par do Reino AugustoCésar Barjona de Freitas. Com sucessão.1.2.7 – HENRIQUE PEREIRA DE VASCONCELOS.Nasceu a 11-03-l856,na Quinta da Melhor Vista, Verride, termo de Montemor-o-Velho.. Faleceu a 12-12-l859.1.2.8 – MARIA AMÉLIA PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 07-07-l860,na Quinta da Melhor Vista, Verride, termo de Montemor-o-Velho.. Faleceu a 30-06-l861.1.3 - ANA ROSA PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 26-01-1791, em OuroPreto. Nesta mesma cidade casou com seu concunhado FRANCISCO JOAQUIM DACUNHA E CASTRO, Capitão do 3º Regimento de Cavalaria de Linha da Comarca doRio das Velhas, natural de Ouro Preto, filho do Capitão Felipe Joaquim da Cunha e deJoana Helena de Sá e Castro. Pais de:1.3.1 - DIOGO ANTÔNIO DE VASCONCELOS.MajordaGuardaNacional e proprietário rural. Nasceu a 10-06-1810, em Mariana. Casou comLUIZA DA ROCHA E ALMEIDA, nascida a 22-01-1825 em Mariana, filha doTenente-Coronel Joaquim José de Almeida, Cavalheiro da Ordem de Cristo eOficial da Ordem do Cruzeiro, e de Henriqueta Firmina da Rocha, sua sobrinha,falecida em 1885, filha do Conselheiro de Estado José Joaquim da Rocha e deMaria Joaquina Pereira de Sousa. Pais de, entre outros:1.3.1.1 - DIOGO LUIZ DE ALMEIDA PEREIRA DE VASCONCELOS –VISCONDE DE SÃO JOÃO DE LATRÃO. Nasceu em Mariana a 08-05-1843. Faleceu em Belo Horizonte a 17-06-1927. Várias vezesDeputado a Assembléia Geral do Império; Deputado a AssembléiaProvincial de Minas Gerais. Primeiro Presidente da Câmara Municipalde Ouro Preto, na República; Secretário Geral da Província de MinasGerais durante o Governo do Conselheiro Sá e Benevides e deAndrade Figueira. Bacharel em Direito pela Faculdade de São Paulo.Consagrado historiador de Minas Gerais. Jornalista, dirigiu por muitosanos o “Jornal de Minas”, de Ouro Preto, e “O Pharol”, de Juiz de Fora.Presidente do Senado mineiro por largo espaço de tempo.
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GENEALOGIA MINEIRA Região Sudeste - Genealogias © Sala de Estudos (www.marcopolo.pro.br) Comendador da Ordem Militar do Santo Sepulcro. Casou comJOVELINA PIRES, nascida a 30-12-1856 e falecida a 02-04-1933, filhade Francisco de Paula Pires, natural em Ubá, e de Maria das Mercês.Com sucessão.1.4 – DIOGO PEREIRA RIBEIRO DE VASCONCELOS. Nasceu a 16-03-l791, em OuroPreto. Faleceu a 22-04-l824. Seguiu a carreira militar. Cavaleiro professo na Ordem deCristo. Sem mais notícias.1.5 – BERNARDO PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 27-08-l795, em OuroPreto. Faleceu a 01-05-l850, no Rio de Janeiro. Magistrado, jornalista, jurisconsulto,Deputado Geral, Senador, Conselheiro de Estado efetivo, Ministro Plenipotenciário,Ministro do Império, da Fazenda e de Justiça. Grã-Cruz da Ordem do Cruzeiro e daLegião de Honra da França. Solteiro. Deixou sucessão bastarda em Portugal.1.6 – DR. FERNANDO LUIZ PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 24-05-l796,em Ouro Preto. Faleceu a 19-09-l851. Casou com sua prima VALERIANA PEREIRADE VASCONCELOS. Formado em Ciências Naturais na Holanda. Benemérito doJardim Botânico de Ouro Preto, o primeiro de Minas Gerais. Teve filhos que nãodeixaram sucessão.1.7 – JACINTA CAROLINA PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 04-07-l798, emOuro Preto. Solteira. Sem sucessão.1.8 – JOANA JACINTA PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 31-01-1801, emOuro Preto. Faleceu a 21-09-l847. Casou com o Oficial de Cavalaria JOSÉRAIMUNDO ALVES GALÉ DE MENEZES, Capitão do Regimento de Cavalaria dePrimeira Linha (Dragões) de Ouro Preto. Com sucessão.1.9 – BERNARDA PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 19-10-l802, em OuroPreto. Sem mais notícias.1.10 – DIOGUINA MARIA PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 02-12-l806, emOuro Preto. Faleceu a 12-09-l896, no Rio de Janeiro. Casou com JULIEN CHARLEMAGNE D’USMAR, natural da França, industrial. Sem descendência.1.11 – JOÃO DIOGO PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 18-05-l809, em OuroPreto. Faleceu em 1879. Presbítero do Hábito de São Pedro. Pároco de Santo Antôniode Capivari, Município de Rio Claro, Província do Rio de Janeiro. 1.12 – DR. FRANCISCO DIOGO PEREIRA DE VASCONCELOS. Nasceu a 28-12-l812, em Ouro Preto. Faleceu em 03-03-l863, no Rio de Janeiro. Ministro da Justiça,Conselheiro de Estado, Deputado Provincial em Minas Gerais, Deputado Geral,Senador, Chefe de Polícia da Corte e de Minas Gerais, Juiz de Direito. Em 1ªs núpciascasou com sua sobrinha BERNARDA BALDINA PEREIRA DE VASCONCELOS, comdescendência. Em 2ªs núpcias casou com JOAQUINA ELIZA DE ALMEIDAVASCONCELOS, sem descendência.

Esse segundo ciclo, conhecido como Post-Vulgata, nunca logrou ser editado, pela simples razão de que não há, em sua língua de origem, o texto integral. Com lacunas ora longas, muito longas às vezes, ora breves, há testemunhos vários em traduções de que existem cópias ou edições. O texto mais acabado da segunda prosificação é A demanda do santo Graal portuguesa, que está no códice português da Biblioteca Nacional de Viena.
Introduzidos em Portugal durante o reinado de Afonso III (1245-79), quiçá pelo próprio rei, os textos arturianos atingiram popularidade imensa durante os séculos XIII, XIV e XV. Fernão Lopes, em sua Crônica de dom João I, refere que Nuno Álvares Pereira lia amiúde histórias, especialmente a Estória de Galaaz, que fala da távola redonda. Mais adiante conta que o rei, em pleno acampamento de combate, na cidade de Coira, lamentava a falta que faziam os cavaleiros da távola redonda naquela circunstância, dando azo a que um de seus bravos, Mem Ruiz de Vasconcellos, comparasse alguns de seus pares a Galaaz, a Tristão e a Lancelote, e a si mesmo a Quéia, chegando à conclusão de que rei Artur, senhor deles, é que fazia míngua, o que permitiu a dom João I a célebre manifestação de reconhecimento da igualdade do rei com os seus: "Nem eu a esse tirava fora porque assim era cavaleiro como cada um dos outros".

O Castelo de Esporão, também denominado como Torre do Esporão ou Solar da Herdade do Esporão localiza-se na povoação, freguesia e concelho de Reguengos de Monsaraz, Distrito de Évora, em Portugal.

Considerada como uma das mais importantes torres construídas na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, constitui-se no antigo solar na herdade dos Mendes de Vasconcelos, família nobre em ascensão na Corte, ligada à Casa de Bragança, na segunda metade do século XVI.

A Herdade do Esporão tem os seus limites fixados desde 2 de Maio de 1267. A torre foi erguida pelo Morgado D. Álvaro Mendes de Vasconcelos, entre os anos 1457 e 1490, datas que correspondem respectivamente ao momento da sua posse do morgado e ao seu falecimento. Álvaro Mendes foi cavaleiro da casa do Duque de Bragança e regedor da cidade de Évora.

Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 18 de Julho de 1957.

Em 1973 a Herdade do Esporão foi adquirida por Joaquim Bandeira e José Alfredo Parreira Holtreman Roquette, que constituíram, em 27 de Setembro desse ano, a Finagra - Sociedade Industrial e Agrícola, dando início a um bem sucedido projecto vitivinícola. Ao longo dos anos, a empresa efetuou gestões junto ao poder público no sentido de reabilitar o património arquitectónico sob sua responsabilidade. Com a autorização concedida pelo IPPAR, e assumindo integralmente os custos do projeto, a Finagra procedeu ao restauro e requalificação do monumento, cujos trabalhos se desenvolveram ao longo de quatro anos, de 2000 a 2003.

Em fins de Outubro de 2004, a Torre do Esporão reabriu as suas portas com uma exposição arqueológica.

A Torre do Esporão apresenta planta no formato de um quadrilátero com as dimensões de 14,4 por 10,9 metros. Essas dimensões, mais largas que as praticadas na região, à época, vieram a influenciar estruturas semelhantes no Alentejo.

Inscrita no conjunto da chamada Cerca do Esporão, ao longo dos séculos o seu desenho inicial foi significativamente alterado. O conjunto é composto por uma porta fortificada em arco, com uma escada em caracol pela qual se acede ao terraço defensivo e pela Ermida de Nossa Senhora dos Remédios, na qual se destacam os afrescos na Capela-mor, também restaurados no âmbito do projeto de recuperação.

Mem Rodrigues de Vasconcelos (1275 -?) foi um Rico-homem do Reino de Portugal, Senhor do morgadio de Penagate, senhor da Torre de Vasconcelos, de Penela e de Freiriz. Exerceu o cargo de Meirinho-mor na localidade de Entre Douro e Minho. Foi Alcaide-mor do Castelo de Guimarães.

No seu morgadio de Penagate mandou construir um castelo fortaleza que deu o nome de Torre de Penagate que por heranças passou às mãos dos Condes de Penela. Exerceu o padroado do Mosteiro de São Miguel de Lazarim.

Foi cavaleiro do rei D. Dinis I de Portugal na guerra que opôs este monarca ao seu filho, o futuro rei D. Afonso IV de Portugal. Foi o rei D. Dinis que deu a autorização para a construção da "domus fortis" de Penagate, cujo documento está datado de 5 de Outubro de 1322, onde se refere que ele "havia proibido a construção destas casas fortificadas a não ser com sua expressa autorização". Esta fortificação tinha a função de proteger Mem Rodrigues no cargo que então ocupava, o de Meirinho-mor do soberano na região de Entre-Homem-e-Cávado, onde a autoridade real era contestada por Pedro Anes de Vasconcelos, tio de Mem Rodrigues.

A primeira referência ao topónimo Penegate aparece em 1064, por substituição de uma anterior designação, Penela. Por este facto, pressupõe-se que, desde o início, o topónimo esteve associado a um monte dominante, onde, mais tarde, se implantou a torre gótica que conhecemos. Permanecem dúvidas, todavia, sobre uma eventual torre românica, ou proto-românica, atribuída à iniciativa de D. Egas Pais de Penegate, valido do Conde D. Henrique, defendida por alguns autores, mas de que não restam, hoje, vestígios aparentes.

A monumental torre que se conserva ficou a dever-se a Mem Rodrigues de Vasconcelos, companheiro de armas de D. Dinis na guerra que este monarca travou contra seu filho, futuro D. Afonso IV. O documento de autorização para a construção da domus fortis, datado de 5 de Outubro de 1322, é o mais importantes indicador da relevância militar deste edifício. Nele se refere expressamente que D. Dinis “havia proibido a construção destas casas fortificadas a não ser com sua expressa autorização”. Deve realçar-se o facto de esta autorização não surgir como benesse pelos serviços prestados, mas para proteger Mem Rodrigues de Vasconcelos no cargo que então ocupava, meirinho-mor do rei na região de Entre-Homem-e-Cávado, zona onde a justiça real tinha dificuldades em impor-se por acção contestatária de Pedro Anes de Vasconcelos, tio de Mem Rodrigues. Desta forma, conpria huma casa forte (…) para teer hy o corpo em salluo quando lhy conprise e outro ssy pera teer hy a molher e os filhos que non possam Receber dano daquelles que lhy a el mal querem polo meu serviço.

Em posição dominante sobre um vasto território circundante, e assente num afloramento de difícil acesso, a torre é de planta rectangular organizada em três pisos. A entrada principal, aberta no alçado nascente e de perfil apontado, está bem acima do solo, num dispositivo defensivo que obrigava ao acesso ao interior através de escada amovível, de que restam ainda os apoios. A entrada devia ser guarnecida por alpendre, do qual restam duas mísulas a enquadrar o portal. Na face ocidental, ao nível da janela do último piso, existe um balcão de matacães, que permitia o tiro vertical sobre o único caminho que conduz ao edifício. Outras características vincadamente militares são o escasso fenestramento (apenas a face voltada a Sul, a mais exposta ao Sol, possui três vãos muito apertados, de perfil quebrado), o aparelho plenamente isódomo, de forma escalonada nos registos inferiores, para maior sustentação da estrutura, e o recorde ameado do coroamento.

Como concluiu José Custódio Vieira da SILVA, 1995, p.49, Penegate é, de todas as torres “similares conhecidas, a que se implanta de forma tão ostensivamente militar no alto de um monte inacessível”. Por outro lado, a sua existência não pretende dominar um agro rural, vinculado ao seu estatuto, mas sim criar uma propositada zona defensiva, que protegesse os seus proprietários.

Nos inícios do século XVII, construiu-se a capela de Nossa Senhora da Penha, por iniciativa de Miguel Valadares (conforme inscrição na fachada principal). Este nobre, cónego de Guimarães e desembargador em Braga, era então proprietário da herdade e edificou a capela para sua sepultura. É um templo barroco de pequena dimensão e conserva o retábulo-mor contemporâneo, de estrutura tripartida, com a imagem de Nossa Senhora ao centro, e as de São João e Santo António, em painéis pintados, de ambos os lados.

Em 1907, a torre passou para a posse da família dos actuais proprietários, efectuando-se, nas décadas posteriores, obras de consolidação e de restauro. De entre os trabalhos realizados, destaca-se a colocação de ameias em 1939, que subverteu o ritmo original destes elementos, e a edificação de um segundo corpo, de carácter residencial.

Os Lusiadas
""Com toda esta lustrosa companhia
Joane forte sai da fresca Abrantes,
Abrantes, que também da fonte fria
Do Tejo logra as águas abundantes.
Os primeiros armígeros regia
Quem para reger era os mui possantes
Orientais exércitos, sem conto,
Com que passava Xerxes o Helesponto.
24 - Ordem de batalha
"Dom Nuno Alvares digo, verdadeiro
Açoute de soberbos Castelhanos
Como já o fero Huno o foi primeiro
Para Franceses, para Italianos.
Outro também famoso cavaleiro,
Que a ala direita tem dos Lusitanos,
Apto para mandá-los, e regê-los,
Mem Rodrigues se diz de Vasconcelos."

Rui Mendes de Vasconcelos (1340 -?) foi um nobre medieval do Reino de Portugal e o primeiro senhor de Figueiró e de Pedrógão.

Recebeu das mãos do rei D. João I de Portugal, por mercê, o Senhorio da vila de Caminha e de Terra da Nóbrega, localidade que corresponde a actual Ponte da Barca. Como cavaleiro destacou-se no combate contra os mouros em conjunto com o irmão, D. Mem Rodrigues de Vasconcelos, na Batalha de Aljubarrota, na Ala dos namorados.

Mais tarde veio a trocar as as terras de Baltar e Paiva com seu primo D. Nuno Álvares Pereira, cedendo-lhe este as terras de Basto e as honras de Frazão e Sanfins de Ferreira.

Foi ainda como militar que prestou socorreu à cidade de Coimbra, ainda na vigência do reinado de D. João I de Portugal que acompanhou em combate. "se meteo dentro da cidade com sua gente acudindo aos asaltos e sahindo aos encontros com tal honra q na defeza da terra lhe derão o 1.º lugar e na batalha pelejou na banguarda com esforso e vallor".

Veio a morrer por afogamento na Nau dos Estanques, que navegava no Rio Minho, junto à localidade de Monção, na altura em que acompanhava D. João I de Portugal a quando do ataque a Tui.

Agora, sob a orientação de Nuno Álvares Pereira, Antão Vasques de Almada, Mem Rodrigues de Vasconcelos e alguns ingleses dava-se inicío às escavações e construção de obstáculos, tarefa em que participaram todos os portugueses que estavam nas linhas da frente e alas. Abrem-se covas de lobo, fossas, amontoam-se troncos de árvores, disfarça-se os buracos com ramagens.

Os portugueses, já sujos e cansados, com pó e terra por todo o corpo, escavavam energicamente, animados pela presença de El-Rey Dom João I que abandonara a rectaguarda para estar ao pé daqueles que mais sofriam.

Entretanto, eram cerca das 14:45, e Nuno Álvares, seguido de Rodrigo Afonso Pimentel e Afonso Lourenço, organizavam as alas do quadrado português.

Os castelhanos, esses, continuavam a sua marcha ao longe, e cada vez pareciam ser em maior número, o que levou Dom João I a mais uma vez exaltar e animar os portugueses que trabalham na construção dos obstáculos. Pouco tempo depois chegava Nuno Álvares.
Tinha dado a volta ao quadrado, transmitindo as suas ordens aos capitães, e da forma que melhor lhe pareceu, deu ordem ao que os que escavavam, voltassem à vanguarda, se armassem, e preparassem para o combate.

Eram 15:00 quando o quadrado se formou finalmente.
Na vanguarda estava Nuno Álvares Pereira com a sua Bandeira,
Na ala esquerda, chamada a Ala dos Namorados comandada por Mem Rodrigues de Vasconcelos estava uma enorme bandeira verde.
Na ala direita, a Ala da Madre-Silva, era comandada por Antão Vasques de Almada, pairava a bandeira de São Jorge.
A cerca de 200 metros atrás estava El-Rey Dom João I, na rectaguarda, com o seu estandarte real e as bandeiras de Avis.

A ala esquerda da nova posição a mais próxima do Condestável era a célebre ala dos namorados, comandada por Mem Rodrigues e Rui Mendes de Vasconcelos, Esta ala, onde sobressaía uma grande bandeira verde, dispunha de aproximadamente 400 besteiros, 650 homens a pé e 200 lanças de cavaleiros todos moços valorosos.
Por todo o campo ondulavam os balsões e insígnias dos cavaleiros, a bandeira verde da ala dos namorados, o pendão real das quinas e castelos, o estandarte branco e piedoso do condestável.
Infatigável, atendendo a tudo, o condestável dispôs as suas forças em três alas, com uma forte reserva à retaguarda. A vanguarda, de 600 lanças, alinhava-se agora com a frente para o sul, em torno do pendão do condestável, a meio da charneca, terreno pouco acidentado, igualmente vantajoso para ambas as partes.

Nas Cortes de Coimbra, em 1383-85 põe-se, incondicionalmente, ao serviço do Mestre de Avis, aí aclamado. Álvaro Anes de Cernache era escudeiro de Mem Rodrigues de Vasconcelos que juntamente com seu irmão Rui Mendes de Vasconcelos, eram os chefes da Ala dos Namorados, ou dos “esfarrapados” que é como já chamavam os brincalhões à nossa “arraia-miúda”, formando a ala direita do quadrado que o Condestável adoptou como táctica de combate, e assim designada, por ser constituída por gente jovem, irreverente, aventureira, todos portugueses, entre os quais estudantes de Coimbra, na Batalha de Aljubarrota, na tarde gloriosa de 14 de Agosto de 1385.


Guerreiro de valor provado, destacou-se como jovem alferes, porta – bandeira da Ala dos Namorados na referida batalha. Neste importante e decisivo momento para a independência de Portugal face ao Reino de Castela, o jovem alferes e a “sua” Ala dos Namorados evidenciam-se. Numa luta em que o número de tropas castelhanas comandadas por D. Juan I era muito superior às tropas portuguesas, comandadas por D. João I e seu condestável D. Nuno Álvares Pereira. Muitos sustentaram mesmo a opinião de não ser o exército português bastante forte para combater o inimigo em campo aberto.


A luta foi terrível e desigual, a cavalaria portuguesa não se distinguia, praticamente, da infantaria. Estava ligeiramente armada e equipada. D. Nuno colocou as suas tropas em duas linhas, na primeira linha de combate encontrava-se a famosa Ala dos Namorados, a destemida vanguarda “ a terem na batalha a dianteira”, constituída por 200 lanças, 200 besteiros e 650 peões (estes números variam segundo diferentes autores). Assim, esmagados entre os flancos portugueses e a retaguarda avançada (devido a famosa táctica do Quadrado que mais tarde Napoleão viria, igualmente, a utilizar), os castelhanos lutaram desesperadamente por uma vitória. Nesta fase da batalha, as baixas foram pesadas para ambos os lados, principalmente no lado de Castela e no flanco direito português, na famosa Ala dos Namorados, onde o nosso valoroso e bravo herói erguia a grande bandeira verde da Ala “ordenada à vontade de todos”indo de encontro ao inimigo. Os Castelhanos caindo sobre o centro da vanguarda conseguiram romper, momentaneamente, as primeiras linhas. “… Ala dos Namorados, a eles! – Trovejou a voz de Mem Rodrigues. – Por nossa terra e por nossa damas! – Gritavam os rapazes. E toda a Ala fez uma conversão para se opor a que o inimigo chegasse até à segunda linha da hoste.” As duas alas envolvendo a massa da vanguarda invasora, após três horas de embate terrível, esmagaram-na, distinguindo-se particularmente, a “leda companhia”, como lhe chama Fernão Lopes, pela rapidez, coragem e valentia com que enfrentou sem medo o ímpeto do inimigo, ficando esta Ala quase toda ferida, porque os castelhanos, refere ainda o mesmo cronista, cuidaram de “a desbaratar primeiro de todos”. Com o decorrer da batalha a coragem e a irreverência não poupam a cada vez mais reduzida Ala dos Namorados, “…alguns tinham morrido abraçados, a rouquejar o moto da bandeira, a murmurar um suave nome de mulher naquele sonho de morte. Mem Rodrigues ferido tinha sido levado em braços, Rui, era de facto, agora o Comandante da Ala dos Namorados… Viva Deus! Gritou Rui de Vasconcelos. – Namorados, mais perto essa bandeira para acabarmos a defendê-la (…) Esta está ganha! – Disse Mem Rodrigues para a reduzidíssima Ala dos Namorados. – Moços, benditas mães as vossas porque tão grande esforço puseste nesta vitória!” O Rei chegando perto do que restava da Ala, disse: “- grande feito o vosso, por minha vida!”.

Mem Rodrigues de Vasconcelos, guerreiro português do tempo de Dom João I, capitão da Ala dos Namorados, na Batalha de Aljubarrota (séc. XIV).





O significado único da Batalha de Aljubarrota:

Como refere João Gouveia Monteiro, a batalha ocorrida no planalto de S. Jorge no dia 14 de Agosto de 1385 constituiu um dos acontecimentos mais decisivos da História de Portugal. Sem ela, o pequeno reino português teria, muito provavelmente, sido absorvido para sempre pelo seu poderoso vizinho castelhano. Sem o seu contributo, o orgulho que temos numa história largamente centenária, configurando o estado português como uma das mais vetustas e homogéneas criações políticas do espaço europeu, não seria hoje possível. Ao vencer o seu rival castelhano naquela tarde de 14 de Agosto, o recém-eleito D. João I não só abriu as portas à Segunda Dinastia portuguesa, como também possibilitou a preparação daquela que seria a época mais brilhante da história nacional - a época dos Descobrimentos. Aljubarrota deu, portanto, directa e indirectamente, um novo contorno à história de Portugal e do próprio Mundo, cujo extraordinário significado repercutirá para sempre pelos séculos fora.

Mas, mesmo vista à sua escala medieva, a Batalha de Aljubarrota, como veremos seguidamente, não pode deixar de ser considerada uma ocorrência da maior importância política, militar e diplomática.

Assim e do ponto de vista político, a batalha decidiu - como raras vezes acontecia com as pelejas medievais - a disputa política que dividia a Península e o próprio reino de Portugal, desde Outubro de 1383. A partir de Aljubarrota, e apesar de, durante muito tempo D. Juan I não ter perdido a ideia de regressar a Portugal para se vingar, não mais os castelhanos voltaram a ser capazes de reunir um conjunto de tropas suficiente para ameaçar a integridade territorial do pequeno reino lusitano. Na sequência de uma inteligente estratégia de pressão desenvolvida ao longo das duas décadas seguintes, Portugal acabaria por forçar a paz, assinada em Ayllón (Segóvia) a 31 de Outubro de 1411. O destino lusitano pôde, então, assumir outros contornos, esculpidos, primeiro, nas praças marroquinas do Norte de África, e, mais tarde, no azul dos oceanos que conduziram à Índia e ao Brasil.

Após a vitória nos campos de Aljubarrota, o pequeno partido que à, morte de D. Fernando, se agrupara em redor do Mestre de Avis, pôde, enfim, respirar fundo: logo depois da batalha, a poderosa Santarém caiu nas mãos do monarca eleito em Coimbra, seguindo-se-lhe Leiria, Óbidos, Alenquer, Vila Viçosa e, a curto prazo, todas as outras bolsas de resistência que - sobretudo no Alto Minho – mantinham a voz por D. Beatriz.

Do ponto de vista estritamente militar, a batalha de Aljubarrota configurou um dos marcos mais representativos da evolução dos sistemas e dispositivos tácticos utilizados na guerra praticada no Ocidente europeu nos finais da Idade Média. Desde o triunfo da “Cavalaria Pesada”, nos meados do Séc. XI, e até ao primeiro quartel do Séc. XIV, o desfecho da esmagadora maioria das batalhas campais europeias fora decidido pela capacidade ofensiva dos combatentes montados. Mas na primeira metade do Séc. XIV um novo modelo de guerra começou a impor-se. Em várias zonas da Europa - Países Baixos, Ilhas Britânicas, Suíça – ensaiaram-se novas tácticas assentes predominantemente em corpos de infantaria, que vieram demonstrar a capacidade das forças apeadas derrotarem contingentes de cavalaria, mesmo quando em situação numérica desfavorável. Estas novidades chegaram ao território francês em meados da centúria, no contexto da Guerra dos Cem Anos. Na Batalha de Crécy (travada a 26 de Agosto de 1346) e, dez anos mais tarde, em Poitiers (19 de Setembro de 1356), os exércitos ingleses envolvidos na Guerra dos Cem Anos puderam, enfim, pôr em prática, com resultados devastadores, um novo modelo táctico que alteraria completamente o equilíbrio militar tradicional. Esse novo sistema assentava na combinação de corpos de homens de armas desmontados, armados com lanças, com corpos de atiradores, armados com arco ou besta posicionados nas alas (geralmente em posição levemente avançada), uns e outros defendidos por uma forte retaguarda de reserva, na maioria dos casos montada e chefiada pelo próprio rei.

O segredo completava-se com uma atitude estratégica ofensiva (tomar a dianteira e escolher o terreno, provocar o adversário, precipitar o combate), sabiamente combinada com uma postura táctica eminente defensiva (procurar o abrigo de obstáculos naturais, associar-lhes obstáculos artificiais por via de escavações e de empilhamento de materiais, aguardar a investida inimiga).

Durante décadas, o novo sistema táctico inventado pelos ingleses massacrou a numérica e militarmente muito mais poderosa cavalaria francesa, incapaz de se adaptar à nova lógica militar. Mas a experiência não decorreu apenas nos palcos da Guerra dos Cem Anos. Com efeito, em 1367, em Nájera (Navarra), e, sobretudo, em 1385, em Aljubarrota, o sistema foi também posto em prática e aperfeiçoado, com os resultados devastadores que se conhecem. O combate de S. Jorge, onde - convém não esquecê-lo - lutaram muitas centenas de homens de armas ingleses e franceses, corresponde, assim, à entrada na fase da maturidade de um novo sistema militar, ao mesmo tempo que constituiu um dos mais emblemáticos exemplos europeus da sua genialidade.

Finalmente e do ponto de vista diplomático, a Batalha de Aljubarrota privilegiou definitivamente a aliança de Portugal com Inglaterra, que se materializou no ano seguinte, em 1386, através do Tratado de Windsor. Esta aliança diplomática com Inglaterra haveria de chegar até aos nossos dias. Por outro lado, definidas as fronteiras terrestres com Castela, e estabelecido com Castela o Acordo de Paz em 1411, ficou perfeitamente entendido em Portugal, e mesmo em Castela, que a identidade do povo português estaria definitivamente associada á independência do Reino de Portugal.

Os principais momentos da Batalha:

No dia 14 de Agosto, logo pela manhã, o exército de D. João I ocupou uma posição fortíssima no terreno, escolhida na véspera por Nuno Álvares Pereira. É a chamada “Primeira Posição”, no extremo Norte do planalto de S. Jorge, controlando a estrada medieval (herdeira da via romana). A vanguarda do exército castelhano, que partira dos arrabaldes de Leiria e seguia por essa mesma via, começou a avistar o local ao final da manhã. Analisada a situação e ponderado o risco, decidiram evitar o choque com os portugueses, uma vez que isso implicaria a subida de um terreno em condições extremamente desfavoráveis. Preferiram tornear a posição portuguesa pelo lado do mar, utilizando a rede de caminhos secundários, para retomarem a via principal mais a sul, na esplanada do Chão da Feira. O exército português constituído por aproximadamente 8.000 homens de armas, moveu-se, então, uns dois quilómetros para Sul e inverteu a sua posição de batalha para ficar voltado para Sul, encarando de frente o inimigo.

Confiante na sua superioridade numérica, a hoste castelhana, admitia agora combater. Enquanto isso, o exército português tirava o máximo partido da sua nova posição no planalto de S. Jorge. A frente era bastante estreita e achava-se bordejada, a nascente e a poente, por duas linhas de água, que coincidiam com outros tantos barrancos. A espera permitira também efectuar, ou completar, uma série de fortificações acessórias, destinadas a reforçar a protecção dos flancos e a criar dificuldades ao avanço castelhano. Assim, rasgaram-se fossos e cavaram-se covas-de-lobo, que escavações arqueológicas (de Afonso do Paço, nos anos 60 do Séc. XX, e outras mais recentes) colocaram a descoberto. Cortaram-se e empilharam-se troncos de árvores, formando-se com eles "abatises". Depois, uma grande parte deste dispositivo de defesa foi disfarçada com ervas e ramagens.

A hoste portuguesa desenhou, então, no terreno, uma espécie de quadrado. A vanguarda, comandada por Nuno Álvares Pereira, comportava homens desmontados armados com lanças.

Lateralmente, e avançando em relação a esta linha, duas alas formadas por corpos de arqueiros e besteiros. Duzentos ou trezentos metros atrás da vanguarda, estava a retaguarda ou reserva, também ela apeada e comandada por D. João I. Ao fundo de tudo ficou estacionada a carriagem, ou trem de apoio. Os flancos foram forrados com tropas de composição mista.

A vanguarda castelhana, formada a uns 700 metros a Sul, incluía um grande número de "lanças" dispostas em várias fileiras. Em cada uma das alas havia centenas de cavaleiros. A retaguarda, ainda incompleta quando se iniciou o combate, reunia alguns milhares de "homens de armas", distribuídos por várias linhas.

Depois de estacionado na esplanada de Chão da Feira, o monarca castelhano reuniu o seu conselho de guerra, tendo sido defendidas duas grandes posições:

- Aqueles que defenderam que não se devia atacar, argumentando que já era tarde, as tropas estavam cansadas, não tinham comido e o inimigo encontrava-se numa boa posição. Dentro desta opção, discutem-se duas alternativas possíveis: não tomar qualquer atitude, ordenando as forças e aguardando, o que levaria os portugueses a ter de tomar a iniciativa, saindo da sua posição e perdendo a vantagem; ou ignorar o exército português e continuar a progressão para Lisboa, que era o objectivo da expedição.

- Aquele que defenderam que se devia atacar, resolvendo já o problema, sublinhando que seria uma grande desonra mostrar medo de tão pequeno exército. Em defesa desta opção destaca-se o nobre português D. João Afonso Telo.

Por decisão (ou como consequência de alguma indecisão que gerou desobediência), concretizou-se a opção de atacar. Seguiram-se diversos acontecimentos, dos quais podemos destacar os seguintes:

1.º Das 17:45 até às 18:15 - o primeiro assalto:

Enquanto D. Juan I reunia e ouvia o seu conselho de guerra, 16 trons foram instalados à frente da vanguarda do exército castelhano, a cerca de 800 metros da vanguarda do exército português. 100 metros atrás, ou seja, a 900 metros da vanguarda do exército português, estava a primeira linha da vanguarda castelhana, composta na sua grande maioria por cavaleiros franceses. Cerca de 600 metros atrás da primeira linha, estava D. Juan I de Castela, com a sua escolta. Nessa segunda linha começavam-se a estabelecer, à medida que chegavam, o resto das lanças montadas, dos peões e dos besteiros. Um pouco atrás, tinha-se montado a tenda real e algumas outras, onde se colocaram diversas bagagens.

Quando se tomou evidente que um conjunto de cavaleiros ia iniciar o ataque às posições portuguesas, os referidos trons dispararam as suas cargas (pelouros de pedra), dando início à Batalha de Aljubarrota. Um desses tiros atingiu a ala direita portuguesa, matando dois escudeiros portugueses e um arqueiro inglês. Estes tiros causaram grande consternação na hoste portuguesa, uma vez que a grande maioria dos homens de armas portugueses desconhecia esta arma. Um escudeiro português disse nesse momento: "não tenhais medo, pois eu vi os dois homens que morreram à oito dias entrarem numa igreja e matarem o clérigo que aí dizia missa.

Isto significa que Deus, que nos vai dar hoje a vitória, não quer que estes dois homens nela participem, ou beneficiem da sua honra!" E todos os que isto ouviram, redobraram o seu propósito de lutar contra os seus inimigos.

O Condestável português havia entretanto desmontado e, rodeado pela sua guarda pessoal de 50 escudeiros, encontrava-se junto à sua bandeira, instalada numa pequena colina, no local onde hoje se encontra a Ermida de São Jorge. A vanguarda dispunha de 600 lanças dispostas possivelmente em três fileiras, ao longo de 180 metros. A ala esquerda, a Ala dos Namorados, mais próxima do Condestável, era comandada por Mem Rodrigues de Vasconcelos e por seu irmão Rui Mendes. Esta ala, onde sobressaía uma grande bandeira verde, dispunha de aproximadamente 400 besteiros, 200 lanças e 650 homens a pé. A ala direita, que dispunha de aproximadamente 200 arqueiros ingleses, 100 besteiros, 200 lanças e 750 homens a pé, era comandada por Antão Vasques. Sobre ela pairava a bandeira de São Jorge. Os dois lados da sua saliência ocupavam 260 metros.

Poucos minutos depois, pelas 17:45 horas, a vanguarda do Rei de Castela, constituída por cerca de 2.000 cavaleiros, na sua quase totalidade tropas auxiliares francesas, iniciou o ataque.

Avançando a galope, estes cavaleiros passaram a estar, a partir dos 400 metros, debaixo do alcance dos virotões dos besteiros portugueses. A menos de 300 metros passaram a receber igualmente as setas disparadas pelos arqueiros ingleses, armados com os temíveis long bows (arcos longos). Atingidos pelos virotões primeiro e depois também pelas flechas, cavalos e cavaleiros começam a cair. À medida que a zona central do planalto foi ficando mais estreita, foram-se apertando uns contra os outros. As baixas começaram a multiplicar-se e a confusão foi alastrando. Os cavalos e cavaleiros caídos por terra e feridos arrastaram consigo outros, que caíram igualmente. Devido ao peso das suas armaduras e às feridas sofridas, os cavaleiros tinham dificuldade em se levantar. A menos de 250 metros da vanguarda portuguesa, os cavalos começaram a cair nas covas-do-lobo e nos fossos criados pelos portugueses. Os cavaleiros que mesmo assim conseguem chegar a menos de 100 metros da vanguarda portuguesa, saltando com os seus cavalos os fossos e as covas-do-lobo, estavam sujeitos a um crescente aperto, devido à existência dos abatises que estreitavam o acesso à vanguarda portuguesa. Com falta de espaço, sujeitos aos contínuos disparos de virotões e flechas e às quedas dos seus cavalos, muitos cavaleiros desmontaram e procuram continuar a combater a pé. Contudo, além de não conseguirem romper a vanguarda portuguesa, foram sujeitos a um forte ataque dos homens de armas portugueses da vanguarda, com lanças e armas de choque.

Combatendo isoladamente do resto do exército castelhano, que ainda não tinha avançado, os cavaleiros franceses sobreviventes lutaram desesperadamente, mas acabaram por ter de se render aos portugueses. Foram então aprisionados cerca de 1.000 cavaleiros franceses, que foram levados para trás da vanguarda portuguesa. Alguns começaram a negociar o resgate. A maioria aguardava a chegada do exército de Castela, confiantes que os viriam livrar do cativeiro.

2.º Das 18:15 até às 19:30 -o segundo assalto:

Observando, à distância, o desenrolar dos acontecimentos e tendo recebido os relatos de alguns cavaleiros franceses que tinham conseguido regressar para junto da posição castelhana, D. Juan I toma, pouco depois das 18:00 horas, conhecimento da terrível notícia. Alguns nobres castelhanos aconselham o Rei de Castela: "Meu Senhor, o sol já está posto, pelo que não devemos continuar aquela hora o combate; devemos antes esperar pelo amanhecer, e reagrupar até lá as nossas tropas, que não comeram e estão cansadas". Contudo, D. Juan I respondeu: "Quem tal conselho dá não preza a minha honra, pois nunca poderei deixar presos em mãos inimigas cavaleiros do meu exército".

Tocaram então as trombetas e os tambores muito fortemente, e ouviram-se vozes que gritavam “Por Santiago! Por Santiago!” e “A eles! A eles!”. O exército castelhano iniciou pelas 18:15 horas o avanço com a sua vanguarda, alas, e retaguarda. Na primeira linha vinham cerca de 3.000 cavaleiros, na sua maioria castelhanos mas também vários nobres portugueses, entre os quais o Conde D. João Afonso de Teles, irmão de D. Leonor Teles. Estes cavaleiros avançavam organizados em três filas, cada uma com 1.000 cavaleiros. A maior parte destes cavaleiros estavam munidos de longas lanças. Numa segunda linha, algumas centenas de metros atrás, vinham cerca de 4.000 ginetes, para além de cerca de 500 besteiros castelhanos e diversos homens de armas. Com o exército castelhano avançou a bandeira do monarca castelhano, onde se viam os brasões de Castela e de Portugal, e muitas outras bandeiras e estandartes da nobreza castelhana.

Embora no início do avanço as linhas castelhanas estivessem alinhadas, depressa começaram a ter dificuldade em manter as filas paralelas, devido à configuração do planalto. As duas alas viram-se impedidas de progredir pelos flancos. A vanguarda castelhana continuou o seu avanço, e as alas, comprimindo-se, procuraram segui-la. O conjunto tornou-se primeiro convexo, e depois informe e compacto. Quando ultrapassou a linha dos 400 metros de distância das forças portuguesas, a vanguarda castelhana passou a estar também sob o efeito dos virotões dos besteiros portugueses, provocando a queda de cavalos e cavaleiros e causando mortos e feridos. A partir de então, em face dos obstáculos artificiais que se avistavam e da falta de espaço para os cavalos poderem avançar livremente, a maioria dos cavaleiros castelhanos desmontou e tentou percorrer a pé as escassas centenas de metros que faltavam para atingir o exército português. As suas compridas lanças, que se destinavam a combate montado, seriam quebradas para se adaptarem à luta corpo a corpo que se avizinhava. Contudo, nem todos os cavaleiros castelhanos desmontaram e algumas dezenas conseguiram chegar à zona da vanguarda portuguesa.

A partir do momento em que sentem que estão debaixo dos virotões e das flechas, tanto cavaleiros como homens a pé procuram acelerar o passo. Devido à grande concentração de homens, ao progressivo estreitamento da frente de batalha e aos obstáculos artificiais existentes (covas-do-lobo e fossos) que lhes provocavam continuamente quedas, os atacantes vão-se acotovelando, tropeçando em corpos de homens estendidos no chão e vêm-se cada vez mais apertados. Devido a este estreitamento no espaço disponível para o avanço, a retaguarda castelhana estava já encostada à vanguarda castelhana, de tal forma que constituíam apenas um conjunto único de homens. Os cerca de 400 besteiros castelhanos que acompanhavam os homens de armas da vanguarda, viram-se incapazes de utilizar eficazmente as bestas, por não terem campo de tiro livre. Entretanto os homens de armas iam sendo atingidos pelas flechas e virotões dos atiradores ingleses e portugueses.

Todas estas circunstâncias fizeram com que os últimos 300 metros, antes de ser atingida a vanguarda portuguesa, fossem percorridos com um grau crescente de dificuldades. Não podendo atacar pelos flancos, dadas as duas linhas de água que torneavam o planalto, e não podendo vencer os obstáculos artificiais que se deparavam no terreno (abatises, fossos e covasde-lobo), os castelhanos foram convergindo para o centro do planalto, convertendo-se numa massa confusa, amontoada e disforme. Perderam velocidade de progressão no terreno e o número de baixas foi aumentando. A compressão foi de tal ordem que muitos castelhanos mortos não apresentavam qualquer ferimento, tendo morrido esmagados ou sufocados.

Perante este avanço, os portugueses tocaram as suas trombetas, e a vanguarda avançou em boa ordem, passo a passo, com as lanças debaixo do braço, apontadas a direito, numa frente de aproximadamente 250 metros de largura.

Apesar da investida castelhana ter abrandado a velocidade, de ter sido encaminhada para um estreito corredor em frente do exército português, e do elevado número de baixas sofridas durante o processo de aproximação, cerca de 2.000 homens castelhanos chegou ainda com alguma força à vanguarda portuguesa, mais junto à ala esquerda portuguesa, perto da zona onde se encontrava Nuno Álvares Pereira e a sua bandeira. Deu-se então o choque com a vanguarda portuguesa, onde, num primeiro momento, cada parte procurou crivar as suas lanças nos seus inimigos. Simultaneamente, os besteiros portugueses e arqueiros ingleses continuavam a flagelar os assaltantes castelhanos. Nos intervalos dos seus lançamentos, os peões portugueses, situados atrás dos besteiros e arqueiros, arremessavam um elevado número de pedras e lanças. Nesse momento, e neste segundo assalto, já os assaltantes castelhanos tinham sofrido cerca de 3.000 feridos e mortos.

Após os momentos iniciais do choque, as lanças de ambas as partes tinham sido crivadas ou lançadas, deixando portanto de poder ser usadas. Os combatentes de ambas as partes passaram então a usar outras armas, como espadas, punhais ou machados. O combate transformou-se numa violenta luta corpo a corpo, que se prolongou por vários minutos. No meio de uma grande gritaria de parte a parte, Nuno Álvares Pereira clamava: "Ah, portugueses, lutai por vosso rei e por vossa terra!".

Na sequência desta luta brutal, cujo barulho podia ser ouvido a longa distância, a vanguarda portuguesa acabou por ceder, abrindo a passagem a cerca de 1.500 homens de armas castelhanos. Outros castelhanos ficaram a enfrentar a parte não destroçada da vanguarda portuguesa. A coluna de assaltantes que conseguiu forçar a linha de vanguarda continuou a avançar de forma desordenada, o que aumentou o atropelo. A ruptura da vanguarda portuguesa deu-se junto à ala esquerda, ou seja, a Ala dos Namorados, razão pela qual houve aí maior número de baixas portuguesas. Mem Rodrigues de Vasconcelos e seu irmão Rui Mendes, que comandavam esta ala, foram alguns dos que ficaram feridos.

Perante a ruptura da vanguarda portuguesa, as duas alas laterais recuaram, colocando-se entre a vanguarda e a retaguarda portuguesa. Com efeito, não havendo inimigos que estivessem a atacar as alas, os besteiros portugueses e os arqueiros ingleses puderam recuar e virar-se para o interior do "quadrado" português, alvejando os assaltantes castelhanos que aí haviam penetrado. O mesmo faziam os homens de armas portugueses aí situados, que atacavam os assaltantes com as suas lanças.

Contudo, este movimento das alas portuguesas não conseguiu impedir o avanço dos castelhanos. A retaguarda, onde se encontrava D. João I, obedecendo à ordem do monarca, avançou. O rei gritou: "Avante, senhores, avante! Por São Jorge e Portugal de que eu sou Rei!".

Correndo para os assaltantes, a retaguarda portuguesa provocou o choque a cerca de 150
metros a norte da vanguarda portuguesa, a que se seguiu um duro combate. Os portugueses utilizaram neste combate as suas espadas, punhais e fachas. Os homens de armas portugueses da retaguarda tinham, poucos metros atrás de si, os seus pagens e tratadores com os seus cavalos à mão. Quando estes homens de armas portugueses avançaram em direcção ao inimigo, foram seguidos por eles.

Após este choque, os castelhanos deixaram de avançar. Com este movimento, que assume uma importância decisiva na batalha, os assaltantes castelhanos ficaram pressionados por vários lados pelos portugueses. Com efeito, sendo atacados violentamente por três lados, os homens de armas castelhanos sofreram significativas baixas. A norte enfrentavam a retaguarda portuguesa, com cerca de 2.000 homens de armas. A este e oeste as alas portuguesas, com cerca de 1.200 peões, besteiros e arqueiros. E a sul, cerca de 350 lanças, que haviam sobrevivido ao rompimento castelhano. É nesta fase que se dá o combate a pé entre D. João I e um cavaleiro castelhano, D. Álvaro Gonçalves de Sandoval. O Rei de Portugal, ao procurar desferir um golpe, foi derrubado e ficou privado da sua arma, uma facha. Surgiu então um cavaleiro português, D. Martim Gonçalves de Macedo que, colocando-se entre o Rei e o cavaleiro castelhano, conseguiu desferir um golpe e matar o cavaleiro castelhano, salvando a vida do rei de Portugal.

Enquanto alguns castelhanos continuavam a combater, outros, feridos e cientes do desfecho que se avizinhava, começaram a procurar fugir. A bandeira castelhana foi derrubada, o que aumentou a desorientação entre as forças de D. Juan I. Alguns fogem em direcção ao arraial castelhano e este movimento foi observado por alguns pagens portugueses, que exclamaram: "Já fogem, já fogem!". Este grito contribuiu para que os restantes sobreviventes castelhanos, cerca de 500, fugissem também.

Os portugueses conseguiram assim em primeiro lugar parar o avanço castelhano, e posteriormente, à custa de luta corpo a corpo, empurrar progressivamente os castelhanos para sul, e depois, mesmo para fora da sua vanguarda. Este movimento fez com que muitos, recuando a lutar, caíssem na ribeira aí existente, e nos fossos construídos pelos portugueses.

Isto sucedeu também com os cavaleiros castelhanos que continuaram a avançar montados, e que saltaram com os seus cavalos um fosso que existia em frente da vanguarda portuguesa.

Todos foram derrubados dos cavalos, e nenhum sobreviveu. Neste aspecto, repetiu-se o que havia já sucedido com os cavaleiros franceses aquando do primeiro assalto.

Neste momento as alas portuguesas recolocaram-se na sua posição inicial, e ainda tinham alguns projécteis por utilizar. A vanguarda portuguesa, embora desfalcada, tinha conseguido restabelecer a sua frente. Mas a segunda linha castelhana, em organização ao longe, constituía uma ameaça.

Generalizou-se então a fuga dos assaltantes castelhanos em direcção ao acampamento castelhano. A segunda linha castelhana, onde estava o rei de Castela, começou a formar para iniciar o ataque à posição portuguesa. Contudo, ao deparar com um imenso pelotão de castelhanos que retrocediam, desmoralizou e acabou por não iniciar o seu ataque.

Nesta altura, pelas 18:45 horas, perante o desbarato dos castelhanos, os portugueses tomaram a iniciativa. Procurando explorar o sucesso, passaram à ofensiva, gritando, e perseguindo a cavalo os adversários que tinham sobrevivido e que procuravam fugir. Este movimento de contra-ataque a cavalo, prolongou-se até à tenda Real de D. Juan de Castela, e em direcção a Leiria até à Canoeira. Foi na Canoeira que caiu em mãos portuguesas o altar de campo de rei de Castela.

Por esta altura, muitos cavaleiros castelhanos procuravam fugir, cavalgando para longe do campo de batalha. Uns largavam as suas armas para mais facilmente poderem fugir. Outros viravam as suas roupas do avesso, de forma a não poderem ser reconhecidos como castelhanos. Muitos, com medo, saíam das estradas e metiam-se no mato, acabando por se perder.

3.º Das 19:00 até às 19:45 -o assalto á carriagem portuguesa:

A ala esquerda castelhana, chefiada por Don Gonçalo Nunes de Gusmão, composta por aproximadamente 700 cavaleiros, havia desde o início deste segundo assalto avançado pela zona do Tojal, contornando a ala esquerda do exército português. Vendo que o ataque frontal ao exército português não era possível, em face do Vale da Mata que tinha diante de si e que torneava a ala esquerda portuguesa, optou por avançar mais pela direita, longe do exército português. Mais a norte, tendo já contornado completamente o exército português, subiu ao planalto de São Jorge, inflectiu para sul, e atacou a carriagem portuguesa. Este ataque verificou-se aproximadamente no momento em que se iniciava o contra ataque português à tenda real de Castela.

Don Gonçalo Nunes de Gusmão contava que o assalto do exército castelhano à vanguarda portuguesa durasse bastante mais tempo de que sucedeu, pelo que, ao atacar a carriagem portuguesa, submeteria o exército português a dois ataques simultâneos, um na vanguarda, outro na retaguarda. Contudo, o seu ataque ocorreu quando o ataque castelhano à vanguarda portuguesa já havia terminado, cerca das 19:00 horas, e quando muitos castelhanos já procuravam fugir. Não deixou contudo de ser um ataque violento, que se traduziu em várias investidas na zona da carriagem. A carriagem portuguesa era defendida por homens a pé e besteiros, que entrincheirados por detrás das bagagens, de carroças derrubadas e de outros obstáculos artificiais que conseguiram utilizar, atiravam pedras, lanças e disparavam virotões.

Sabendo que o ataque principal castelhano já tinha sido repelido, e que não tardariam a chegar reforços, os portugueses aguentaram estes ataquataques, embora em grande dificuldade.

Perante a situação difícil em que se encontrava a carriagem portuguesa, D. João I avisou D. Nuno Álvares Pereira, dizendo-lhe que socorresse imediatamente aqueles portugueses. Estando cansado e não dispondo de cavalo, temeu em não conseguir chegar a tempo, uma vez que a carriagem se situava cerca de 350 metros a norte. Valeu-lhe então o comendador-mor Pêro Botelho que, estando montado, se apeou e cedeu o cavalo ao condestável. Quando D. Nuno aí chegou, acompanhado por outros homens de armas portugueses, exortou os portugueses que defendiam essa posição, dando-lhes palavras de incentivo. Em face disto, a peonagem portuguesa ganhou novo alento e resistiu enquanto que os ginetes castelhanos, ao verem que o Condestável português se apresentara com reforços, acabaram por desistir do ataque.

4.º A partir das 19:15 – a retirada de D. Juan I de Castela:

Perante a debandada geral castelhana, os homens da guarda de D. Juan I colocaram o monarca doente num cavalo e, com uma escolta de cem cavaleiros, abandonaram o campo de Aljubarrota dirigindo-se para Santarém, evitando que o monarca castelhano caísse prisioneiro.

Um jovem nobre português, Vasco Martins, que havia jurado matar o monarca castelhano, montou também num cavalo e conseguiu ao fim de alguns quilómetros misturar-se com os cavaleiros castelhanos que acompanhavam D. Juan. Contudo a cruz de São Jorge, que trazia na sua roupa, denunciou-o, sendo então morto pelos cavaleiros castelhanos.

Don Juan de Castela chegou a Santarém cerca da meia-noite, doente, exausto e desesperado.

Embarcou nessa mesma noite em direcção a Lisboa, onde chegou no dia seguinte, 15 de
Agosto, onde embarcou na sua frota seguindo, por mar e em segurança, até Sevilha.

Perante a debandada geral do exército castelhano segue-se uma curta, mas devastadora perseguição portuguesa durante o final da tarde. O escudeiro inglês Harteaelle discutiu com D. João I, pedindo cavalos para que os cavaleiros portugueses pudessem perseguir os fugitivos. O Rei recusou, pois era tarde e o inimigo ainda era muito poderoso, referindo: "Quem tudo quer tudo perde. Agradeçam a Deus que nos deu a honra e a vitória".

O exército castelhano precipitou-se numa fuga desorganizada. Até à manhã do dia seguinte, milhares de castelhanos em fuga foram chacinados por populares nas imediações do campo de batalha e nas aldeias vizinhas. O restante das forças franco-castelhanas saiu de Portugal uma parte passando por Santarém e depois por Badajoz, outra rumando a Norte e Leste, através da Beira.

No campo de batalha, as baixas portuguesas foram cerca de 1000 mortos, enquanto no exército castelhano se situaram em aproximadamente 4000 mortos e 5000 prisioneiros. Fora do campo da batalha, terão sido mortos nos dias seguintes pela população portuguesa, cerca de 5000 homens de armas castelhanos, em fuga. Não apenas pelo desfecho da Batalha, mas também pelo número de mortes verificado entre os seus nobres e homens de armas, Castela mergulhou num luto profundo até ao Natal de 1387.

Consequências da Batalha de Aljubarrota:

Embora o tratado de paz final com Castela só tenha sido assinado em 1411, em Ayllón
(Segóvia), o desenlace da batalha de Aljubarrota foi uma pedra angular na garantia da independência do reino de Portugal, tornando possível o desenvolvimento de fenómenos inovadores, na vida colectiva do País:

Em primeiro lugar, frustrando as pretensões do rei de Castela ao trono português, Aljubarrota evitou, muito provavelmente, que Portugal fosse absorvido para sempre pelo seu poderoso vizinho castelhano. Nos campos de Aljubarrota assegurou-se a independência de Portugal e sancionou-se a legitimidade da Segunda Dinastia, a Dinastia de Avis.

Em segundo lugar, sem Aljubarrota o orgulho que temos numa história largamente centenária, configurando o estado português como uma das mais vetustas e homogéneas criações políticas do espaço europeu, não seria hoje possível.

Em terceiro lugar, tornou-se possível o estabelecimento de um novo tratado de aliança luso-britânico, que foi assinado em Windsor em Maio de 1386. Em consequência desse Tratado, D. João I recebeu por esposa D. Filipa de Lencastre, filha do Duque de Lencastre, concretizando a união entre as casas reais portuguesa e inglesa.

Em quarto lugar, Portugal suspendeu, no essencial, o objectivo de expansão para norte e para leste, à custa de Castela, que tinha sido alimentado nos conflitos fernandinos. A circunstância da paz com Castela permitiu uma relativa estabilização das fronteiras terrestres de Portugal.

Em quinto lugar, resolvido o problema militar e de independência com Castela, o País pôde reorientar as suas prioridades. Poucos anos depois de firmada a paz definitiva com Castela iniciava-se a primeira etapa da expansão marítima, com a conquista de Ceuta em 1415.

Portugal iniciava a Época dos Descobrimentos Marítimos, onde conheceu algumas das páginas mais brilhantes da sua História.

Em conclusão, a Batalha de Aljubarrota proporcionou definitivamente a consolidação da identidade nacional, que até então se encontrava apenas em formação, e permitiu ás gerações futuras portuguesas a possibilidade de se afirmarem como nação livre e independente.









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Arvoré Lucas de Vasconcelos


Esposa de Martim Moniz – Tereza Henriques
---------------------------
Robert
Parents
Père: Erlebert de Therouane
Mère: N
Marriages
Oda
Enfants
Lambert, comte N de Paris
---------------------------

Roberto I, Graf von Oberheingau und Wormsgau
* c. 0700 + &l 0764
Eltern
Vater: Lambert, comte
Mutter: N de Paris
Heiraten
c. 0730
Guilesvinda von Worms
Kinder
Cancor, Graf von Oberheingau und Wormsgau * c. 0730 Angila
N von Worms Nantero d' Hornbach
---------------------------
Heresvinda von Hesbaye Nebi, Herzog von Alemannien
Turimbert von Oberheingau und Wormsgau * c. 0730 N
Robert, abbé de Saint Germain

---------------------------
Turimbert von Oberheingau und Wormsgau
* c. 0730 + > 0770
Eltern
Vater: Roberto I, Graf von Oberheingau und Wormsgau * c. 0700
Mutter: Guilesvinda von Worms
Heiraten
c. 0760
N
Kinder
Robert II, Graf von Oberheingau und Wormsgau * c. 0760 Teoderade Isengarda
---------------------------

Robert II, Graf von Oberheingau und Wormsgau
* c. 0760 + 0807
Eltern
Vater: Turimbert von Oberheingau und Wormsgau * c. 0730
Mutter: N
Heiraten
Heirat I: c. 0790
Teoderade * c. 0760
Heirat II:
Isengarda
Kinder
Kinder von Ehe I:
Robert III, Graf von Oberheingau und Wormsgau * c. 0780 Guialdrude (ou Waltrude) d' Hornbach
---------------------------

Robert III, Graf von Oberheingau und Wormsgau
* c. 0780 + < 0834
Eltern
Vater: Robert II, Graf von Oberheingau und Wormsgau * c. 0760
Mutter: Teoderade * c. 0760
Heiraten
c. 0810
Guialdrude (ou Waltrude) d' Hornbach * c. 0780
Kinder
Roberto IV, Graf von Worms und Rheingau Agana de Bourges
Guido, Graf von Maine * c. 0800 Oda (?)
Guerner, Graf von Lobdengau und Rheingau , conde de Lobdengau e Rheingau smn
--------------------------

Guido, Graf von Maine
* c. 0800
Eltern
Vater: Robert III, Graf von Oberheingau und Wormsgau * c. 0780
Mutter: Guialdrude (ou Waltrude) d' Hornbach * c. 0780
Heiraten
Oda (?) * c. 0800
Kinder
Mengoldo, Graf von Worms N
Eudo I, Graf von Troyes Gandilmoda de Troyes
Robert le Fort, marquis de Neustrie * c. 0820 Ema da Auxerre

---------------------------
Robert le Fort, marquis de Neustrie
* c. 0820 + Bataille de Brissarthe 15.09.0866
Parents
Père: Guido, Graf von Maine * c. 0800
Mère: Oda (?) * c. 0800
Marriages
c. 0850
Ema da Auxerre * c. 0830
Enfants
Eudes I, roi des Francs, comte de Paris * c. 0850 Teodrade de Vexin
Robert I, roi de France * 0866 Adèle de Perthois Beatrice de Vermandois
---------------------------

Robert I, roi de France
* 0866 + Bataille de Soissons 15.06.0923
Parents
Père: Robert le Fort, marquis de Neustrie * c. 0820
Mère: Ema da Auxerre * c. 0830
Marriages
Marriage I: c. 0890
Adèle de Perthois
Marriage II:
Beatrice de Vermandois * c. 0880
Enfants
Enfants du Marriage I:
Luitegarde de France * c. 0885 Herbert II, comte de Vermandois
Ema de France * c. 0890 Raoul de Bourgogne, roi des Francs
Enfants du Marriage II:
Hugues le Grand, marquis de Neustrie, duc de France * 0895 Judith du Maine Adelaide of England Heduvige von Sachsen
---------------------------

Hugues le Grand, marquis de Neustrie, duc de France
* 0895 + 19.06.0956
Parents
Père: Robert I, roi de France * 0866
Mère: Beatrice de Vermandois * c. 0880
Marriages
Marriage I: 0922
Judith du Maine
Marriage II: c. 0926
Adelaide of England
Marriage III: c. 0937
Heduvige von Sachsen * c. 0922
Enfants
Enfants du Marriage II:
Sans postérité
Enfants du Marriage III:
Béatrice de France * 0939 Frédéric Ier, duc duc d' Haute-Lorraine
Hugues I Capet, roi de France * 0941 Adélaïde de Poitou
Emma de France * c. 0943 Richard I, comte de Normandie
Otton de France, duc de Basse Bourgogne * c. 0945 Luitegarde de Bourgogne
Eudes Henri, duc de Baixa Bourgogne * 0946 Gerberge de Chalon (ou Mâcon?) Gersende de Gascogne Mathilde de Chalon, dame de Donzy
Enfants de N
Heribert, évêque d' Auxerre
---------------------------

Hugues I Capet, roi de France
* 0941 + Chartres, Les Juifs 24.10.0996
Parents
Père: Hugues le Grand, marquis de Neustrie, duc de France * 0895
Mère: Heduvige von Sachsen * c. 0922
Marriages
Marriage I: c. 0970
Adélaïde de Poitou * c. 0950
Enfants
Enfants du Marriage I:
Gisèle de France * c. 0970 Hugues de Ponthieu, comte de Ponthieu
Hedwige de France * c. 0969 Rainier IV, comte de Hainaut
Robert II le Pieux, roi de France * 27.03.0972 Rozala Suzanne de Toscane, dame de Montreuil-sur-Mer Berthe de Bourgogne Constance d' Arles
Adélaïde de France
Enfants de N
Guzlin, archevêque de Bourges

---------------------------
Robert II le Pieux, roi de France
* Orleans 27.03.0972 + Melun 20.07.1031
Parents
Père: Hugues I Capet, roi de France * 0941
Mère: Adélaïde de Poitou * c. 0950
Marriages
Marriage I: 0988
Rozala Suzanne de Toscane, dame de Montreuil-sur-Mer * c. 0937
Marriage II: 0997
Berthe de Bourgogne * c. 0970
Marriage III: c. 1002
Constance d' Arles * c. 0986
Enfants
Enfants du Marriage I:
Sans postérité
Enfants du Marriage II:
Sans postérité
Enfants du Marriage III:
Advise de France * c. 1004 Renaud I, comte de Nevers et Auxerre
Hugues II, co-roi de France + 1026 ss
Henri I, roi de France * 04.05.1008 Mathild von Franken Matilde da Frísia Anna of Kiev
Adélaïde de France, comtesse d' Auxerre et de Coutance * c. 1009 Richard III, duc de Normandie Baudouin V, comte da Flandre
Robert I le Vieux, duc de Bourgogne * c. 1011 Hélie de Semur Ermengarde (Blanche) d' Anjou
Constance de France Manassès, comte de Dammartin
Eudes de France * c. 1013
Enfants de N
Raoul, archevêque de Bourges
---------------------------

Robert I le Vieux, duc de Bourgogne
* c. 1011 + Fleury-sur-Ouche 21.03.1076
Parents
Père: Robert II le Pieux, roi de France * 27.03.0972
Mère: Constance d' Arles * c. 0986
Marriages
Marriage I: c. 1033
Hélie de Semur * c. 1015
Marriage II: c. 1048
Ermengarde (Blanche) d' Anjou * c. 1018
Enfants
Enfants du Marriage I:
Hugues de Bourgogne * c. 1034
Henri, duc de Bourgogne * 1035 Beatriz (?) de Barcelona
Robert de Bourgogne * 1040 N de Hauteville
Simon de Bourgogne * c. 1045
Constance de Bourgogne * c. 1050 Hugues II, comte de Chalon Alfonso VI, rey de Castilla
Enfants du Marriage II:
Hildegarde de Bourgogne * c. 1050 Guillaume VIII, duc d' Aquitaine
---------------------------

Henri, duc de Bourgogne
* 1035 + c. 1071
Parents
Père: Robert I le Vieux, duc de Bourgogne * c. 1011
Mère: Hélie de Semur * c. 1015
Marriages
c. 1056
Beatriz (?) de Barcelona * c. 1035
Enfants
Hugues I, duc de Bourgogne * 1057 Sibylle (ou Yolande) de Nevers
Eudes I Borel, duc de Bourgogne * c. 1060 Sybille de Bourgogne
Robert de Bourgogne, évêque de Langres * 1059
Reinaud de Bourgogne, abbé de Saint-Pierre-en-Falvigny * 1065
Henri de Bourgogne, comte de Portugal * 1069 Teresa de León, condesa de Portugal
Hélie de Bourgogne * 1061 , freira
Beatrix de Bourgogne * c. 1060 Guy I de Vignory

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Henri de Bourgogne, comte de Portugal
* Dijon 1069 + Astroga, Galiza 01.11.1112
Parents
Père: Henri, duc de Bourgogne * 1035
Mère: Beatriz (?) de Barcelona * c. 1035
Marriages
1093
Teresa de León, condesa de Portugal * c. 1080
Enfants
D. Afonso Henriques * 1094
D. Henrique * c. 1106
D. Urraca Henriques, infanta de Portugal * c. 1095 Bermudo Pérez de Trava
D. Sancha Henriques, infanta de Portugal * c. 1097 Sancho Nunes de Barbosa D. Fernão Mendes, senhor de Bragança
D. Afonso Henriques, rei de Portugal * 25.07.1109 Mahaut de Savoie
D. Teresa Henriques, infanta de Portugal * c. 1098


---------------------------
D. Afonso Henriques, rei de Portugal
* Viseu, Viseu 25.07.1109 + Coimbra, Coimbra 06.12.1185
Pais
Pai: Henri de Bourgogne, comte de Portugal * 1069
Mãe: Teresa de León, condesa de Portugal * c. 1080, Tia Avó de Martim Muniz, patriaca dos Vasconcelos)
Casamentos
Casamento I: 1146
Mahaut de Savoie * 1125
Filhos
Filhos do Casamento I:
D. Henrique, infante de Portugal * 05.03.1147
D. Urraca, infanta de Portugal * c. 1151 Fernando II, rey de León
D. Mafalda, infanta de Portugal
D. Sancho I, rei de Portugal * 11.11.1154 Dulce de Barcelona, infanta de Aragon
D. João, infante de Portugal * c. 1160 + 25.8.11… mm
D. Teresa (Matilde), infanta de Portugal * 1157 Philippe, comte de Flandre Eudes III, duc de Bourgogne
D. Sancha, infanta de Portugal * c. 1160 + 14.2.11… mm
Filhos de Elvira Gualter * c. 1110
D. Urraca Afonso, senhora de Aveiro * c. 1130 Pedro Afonso Viegas
---------------------------

Teresa Henriques
casada Martin Moniz, (Os genealogistas apontam como filha de D. Afonso Henriques, Rei de Portugal) com quem gerou três filhos:
Pedro Martins da Torre (1160-1???), senhor da Torre de Vasconcelos (do qual provém a importante linhagem dos Vasconcelos);
--------------------------

Paterna de Martim Moniz até o ramo que ficou em Portugal
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Ximeno, magnate basco
* c. 0760
Matrimonios
N
Hijos
Garcia Ximenez, magnate basco * c. 0790 N
-----------------------------------

Garcia Ximenez, magnate basco
* c. 0790
Padres
Padre: Ximeno, magnate basco * c. 0760
Madre: N
Matrimonios
N
Hijos
Ximena Garcia de Pamplona * c. 0820 N
-----------------------------------

Ximena Garcia de Pamplona
* c. 0820
Padres
Padre: Garcia Ximenez, magnate basco * c. 0790
Madre: N
Matrimonios
c. 0840
N
Hijos
Garcia Ximenez * c. 0840 Oneca de Sangueza Daldidis de Paillars
-----------------------------------

Garcia Ximenez
* c. 0840
Padres
Padre: N
Madre: Ximena Garcia de Pamplona * c. 0820
Matrimonios
Matrimonio I:
Oneca de Sangueza
Matrimonio II:
Daldidis de Paillars
Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Iñigo Garcez Ximena Velasco
Sancha Garcez * c. 0880 Galindo III Aznar, conde de Aragón Garcia Ximenez
Hijos del Matrimonio II:
Sancho I Garcez, rey de Pamplona * c. 0865 Toda Aznares de Aragón

-----------------------------------

Sancho I Garcez, rey de Pamplona
* c. 0865 + c. 0925
Padres
Padre: Garcia Ximenez * c. 0840
Madre: Daldidis de Paillars
Matrimonios
Toda Aznares de Aragón * c. 0880
Hijos
Urraca Sanchez de Pamplona * c. 0915 Ramiro II, rey de León
Onega Sanchez de Pamplona * c. 0905 Alfonso IV, rey de León
Sancha Sanchez de Pamplona * c. 0910 Ordoño II, rey de León Álvaro Herraméliz, conde de Alava Fernán Gonzalez, conde de Castilla
Garcia III (I) Sanchez, rey de Pamplona * 0919 Andregoto Galindes de Aragón Teresa, infanta de León
Velasquita Sanchez de Pamplona * c. 0920 Munio, conde na Biscaia Galindo de Ribagorza Fortuna Galindes
Munia Sanchez de Pamplona * c. 0920 Ordoño III, rey de León
Orbita Sanchez * c. 0900 Al Tavil, rey de Huesca
Titulos y Señorios
Reyes de Pamplona (4)
-----------------------------------

Garcia III (I) Sanchez, rey de Pamplona
* 0919 + 22.02.0970
Padres
Padre: Sancho I Garcez, rey de Pamplona * c. 0865
Madre: Toda Aznares de Aragón * c. 0880
Matrimonios
Matrimonio I:
Andregoto Galindes de Aragón * c. 0900
Matrimonio II:
Teresa, infanta de León * c. 0930
Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Sancho II Garcez "Abarca", rey de Pamplona * > 0935 Urraca Fernandez de Castilla
Hijos del Matrimonio II:
Ramiro Garcez, rey de Viguera + 991 smn
Urraca Garcez de Pamplona * c. 0940 Fernán Gonzalez, conde de Castilla Guillermo I, duque da Gasconha
Ximeno Sanchez, conde
Titulos y Señorios
Reyes de Pamplona (5)
-----------------------------------

Sancho II Garcez "Abarca", rey de Pamplona
* > 0935 + 12.0994
Padres
Padre: Garcia III (I) Sanchez, rey de Pamplona * 0919
Madre: Andregoto Galindes de Aragón * c. 0900
Matrimonios
c. 0960
Urraca Fernandez de Castilla * c. 0930
Hijos
Garcia IV Sanchez, rey de Pamplona * 0958 Ximena Fernandez
Ramiro Sanchez + 992 smn
Gonzalo Sanchez, conde de Aragón
Urraca Sanchez de Pamplona * c. 0960 Almansor
Notas Biográficas
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Titulos y Señorios
Reyes de Pamplona (6)
----------------------------------

Garcia IV Sanchez, rey de Pamplona
* 0958 + 1004
Padres
Padre: Sancho II Garcez "Abarca", rey de Pamplona * > 0935
Madre: Urraca Fernandez de Castilla * c. 0930
Matrimonios
Ximena Fernandez * c. 0970
Hijos
Sancho III el Grande, rey de Navarra e Castilla * 0991 Gaia da Gasconha Munia Maior, heredera de Castilla
Elvira Garcez
Urraca Garcez de Pamplona * c. 1000 Alfonso V, rey de León
Garcia Garcez
Titulos y Señorios
Reyes de Pamplona (7)
-----------------------------------

Sancho III el Grande, rey de Navarra e Castilla
* 0991 + 18.05.1035
Padres
Padre: Garcia IV Sanchez, rey de Pamplona * 0958
Madre: Ximena Fernandez * c. 0970
Matrimonios
Matrimonio I: c. 1000
Gaia da Gasconha
Matrimonio II: c. 1010
Munia Maior, heredera de Castilla * c. 0990
Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Garcia III el de Nájera, rey de Navarra * > 1020 Stéphanie de Foix
Hijos del Matrimonio II:
Fernando I el Magno, rey de Castilla y León * c. 1016 Sancha, infanta heredera de León
Gonzalo Sanchez, rey de Sobrarbe e Ribargoza
Bernardo Sanchez, infante de Navarra
Hijos de Sancha de Aybar * c. 0995
Ramiro I, rey de Aragón * c. 1015 Gisberge de Bigorre Agnès d' Aquitaine.
Titulos y Señorios
Reyes de Castilla (1)
Reyes de Navarra (1)


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Fernando I el Magno, rey de Castilla y León
* c. 1016 + 27.12.1065
Padres
Padre: Sancho III el Grande, rey de Navarra e Castilla * 0991
Madre: Munia Maior, heredera de Castilla * c. 0990
Matrimonios
Matrimonio I: 1033
Sancha, infanta heredera de León * c. 1015
Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Sancho II, rey de Castilla * c. 1040 Alberta
Alfonso VI, rey de Castilla * 06.1039 Agnès d' Aquitaine Constance de Bourgogne Berthe de Bourgogne Zaida, luego Isabel de Sevilla, (Avô de D. Afonso Henriques 1º Rei de Portugal e pai de Teresa de León, condesa de Portugal e mãe de D. Afonso Henriques)
Garcia I, rey da Galiza * c. 1040 + 1095 nc ss
Urraca, infanta de León * 1033 Garcia Ordoñes
Hijos de N
Múnio Fernandez * c. 1030 N
Titulos y Señorios
Reyes de Castilla (2) - 1035 - 1065
Reyes de León (18) - 1037
-----------------------------------

Urraca, infanta de León
* 1033 + León 1201
Padres
Padre: Fernando I el Magno, rey de Castilla y León * c. 1016
Madre: Sancha, infanta heredera de León * c. 1015
Matrimonios
Garcia Ordoñes
Hijos
Osório Garcia, conde de Cabrera Sancha Moniz
Garcia Ordoñez, conde de Nájera
----------------------------------

Garcia Ordoñes
Matrimonios
Urraca, infanta de León * 1033
Hijos
Osório Garcia, conde de Cabrera Sancha Moniz
Garcia Ordoñez, conde de Nájera
-----------------------------------

Osório Garcia, conde de Cabrera
Padres
Padre: Garcia Ordoñes
Madre: Urraca, infanta de León * 1033
Matrimonios
Sancha Moniz
Hijos
D. Monio Osorez de Cabrera * c. 1110 Maria Nunes de Grijó
D. Dordia Ozores Ermigo Alboazar
Titulos y Señorios
Condes de Cabrera
----------------------------------

D. Monio Osorez de Cabrera
* c. 1110
Padres
Padre: Osório Garcia, conde de Cabrera
Madre: Sancha Moniz
Matrimonios
Maria Nunes de Grijó * c. 1120
Hijos
D. Paio Moniz de Ribeira * c. 1140 Urraca Nunes Bragança
D. Martim Moniz Teresa Afonso
D. Maria Moniz de Ribeira * c. 1150 N
----------------------------------

D. Martim Moniz, Primo de D. Afonso Henriques Rei de Portugal
Pais
Pai: D. Monio Osorez de Cabrera * c. 1110
Mãe: Maria Nunes de Grijó * c. 1120
Casamentos
Teresa Afonso * c. 1150
Filhos
D. Pedro Martins da Torre, senhor da Torre de Vasconcelos * c. 1160 D. Teresa Soares da Silva
D. João Martins (de Cabreira) Salsa * c. 1175 D. Urraca Viegas
D. Martim Martins de Cabreira, arcediago da Sé de Braga
---------------------------------
D. Pedro Martins da Torre, senhor da Torre de Vasconcelos
* c. 1160
Pais
Pai: D. Martim Moniz
Mãe: Teresa Afonso * c. 1150
Casamentos
D. Teresa Soares da Silva * c. 1160
Filhos
D. João Peres de Vasconcelos, o Tenreiro * c. 1200 Maria Soares Coelho
D. Sancha Peres de Vasconcelos D. Mendo Afonso João Gomes Barreto
-----------------------------------
D. João Peres de Vasconcelos, o Tenreiro
* c. 1200
Pais
Pai: D. Pedro Martins da Torre, senhor da Torre de Vasconcelos * c. 1160
Mãe: D. Teresa Soares da Silva * c. 1160
Casamentos
Maria Soares Coelho * c. 1210
Filhos
D. Rodrigo Anes de Vasconcelos * c. 1230 Mécia Rodrigues de Penela
Pedro Anes de Vasconcelos * c. 1250 Margarida Peres de Portocarrero
Estevão Anes de Vasconcelos
Teresa Anes de Vasconcelos João Fernandes Franco, senhor do solar de Dornelas
Maior (ou Maria) Anes de Vasconcelos Aires Rodrigues de Urrô
-----------------------------------

D. Rodrigo Anes de Vasconcelos
* c. 1230 + 1279
Pais
Pai: D. João Peres de Vasconcelos, o Tenreiro * c. 1200
Mãe: Maria Soares Coelho * c. 1210
Casamentos
Mécia Rodrigues de Penela * c. 1245
Filhos
Mem Rodrigues de Vasconcelos, senhor da Torre de Vasconcelos * c. 1275 Maria Martins Zote Constança Afonso de Brito
Fernão Rodrigues de Vasconcelos * c. 1275 Melícia Fernandes de Cambra
João Rodrigues de Vasconcelos * c. 1275 Maria Soteiro
Nuno Rodrigues de Vasconcelos + Albuquerque
Estevão Rodrigues de Vasconcelos , cónego da Sé de Lisboa
Constança Rodrigues de Vasconcelos * c. 1275 Gomes Pais de Azevedo
Maria Rodrigues de Vasconcelos * c. 1270 Vasco Pais Azevedo
Teresa Rodrigues de Vasconcelos * c. 1275 Pedro Rodrigues de Cerveira
Guiomar Rodrigues de Vasconcelos * c. 1270 Estevão Pais de Azevedo
Leonor Rodrigues de Vasconcelos * c. 1280 Paio de Meira, senhor de Ponte de Lima
----------------------------------

Mem Rodrigues de Vasconcelos, senhor da Torre de Vasconcelos
* c. 1275
Pais
Pai: D. Rodrigo Anes de Vasconcelos * c. 1230
Mãe: Mécia Rodrigues de Penela * c. 1245
Casamentos
Casamento I:
Maria Martins Zote * c. 1270
Casamento II:
Constança Afonso de Brito * c. 1280
Filhos
Filhos do Casamento I:
Maria Rodrigues de Vasconcelos * c. 1380 Álvaro Vaz Cardoso, alcaide-mór de Trancoso
João Mendes de Vasconcelos, alcaide-mór de Estremoz * c. 1300 Aldara Afonso Alcoforado
Constança Mendes de Vasconcelos * c. 1300 Gomez Pais de Cervantes
Guiomar Mendes de Vasconcelos , abadessa de Arouca (1343-1353)
Filhos do Casamento II:
Martim Mendes de Vasconcelos * c. 1330 Inês Martins de Alvarenga
Gonçalo Mendes de Vasconcelos, alcaide-mór de Coimbra * c. 1320 D. Maria Afonso Telo Teresa Rodrigues Ribeiro
Rui Mendes de Vasconcelos , clérigo
Leonor Rodrigues de Vasconcelos * c. 1330 Gonçalo Esteves de Tavares, alcaide-mór de Portalegre Vasco Martins Zote
Mécia Rodrigues Vasconcelos Vasco Gonçalves Barroso
Inês Rodrigues de Vasconcelos , freira em Arouca
Joana Mendes de Vasconcelos , freira em Santa Clara de Santarém
Brites Rodrigues de Vasconcelos , freira em Lorvão
Mór Mendes de Vasconcelos João Anes Coelho
-----------------------------------

Gonçalo Mendes de Vasconcelos, alcaide-mór de Coimbra
* c. 1320 + ? 1407
Pais
Pai: Mem Rodrigues de Vasconcelos, senhor da Torre de Vasconcelos * c. 1275
Mãe: Constança Afonso de Brito * c. 1280
Casamentos
Casamento I:
D. Maria Afonso Telo * c. 1320
Casamento II:
Teresa Rodrigues Ribeiro * c. 1320
Filhos
Filhos do Casamento I:
Não houve descendência deste casamento
Filhos do Casamento II:
Margarida Mendes de Vasconcelos Pedro Álvares Homem
João Mendes de Vasconcelos, senhor de Penela e Lousã * c. 1340 D. Leonor Pereira
Mem Rodrigues de Vasconcelos, mestre da Ordem de Santiago * c. 1340
Rui Mendes de Vasconcelos, senhor de Figueiró e Pedrogão * c. 1340

-----------------------------------
Rui Mendes de Vasconcelos, senhor de Figueiró e Pedrogão
* c. 1340
Pais
Pai: Gonçalo Mendes de Vasconcelos, alcaide-mór de Coimbra * c. 1320
Mãe: Teresa Rodrigues Ribeiro * c. 1320
Filhos
Filhos de Constança Álvares * c. 1340
Rui Vasques Ribeiro, 2º senhor de Figueiró e Pedrogão * c. 1360 Ana Afonso Violante de Sousa
Maria da Silva * c. 1360 D. João Rodrigues Pereira, senhor de Paiva, Baltar e Cabeceiras de Basto
-----------------------------------

Rui Vasques Ribeiro, 2º senhor de Figueiró e Pedrogão
* c. 1360
Pais
Pai: Rui Mendes de Vasconcelos, senhor de Figueiró e Pedrogão * c. 1340
Mãe: Constança Álvares * c. 1340
Casamentos
Casamento I:
Ana Afonso * c. 1380
Casamento II:
Violante de Sousa * c. 1370
Filhos
Filhos do Casamento II:
João Rodrigues Ribeiro de Vasconcelos, 3º senhor de Figueiró e Pedrogão * c. 1410 D. Branca da Silva
Isabel de Sousa * c. 1390 João de Magalhães, 1º senhor de Ponte da Barca
(Maria Rodrigues
Pedro (ou Rodrigo) Ribeiro de Vasconcelos * c. 1410 N de Quiró
----------------------------------

João Rodrigues Ribeiro de Vasconcelos, 3º senhor de Figueiró e Pedrogão
* c. 1410
Pais
Pai: Rui Vasques Ribeiro, 2º senhor de Figueiró e Pedrogão * c. 1360
Mãe: Violante de Sousa * c. 1370
Casamentos
D. Branca da Silva * c. 1420
Filhos
Rui Mendes de Vasconcelos, 4º senhor de Figueiró * c. 1450 Isabel Galvão
Pedro de Sousa Ribeiro de Vasconcelos, alcaide-mor de Pombal * c. 1440 Joana de Lemos
Isabel de Menezes * c. 1440 Vasco Fernandes de Gouveia, senhor de Valhelhas D. João de Noronha
D. Diogo de Sousa, bispo do Porto * 1460 , arcebispo de Braga
Catarina da Silva de Vasconcelos * c. 1460 Duarte Galvão, alcaide-mór de Leiria
Maria de Sousa Ribeiro * c. 1435 Fernão Neto da Silva
Violante de Menezes (ou de Sousa) * c. 1470 Jorge de Aguiar
---------------------------------

Rui Mendes de Vasconcelos, 4º senhor de Figueiró
* c. 1450
Pais
Pai: João Rodrigues Ribeiro de Vasconcelos, 3º senhor de Figueiró e Pedrogão * c. 1410
Mãe: D. Branca da Silva * c. 1420
Casamentos
Isabel Galvão * c. 1450
Filhos
João Rodrigues Ribeiro de Vasconcelos, 5º senhor de Figueiró * c. 1490 D. Guiomar de Castro
Pedro da Silva de Vasconcelos, senhor de Carrazedo * c. 1490 Isabel de Sotomaior
Manuel Teles de Menezes * c. 1550 Violante de Noronha
António de Menezes , capelão de el-Rei
frei Jorge de Vasconcelos , religioso jerónimo
Jerónimo de Sousa , serviu na Índia smn
Maria de Menezes * c. 1470 D. João Rodrigues Pereira, o Marramaque
-----------------------------------


João Rodrigues Ribeiro de Vasconcelos, 5º senhor de Figueiró
* c. 1490
Pais
Pai: Rui Mendes de Vasconcelos, 4º senhor de Figueiró * c. 1450
Mãe: Isabel Galvão * c. 1450
Casamentos
D. Guiomar de Castro * c. 1490
Filhos
Rui Mendes de Vasconcelos, 6º senhor de Figueiró * c. 1510 Margarida de Alcáçova
Maria de Castro * c. 1520 D. Duarte de Almeida, comednador de Sardoal Cristóvão Correia
-----------------------------------

Rui Mendes de Vasconcelos, 6º senhor de Figueiró
* c. 1510
Pais
Pai: João Rodrigues Ribeiro de Vasconcelos, 5º senhor de Figueiró * c. 1490
Mãe: D. Guiomar de Castro * c. 1490
Casamentos
Margarida de Alcáçova * c. 1510
Filhos
Maria de Vasconcelos * c. 1530 Diogo de Sousa de Vasconcelos, comendador da Lourinhã
Joana de Vasconcelos * c. 1540 Luis de Alcáçova Carneiro
---------------------------------

Maria de Vasconcelos
* c. 1530
Pais
Pai: Rui Mendes de Vasconcelos, 6º senhor de Figueiró * c. 1510
Mãe: Margarida de Alcáçova * c. 1510
Casamentos
Diogo de Sousa de Vasconcelos, comendador da Lourinhã * c. 1520
Filhos
Rui Mendes de Vasconcelos, 1º conde de Castelo Melhor * c. 1550 D. Isabel de Menezes
Gonçalo Mendes de Vasconcelos + Índia nc
Margarida de Vasconcelos * c. 1550 D. Simão de Castro, senhor de Rezende e Reriz
---------------------------------

Rui Mendes de Vasconcelos, 1º conde de Castelo Melhor
* c. 1550 + 03.02.1618
Pais
Pai: Diogo de Sousa de Vasconcelos, comendador da Lourinhã * c. 1520
Mãe: Maria de Vasconcelos * c. 1530
Casamentos
D. Isabel de Menezes * c. 1530
Filhos
Diogo de Vasconcelos
Margarida de Menezes Vasconcelos * c. 1570 Simão Gonçalves da Camara, 3º conde da Calheta
Branca da Silva * c. 1570 D. Diogo de Eça Diogo de Castelo-Branco
Francisca da Silva e Vasconcelos Álvaro Pinheiro Lobo, alcaide-mór de Barcelos
Ruy Mendes de Vasconcellos , Deão da Sé de Coimbra

---------------------------------
Margarida de Menezes Vasconcelos
* c. 1570
Pais
Pai: Rui Mendes de Vasconcelos, 1º conde de Castelo Melhor * c. 1550
Mãe: D. Isabel de Menezes * c. 1530
Casamentos
c. 1590
Simão Gonçalves da Camara, 3º conde da Calheta * c. 1565
Filhos
João Gonçalves da Camara, 4º conde de Calheta * c. 1590 D. Inês Maria de Menezes
Mariana de Lancastre Vasconcelos e Camara, 2ª condessa de Castelo Melhor * c. 1615 João Rodrigues de Vasconcelos, senhor de Valhelhas
Inês de Noronha * c. 1620 D. Vasco Luis da Gama, 1º marquês de Niza, 5º conde da Vidigueira
----------------------------------

Mariana de Lancastre Vasconcelos e Camara, 2ª condessa de Castelo Melhor
* c. 1615 + 18.12.1698
Pais
Pai: Simão Gonçalves da Camara, 3º conde da Calheta * c. 1565
Mãe: Margarida de Menezes Vasconcelos * c. 1570
Casamentos
João Rodrigues de Vasconcelos, senhor de Valhelhas * 1593
Filhos
Luis de Vasconcelos e Sousa, 3º conde de Castelo Melhor * 1636 Guiomar de Tavora Sousa Faro e Veiga
Simão de Vasconcelos e Sousa * 1638 Joana de Tavora
Sebastião de Vasconcelos e Sousa * ? 1643
António de Vasconcelos e Sousa, bispo de Lamego e Coimbra * 28.08.1645
Manuel de Vasconcelos e Sousa * c. 1648 Isabel de Sousa Coutinho
Rodrigo de Vasconcelos e Sousa * ? 1650
Maria de Vasconcelos e Sousa , dama da rainha D. Luisa de Gusmão e depois freira carmelita descalça no convento de Carnide, Lisboa
Isabel de Lancastre
----------------------------------

Luis de Vasconcelos e Sousa, 3º conde de Castelo Melhor
* 1636 + 15.08.1720
Pais
Pai: João Rodrigues de Vasconcelos, senhor de Valhelhas * 1593
Mãe: Mariana de Lancastre Vasconcelos e Camara, 2ª condessa de Castelo Melhor * c. 1615
Casamentos
Guiomar de Tavora Sousa Faro e Veiga * c. 1640
Filhos
Afonso de Vasconcelos e Sousa Cunha Camara Faro e Veiga, 5º conde de Calheta * 17.01.1664 D. Mariana Francisca Xavier de Noronha Emilie Sophronie Pelagie de Rohan
Bernardo de Tavora de Vasconcelos e Sousa * 1666 D. Maria Madalena de Portugal
Mariana de Lancastre * c. 1668 Pedro de Vasconcelos e Sousa
Leonor de Lancastre

----------------------------------
Afonso de Vasconcelos e Sousa Cunha Camara Faro e Veiga, 5º conde de Calheta
* 17.01.1664 + Lisboa, São José 02.02.1734
Pais
Pai: Luis de Vasconcelos e Sousa, 3º conde de Castelo Melhor * 1636
Mãe: Guiomar de Tavora Sousa Faro e Veiga * c. 1640
Casamentos
Casamento I: 1690
D. Mariana Francisca Xavier de Noronha * c. 1665
Casamento II: 1695
Emilie Sophronie Pelagie de Rohan * 1678
Filhos
Filhos do Casamento I:
Não houve descendência deste casamento
Filhos do Casamento II:
Ana de Vasconcelos e Sousa * 26.04.1696 D. Rodrigo de Lancastre Simão de Vasconcelos e Sousa
Guiomar Francisca de Vasconcelos e Sousa * 06.03.1700 D. Francisco José de Almada, senhor de Carvalhais
Leonor Josefa de Vasconcelos e Sousa * 30.03.1701 , freira no mosteiro da Esperança, Lisboa
Luis António João de Vasconcelos e Sousa * 14.05.1703
Filipe de Vasconcelos e Sousa * 01.05.1705
José de Vasconcelos e Sousa Caminha Camara Faro e Veiga, 1º marquês de Castelo Melhor * 10.08.1706 D. Maria Rosa Quitéria de Noronha
Francisco Maurício de Vasconcelos de Rohan * 26.06.1710 , prelado da Santa Igreja Patriarcal
Maria Margarida de Vasconcelos e Sousa * 20.07.1714 , freira no convento da Esperança, Lisboa
Margarida de Vasconcelos e Sousa * 31.08.1715 , freira no convento da Esperança, Lisboa
Luis Sebastião Armando Belchior Francisco Bernardo Dionísio de Vasconcelos e Sousa * 20.01.1717
Agostinho Armando de Vasconcelos e Sousa * 31.10.1718 , prelado da Santa Igreja Patriarcal

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José de Vasconcelos e Sousa Caminha Camara Faro e Veiga, 1º marquês de Castelo Melhor
* Lisboa, São José 10.08.1706 + Lisboa, São José 22.04.1769
Pais
Pai: Afonso de Vasconcelos e Sousa Cunha Camara Faro e Veiga, 5º conde de Calheta * 17.01.1664
Mãe: Emilie Sophronie Pelagie de Rohan * 1678
Casamentos
Lisboa, São João da Praça (extinta), Palácio dos Marqueses de Angeja 20.06.1728
D. Maria Rosa Quitéria de Noronha * 08.09.1715
Filhos
Luisa Teresa de Vasconcelos e Sousa * 29.05.1730 , (soror Maria de S. José), freira no Convento das Carmelitas Descalças de Santo Alberto de Lisboa
Afonso de Vasconcelos e Sousa * 22.10.1733 (Afonso Honorato José Xavier Gregório Baltazar de Vasconcelos e Sousa)
Pelágia de Vasconcelos e Sousa * 17.09.1736 (Pelágia Sinfrónia Maria Josefa Tomásia Ana Mónica Francisca Gaspar de Vasconcelos e Sousa)
António José de Vasconcelos e Sousa Camara Caminha Faro e Veiga, 2º marquês de Castelo Melhor * 15.02.1738 D. Mariana de Assis Mascarenhas
José Luis de Vasconcelos e Sousa * 26.09.1740 D. Maria Rita de Castelo Branco Correia da Cunha, 1ª marquesa de Belas
Luis de Vasconcelos e Sousa, 4º conde de Figueiró * 01.11.1742
Maria de Vasconcelos e Sousa , freira no Convento das Carmelitas Descalças de Santo Alberto de Lisboa smn
Joaquim de Vasconcelos e Sousa * 20.09.1746
Mariana Josefa Joaquina Mónica Teresa Coleta de Vasconcelos e Sousa * 06.03.1750 D. José Luis Mascarenhas, 5º marquês de Fronteira
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António José de Vasconcelos e Sousa Camara Caminha Faro e Veiga, 2º marquês de Castelo Melhor
* Lisboa, São José 15.02.1738 + Lisboa, São José 06.06.1801
Pais
Pai: José de Vasconcelos e Sousa Caminha Camara Faro e Veiga, 1º marquês de Castelo Melhor * 10.08.1706
Mãe: D. Maria Rosa Quitéria de Noronha * 08.09.1715
Casamentos
Lisboa, Santos-o-Velho 29.11.1777
D. Mariana de Assis Mascarenhas * 14.12.1737
Filhos
José do Santíssimo Sacramento Maria de Vasconcelos e Sousa * 22.05.1781 (José do Santíssimo Sacramento Maria Joaquim Ana Paulo António Francisco de Vasconcelos e Sousa)
Manuel do Santíssimo Sacramento Maria de Vasconcelos e Sousa * 24.04.1782 (Manuel do Santíssimo Sacramento Maria Joaquim Ana Paulo António Francisco de Vascncelos e Sousa)
Afonso de Vasconcelos e Sousa, 3º marquês de Castelo Melhor * 29.05.1783 D. Francisca de Assis Xavier Teles da Gama
Rita do Santíssimo Sacramento de Vasconcelos e Sousa * 09.09.1784 D. Luís de Almeida Portugal, 4º marquês de Lavradio
Helena do Santíssimo Sacramento de Vasconcelos e Sousa * 06.02.1786 D. José Maria da Piedade de Lancastre, 6º marquês de Abrantes
Maria do Santíssimo Sacramento de Vasconcelos e Sousa * 09.06.1790 D. José Maria Gonçalves Zarco da Camara, 7º conde da Ribeira Grande
Luis do Santíssimo Sacramento de Vasconcelos e Sousa * 06.02.1791 D. Teresa Henriques Pereira Faria Saldanha e Lancastre, 13ª senhora das Alcáçovas Maria Rita de Carvalho
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Afonso de Vasconcelos e Sousa, 3º marquês de Castelo Melhor
* Lisboa, São José 29.05.1783 + 27.08.1827
Pais
Pai: António José de Vasconcelos e Sousa Camara Caminha Faro e Veiga, 2º marquês de Castelo Melhor * 15.02.1738
Mãe: D. Mariana de Assis Mascarenhas * 14.12.1737
Casamentos
Lisboa, Beato 02.05.1811
D. Francisca de Assis Xavier Teles da Gama * 06.12.1793
Filhos
Maria de Vasconcelos e Sousa * 09.04.1812 nc ss
Mariana de Vasconcelos e Sousa * 29.03.1813
Eugénia de Vasconcelos e Sousa * 11.03.1814 nc ss
Helena de Vasconcelos e Sousa * 15.03.1815
António de Vasconcelos e Sousa Camara Caminha Faro e Veiga, 4º marquês de Castelo Melhor * 13.03.1816 D. Helena Luisa de Lima Brito Nogueira
Domingos de Vasconcelos e Sousa * 05.05.1817 nc ss
José de Vasconcelos e Sousa * 23.07.1818 Guilhermina Augusta Carneiro Leão
Manuel de Vasconcelos e Sousa * 05.01.1822 nc ss
Luis de Vasconcelos e Sousa * 18.03.1823 D. Ana Rosa do Santíssimo Sacramento de Sousa Holstein
Ana de Vasconcelos e Sousa * 18.04.1824
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António de Vasconcelos e Sousa Camara Caminha Faro e Veiga, 4º marquês de Castelo Melhor
* Lisboa, São José 13.03.1816 + Lisboa, São José 27.07.1858
Pais
Pai: Afonso de Vasconcelos e Sousa, 3º marquês de Castelo Melhor * 29.05.1783
Mãe: D. Francisca de Assis Xavier Teles da Gama * 06.12.1793
Casamentos
D. Helena Luisa de Lima Brito Nogueira * 03.12.1815
Filhos
Helena Maria de Vasconcelos e Sousa, 6ª marquesa de Castelo Melhor * 01.04.1836 D. Manuel Maria Duarte Ximenes de Azevedo
Afonso de Vasconcelos e Sousa * 09.10.1837
João de Vasconcelos e Sousa Camara Caminha Faro e Veiga, 5º marquês de Castelo Melhor * 10.05.1841
Maria José do Santíssmo Sacramento Luisa João Batista de Vasconcelos e Sousa * 28.03.1848

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João de Vasconcelos e Sousa Camara Caminha Faro e Veiga, 5º marquês de Castelo Melhor
* Lisboa, Santa Maria dos Olivais, Nossa Senhora da Purificação de Belas 10.05.1841 + Lisboa, São José 11.01.1878
Pais
Pai: António de Vasconcelos e Sousa Camara Caminha Faro e Veiga, 4º marquês de Castelo Melhor * 13.03.1816
Mãe: D. Helena Luisa de Lima Brito Nogueira * 03.12.1815
Filhos
Filhos de Isabel Maria de Almeida
D. Maria da Pureza de Vasconcelos e Sousa * 28.04.1877 D. Vicente de Paula Gonçalves Zarco da Camara, 10º conde da Ribeira Grande

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Helena Maria de Vasconcelos e Sousa, 6ª marquesa de Castelo Melhor
* Lisboa, São José 01.04.1836 + Lisboa, São Cristóvão e São Lourenço, São Lourenço 24.12.1900
Pais
Pai: António de Vasconcelos e Sousa Camara Caminha Faro e Veiga, 4º marquês de Castelo Melhor * 13.03.1816
Mãe: D. Helena Luisa de Lima Brito Nogueira * 03.12.1815
Casamentos
Lisboa, Santa Isabel 24.11.1870
D. Manuel Maria Duarte Ximenes de Azevedo * 12.05.1835
Filhos
D. Helena Maria de Vasconcelos e Sousa Ximenes, 7ª marquesa de Castelo Melhor * 02.11.1871 João da Silveira Pinto da Fonseca, 3º visconde da Várzea de Abrunhais
D. Miguel António de Vasconcelos e Sousa Ximenes * 28.12.1872
D. António Maria de Vasconcelos e Sousa * 07.03.1878

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D. Helena Maria de Vasconcelos e Sousa Ximenes, 7ª marquesa de Castelo Melhor
* Lisboa, São José 02.11.1871 + Lisboa, São Cristóvão e São Lourenço, São Lourenço 05.09.1932
Pais
Pai: D. Manuel Maria Duarte Ximenes de Azevedo * 12.05.1835
Mãe: Helena Maria de Vasconcelos e Sousa, 6ª marquesa de Castelo Melhor * 01.04.1836
Casamentos
Oeiras, Algés, Palácio do Dafundo 08.02.1888
João da Silveira Pinto da Fonseca, 3º visconde da Várzea de Abrunhais * 03.02.1863
Filhos
Helena Maria da Silveira de Vasconcelos e Sousa * 06.06.1889 Robert, prince de Broglie
D. Bernardo Manuel de Vasconcelos e Sousa, 8º marquês de Castelo Melhor * 08.12.1890 Maria da Luz Burnay de Melo Breyner
Maria Emília da Silveira de Vasconcelos e Sousa * 01.07.1893 (Maria Emília do Santíssimo Sacramento Josefa Francisca de Assis da Silveira de Vasconcelos e Sousa)
Manuel Maria da Silveira de Vasconcelos e Sousa, 4º marquês de Ponte de Lima * 30.06.1895 Irene Dulce Davim de Oliveira
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D. Bernardo Manuel de Vasconcelos e Sousa, 8º marquês de Castelo Melhor
* Lisboa, São Cristóvão e São Lourenço 08.12.1890 + 18.02.1964
Pais
Pai: João da Silveira Pinto da Fonseca, 3º visconde da Várzea de Abrunhais * 03.02.1863
Mãe: D. Helena Maria de Vasconcelos e Sousa Ximenes, 7ª marquesa de Castelo Melhor * 02.11.1871
Casamentos
15.05.1919
Maria da Luz Burnay de Melo Breyner * 15.09.1901
Filhos
D. João Brum da Silveira Vasconcelos e Sousa * 03.02.1920 Silvina da Conceição Santos Gonçalves
D. Tomás Xavier de Melo Breyner da Silveira de Vasconcelos e Sousa Maria do Céu Santos
D. Maria da Pureza do Santíssimo Sacramento de Melo Breyner da Silveira Vasconcelos e Sousa * 09.06.1922 António Augusto Amaral de Figueiredo
D. Francisco António de Vasconcelos e Sousa * 25.09.1923 Maria Joaquina Pinto Basto de Sá de Azevedo Coutinho
D. Helena Luisa do Carmo da Silveira de Vasconcelos e Sousa * 05.01.1925 José de Vasconcelos Cyrne de Sousa
D. Manuel Gonçalo do Santíssimo Sacramento de Melo Breyner da Silveira de Vasconcelos e Sousa * 28.03.1926 nc ss
D. António Lourenço Filomeno do Carmo Burnay de Vasconcelos e Sousa * 06.06.1928 Maria da Conceição Fernandes
D. Teresa Filomena de Melo Breyner da Silveira de Vasconcelos e Sousa * 28.05.1929
D. Luís Filipe Burnay de Melo Breyner de Lima Brito Nogueira da Silveira Vasconcelos e Sousa * 18.06.1930 Maria José de Melo Mexia Pinto de Mesquita
D. Maria Emília de Melo Breyner da Silveira de Vasconcelos e Sousa * 05.11.1931
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D. Bernardo João da Silveira de Vasconcelos e Sousa, 9º marquês de Castelo Melhor
* Lisboa, São João de Deus 21.02.1957
Pais
Pai: D. João Brum da Silveira Vasconcelos e Sousa * 03.02.1920
Mãe: Silvina da Conceição Santos Gonçalves * 24.04.1926
Casamentos
Lisboa, Lisboa 28.01.1989
Ana Isabel de Lemos Carvalhão Buescu * 25.08.1957
Filhos
D. João Francisco Carvalhão Buescu de Vasconcelos e Sousa * 05.02.1991
D. Maria Leonor Carvalhão Buescu de Vasconcelos e Sousa * 30.12.1994

Materna de Martim Moniz até o ramo que veio para o Brasil
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Flávio Honório Teodósio
Matrimoni
Thermantia
Figli
Teodósio I, Imperador de Roma * 0346 Gala
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Teodósio I, Imperador de Roma
* Spagna 0346 + Milano, Milano 17.01.0395
Genitori
Padre: Flávio Honório Teodósio
Madre: Thermantia
Matrimoni
Matrimonio II:
Gala
Figli
Gala Placida * c. 0388 Euqeiro Ataulfo, rei
Títoli
Imperatori di Roma
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Gala Placida
* c. 0388 + Roma, Roma 27.11.0450
Genitori
Padre: Teodósio I, Imperador de Roma * 0346
Madre: Gala
Matrimoni
Matrimonio I:
Euqeiro
Matrimonio II: Francia, Narbonne 0414
Ataulfo, rei
Figli
Figli del matrimonio II:
Atailda Jofre Rocaberti
Sigerico, rey de los Godos
Teodorico Flavia Gala Placida
-----------------------------------
Ataulfo, rei
+ 0415
Marriages
France, Narbonne 0414
Gala Placida * c. 0388
Children
Atailda Jofre Rocaberti
Sigerico, rey de los Godos
Teodorico Flavia Gala Placida
--------------------------------------------------------------

Teodorico
Genitori
Padre: Ataulfo, rei
Madre: Gala Placida * c. 0388
Matrimoni
Flavia Gala Placida
Figli
Theodoric I, King of the Visigoths N
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Theodoric I, King of the Visigoths
Parents
Father: Teodorico
Mother: Flavia Gala Placida
Marriages
N
Children
Eurico I Balthes, rey de los Visigodos Ragnahild
Titles
Kings of the Visigodos
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Eurico I Balthes, rey de los Visigodos
Padres
Padre: Theodoric I, King of the Visigoths
Madre: N
Matrimonios
Ragnahild
Hijos
Alaric II Balthes, rey dos Visigodos Theodegotha dos Ostrogodos
Titulos y Señorios
Reyes de los Visigodos
-----------------------------------

Alaric II Balthes, rey dos Visigodos
+ 0507
Padres
Padre: Eurico I Balthes, rey de los Visigodos
Madre: Ragnahild
Matrimonios
0494
Theodegotha dos Ostrogodos * c. 0473
Hijos
Amalric I Balthes, rey de los Visigodos * 0502 Clothilde de France
Titulos y Señorios
Reyes de los Visigodos
-----------------------------------

Amalric I Balthes, rey de los Visigodos
* 0502 + c. 0530
Padres
Padre: Alaric II Balthes, rey dos Visigodos
Madre: Theodegotha dos Ostrogodos * c. 0473
Matrimonios
0511
Clothilde de France * c. 0510
Hijos
Leovigildo de Setimania Balthes * c. 0525 Theodosia de Cartagena
Titulos y Señorios
Reyes de los Visigodos
-----------------------------------

Leovigildo de Setimania Balthes
* c. 0525
Padres
Padre: Amalric I Balthes, rey de los Visigodos * 0502
Madre: Clothilde de France * c. 0510
Matrimonios
c. 0550
Theodosia de Cartagena
Hijos
Hermenegildo II Baltes * c. 0550 Ingunda d' Austrasie
Recaredo I
Titulos y Señorios
Reyes de los Visigodos
-----------------------------------

Hermenegildo II Baltes
* c. 0550
Padres
Padre: Leovigildo de Setimania Balthes * c. 0525
Madre: Theodosia de Cartagena
Matrimonios
c. 0570
Ingunda d' Austrasie * c. 0550
Hijos
Antanaguildo Baltes * c. 0580 N
-----------------------------------

Antanaguildo Baltes
* c. 0580
Padres
Padre: Hermenegildo II Baltes * c. 0550
Madre: Ingunda d' Austrasie * c. 0550
Matrimonios
c. 0600
N
Hijos
Adrebasto Baltes * c. 0610 N

----------------------------------
Adrebasto Baltes
* c. 0610
Padres
Padre: Antanaguildo Baltes * c. 0580
Madre: N
Matrimonios
c. 0620
N
Hijos
Ervigio Favila * c. 0630 Liubigotona Baltes
-----------------------------------

Ervigio Favila
* c. 0630
Padres
Padre: Adrebasto Baltes * c. 0610
Madre: N
Matrimonios
c. 0650
Liubigotona Baltes * c. 0630
Hijos
Cixilo Balthes, emperatriz de Hispania Egica I, emperador da Hispania
Pedro, duque da Cantábria * c. 0660 N

-----------------------------------

Pedro, duque da Cantábria
* c. 0660
Padres
Padre: Ervigio Favila * c. 0630
Madre: Liubigotona Baltes * c. 0630
Matrimonios
c. 0690
N
Hijos
Alfonso I, rey de Asturias * c. 0690 Ermesinda de Asturias
Froila Petri de Leão * 0700 N
Titulos y Señorios
Duques de Cantábria
-----------------------------------

Alfonso I, rey de Asturias
* c. 0690 + 0757
Padres
Padre: Pedro, duque da Cantábria * c. 0660
Madre: N
Matrimonios
c. 0723
Ermesinda de Asturias * 0700
Hijos
Froila I, rey de León * c. 0725 Munia Froilaz
Titulos y Señorios
Reis das Astúrias
-----------------------------------

Froila I, rey de León
* c. 0725 + 0768
Padres
Padre: Alfonso I, rey de Asturias * c. 0690
Madre: Ermesinda de Asturias * 0700
Matrimonios
Matrimonio I: c.
Munia Froilaz * c. 0730
Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Alfonso II el Casto, rey de León * 0759
Froila de Leão * c. 0760 N
Hijos de Hermesenda Romaes
Romão, conde de Monterroso e de Santa Marta de Ortigueira D. Teresa Arias
Titulos y Señorios
Reyes de León (1)
-----------------------------------

Froila de Leão
* c. 0760
Padres
Padre: Froila I, rey de León * c. 0725
Madre: Munia Froilaz * c. 0730
Matrimonios
c.
N
Hijos
Bermudo, príncipe de Leão * c. 0750 Ursinda Muniadona de Coimbra
-----------------------------------

Bermudo, príncipe de Leão
* c. 0750 + 0842
Padres
Padre: Froila de Leão * c. 0760
Madre: N
Matrimonios
c. 0790
Ursinda Muniadona de Coimbra * c. 0750
Hijos
Ramiro I, rey de León * c. 0770 Paterna de Castilla
Titulos y Señorios
Infantes de León

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Ramiro I, rey de León
* c. 0770 + 0850
Padres
Padre: Bermudo, príncipe de Leão * c. 0750
Madre: Ursinda Muniadona de Coimbra * c. 0750
Matrimonios
c. 0800
Paterna de Castilla * c. 0780
Hijos
Ordoño I, rey de León * 0800 Munadona de Vierzo
Condessa Muncia
Titulos y Señorios
Reyes de León (3)
-----------------------------------

Ordoño I, rey de León
* 0800 + 0866
Padres
Padre: Ramiro I, rey de León * c. 0770
Madre: Paterna de Castilla * c. 0780
Matrimonios
c. 0845
Munadona de Vierzo * c. 0810
Hijos
Alfonso III, rey de León * 0838 Ximena Garcez de Pamplona
Luidegunda, infanta de León * c. 0840 Garcia Iñiguez, rey de Pamplona
Nuno Ordoñez, infante da Galiza N de Castilla
Bermudo Ordoñez , pretendente + a. 928
Oduário Ordoñez , pretendente
Froila Ordoñez , pretendente
Titulos y Señorios
Reyes de León (4)
-----------------------------------

Alfonso III, rey de León
* 0838 + 20.12.0910
Padres
Padre: Ordoño I, rey de León * 0800
Madre: Munadona de Vierzo * c. 0810
Matrimonios
c. 0860
Ximena Garcez de Pamplona * c. 0840
Hijos
Garcia I, rey de León * c. 0860 Muniadona Nuñez
Ramiro de Leão * c. 0870 Urraca (antes N.. ibn Abd' Allah)
Ordoño II, rey de León * c. 0860 Elvira Mendes de Portugal Sancha Sanchez de Pamplona
Froila II, rey de León * c. 0860 Munia Ximenez de Pamplona
Titulos y Señorios
Reyes de León (5)
----------------------------------

Ordoño II, rey de León
* c. 0860 + 0924
Padres
Padre: Alfonso III, rey de León * 0838
Madre: Ximena Garcez de Pamplona * c. 0840
Matrimonios
Matrimonio I: c. 0890
Elvira Mendes de Portugal * 0865
Matrimonio II:
Sancha Sanchez de Pamplona * c. 0910
Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Alfonso IV, rey de León * c. 0900 Onega Sanchez de Pamplona
Ramiro II, rey de León * c. 0900 Ausenda Guterres de Coimbra Urraca Sanchez de Pamplona Onega?…
Hijos del Matrimonio II:
Sin sucesión
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Titulos y Señorios
Reyes de León (7)
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Ramiro II, rey de León
* c. 0900 + 0965
Padres
Padre: Ordoño II, rey de León * c. 0860
Madre: Elvira Mendes de Portugal * 0865
Matrimonios
Matrimonio I: c. 0925
Ausenda Guterres de Coimbra
Matrimonio II: c. 0930
Urraca Sanchez de Pamplona * c. 0915
Matrimonio III:
Onega?
Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Ordoño III, rey de León * c. 0925 Urraca Fernandez de Castilla Munia Sanchez de Pamplona
Teresa, infanta de León * c. 0930 Garcia III (I) Sanchez, rey de Pamplona
Hijos del Matrimonio II:
Sancho I el Gordo, rey de León * c. 0930 N
Elvira de Leão , regente do reino de Leão em 966
Hijos del Matrimonio III:
Lovesendo Ramires * c. 0940 Zayra Ibn Zayda
Titulos y Señorios
Reyes de León (10)
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Ordoño III, rey de León
* c. 0925 + Zamora 08.0955
Padres
Padre: Ramiro II, rey de León * c. 0900
Madre: Ausenda Guterres de Coimbra
Matrimonios
Matrimonio I: 0950
Urraca Fernandez de Castilla * c. 0930
Matrimonio II: c. 0950
Munia Sanchez de Pamplona * c. 0920
Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Sin sucesión
Hijos del Matrimonio II:
Sin sucesión
Hijos de Elvira Pais Daza * c. 0930
Bermudo II, rey de León * 0956 Elvira Garcez de Castilla
Titulos y Señorios
Reyes de León (11)
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Bermudo II, rey de León
* 0956 + 09.0999
Padres
Padre: Ordoño III, rey de León * c. 0925
Madre: Elvira Pais Daza * c. 0930
Matrimonios
Matrimonio I: c. 0960
Elvira Garcez de Castilla * c. 0960
Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Alfonso V, rey de León * 0994 Elvira Mendes, condessa soberana de Portugal Urraca Garcez de Pamplona
Hijos de N
Ordonho Bermudes de Leão * c. 0980 Fronilde Pais de Coimbra
Titulos y Señorios
Reyes de León (15)
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Alfonso V, rey de León
* 0994 + Viseu 07.08.1028
Padres
Padre: Bermudo II, rey de León * 0956
Madre: Elvira Garcez de Castilla * c. 0960
Matrimonios
Matrimonio I: 1014
Elvira Mendes, condessa soberana de Portugal * 0995
Matrimonio II:
Urraca Garcez de Pamplona * c. 1000
Hijos
Hijos del Matrimonio I:
Sancha, infanta heredera de León * c. 1015 Fernando I el Magno, rey de Castilla y León
Bermudo III, rey de León * 1016
Hijos del Matrimonio II:
Ximena Afonso de Leão Fernando Gondemarez, conde das Astúrias
Titulos y Señorios
Reyes de León (16)
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Sancha, infanta heredera de León
* c. 1015 + 07.11.1067
Padres
Padre: Alfonso V, rey de León * 0994
Madre: Elvira Mendes, condessa soberana de Portugal * 0995
Matrimonios
1033
Fernando I el Magno, rey de Castilla y León * c. 1016
Hijos
Sancho II, rey de Castilla * c. 1040 Alberta
Alfonso VI, rey de Castilla * 06.1039 Agnès d' Aquitaine Constance de Bourgogne Berthe de Bourgogne Zaida, luego Isabel de Sevilla, (Avô de D. Afonso Henriques 1º Rei de Portugal e pai de Teresa de León, condesa de Portugal e mãe de D. Afonso Henriques)
Garcia I, rey da Galiza * c. 1040 + 1095 nc ss
Urraca, infanta de León * 1033 Garcia Ordoñes
Titulos y Señorios
Infantas de León
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Urraca, infanta de León
* 1033 + León 1201
Padres
Padre: Fernando I el Magno, rey de Castilla y León * c. 1016
Madre: Sancha, infanta heredera de León * c. 1015
Matrimonios
Garcia Ordoñes
Hijos
Osório Garcia, conde de Cabrera Sancha Moniz
Garcia Ordoñez, conde de Nájera
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Osório Garcia, conde de Cabrera
Padres
Padre: Garcia Ordoñes
Madre: Urraca, infanta de León * 1033
Matrimonios
Sancha Moniz
Hijos
D. Monio Osorez de Cabrera * c. 1110 Maria Nunes de Grijó
D. Dordia Ozores Ermigo Alboazar
Titulos y Señorios
Condes de Cabrera

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D. Monio Osorez de Cabrera

* c. 1110
Padres
Padre: Osório Garcia, conde de Cabrera
Madre: Sancha Moniz
Matrimonios
Maria Nunes de Grijó * c. 1120
Hijos
D. Paio Moniz de Ribeira * c. 1140 Urraca Nunes Bragança
D. Martim Moniz Teresa Afonso
D. Maria Moniz de Ribeira * c. 1150 N


D. Martim Moniz
Pais
Pai: D. Monio Osorez de Cabrera * c. 1110
Mãe: Maria Nunes de Grijó * c. 1120
Casamentos
Teresa Afonso * c. 1150
Filhos
D. Pedro Martins da Torre, senhor da Torre de Vasconcelos * c. 1160 D. Teresa Soares da Silva
D. João Martins (de Cabreira) Salsa * c. 1175 D. Urraca Viegas
D. Martim Martins de Cabreira, arcediago da Sé de Braga

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D. Pedro Martins da Torre, senhor da Torre de Vasconcelos
* c. 1160
Pais
Pai: D. Martim Moniz
Mãe: Teresa Afonso * c. 1150
Casamentos
D. Teresa Soares da Silva * c. 1160
Filhos
D. João Peres de Vasconcelos, o Tenreiro * c. 1200 Maria Soares Coelho
D. Sancha Peres de Vasconcelos D. Mendo Afonso João Gomes Barreto
----------------------------------D. João Peres de Vasconcelos, o Tenreiro
* c. 1200
Pais
Pai: D. Pedro Martins da Torre, senhor da Torre de Vasconcelos * c. 1160
Mãe: D. Teresa Soares da Silva * c. 1160
Casamentos
Maria Soares Coelho * c. 1210
Filhos
D. Rodrigo Anes de Vasconcelos * c. 1230 Mécia Rodrigues de Penela
Pedro Anes de Vasconcelos * c. 1250 Margarida Peres de Portocarrero
Estevão Anes de Vasconcelos
Teresa Anes de Vasconcelos João Fernandes Franco, senhor do solar de Dornelas
Maior (ou Maria) Anes de Vasconcelos Aires Rodrigues de Urrô
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D. Rodrigo Anes de Vasconcelos
* c. 1230 + 1279
Pais
Pai: D. João Peres de Vasconcelos, o Tenreiro * c. 1200
Mãe: Maria Soares Coelho * c. 1210
Casamentos
Mécia Rodrigues de Penela * c. 1245
Filhos
Mem Rodrigues de Vasconcelos, senhor da Torre de Vasconcelos * c. 1275 Maria Martins Zote Constança Afonso de Brito
Fernão Rodrigues de Vasconcelos * c. 1275 Melícia Fernandes de Cambra
João Rodrigues de Vasconcelos * c. 1275 Maria Soteiro
Nuno Rodrigues de Vasconcelos + Albuquerque
Estevão Rodrigues de Vasconcelos , cónego da Sé de Lisboa
Constança Rodrigues de Vasconcelos * c. 1275 Gomes Pais de Azevedo
Maria Rodrigues de Vasconcelos * c. 1270 Vasco Pais Azevedo
Teresa Rodrigues de Vasconcelos * c. 1275 Pedro Rodrigues de Cerveira
Guiomar Rodrigues de Vasconcelos * c. 1270 Estevão Pais de Azevedo
Leonor Rodrigues de Vasconcelos * c. 1280 Paio de Meira, senhor de Ponte de Lima

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Mem Rodrigues de Vasconcelos, senhor da Torre de Vasconcelos
* c. 1275
Pais
Pai: D. Rodrigo Anes de Vasconcelos * c. 1230
Mãe: Mécia Rodrigues de Penela * c. 1245
Casamentos
Casamento I:
Maria Martins Zote * c. 1270
Casamento II:
Constança Afonso de Brito * c. 1280
Filhos
Filhos do Casamento I:
Maria Rodrigues de Vasconcelos * c. 1380 Álvaro Vaz Cardoso, alcaide-mór de Trancoso
João Mendes de Vasconcelos, alcaide-mór de Estremoz * c. 1300 Aldara Afonso Alcoforado
Constança Mendes de Vasconcelos * c. 1300 Gomez Pais de Cervantes
Guiomar Mendes de Vasconcelos , abadessa de Arouca (1343-1353)
Filhos do Casamento II:
Martim Mendes de Vasconcelos * c. 1330 Inês Martins de Alvarenga
Gonçalo Mendes de Vasconcelos, alcaide-mór de Coimbra * c. 1320 D. Maria Afonso Telo Teresa Rodrigues Ribeiro
Rui Mendes de Vasconcelos , clérigo
Leonor Rodrigues de Vasconcelos * c. 1330 Gonçalo Esteves de Tavares, alcaide-mór de Portalegre Vasco Martins Zote
Mécia Rodrigues Vasconcelos Vasco Gonçalves Barroso
Inês Rodrigues de Vasconcelos , freira em Arouca
Joana Mendes de Vasconcelos , freira em Santa Clara de Santarém
Brites Rodrigues de Vasconcelos , freira em Lorvão
Mór Mendes de Vasconcelos João Anes Coelho
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Gonçalo Mendes de Vasconcelos, alcaide-mór de Coimbra
* c. 1320 + ? 1407
Pais
Pai: Mem Rodrigues de Vasconcelos, senhor da Torre de Vasconcelos * c. 1275
Mãe: Constança Afonso de Brito * c. 1280
Casamentos
Casamento I:
D. Maria Afonso Telo * c. 1320
Casamento II:
Teresa Rodrigues Ribeiro * c. 1320
Filhos
Filhos do Casamento I:
Não houve descendência deste casamento
Filhos do Casamento II:
Margarida Mendes de Vasconcelos Pedro Álvares Homem
João Mendes de Vasconcelos, senhor de Penela e Lousã * c. 1340 D. Leonor Pereira
Mem Rodrigues de Vasconcelos, mestre da Ordem de Santiago * c. 1340
Rui Mendes de Vasconcelos, senhor de Figueiró e Pedrogão * c. 1340

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Mem Rodrigues de Vasconcelos, mestre da Ordem de Santiago
* c. 1340
Pais
Pai: Gonçalo Mendes de Vasconcelos, alcaide-mór de Coimbra * c. 1320
Mãe: Teresa Rodrigues Ribeiro * c. 1320
Filhos
Filhos de Brites Nunes de Morais * 1350
Mem Rodrigues de Vasconcelos * c. 1390 Isabel Fernandes
Filhos de N
Diogo Mendes de Vasconcelos, comendador de Sesimbra
Lopo Mendes de Vasconcelos
Diogo Mendes de Vasconcelos
Gonçalo Mendes de Vasconcelos * c. 1370 Brites Pinheiro
Joane Mendes de Vasconcelos * c. 1370 Maria de Goes Rebelo
Inês de Vasconcelos * c. 1370 Estevão Gonçalves Leitão
Pedro Mendes de Vasconcelos
Beatriz de Vasconcelos * c. 1390 D. Gonçalo Pereira de Riba Vizela, senhor de Cabeceiras de Basto
Leonor de Vasconcelos
----------------------------------

Joane Mendes de Vasconcelos
* c. 1370
Pais
Pai: Mem Rodrigues de Vasconcelos, mestre da Ordem de Santiago * c. 1340
Mãe: N
Casamentos
Maria de Goes Rebelo * c. 1410
Filhos
Genebra Mendes de Vasconcelos Lopo Pais Cardoso
Álvaro Mendes de Vasconcelos * c. 1420 Leonor Ribeiro da Fonseca
Mem Rodrigues de Vasconcelos * c. 1400 Genebra de Abreu
Isabel Mendes de Vasconcelos * c. 1400 Diogo de Abreu

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Álvaro Mendes de Vasconcelos
* c. 1420
Pais
Pai: Joane Mendes de Vasconcelos * c. 1370
Mãe: Maria de Goes Rebelo * c. 1410
Casamentos
Leonor Ribeiro da Fonseca * c. 1425
Filhos
João Mendes de Vasconcelos, 1º senhor do morgado do Esporão * c. 1450 Joana de Sousa Briolanja de Melo
Diogo Mendes de Vasconcelos, senhor do Morgado da Vidigueira Filipa Soares de Albergaria Joana Brandão
Leonor de Vasconcelos * c. 1455 D. Martinho da Silveira
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João Mendes de Vasconcelos, 1º senhor do morgado do Esporão
* c. 1450
Pais
Pai: Álvaro Mendes de Vasconcelos * c. 1420
Mãe: Leonor Ribeiro da Fonseca * c. 1425
Casamentos
Casamento I:
Joana de Sousa * c. 1460
Casamento II:
Briolanja de Melo * c. 1450
Filhos
Filhos do Casamento I:
Álvaro Mendes de Vasconcelos, 2º senhor do Morgado do Esporão * c. 1480 Maria Casco Guiomar de Melo
Mem Rodrigues de Vasconcelos
Títulos, Morgados e Senhorios
Senhores do Morgado do Esporão (1)

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Álvaro Mendes de Vasconcelos, 2º senhor do Morgado do Esporão
* c. 1480
Pais
Pai: João Mendes de Vasconcelos, 1º senhor do morgado do Esporão * c. 1450
Mãe: Joana de Sousa * c. 1460
Casamentos
Casamento I:
Maria Casco * c. 1480
Casamento II:
Guiomar de Melo * c. 1480
Filhos
Filhos do Casamento I:
Gonçalo Mendes de Vasconcelos + ass. Évora
Guiomar de Vasconcelos Rui Borges de Brito
Filhos do Casamento II:
João Mendes de Vasconcelos, 3º senhor do morgado do Esporão * c. 1530 D. Ana de Ataíde
Álvaro Mendes de Vasconcelos
Joana de Melo * c. 1510 D. Fernão da Silveira
Brites da Silveira * c. 1540 Luis de Miranda Henriques, alcaide-mór de Fronteira
Filhos de N
Álvaro Mendes de Vasconcelos
-----------------------------------

João Mendes de Vasconcelos, 3º senhor do morgado do Esporão
* c. 1530
Pais
Pai: Álvaro Mendes de Vasconcelos, 2º senhor do Morgado do Esporão * c. 1480
Mãe: Guiomar de Melo * c. 1480
Casamentos
D. Ana de Ataíde * c. 1530
Filhos
Manuel Mendes de Vasconcelos, 4º senhor do morgado do Esporão e de Vila Nova de Foz Coa * c. 1550 Luisa Vilhena de Mendonça Helena de Noronha
Álvaro Mendes de Vasconcelos , sumilher da cortina de D. João III
Luis Mendes de Vasconcelos Brites Caldeira
Joana de Ataíde e Vasconcelos Francisco Teixeira de Tavora
Várias filhas


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Luis Mendes de Vasconcelos
Pais
Pai: João Mendes de Vasconcelos, 3º senhor do morgado do Esporão * c. 1530
Mãe: D. Ana de Ataíde * c. 1530
Casamentos
Casamento I:
Brites Caldeira * c. 1560
Filhos
Filhos de N
Joane Mendes Vasconcelos N

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Joane Mendes Vasconcelos
Pais
Pai: Luis Mendes de Vasconcelos
Mãe: N
Casamentos
N
Filhos
Diogo Pereira Mendes de Vasconcelos


Diogo Pereira Mendes de Vasconcelos
Pais
Pai: Joane Mendes Vasconcelos
Mãe: N
Filhos
Filhos de N
Bernardo Pereira Mendes de Vasconcelos Ana Vieira da Rocha
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Bernardo Pereira Mendes de Vasconcelos
Pais
Pai: Diogo Pereira Mendes de Vasconcelos
Mãe: N
Casamentos
Ana Vieira da Rocha
Filhos
Bernardo Pereira de Vasconcellos Josefa Maria da Conceição
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Bernardo Pereira de Vasconcellos
Pais
Pai: Bernardo Pereira Mendes de Vasconcelos
Mãe: Ana Vieira da Rocha
Casamentos
Josefa Maria da Conceição
Filhos
Jerónimo Pereira de Vasconcelos Ana Jacinta da Natividade Ribeiro

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Jerónimo Pereira de Vasconcelos
Pais
Pai: Bernardo Pereira de Vasconcellos
Mãe: Josefa Maria da Conceição
Casamentos
Ana Jacinta da Natividade Ribeiro
Filhos
Diogo Ribeiro Pereira Vasconcelos * 28.10.1758 Maria do Carmo Cardoso e Silva de Souza Barradas
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Nasceu em Portugal, viveu em Ouro Preto - Brasil - Morreu no Rio de Janeiro. Era um Inconfidente.

Diogo Ribeiro Pereira Vasconcelos
* Porto, Santo Ildefonso 28.10.1758 + Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 28.02.1815
Pais
Pai: Jerónimo Pereira de Vasconcelos
Mãe: Ana Jacinta da Natividade Ribeiro
Casamentos
Maria do Carmo Cardoso e Silva de Souza Barradas * 12.05.1765
Filhos
Jerónimo Pereira de Vasconcelos, 1º visconde de Ponte da Barca * 31.07.1788 Maria Leonor Pires Monteiro Bandeira
Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos * 28.12.1812
Maria do Carmo Pereira de Vasconcelos * 28.04.1787 Felipe Joaquim da Cunha e Castro
Bernardo Pereira de Vasconcelos, Ouro Preto Minas Gerais, Governador, Senador, Deputado, Ministro do Imperio Brasileiro

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Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos
* Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto 28.12.1812 + Ouro Preto 03.03.1863
Pais
Pai: Diogo Ribeiro Pereira Vasconcelos * 28.10.1758
Mãe: Maria do Carmo Cardoso e Silva de Souza Barradas * 12.05.1765
Cargos e Profissões
Governadores de Minas Gerais e São Paulo Joequim Rodrigues de Vasconcelos Thereza maria de Jesus Francisco Theodoro Gomes Guilhermina Felicissima de Vasconcelos Gomes Guilhermino Rodrigues de Vasconcelos Mariana Pessoa de Vasconcelos
Jeronimo Americo de Azevedo Barros / Mariana Augusta de Vasconcelos
Pedro Policarpo Moreira
Izaura de Vasconcelos
Guilhermina de Vasconcelos Barros
Matrimonio
Antonio Martins Figueiredo
Filha
Haydée Vasconcelos Martins
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Haydée Vasconcelos Martins, 1910
Matrimonio
Edmundo de Vasconcellos Moreira
Filhos
José Silvério de Vasconcellos Moreira
José Santana de Vasconcellos Moreira
Luiz Gonzaga de Vasconcellos Moreira
Levy Luiz de Vasconcellos Moreira
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Levy Luiz de Vasconcellos Moreira
Matrimonio
Maria da Conceição Cotta Aguiar de Vasconcellos Moreira
Filhos
Luiz Henrique Aguiar de Vasconcelos Moreira
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Luiz Henrique Aguiar de Vasconcelos Moreira
Matrimonio
Karla Gonçalves Fonseca de Vasconcelos
Filhos
Lucas de Vasconcelos, 2009
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Lucas de Vasconcelos




Ruínas da Torre e Honra de Vasconcelos
Património, Tradição e Cultura | Outros Monumentos

Trata-se de um dos exemplares mais completos de casa senhorial medieval, de estilo românico, em granito e cantaria. É composta por uma torre de planta quadrada, à qual está adossada a casa e a capela. (Imóvel de Interesse Público)

Estrada Nacional 205 Km 52 a partir da vila de Amares, por caminho para o Lugar de Vasconcelos
4720 FERREIROS AMR

Distrito: Braga
Concelho: Amares
Freguesia: Ferreiros

Ruínas da Torre e Honra de Vasconcelos (Solar de Vasconcelos)
Ferreiros. Século XIII. Ruínas de um interesse paço medieval, com torre quadrangular e corpo residencial anexo. Dele, faz parte, ainda, uma Capela românica do século XII, dedicada a Santa Luzia. A casa-forte de Vasconcelos, foi o primeiro assento da nobilíssima família de gloriosos e honrados guerreiros que sempre defenderam a Pátria. Decreto nº 37 077, de 29.09.1948.

A torre medieval Penela
A atual estrutura foi erguida por Mem Rodrigues de Vasconcelos, cavaleiro de D. Dinis na guerra que opôs este monarca ao seu filho, o futuro rei D. Afonso IV. D. Dinis autorizou a construção de uma "domus fortis", em documento datado de 5 de Outubro de 1322, onde se refere que ele "havia proibido a construção destas casas fortificadas a não ser com sua expressa autorização". Esta fortificação tinha a função de proteger Mem Rodrigues no cargo que então ocupava, o de Meirinho-mor do soberano na região de Entre-Homem-e-Cávado, onde a autoridade real era contestada por Pedro Anes de Vasconcelos, tio de Mem Rodrigues:

"Desta forma, conpria huma casa forte (...) para teer hy o corpo em salluo quando lhy conprise e outro ssy pera teer hy a molher e os filhos que non possam Receber dano daquelles que lhy a el mal querem polo meu serviço"[1]
[editar]Do século XVII aos nossos dias
Em princípios do século XVII o então proprietário Miguel Valadares, cónego de Guimarães e desembargador em Braga, fez erguer a Capela de Nossa Senhora da Pena para sua sepultura, conforme inscrição epigráfica na fachada principal.

No início do século XX, em 1907, a torre passou para a família dos actuais proprietários, tendo tido lugar, em décadas posteriores, obras de consolidação e restauro. Entre elas, foram colocadas ameias em 1939, o que lhe descaracterizou a feição original, sendo edificado um segundo corpo, de carácter residencial.

O conjunto encontra-se em Vias de Classificação por Despacho de 24 de Setembro de 1990.

A mais antiga referência à honra de Vasconcelos data de 1258 e encontra-se nas Inquirições de D. Afonso III. Trinta anos depois, conhecemos os proprietários, os irmãos Rodrigo Anes e Pero Anes de Vasconcelos, mas uma testemunha então ouvida assegura que a torre (ou o edifício que então tutelava a honra) vinha já do tempo de D. Egas Fafes, no século XII.
A configuração geral da torre, como chegou até nós, deve situar-se pela segunda metade do século XIII, ou inícios do seguinte, época em que a família Vasconcelos teve poder suficiente para desafiar a autoridade real. Com efeito, no conturbado reinado de D. Sancho II, João Peres de Vasconcelos recusou-se a comparecer perante o monarca para responder perante a acusação de assassinato de Aires Anes, sendo julgado à revelia. Seu filho actuou no Julgado de Entre-Homem-e-Cávado com total liberdade, impedindo, mesmo, que juízes, mordomos, porteiros e tabeliães reais entrassem na região. Ora, "se assim procediam os Vasconcelos é porque possuíam força e essa vinha-lhes por um lado pelo grande número de terras que possuíam e por outro, certamente, porque essas terras estavam fortificadas" (SOUSA, 1978, p.11). Desconhece-se, todavia, se a propriedade já tinha uma estrutura de cariz militar antes dos irmãos Vasconcelos entrarem na sua posse ou se, pelo contrário, terão sido eles a construir a primeira torre, como pensam ALMEIDA e BARROCA, 2002, p.107.
O poderio dos Vasconcelos manteve-se durante os reinados de D. Sancho II e D. Afonso III. Com D. Dinis, o monarca procedeu à contra-ofensiva, proibindo a construção de torres senhoriais e permitindo a seu meirinho-mor no Julgado de Entre-Cávado-e-Homem a edificação da monumental torre de Penegate.
O conjunto monumental constitui "exemplo mais completo e melhor preservado" de domus fortis com anexo residencial (IDEM, p.107). A torre implanta-se sobre saliente afloramento rochoso e é a parcela mais antiga, de planta quadrangular de mais de 6 metros de lado. Originalmente, teria um ou dois pisos sobradados, pelo menos, mas o actual estado de ruína revela somente a estrutura do andar térreo, cujo acesso se fazia por porta de arco de volta perfeita voltada a nascente. Ao contrário do que acontece com a generalidade das domus fortis dos séculos XIII e XIV, este acesso ao interior abre-se no piso térreo e não em posição elevada a necessitar de escada amovível, o que pode denunciar a época precoce da sua construção, ainda vinculada às dominantes românicas.
Em época posterior, mas ainda na Idade Média (Mário Barroca aponta os inícios do século XIV), adossou-se um segundo corpo à face poente, que desempenhou as funções de residência. Este apresenta eixo longitudinal ligeiramente desviado em relação à torre, desenvolvendo-se em planta rectangular de aproximadamente 15 metros. Esta parcela do conjunto está também muito destruída, mas é de supor que tenha tido um segundo piso, devendo obedecer a uma diferenciação funcional entre andares.
A cerca de 50 metros do conjunto existe a Capela de Santa Luzia, templo privado da propriedade cuja feição actual resulta de uma reforma empreendida pelos séculos XVII-XVIII. A sua origem é, todavia, igualmente medieval, como o atesta a inscrição sobre o portal principal e a imagem tardo-gótica de Santa Luzia que, segundo SOUSA, 1978, p.7, terá substituído uma outra, consagrada a Nossa Senhora com o Menino.
A ruína do conjunto iniciou-se no século XVI. José Custódio Vieira da SILVA, 1995, p.57 equaciona ainda uma reforma por essa época, mas a verdade é que não restam hoje vestígios aparentes dessa eventual empreitada. Em 1638, uma informação documental certifica que a torre era mais alta do que na actualidade se vê, em mais de 5 metros (SOUSA, 1978, p.8), mas os últimos séculos foram de inexorável abandono. Em 1988 e 1989, Mário Barroca procedeu a investigações arqueológicas, que não lograram identificar outras estruturas anexas.

A Torre de Vasconcelos uma estrutura do género Domus Fortis, encontra-se localizada perto do lugar de Vasconcelos, na freguesia de Ferreiros (Amares), distrito de Braga. Está, pelo Decreto 37077 de 29/9/1948, classificada como Imóvel de Interesse Público pelo IPPAR [1].

Da torre restam ainda alguns vestígios daquilo que é um dos raros paços de origem românica em Portugal.

As informações disponíveis deixam supor que tenha sido edificada em meados do século XIII, pelo então Pêro de Anes e Rodrigo Anes de Vasconcelos, nascido, este último em 1230 e casado com D. Mécia Rodrigues de Penela que foram os fundadores da Honra de Vasconcelos, filhos de D. João Peres de Vasconcelos, “O Tenreiro”, nascido em 1200 e de D. Maria Soares Coelho, nascida em 1210. Sendo este João Peres de Vasconcelos filho de D. Pedro Martins da Torre, nascido em 1160 e Senhor da Torres de Vasconcelos e de D. Tersa Soares da Silva, nascida em 1160 e que foi a sua segunda esposa.

As ruínas actualmente existentes são conhecidas de forma popular por “Casa dos Mouros”. Estão edificadas num esporão de terreno sobranceiro à ribeira de Bárrio.

A construção antiga, um autêntico paço senhorial, era constituída por uma torre (que servia de refúgio em caso de ataque) e um anexo residencial de forma rectangular. A torre, propriamente dita, era de forma quadrangular e que ainda se mantém em parte, conserva o seu portal. Uma porta grande e rasgada no mesmo tipo de arcatura, que servia para fazer a ligação com o corpo do restante edifício anexo. Nas ruínas desta construção ainda existe uma grande porta em arco ogival.






Castelo de Castelo Melhor
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Coordenadas: 41° 01.370' N 7° 03.996' O


Vista de Castelo Melhor, Portugal, com o seu castelo.


O Castelo de Castelo Melhor localiza-se na vila e Freguesia de mesmo nome, Concelho de Vila Nova de Foz Côa, Distrito da Guarda, em Portugal.

Em posição dominante no alto de um monte, actualmente cercado pelo arvoredo, constituiu-se num castelo secundário, acessório na defesa do território de Ribacôa.

Antecedentes
Acredita-se que a primitiva ocupação deste local remonte a um castro pré-romano.

O castelo medieval
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, tendo a região sido conquistada pelas forças do reino de Leão, a povoação recebeu, das mãos do rei Afonso IX de Leão, a sua primeira Carta de Foral (1209), ocasião em que o soberano determinou a reconstrução e reforço das suas defesas.

Integrante do território de Ribacôa, disputado a Leão por D. Dinis (1279-1325), a sua posse definitiva para Portugal foi assegurada pelo Tratado de Alcanices (1297). Este soberano, a partir de então, procurou consolidar-lhe as fronteiras, fazendo reedificar o Castelo de Alfaiates, o Castelo de Almeida, o Castelo Bom, o Castelo Melhor, o Castelo Mendo, o Castelo Rodrigo, o Castelo de Pinhel, o Castelo do Sabugal e o Castelo de Vilar Maior.

O soberano confirmou o foral leonês (12 de Junho de 1298). Entretanto, as reformas que procedeu na sua defesa atestam o papel secundário desta povoação: elas limitaram-se ao Portão da Vila, que passou a ser guarnecido por dois torreões de planta quadrangular, transmitindo assim, ao visitante, a impressão de solidez e força, ao mesmo tempo em que se mantinha a primitiva cerca amuralhada, reforçada por um torreão adossado, vigiando a única via de acesso.

Novos trabalhos de ampliação e reforço da defesa desta vila fronteiriça tiveram lugar durante o reinado de D. Fernando (1367-1383), no contexto da campanha que empreendeu contra Castela.

Em meados do século XV, sob o reinado de D. Afonso V (1438-1481) a vila de Castelo Melhor e seus domínios foram doados à família dos Cabral, que já eram alcaides do Castelo de Belmonte.

Da Dinastia Filipina aos nossos dias
À época da Dinastia Filipina, os domínios da vila foram elevados a condado (1584). Quando da Guerra da Restauração da independência portuguesa, tiveram lugar ligeiras obras de modernização e reforço, adaptando a estrutura defensiva ao moderno fogo da artilharia. Posteriormente, a vila seria elevanda a marquesado (1766). Estas honrarias, entretanto, não beneficiaram o antigo castelo que, mergulhado no esquecimento, se conservou sem grandes adulterações.

Ainda demandando uma pesquisa arqueológica mais vasta, o conjunto foi classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 26 de Fevereiro de 1982.

Coroando o monte, o castelo apresenta planta circular, com a muralha desprovida de merlões, reforçada por três cubelos. Nela se rasga a porta, em arco quebrado. No interior, na praça de armas, abre-se uma cisterna de planta circular.

A vila, orientada por duas ruas principais, ao longo dos séculos veio a ultrapassar os muros. Em sua pequena praça central, destaca-se a igreja.

Residência Senhorial dos Castelo Melhor
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Na sede da maior freguesia do concelho de Ansião, em população e em área (Santiago da Guarda), o edifício que mais dá nas vistas é, sem dúvida, aquele a que o povo chama “Castelo” e não é mais que o Solar dos Condes de Castelo Melhor.

Trata-se do único Monumento Nacional classificado (desde 1978), em toda a área do Concelho, sendo o único exemplar da arquitectura manuelina na região. É constituído por Torre, Paço e Capela. Muito vandalizado, durante o século XX, algumas portas e janelas manuelinas ilustram o estilo em que foi construído, na 2.ª metade do século XV, acreditando-se que a Torre, em cantaria, será anterior.

É propriedade do Município, que superintendeu e custeou parte da intervenção a que recentemente foi sujeito, tendo-se encontrado, no subsolo, mosaicos romanos de grande valor, parte deles conservados para serem observados pelos visitantes. Ainda na área da freguesia, próximo à povoação de Vale de Boi, existe um pequeno troço de “calçada romana”, certamente um pedaço de uma via romana secundária, por onde terão passado muitos peregrinos de S. Tiago, que poderão ter tido alguma ligação ao actual nome desta freguesia.

O castelo de Castelo Melhor é um dos melhores exemplos de fortaleza medieval secundária, erguida numa das zonas mais periféricas dos reinos peninsulares. A obra original é leonesa e remonta aos inícios do século XIII, altura a que corresponde uma intensa fortificação da linha de Riba-Côa, zona constantemente disputada pelos monarcas português e castelhano. Foi neste contexto que Afonso VII, em 1209 ou 1210, mandou construir a fortaleza, dando-lhe simultaneamente foral, numa tentativa de consolidação populacional e militar, que se veio a revelar de relativa importância nos dois séculos seguintes.
Menos de um século depois, com o Tratado de Alcanices (1297), Castelo Melhor passou para a coroa portuguesa, integrando, a partir daí, a raia nacional. D. Dinis, como prova de afirmação do novo espaço, empreendeu obras e dotou a vila de um novo quadro administrativo, mas a verdade é que Castelo Melhor não cessou de desempenhar um papel secundário e periférico, mesmo na linha de reforço militar de Riba-Côa.
Deste estatuto menor dão conta as obras patrocinadas por D. Dinis. Apesar das transformações e ruínas posteriores, que impossibilitam uma melhor análise das obras góticas, elas ter-se-ão limitado à reformulação do "sistema de entrada do castelo, cuja porta passou a estar enquadrada por dois torreões de planta quadrangular" (BARROCA, 2000, p.224), solução muito frequente nos castelos dionisinos, pelo impacto cenográfico e pelo símbolo de autoridade régia que transmitiam. Paralelamente, manteve a estrutura geral do perímetro muralhado, com uma cerca de planta genericamente circular e um só torreão adossado, "voltado ao povoado, protegendo a única vertente por onde o acesso era possível" (IDEM, p.224). A 12 de Junho de 1298, D. Dinis confirmou os foros concedidos por Afonso IX, evitando, assim, qualquer mudança brusca no sistema de vivência e de organização dos homens vinculados à vila, mas não parece sequer ter dotado o castelo de uma torre de menagem (IDEM, p.224).
A história posterior do Castelo de Castelo Melhor é a de uma progressiva decadência. No final do século XIV, no contexto da guerra peninsular empreendida por D. Fernando, há notícias de o conjunto ter sido objecto de algumas beneficiações, certamente tendo em conta a posição estratégica face à linha de fronteira. Na centúria seguinte, com a associação de algumas das mais importantes famílias nobres às alcaidarias dos castelos, a fortaleza passou para a posse dos Cabral, estirpe que detinha também a alcaidaria de Belmonte (GOMES, 1996, p.57). Mas se, em Belmonte, esta família construiu o seu paço, em Castelo Melhor, a ter existido, nada parece ter restado.
Durante a época moderna, a povoação passou a ser sede de condado (1584) e, posteriormente, a cabeça de marquesado (1766), estatutos de prestígio que pouco tiveram que ver com a relevância do seu velho castelo. Integrado no concelho de Almendra (também ele extinto em 1855), Castelo Melhor chegou aos nossos dias como uma das nossas mais impressionantes ruínas medievais de carácter militar. À margem das grandes intervenções restauracionistas da primeira metade do século XX, constitui um dos poucos castelos não adulterados pelas vagas de restauro e um dos que poderá trazer mais informação acerca da Baixa Idade Média, assim se efectuem escavações arqueológicas direccionadas para este período.

O castelo de Castelo Melhor é um dos melhores exemplos de fortaleza medieval secundária, erguida numa das zonas mais periféricas dos reinos peninsulares. A obra original é leonesa e remonta aos inícios do século XIII, altura a que corresponde uma intensa fortificação da linha de Riba-Côa, zona constantemente disputada pelos monarcas português e castelhano. Foi neste contexto que Afonso VII, em 1209 ou 1210, mandou construir a fortaleza, dando-lhe simultaneamente foral, numa tentativa de consolidação populacional e militar, que se veio a revelar de relativa importância nos dois séculos seguintes.
Menos de um século depois, com o Tratado de Alcanices (1297), Castelo Melhor passou para a coroa portuguesa, integrando, a partir daí, a raia nacional. D. Dinis, como prova de afirmação do novo espaço, empreendeu obras e dotou a vila de um novo quadro administrativo, mas a verdade é que Castelo Melhor não cessou de desempenhar um papel secundário e periférico, mesmo na linha de reforço militar de Riba-Côa.
Deste estatuto menor dão conta as obras patrocinadas por D. Dinis. Apesar das transformações e ruínas posteriores, que impossibilitam uma melhor análise das obras góticas, elas ter-se-ão limitado à reformulação do "sistema de entrada do castelo, cuja porta passou a estar enquadrada por dois torreões de planta quadrangular" (BARROCA, 2000, p.224), solução muito frequente nos castelos dionisinos, pelo impacto cenográfico e pelo símbolo de autoridade régia que transmitiam. Paralelamente, manteve a estrutura geral do perímetro muralhado, com uma cerca de planta genericamente circular e um só torreão adossado, "voltado ao povoado, protegendo a única vertente por onde o acesso era possível" (IDEM, p.224). A 12 de Junho de 1298, D. Dinis confirmou os foros concedidos por Afonso IX, evitando, assim, qualquer mudança brusca no sistema de vivência e de organização dos homens vinculados à vila, mas não parece sequer ter dotado o castelo de uma torre de menagem (IDEM, p.224).
A história posterior do Castelo de Castelo Melhor é a de uma progressiva decadência. No final do século XIV, no contexto da guerra peninsular empreendida por D. Fernando, há notícias de o conjunto ter sido objecto de algumas beneficiações, certamente tendo em conta a posição estratégica face à linha de fronteira. Na centúria seguinte, com a associação de algumas das mais importantes famílias nobres às alcaidarias dos castelos, a fortaleza passou para a posse dos Cabral, estirpe que detinha também a alcaidaria de Belmonte (GOMES, 1996, p.57). Mas se, em Belmonte, esta família construiu o seu paço, em Castelo Melhor, a ter existido, nada parece ter restado.
Durante a época moderna, a povoação passou a ser sede de condado (1584) e, posteriormente, a cabeça de marquesado (1766), estatutos de prestígio que pouco tiveram que ver com a relevância do seu velho castelo. Integrado no concelho de Almendra (também ele extinto em 1855), Castelo Melhor chegou aos nossos dias como uma das nossas mais impressionantes ruínas medievais de carácter militar. À margem das grandes intervenções restauracionistas da primeira metade do século XX, constitui um dos poucos castelos não adulterados pelas vagas de restauro e um dos que poderá trazer mais informação acerca da Baixa Idade Média, assim se efectuem escavações arqueológicas direccionadas para este período.

La nueva pasarela del Palacio de Doña Urraca permitirá a los turistas recorrer la muralla
La actuación, que ya ha concluido, se abrirá al público tras la Navidad para convertirse en el punto de partida del visitante tras acceder a la plaza de la Leña

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Acuífero subterráneo que el Ayuntamiento pretende hacer visitable.
Foto David Rodríguez
MULTIMEDIA
Fotos de la noticia
Tania Sutil

La pasarela peatonal instalada sobre la muralla del Palacio de Doña Urraca permitirá a los visitantes pasear por los entresijos del edificio noble y observar una nueva perspectiva de la ciudad en su primera toma de contacto al arribar a la capital. La idea central se basa en que el inmueble del siglo XIV, punto de información turística y sede de la Concejalía del área, se convierta en el lugar de partida de los visitantes que acceden a Zamora a través del arco de Doña Urraca: «se trata de sorprender al que llega de fuera mediante la conjugación de lo medieval y lo contemporáneo, puesto que nada más atravesar la ciudad por el arco se toparán con una plaza de la Leña del siglo XXI ambientada con iluminación, música y sonidos adecuados», expone el concejal de Turismo y Promoción de la Ciudad en el Ayuntamiento de Zamora, Luis Javier Alonso.


El proyecto turístico y patrimonial de la adecuación del Palacio de Doña Urraca, recién concluido, está «íntimamente ligado» a la remodelación de la plaza de La Leña, a punto de culminar sus trabajos con cargo al Fondo Estatal de Inversión Local.


Una vez que la Navidad concluya y se retire el Nacimiento habilitado en el inmueble, los visitantes podrán «acceder al corazón de la ciudad a través de la muralla» y ascender hasta ella a través de unas escaleras de piedra que conducen a una pasarela elevada que ofrece una nueva visión de la ciudad sin poner en riesgo el propio Cerco, ya que cuenta con el visto bueno de la comisión de Patrimonio.


En el interior del Palacio de Doña Urraca está previsto crear un espacio escénico para convertir la visita del turista en un recorrido teatralizado con personajes zamoranos ataviados a la antigua usanza. Serán ellos los que introduzcan al turista en un recorrido por los diferentes iconos de la ciudad.


Una de las estancias del edificio noble está reservada como espacio expositivo dedicado a recrear muestras, fotografías y pinturas relacionadas con la ciudad. Aunque aún se desconoce qué autor inaugurará la iniciativa, las exposiciones serán itinerantes e ilustrarán el pasado, presente y futuro de Zamora.

Si sale bien el envío de la foto, este es el sepulcro de otra Urraca en Zamora. Se trataría de la reina Urraca de Portugal, esposa de Fernando II de León y madre de Alfonso IX. Es uno de los sepulcros románicos más bellos de España y está en la iglesia de la Magdalena, que tal vez la misma Urraca ayudó a fundar para la rama femenina de la Orden de San Juan de Jerusalén o del Hospital, de la que fue Gran Maestre un hermano suyo. Templrios y Hospitalarios tenían su capital de los reinos occidentales de España en Zamora. El sepulcro y otras zonas de esta iglesia reflejan claras influencias normandas y de Tierra Santa.

Urraca de Zamora
Para otros usos de este término, véase Urraca.


Doña Urraca, Reina de Zamora, según un grabado de la revista Zamora Ilustrada de 1882.
Urraca Fernández (León, 1033 – ibídem, 1101). Infanta de Castilla y León. Hija primogénita de Fernando I de León y de su esposa, la reina Sancha. Heredó la plaza de Zamora tras el reparto realizado por su padre antes de fallecer.



Contenido [ocultar]
1 Biografía
1.1 La herencia de Fernando I el Magno
1.2 Invasión castellana
1.3 Asesinato de Sancho II el Fuerte
1.4 Consejera de Alfonso VI el Bravo
2 Defunción y sepultura
3 Notas
4 Bibliografía
5 Véase también
6 Enlaces externos
[editar]Biografía

[editar]La herencia de Fernando I el Magno
El rey Fernando repartió sus reinos antes de morir entre sus cincos hijos: a Alfonso le otorgó el reino principal, León; a Sancho le concedió Castilla; el pequeño, García, fue nombrado rey de Galicia; Elvira heredó el señorío de la ciudad de Toro, con consideración de reino; y Urraca heredó Zamora. Cuando comenzó su soberanía en Zamora estableció su residencia y fortaleza en los conocidos «jardines del castillo» de la ciudad y en los aledaños de la Catedral de Zamora. Este castillo es de estilo puramente medieval con cuatro torres de las cuales se conserva la torre del homenaje recientemente restaurada para albergar el museo de Baltasar Lobo.

Fue madrina de armas de Rodrigo Díaz de Vivar, el Cid Campeador, quien fue investido caballero alrededor del año 1060 en la iglesia de Santiago de los Caballeros de Zamora. Además, era la hermana favorita de Alfonso, al que ayudó y aconsejó para recuperar su reino primero y para gobernar después.

[editar]Invasión castellana
Al morir Fernando I el Magno, su hijo primogénito, Sancho quedó descontento con las reparticiones hechas y entonces fue declarando la guerra a todos sus hermanos e inició una lucha sangrienta. Su reinado en Castilla fue belicoso y el primer conflicto se dio en la Guerra de los Tres Sanchos. Más tarde combatió contra su hermano Alfonso VI en una guerra sin consecuencias y posteriormente, se alió con Alfonso y avanzó hacia Galicia para conquistar el reino de García de Galicia, en el año 1071. Menos de un año después le arrebató a Alfonso su reino, y se coronó rey de León y de Galicia, arrebatando a continuación a su hermana doña Elvira la ciudad de Toro, situada en la provincia de Zamora. Sólo la infanta Urraca resistía tras los muros de Zamora, convirtiéndose en la principal oponente de Sancho II, pues el rey Alfonso se había refugiado en el reino de Toledo, que posteriormente conquistaría.

Sancho II puso sitio a la ciudad de Zamora. Pero sus murallas impidieron pasar al monarca, de ahí la denominación de Zamora de «la Bien Cercada». El asedio duró más de siete meses.

[editar]Asesinato de Sancho II el Fuerte
Mientras continuaba el asedio de Zamora, un noble leonés Vellido Dolfos, había salido de la ciudad con la intención de asesinar al rey Sancho II. Según la tradición, tras dos meses infiltrado en el campamento castellano y, después de trabar amistad con el monarca castellano, le acompañó a una cabalgada de exploración en la que se quedó solo con el rey Sancho, que había bajado del caballo para satisfacer una necesidad urgente. Aprovechando la situación, y para evitar que se defendiera su víctima, Dolfos atravesó a Sancho con la lanza real. Una vez cumplido su objetivo cabalgó hacia las murallas de Zamora y se introdujo en ellas a través de un portillo que el romanticismo castellano nombró «de la Traición», pero que hoy en día se denomina «de la Lealtad» tras aprobar el cambio de nombre el Pleno municipal de Zamora en 2009.

[editar]Consejera de Alfonso VI el Bravo
Tras la muerte de su hermano Sancho, Urraca continuó ejerciendo su señorío sobre la ciudad de Zamora, así como sobre todos los monasterios del reino, honor que compartía con su hermana, la infanta Elvira de Toro. Fue una de las consejeras más importantes de Alfonso VI, al que siempre protegió y con el que llegó a actuar en la práctica como canciller del reino. Su inteligencia política le granjeó muchos enemigos que utilizaron las habladurías para desprestigiarla, acusándola incluso en los romances populares, de mantener relaciones incestuosas con su hermano. Dos años antes de su muerte, dotó el monasterio de San Pedro de Eslonza, que había sido fundado por el rey García I de León.1

[editar]Defunción y sepultura

Al final de su vida se retiró a un monasterio leonés donde permaneció hasta su muerte en 1101,2 recibiendo sepultura en el Panteón de Reyes de San Isidoro de León donde yacen sus progenitores, así como dos de sus hermanos, el rey García de Galicia, y la infanta Elvira de Toro.



Panteón de Reyes de San Isidoro de León, donde recibió sepultura el cadáver de la infanta Urraca Fernández.
En el sepulcro de piedra en el que fueron depositados los restos mortales de la infanta fue esculpido el siguiente epitafio latino:

H. R. DOMNA URRACA REGINA DE ZAMORA, FILIA REGIS MAGNI FERDINANDI. HAEC AMPLIFICAVIT ECCLESIAM ISTAM, ET MULTIS MUNERIBUS DITAVIT. ET QUIA BEATUM ISIDORUM SUPER OMNIA DILIGEBAT. EJUS SERVITIO SUBJUGAVIT. OBIIT ERA MCXXXVIIII...NOBILIS URRACA JACET HOC TUMULO TUMULATA HESPERIAEQUE DECUS HEU TENET HIC LOCULUS HAEC FUIT OPTANDI PROLES REGIS FREDENANDI. AST REGINA FUIT SANCTIA QUAE GENUIT CENTIES UNDECIES SOL VOLVERAT ET SEMEL ANNUM CARNE QUOD OBTECTUS SPONTE.3

D. Urraca de Samora, tia-avó de D. Afonso Henriques.

Num momento crucial da história espanhola, brilhou com luz própria a figura apaixonante de D. Urraca, irmã de Afonso VI, o conquistador de Toledo. Apesar de o seu nome e a sua relação com El Cid, o Campeador, terem passado a fazer parte da lenda de imediato, a sua vida bastante atribulada é, para muitos, um total mistério.

Amalia Gómez, com uma prosa cuidada e precisa que realça o seu minucioso rigor histórico, consegue transmitir ao leitor toda a paixão da época e as tramas astuciosas desses tempos cuja influência se reflecte nos dias de hoje. Esta biografia admirável acompanha de perto o percurso vital desta personagem, assim como o denso emaranhado das transformações políticas dos diversos reinos, tanto cristãos como mouros.

D. Urraca resistiu em Samora ao assédio das hostes comandadas pelo irmão Sancho, tendo recaído sobre ela a suspeita do assassinato do Rei. Longe de se manter à margem, seguiu de perto a conquista de terras, as intrigas obscuras da nobreza, a reforma da vida monástica e as invasões do Norte de África. Surgiu numa época em que se evidenciaram igualmente personalidades de enorme relevância, como Rodrigo Díaz de Vivar, Bellido Dolfos, Pedro Ansúrez, Arias Gonzalo, Al-Motamid, D. Jimena...

A sua sepultura, em Santo Isidoro de Leão, guarda os segredos de uma mulher que soube viver o seu destino com uma intensidade e integridade singulares; uma mulher que sem coroa determinou o destino de um reino.

Meu papai esteve em Toledo, onde nossos ancestrais conquistaram a cidade dos mouros, Afonso VI rey de Castela, Irmão de Urraca de Zamora princesa de Leão, filhos de Fernando I (Fernando I el Magno, rey de Castilla y León). D. Urraca é + ou - minha 30º avó!









Esta es la iglesia de santiago donde el Cid velo sus armas la noche antes de ser nombrado caballero por Doña Urraca en Zamora

Visita virtual: EL CÁLIZ DE DOÑA URRACA, piadosa donación de la reina de Zamora



CÁLIZ Y PATENA DE DOÑA URRACA
Autor desconocido
Hacia 1063
Ágata, oro y piedras preciosas
Real Basílica de San Isidoro, León
Arte Románico. Orfebrería o Artes Suntuarias

El monasterio de San Isidoro de León fue fundado por el rey Fernando I (1010-1065) sobre el emplazamiento de otro anterior erigido en honor a las reliquias de san Juan Bautista y reformado después para venerar parte de los restos de san Pelayo, mártir cordobés en tiempos de Abd al-Rahman III, el primer califa de Al-Andalus. La fundación formaba parte del complejo palatino y tomó la advocación del santo sevillano después de ser conseguidas sus reliquias en 1063.

A los pies de aquella iglesia, hoy convertida en Real Basílica de San Isidoro de León, se levantó un pórtico formado por dos tramos de tres naves, que recibió sucesivamente los nombres de Capilla de los Reyes y Capilla de Santa Catalina, espacio que se convertiría en el célebre Panteón Real, una vieja aspiración de Alfonso V el Noble, cuyas bóvedas fueron ornamentadas hacia 1100 con un impresionante ciclo de frescos románicos (ilustración 5).

Justamente encima del pórtico y siguiendo su mismo trazado se levantó la Tribuna Real, una especie de coro alto cubierto por bóveda de cañón, cuyo uso estaba restringido a la realeza y desde el cual los monarcas podían seguir los oficios religiosos celebrados en el templo, motivo por el que desde antiguo esta dependencia fue conocida como la Cámara de doña Sancha. En la actualidad este espacio, tras una serie de modificaciones, está convertido en un espacio museístico en el que se muestra el llamado Tesoro de León, una rica colección de artes suntuarias de diferentes épocas, especialmente de orfebrería, que han sobrevivido a la rapiña y al expolio, especialmente duro durante la ocupación francesa de 1808.


Entre las piezas más destacadas allí expuestas se encuentran la "Arqueta de los marfiles", elaborada a mediados del XI en el renombrado taller de San Isidoro para contener las reliquias de san Juan Bautista y san Pelayo; el "Portapaz de marfil" del siglo XI, con la figura de Cristo en el interior de una mandorla; el "Arca de las reliquias de san Isidoro", decorada a partir de 1063 con placas repujadas en plata con escenas del Génesis y telas árabes en su interior; la "Arqueta de los esmaltes", una manufactura de Limoges del siglo XII, con forma arquitectónica y profusión de esmaltes de tipo cloisonné y figuras repujadas; el "Marfil escandinavo" del siglo X; el "Pendón de Baeza" bordado hacia 1147 y un largo etcétera de marfiles, obras textiles, piezas de orfebrería, códices miniados y obras de pintura y escultura medieval, todas ellas de calidad sobresaliente.

Hoy hemos elegido entre el variado muestrario leonés una pieza realmente excepcional, tanto por lo infrecuente que es poder encontrar una pieza de orfebrería románica de tales características, como por la riqueza que la adorna y la historia que la respalda. Se trata del "Cáliz de doña Urraca", un vaso sagrado elaborado por desconocidos orífices, en el que se repite el reciclado de piezas antiguas de ágata del mismo modo que en el "Santo Cáliz" de Valencia, al que aventaja en el tiempo.


EL CÁLIZ DE DOÑA URRACA

El cáliz fue recompuesto a partir de dos piezas de ónice, una variedad mineral de ágata, que con forma de vaso y peana fueron elaborados en la parte oriental del imperio romano en época anterior al nacimiento de Cristo, presentando ambas piezas algunos desportillados producidos antes de su reaprovechamiento medieval. Este ocurrió sobre el año 1063 a petición de doña Urraca (1033-1101), hija primogénita de Fernando I, el rey que unió por primera vez las coronas de Castilla y de León, y doña Sancha de León. Tras la muerte de su padre doña Urraca llegaría a ser reina de Zamora, siendo enterrada, al igual que sus padres y dos de sus hermanos, en el Panteón Real de San Isidoro de León.


El montaje de esta pieza, única en su género, presenta estructuralmente tres partes. Una superior que deja al descubierto en el interior el cuenco de ónice y en el exterior buena parte del mismo, con una remate de oro en forma de aro dividido en tres franjas: una lisa en la parte superior para permitir acercar los labios y beber en el rito litúrgico, otra intermedia de mayor anchura, reservada para una decoración a base de quince cabujones de piedras preciosas como una esmeralda, una amatista y zafiros, junto a dos perlas y un camafeo romano de pasta vítrea con un rostro humano frontal, todo engastado en el oro, y resaltes con formas acaracoladas y cintas, finalmente una inferior con la lámina de oro repujada con formas en serie de hojas y pequeños arquillos. El cuerpo superior queda unido al nudo por cuatro abrazaderas de oro que se ajustan a la curvatura del vaso y dejan visible entre ellas los juegos de vetas minerales características del ónice.

El nudo constituye la parte intermedia y está distribuido en dos partes rematadas por cordoncillos, una de tipo esférico recorrida por una banda central en la que se repite la decoración de grandes piedras y perlas engastadas, hasta un total de quince, aquí alternadas con formas romboidales con esmaltes en verde y acompañadas de caracoles y cintas con trazos vegetales, y otra inferior que se ajusta a la base y que está recorrida por una inscripción votiva que declara la identidad del donante: IN NOMINE DNI. VRRACA FREDINANDI.


El pie o parte inferior deja visible el soporte de ónice, que está recorrido en la base por un aro formado por pequeñas arquerías de tipo otoniano rematadas por una crestería en forma de filigrana y sujeto al nudo con remaches en forma de flores que enlazan cuatro bridas de oro con simulación de perlas, cuya disposición se corresponde con las que aparecen en la parte superior.

Se desconoce con qué motivo hizo doña Urraca esta donación al monasterio de San Isidoro, promoviendo un inusual trabajo de orfebrería que transformó una apreciada pieza arqueológica de origen pagano en un suntuoso objeto de culto cristiano, en la misma línea en que la mitología cristiana forjaría la leyenda del Santo Grial, en este caso alcanzando 18,5 cm. de altura y 12 cm. de anchura, suponiéndose que fue donado a la iglesia con motivo de su consagración en 1063.

Lo que sí se conoce es que esta pieza estaba acompañada de una patena de oro de similares características que fue robada en 1112, durante los enfrentamientos entre Alfonso I de Aragón y un sector nobiliario que logró la anulación de su matrimonio con doña Urraca, sobrina de la reina donante. Poco después la pieza fue sustituida por otra de plata dorada que reprodujo el mismo modelo: una bandeja circular de 17,5 cm. de diámetro con un disco central de ágata, rodeado por dos aros a diferentes niveles, decorados con cabujones de distintas piedras preciosas dispuestas en forma radial, entre ellas dos cornalinas romanas con figuras de diosas, amatistas, esmeraldas y calcedonias (ilustración 4).



Como era previsible, en torno a estos atractivos objetos litúrgicos se forjaron distintas leyendas de misterio, como la que afirma que las piezas que dieron lugar al montaje del cáliz fueron utilizadas en su tiempo por san Isidoro de Sevilla, motivo que explica el que se utilizaran piezas desportilladas de forma reverencial. Al margen de todas las sugestivas leyendas, en la línea solemne de Parsifal, el primer estudioso que destacó el valor de estas piezas y profundizó en su estudio fue el arqueólogo español Manuel Gómez-Moreno.

Informe y tratamiento de las fotografías: J. M. Travieso.


Origem de Garcia Ordoñes, marido da Princesa D. Urraca de Zamora, sendo ele adversário de El Cid

1. Nuno “Belchites.”
Personagem semi-lendário, juiz de Castela no século VIII. Seu nome seria um locativo, derivado de Belchite, talvez já uma praça forte no século VIII, perto de Zaragoza. P.d.:

2. Nuno “Rasura.”
Juiz de Castela em 21.12.804, quando Afonso I confirma a fundação da sede episcopal de Valpuesto. P.d.:

3. Munío Nunes.
Juiz de Castela depois de 839, e governador de Liebana, que fundou em 15.10.824, e povoou Brañosera. C.c. Argilo, talvez filha do Conde Diogo Dias. P.d.:

4. Diogo Muñoz.
Segundo Vajay, pai de:

5. Flaín Diaz [Laín “Calvo”].
Juiz de Castela. C.c. Flamula. P.d.:

6. Munío Flaínez.
Atestado entre 928 e 962. C.c. Froiloba Bermudez, da Casa de Cea, filha do Conde Vermudo Nuñez e de Argilo, sendo — talvez Vermudo Nuñez filho de um infante Nuño Ordoñez, dito “o cego,” porque teve os olhos arrancados, filho de Ordonho I. P.d.:

7. Conde Flaín Muñoz.
† 1000. C.c. a parenta Justa Fernández “de Cea,” filha do Conde Fernando Vermúdez e de Elvira Diáz, n.p. do Conde Vermudo Nuñez e de Argilo. Justa era irmã da rainha Jimena de Navarra. P.d.:

8. Conde Fernando Flaínez.
† 1049. C.c. Elvira Peláez, filha do Conde Pelayo Rodríguez e de Gontiña Fernández “de Cea,” irmã de Justa e da rainha Jimena, supra. P.d.:

9. Conde Flaín Fernández.
† 1070. C. (1) c. Toda; c. (2) c. Sancha. Do primeiro casamento:

10. Conde Martín Flaínez.
† na batalha de Uclés, 1108. C.c. Sancha Fernández, da família dita “dos Alfonsos,” de onde se originam os Meneses. Era filha de Fernando González e de Tigrídia Guterrez, esta filha do Conde Guterre Alfonso, † 1050, e de Goto, sendo Guterre Alfonso filho de Munío Alfonso, e filhos do Conde Alfonso Díaz e de Maria. P.d.:

11. Conde Osorio Martínez.
† 1160 na batalha de Lobregal. C.c. Teresa Fernández, filha do Conde Fernando Fernández e da infanta Elvira Alfonso, bastarda de Afonso VI de Leão. Era tenente da terra de Ribera.
Teve um filho bastardo que se fixa em Portugal:

12. Monío Osores.
Atestado em Grijó em 1139, já casado com Boa Nunes “de Grijó.” P.d.:

13. Martim Moniz.
Ancestral dos Vasconcellos. Dele se conta um fato lendário, que teria defendido até a morte a chamada “Porta de Martim Moniz” na tomada de Lisboa, 1147. O fato é com certeza lendário, pois este personagem não seria adulto ainda à época da tomada de Lisboa. C.c. Teresa Afonso. P.d.:

14. Pedro Martins “da Torre.”
O nome sugere-lhe tenha sido já senhor da Torre de Vasconcellos. C.c. Teresa Soares, filha de D. Soeiro Pires “Torta” e de s.m. Fruilhe Viegas, filha de D. Egas Fafes “de Lanhoso,” que segundo Braamcamp fora o primeiro senhor da honra de Vasconcellos, sendo D. Soeiro Peres um dos primeiros da linhagem dos Silvas. P.d.:

15. João Pires “de Vasconcellos,” dito “o Tenreiro.”
Ou “o temeiro,” personagem dado na história como de caráter dúbio, o que não elaboramos aqui. Recebeu em 1228 o arcebispo de Braga D. Estevão Soares da Silva, e esteve no cerco de Sevilha em 1248. C.c a Condessa Maria Soares Coelho, filha de Soeiro Viegas “Coelho,” primeiro dessa gente, descendente de Egas Moniz “Aio,” cujo sangue entrará nessa linha também pelos Alvarengas, abaixo. P.d.:

16. Rodrigo Anes de Vasconcelos.
Trovador. Atestado na freg. de Santa Maria de Ferreiros desde 1258. † antes de 1297. C.c. Mecia Rodrigues de Penela, filha de Rui Vicente de Penela, alcaide-mor de Alenquer. P.d.:

17. Mem Rodrigues de Vasconcellos.
Alcaide de Guimarães e meirinho-mor de Entre-Douro-e-Minho. Documentado a partir de 1297. Presente na corte de D. Diniz desde 1318, surge designado meirinho em 1321, cargo que exerceu até 1324. Casara em 1297 com Maria Martins Zote, a quem doara uma quintã de Penela em ato solene “por compra de seu corpo.” Viúvo antes de 1308, c.g., casou em segundas núpcias nesse ano com Constança Afonso de Brito, filha de Afonso Anes de Brito.

Miguel de Frias e Vasconcelos (Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1805 - 25 de maio de 1859) foi um militar, engenheiro e político brasileiro, mais conhecido por haver recebido de D. Pedro I sua abdicação, em 1831. Como presidente da Câmara, foi Intendente do Rio de Janeiro (1853-1856).

[editar]Biografia

Filho do militar Joaquim de Frias Vasconcelos, tenente-coronel, seguiu a carreira paterna assentando praça no 1º Regimento de Cavalaria aos 15 anos de idade. Oficial de artilharia daí a três anos, ele procurou logo ilustrar o seu espírito e seguir o curso da Escola Militar. Merecendo distinção pelos seus progressos e atividades, adiantou-se seguidamente nos postos até o de major graduado.[1]

Na sua carreira militar Miguel de Frias foi um dos mais valentes pacificadores da revolta dos soldados estrangeiros em 1828: serviu com grande distinção no Rio Grande do Sul de 1842 a 1844, e na campanha do Estado Oriental, sob as ordens do general marquês de Caxias, que o requisitou para chefe do estado-maior.[1]

Na noite do dia 6 de abril de 1831, sendo então o comandante da Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, fora ao Paço comunicar ao imperador o estado de agitação em que se encontravam o povo e as tropas, solidárias àquele. As agitações liberais reagiam à nomeação de um ministério absolutista pelo monarca que, ante a reação adversa, delibera formar um novo corpo de Ministros tendo à frente o liberal Nicolau Pereira de Campos Vergueiro que, contudo, não é encontrado. Às duas horas da madrugada do dia seguinte o Imperador renuncia, em favor de seu filho impúbere, entregando a Carta de Abdicação ao então Major Frias e Vasconcelos, dizendo-lhe então, com os olhos marejados: "Aqui está a minha abdicação; desejo que sejam felizes! Retiro-me para a Europa e deixo um país que amei e que ainda amo."[2]



Frias recebe a Abdicação de D. Pedro I.
A 3 de abril de 1832 promoveu a sedição da Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, sublevando sua guarnição e detentos, prendendo seu comandante; junto à Fortaleza de São Francisco Xavier da Ilha de Villegagnon, investiu contra a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, onde obteve uma peça de artilharia com a qual desembarcou na Praia de Botafogo e, junto a populares, rumou ao Campo de Santana onde políticos o aguardavam com o fim de proclamarem a república. Foram, contudo, cercados pelas tropas de Francisco de Lima e Silva (pai do futuro Duque de Caxias), que sufocou o movimento e deteve o Major Frias, enviado para os calabouços de Villegagnon.[3]

Foi membro de várias comissões, tais como diretor do Arsenal de Guerra, presidente da comissão de melhoramentos do material do exército e diretor das obras públicas da Corte, quer civis, quer militares.[1]

Na Capital do Império foi o responsável pelo encanamento das águas do Maracanã, responsável por grandes inundações em anos anteriores.[1]

Entre 1853 e 1856 foi o Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro,[4] cargo equivalente ao atual Prefeito. Foi eleito com 4.451 votos e, tendo sido anulado o pleito, tornou a ser o mais votado.[1]


Miguel de Vasconcelos e Brito (c. 1590 [1] — 1 de Dezembro de 1640 [2]) foi secretário de Estado (primeiro-ministro) da duquesa de Mântua, vice-Rainha de Portugal, em nome do Rei Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal). Era odiado pelo povo por, sendo português, colaborar com a representante da dominação filipina. Foi a primeira vítima da Revolução de 1640, tendo sido defenestrado da janela do Paço Real de Lisboa para o Terreiro do Paço. Assim como previa a revolução o povo, que aguardava no Terreiro do Paço só saberia que a revolução tinha sido bem sucedida quando Miguel Vasconcelos fosse defenestrado.

Entre seus ancestrais famosos, estão Sancho I de Portugal, Henrique II da Inglaterra, Roberto II da França, Carlos Magno, entre outros.[3]

[editar]Um esconderijo apertado

Depois de entrarem no palácio, os conspiradores procuraram Miguel Vasconcelos, mas dele nem sinal. E por mais voltas que dessem, não encontravam Miguel de Vasconcelos. Já tinham percorrido os salões, os gabinetes de trabalho, os aposentos do ministro, e nada.

Ora acontece que Miguel de Vasconcelos, quando se apercebeu que não podia fugir, escondeu-se num armário e fechou-se lá dentro, com uma arma. O que finalmente o denunciou foi o tamanho do armário. O fugitivo, ao tentar mudar de posição, remexeu-se lá dentro, o que provocou uma restolhada de papéis. Foi quanto bastou para os conspiradores rebentarem a porta e o crivarem de balas. Depois atiraram-no pela janela fora.

O corpo caiu no meio de uma multidão enfurecida que largou sobre ele todo o seu ódio, cometendo verdadeiras atrocidades, sendo deixado no local da queda para ser lambido pelos cães, símbolo da mais pura profanação.

Pedro Martins, Lord of the Tower of Vasconcelos, was a Portuguese 12th century noble knight, son of Martim Moniz.[1] legendary figure of the Siege of Lisbon in 1147) and Teresa Afonso.

He was the Lord of the Tower of Vasconcelos and of the village of Amares, in the north of Portugal, in the modern district of Braga. The said tower, seat of the proeminent family of the Vasconcelos, had previously belonged to the Order of the Knights Templar.

Pedro Martins married Dona Teresa Soares da Silva (as him, a descendant of Ferdinand I, the Great, Imperator totius Hispaniae), and had a son and a daughter[2]:

Dom João Peres de Vasconcelos, “O Tenreiro”, the first to use the surname Vasconcelos and the one to give it continuity[3]; married to Maria Soares Coelho[4].
Dona Sancha Peres de Vasconcelos, married first to Dom Mendo Afonso, and secondly to João Gomes Barreto[5]. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos http://pt.wikipedia.org/wiki/Diogo_Pereira_Ribeiro_de_Vasconcelos? Sei que ele foi preso, mas nada se provou, inclusive foi pai de Bernardo Pereira de Vasconcelos, http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_Pereira_de_Vasconcelos figura importante do Império, do Presidente de São Paulo Francisco Diogo de Vasconcelos http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Diogo_Pereira_de_Vasconcelos e do Marechal e herói português o Visconde da ponte da Barca, Jeronimo Pereira de Vasconcelos, http://pt.wikipedia.org/wiki/Jer%C3%B3nimo_Pereira_de_Vasconcelos Como vê é uma figura que se fosse envolvida na inconfidência mineira, poderia mudar a historia de Minas Gerais, São Paulo e do Brasil e Portugal. Ainda descendem de Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos; historiador Diogo de Vasconcelos http://pt.wikipedia.org/wiki/Diogo_de_Vasconcelos que escreveu importantes livros sobre a história de Minas gerais , O Romancista Agripa de Vasconcelos http://pt.wikipedia.org/wiki/Agripa_Vasconcelos que criou a “lenda” “histórica” Sobre o escravo Chico Rei. Sílvio de Vasconcelos http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADlvio_de_Vasconcelos Sobre o Vasconcelos que foi para São Paulo diziam; Francisco Diogo Pereira de Vasconcellos, comendador da Ordem de Cristo, e oficial da imperial da Roza, foi varão distinto e ilustrado, na magistratura tipo de justiça e de incorruptibilidade; em politica membro importante do partido conservador, e desde 1857 manifestadamente pronunciado em aliança com os liberais sobressaiu em todos os tempos (fóra dos períodos de revolta e de reações, em que o contagio das paixões chegou á todos) como homem tolerante, moderado, justiceiro e de magnânimo caráter. Brilhou na vida menos do que suas faculdades podiam; porque duas contrariedades o honrarão. A primeira foi a sua modéstia, que apenas esmagada pelo dever em 1857 e em 1858, só nos últimos anos de sua vida deixou que resplandecem os raios fulgurantes de seu espirito. A segunda foi o nome de Vasconcellos, nome que obrigava comparação temível, e offuscadora. Francisco Diogo era irmão de Bernardo (sic) Pereira de Vasconcelos, o primeiro estadista do Brasil, o Hercules da tribuna parlamentar, o gigante ao pé do qual seus contemporâneos foram quase todos pequenos vultos. Francisco Diogo diziam aqueles que o apontavam; "é irmão do Vasconcellos". Vasconcellos o velho eclipsava Vasconcellos o irmão mais moço. E enorme a responsabilidade de um nome grande e glorioso. Vasconcelos Salomão de Vasconcelos (*) Revista do Instituto heráldico – genealógico Primeiro semestre do Ano 1940 – paginas 240 –245 O elenco familiar luso-espanhol , como no Brasil, os nomes VASCONCELOS constituem hoje verdadeira Babel. Dificilmente se poderá verificar a que tronco ou estirpe pertence esta ou aquela geração desse apelido. Sobre a origem onomástica da palavra, a versão popular portuguesa, transmitida nos contos avoengos, informa, por um lado, que desde o liminar da demografia luso-espanhol começaram a figurar nos anis das famílias os VASCOS, que, pelo esdruxulismo da superposição das silabas VAS.cos, passaram a ser lidos VASCONCELOS; e, por outro, que o nome surgiu de VASCONZELOS, expressão acidental de aviso com que certo pai houve de abrir os olhos a um filho que partia para longes terras, em viagem arriscada. Como quer que seja, o certo é que já na plenitude do século III, ou mesmo antes, formavam os VASCONCELOS no vasto panorama social da península verdadeiras legiões, vindos alguns das primitivas Casas espanholas, das Torres portuguesas e ainda de vários pontos da primitiva carta européia, daí derivando, no correr dos séculos posteriores, numerosos troncos ou estirpes, de muitos dos quais saíram representantes ilustres, que se distinguiram, a seu tempo, assim da fildalguia e na nobreza, como nas letras, nas ciências, nas artes, na religião, nas armas e na política. Os Simão de Vasconcelos, os Vasconcelos de Drummond, os Annes de Vasconcelos, os Ornelas de Vasconcelos, os Diogos de Vasconcelos, os Moreira de Vasconcelos, Os Menezes de Vasconcelos, os Accioli de Vasconcelos, os Medina de Vasconcelos, os Luiz de Vasconcelos, os Pinheiro de Vasconcelos, Os Leite de Vasconcelos, os Sousa de Vasconcelos, os Barbuda de Vasconcelos, os Meira de Vasconcelos, os Góis de Vasconcelos os Cunha de Vasconcelos,os Barjona de Vasconcelos , os Schmidt de Vasconcelos, , alem de outros inúmeros, são apelidos familiares que figuram em quase todas as crônicas sociais, nas genealógicas, nas vocabulares e nas biografias, especialmente portuguesas e espanholas. Do elenco metropolita, como era natural, passam para o Brasil, deste o tempo da colônia, também numerosos representantes VASCONCELOS, muitos dos quais se acham hoje entrelaçados e perpetuados em quase todos os Estados e municípios brasileiros. Em Minas, para onde vieram desde o inicio dos descobrimentos também vários elementos luso-brasileiro desse nome ( Arzão de Vasconcelos, bandeirante – 1700, mais ou menos – João de Almeida Vasconcelos, Oficial dos Dragões, Diogo de Vasconcelos, um dos primeiros sesmeiros, Jacinto Pereira de Vasconcelos, estabelecido em Congonhas do Campo, também no começo da exportação do ouro, CIPRIANO TEIXEIRA DE VASCONCELOS, vindo de São Paulo, etc.), existem hoje, por igual, bastas e ilustres progênies desse apelido, disseminadas e desgalhadas por todos recantos do Estado. Nada menos de 5 grandes ramos ou grupos VASCONCELOS povoam neste momento o território mineiro, sem levarmos em linha de conta ainda outros elementos esparsos que cada passo vão surgindo aqui e ali. 1 – Os pereira de VASCONCELOS, que aqui tiveram por tronco mais recente o Dr Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, casado em Mariana com D. Maria do Carmo Barradas, ambos de nobres estirpes portuguesas,(*) e de que resultaram, entre outros, dois grandes ramos: a) OS Vasconcelos de Mariana e Outro Preto, nossos ancestrais diretos, de que foram expoentes máximos os estadistas brasileiros Bernardo Pereira de Vasconcelos, deputado, senador, ministro do Império e Conselheiro de Estado; Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos, deputado, senador, presidente da província e Conselheiro; o marechal Jerônimo Pereira de Vasconcelos ( Visconde da Ponta da Barca em Portugal, onde foi também ministro da Guerra, Par do Reino e Senhor de Verride); Fernando Pereira de Vasconcelos , grande naturalista, um dos fundadores do Jardim Botânico de Ouro Preto, e D. Ana Rosa de Vasconcelos, nossa Bisavó paterna, tronco igualmente de ilustre e numerosa progênie mineira; b)             Os VASCONCELOS do oeste de Minas, oriundos de outra filha do casal N.1 , acima, D. Maria do Carmo Vasconcelos , de que provieram os Filipe de Castro Vasconcelos, hoje também representados por vários e destacadas famílias do Pará de Minas, Pitangui e Sete Lagoas. 2 – Os Fonseca de Vasconcelos, que tiveram por genitores mais diretos o Visconde de Caeté, desembargador José Teixeira da Fonseca Vasconcelos e sua mulher D. Tereza Maria de Jesus, filha do Coronel João da Mota Ribeiro, natural de Braga e estabelecido no município de Santa Barbara, e de sua mulher, D. Maria de Jesus Teixeira; deixando o casal José Teixeira – D. Tereza de Jesus, vasta descendência que são os Teixeira da Mota e os Mota de Vasconcelos, povoadores dos municípios de Santa Barbara, Itabira, Sabará, Caeté e outros pontos de Minas. 3 – Os VASCONCELOS Monteiros, oriundos do comendador José de Vasconcelos Monteiro, natural de Portugal, casado co D. Maria Valentina, ainda vivos e residentes em Belo Horizonte, com filhos seguintes; Bernardo, Anselmo, Caetano, Afonso, Teresa, Jose, Felício, Cecília; Agostinho e Eliza, todos casados e com filhos, e residentes uns em Belo Horizonte, outros nos municípios de Ponte Nova e Saúde. 4- Os TEIXEIRA DE VASCONCELOS, provenientes de CIPRIANO TEIXEIRA DE VASCONCELOS, português, casado em São Paulo com D. Maria Antonia da Silva, também com descendência numerosa no estado de São Paulo, em São Domingos do Prata, Santa Rita do Turvo e outros pontos em Minas. 5- Os Assis de Vasconcelos, outro grande ramo, oriundo do N.4, acima, hoje igualmente desgalhado em distintas famílias mineiras que se localizaram em São Domingos do Prata, Alfie, Ribeirão do Onça e outros lugares de Minas. Da progênie resultante do numero 1 ( os Pereira de Vasconcelos), temos já organizado e no prelo a arvore genealogia completa. Deste os ancestrais portugueses, sob o titulo “notas genealógicas – genealogia de meus filhos”). Dos Fonseca de Vasconcelos existe já um belo ensaio, publicado na Revista genealógica Brasileira de São Paulo, pelo coronel Julio de Vasconcelos Teixeira da Mota, um dos descendentes do Visconde de caeté; e ainda em trabalhos esparsos de J.P. Xavier da Veiga, Rodolpho Jacob, Mario de Lima e no nosso Livro “O Fico”, recentemente editado pela “Brasiliana”de São Paulo. Sobre os TEIXEIRA DE VASCONCELOS e os Assis de Vasconcelos ( 4º e 5º grupos) deu entrada ultimamente no Arquivo Público Mineiro oferecido pelo Dr, Raimundo Alves de Carvalho, um maço de alfarrábios, infelizmente incompletos , sem data e sem autor declarado, mas cuja leitura conseguimos apurar, em resumo , o seguinte: Diz um desses alfarrábios que em 1720 vieram da Província de São Paulo para Minas duas Irmã gêmeas, Maria Antonia da Silva e Rita Antonia da Silva. Esta ultima se casou com um português, de nome Manuel Domingos da Silva, passando o casal a residir no arraial de São Jose da Lagoa, hoje Presidente Vargas, onde deixou prole. A outra Maria Antonia da Silva, ligou-se pelo casamento a CIPRIANO TEIXEIRA DE VASCONCELOS ( 4º grupo acima), também português, vindo de São Paulo, e foram morar no lugar denominado Córrego Fundo, no distrito de Santana do Alfié. Desse segundo casal, nasceram 12 filhos: Cipriano, Manuel, Joaquim, Jose Antonio, Claudio, Mariana, Marcelina, Custodia, Catarina, Maria Antonia e Ana Teresa. Todos conservando o cognome d Teixeira de Vasconcelos. Quatro destes descendentes; Claudio, José Antonio, Custodia e Ana Teresa , foram para a Franca, em São Paulo, onde constituíram famílias. Dois Outros, Catarina e Maria Antonia, permaneceram em Minas, indo para Santa Rita do Turvo, Atual Viçosa, onde se casaram na família dos Abreus. Marcelina se casou com um Francês, Manuel Ferreira Pinto de Morais, localizado-se na Fazenda dos Pintos. Os demais igualmente se consorciaram e montaram domicilio em vários pontos de Minas, como Bom Sucesso do Alfié, Ribeirão do Onça; Santana do Alfié, Brejaubas, Ribeirão da Mombaça, Godinho, Dionísio e no estado do Paraná De um ramos acima, proveiu Manuel José de Vasconcelos, que se casou com Ana Vitoria de Morais, deixando 7 filhos, um dos quais, Francisco de Assis Vasconcelos, casou-se em São Bartolomeu, Ouro Preto, com Maria Joaquina Garcia, indo o casal para São Domingos do Prata e ali formando o sub-ramo dos Assis de Vasconcelos. A esse sub-ramo pertencem hoje o Dr. José Matheus de Assis Vasconcellos, atual prefeito daquela cidade, e o advogado dr. José de Assis Vasconcellos. Não sabemos se haverá alguma relação de parentesco entre esses Teixeira de Vasconcelos e os Teixeira da Fonseca Vasconcelos do Visconde de Caeté, cujo 3º avô era VASCONCELOS ( João Ribeiro de Vasconcelos), sendo seu pai TEIXEIRA ( José Teixeira de Carvalho). As épocas coincidem e também os cognomes, sendo, alem disso, português o 3º avô do Visconde e Cipriano, e paulistas a mulher de Cipriano e a do 3º avô do Visconde. É, pois, de presumir que sobredito Cipriano Teixeira de Vasconcelos fosse aparentado, na ascendência ou na descendência pelo menos, com João Ribeiro de Vasconcelos, ou com José Teixeira de Carvalho, e, portanto, com o Visconde de Caeté. Como se verifica pelos dados acima resumidos, o estudo da linhagem dos Vasconcelos hoje espalhados em Minas é assunto para um volumoso trabalho genealógico, mas tarefa. Sem duvida, difícil e de muita paciência, que não ocupara talvez um só livro, nem um só autor. Todavia, estando o autor destas linhas no desejo de contribuir, no que estiver ao seu alcance, para obra tão útil e necessária, faz daqui um apelo aos Vasconcelos de toda a Minas, e possivelmente, também de São Paulo e do Paraná, para que lhe enviem, para seu endereço abaixo quaisquer dados de família, com os nomes dos ancestrais, ligações, descendências e datas bem especificadas, a fim de poder completar o que já tem organizado com relação aos Pereiras de Vasconcelos, ramo de que mais diretamente descende. Sabendo também existir no Rio de Janeiro uma neta ou Bisneta do Conselheiro Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos, Senador e ministro do império , solicita de quem souber, queira indicar-lhe o nome e a residência dessa ilustre parenta, para com ela poder se entender por carta ou pessoalmente. Belo Horizonte – Rua Rio Grande do Norte, N 1.545 Vasconcelos = Introdução à ‘genealogia de meus filhos’, ( no preto) (*) Do instituto Histórico de Minas Gerais ORIGEM DO APELIDO Apelido familiar de origem geográfica. Disso dá conta Pedro A. D'Azevedo (in Os de Vasconcellos, Lisboa, Off. Typ. Calcado do Cabra, 1904, página 6) dizendo que: "O apellido, até certo ponto hoje tão vulgarizado, de Vasconcellos tem origem no nome da povoação sita na freguesia de Santa Maria de Ferreiros, concelho de Amares." Francisco Antônio Dória (in Os Herdeiros do Poder, Editora Revan, Rio de Janeiro, , pagina ) é lacônico a tratar sobre a origem do apelido, apontando para um provável corruptela de Basconcilos, que na língua basca significaria pequenos bascos. Antônio da Cunha Bueno e Carlos Barata (in Dicionário das Famílias Brasileiras, CD-Rom, Vol I, ), citando o pesquisador português Leite Vasconcelos, dão como a origem do apelido Vasconcelos a possibilidade de ser um " diminutivo (étnico ou geográfico) de Vascão, Vasconço, ou vasconicos (forma teórica de *Vasconicellos)". Mas, voltando a consultar o primoroso estudo de Pedro A. D'Azevedo, supra citado verificar-se-á que, perante excertos de documentos citados por este, a linha de pensamento de Francisco Antônio Dória encontrasse mais balizada. Se não, vejamos: "A forma mais antiga que me foi dado encontrar de Vasconcellos é datada de 1075: "Eodem robore concedo in Alfoz de Munnio Villam cognominatam Basconciellos cum omni integritate et terminis atque omnibus sibi pertinentibus" Ainda o mesmo autor diz: "Em 1163 diz-se:"Ex dono bonae memoriae Sancii, quondam illustris Hispaniarum Regis Villam, quae dicitur Quintaa Donnas: Villam Merici et Basconcillos" e que "a menção mais antiga que temos em Portugal do nome Vasconcellos é datada de 1258, e encontrasse na inquirição daquelle anno." Finalizando, e ainda acompanhando as idéias de Pedro A. D'Azevedo (in Os de Vasconcellos), sobre a origem geográfica do apelido Vasconcelos, diz o pesquisador lusitano que: "Hoje (1904) estes nomes estão representados, segundo julgo, pelo nome da freguesia de Basconcillos Del Tozo, na provincia de Burgos. Outros nomes aparentados são Básconner de Valdavia, Báscones de Ojeda, Básconnes de Ebro e Bascuñnuelos." OS PRIMEIROS VASCONCELOS "No tombo institulado de D. Mor Martins, abbadessa de Arouca, encontram-se transcritos dois documentos que tocam de perto á familia primitiva dos Vasconcellos. O primeiro delles é uma procuração de Dona Sancia Petri, vicina Sanctarene feita aos seus cumnsuprini Rodericus Iohannis e Petrus Iohannis para poderem trocar o casal de Sobradelo e metade de outro, ambos na Terra de Santa Maria, pelo herdamento que a Abbadessa de Arouca tem in Vascõnzelos. A procuração é datada de Santarem, 6 de janeiro de 1303 (1265). D. Sancha Pires era, segundo os nobiliário (Port. Mon. Hist. Scriptores, 167 e 179), irmã de João Pires de Vasconcellos e filha de D. Pedro Martins da Torre e de D. Teresa Soares. D. Sancha Pires de Vasconcellos foi casada com D. João Gomes Barreto, não havendo filhos dos dois matrimonios. Nesta conformidade era justo que deixasse os bens a seus dois sobrinhos, filhos de João Pires de Vasconcellos, que foram procuradores na troca mencionada. O outro documento que se encontra no mesmo cartulario, é uma carta de troca, pela qual Donna Maior Martini, abbatissa Monasterii de Arouca, cede aos procuradores de D. Sancia Petri, de quem esta era amita, a herdade que tinha in loco qui dicitur Vascõzelos, herdade que lhe vieira em partilhas de Dona Stephania Suerii, sua mãe. Na troca fica resalvada a posse de terça parte da egreja de Sancta Maria de Ferrariis que pertencerá ao mosteiro de Arouca. Entre as testemunhas encontram-se os nomes dos Vasconcellos e Rodericus Alphonsus de Turre, também nas mesmas circunstancias. A carta foi lavrada iiij nnas maij de 1303 (1265). Recorrendo aos nobiliarios (P. M. H. Scriptores, 150, 179 e 221) vemos a abbadessa D. Mor Martins ser filha de D. Estevainha Soares (no documento D. Stephania Suerii) e de D. Martim Fernandes de Riba de Vizella. D. Stevainha era filha de D. Sancha (ou D. Froilhe) Viegas e de D. Soeiro Peres Escacha ou Torás. D. Sancha ou Froilhe Viegas era filha de D. Egas Fafes o que jaz en Rendufe, e de D. Mor ou Urraca Mendes de Sousa. D. Egas Fafes era portanto bisavô pela parte materna da abbadessa D. Mor Martins. O referido D. Egas que foi enterrado em Rendulfe, convento situado a pequena distancia da povoação de Vasconcellos, foi quem converteu em honra Vasconcelos, Rio Bom e Bornaria, segundo dizem as inquirições de 1288, que no final deste artigo vão impressas. Antes, porem de Vasconcelos passar ás mãos de d. Sancha Pires de Vasconcellos, que foi em 1265 como vimos, já os seus sobrinhos Tarasia Iohannis e o posteriormente procurador Roderico Iohannis tinham sido criados por lavradores na freguesia de Santa Maria de Ferreiros, onde está situada a referida povoação de Vasconcellos , o que tudo consta das inquirições de 1258. Parece, portanto, dever admitir-se que a família só começou legalmente a tomar o appellido de Vasconcellos posteriormente a 1265, em cujo anno entrou na posse da povoação, ou nesse mesmo anno, quando considerou como certa a vinculação. Anteriormente, usaria ainda que o uso dos appellidos não era então muito rigoroso bem necessario (1) o nome de Torre. Qual esta fosse não é possível dize-lo, mas não seria decerto a torre de Vasconcellos, dado mesmo o caso que ella já então existisse. (1) Como ainda hoje em dia sucede entre nós portugueses." MELO DE VASCONCELOS - Essa é, talvez, a mais antiga e nobre família do apelido no Brasil. Teve princípio em Froilo de Vasconcelos, que chegou a Bahia no princípio de seu povoamento. Era ele filho de Heitor Mendes de Vasconcelos e de D. Catarina Corrêa de Lacerda, da Casa dos Senhores da Graciosa, descendentes de D. Martinho Moniza, patriarca da família Vasconcelos em Portugal. PINHEIRO DE VASCONCELOS - Esse ramo teve princípio em José Pinheiro dos Santos casado com D. Maria Joaquina do Amor Divino e Vasconcelos. Entre os descendentes do casal, destacamos o filho Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos, Presidente das províncias de Pernambuco e Bahia e Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, do qual foi seu Presidente em duas ocasiões. Agraciado com os títulos de barão e de visconde com honras de grandeza de Monserrate. VASCONCELOS, DE VALENÇA - O chefe dessa família foi o Capitão Antônio Bernardo de Vasconcellos, casado com D. Maria Benedita de Assunção. Desse casal, entre outros, nasceu João Antônio de Vasconcelos, magistrado, que foi Ministro e Presidente do Supremo Tribunal de Justiça; e o estadista Zacarias de Góes e Vasconcelos. SMITH DE VASCONCELOS - Talvez a mais conhecida e ilustre família do apelido no Ceará, mais tarde emigrada para o Rio de Janeiro. O casal tronco desse ramo foi José Inácio Paes Pinto de Souza e Vasconcelos, natural da cidade do Porto, e sua mulher D. Mary Martha Tustin Smith, natural de Worcester, Inglaterra. Entre os descendentes do casal figura José Smith de Vasconcellos, 1.º Barão de Vasconcellos, por mercê do Rei D. Luiz I de Portugal. PEREIRA DE VASCONCELOS - A primeira que aqui enumeramos tem por tronco o Bacharel em Direito Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, lusitano da cidade do Porto que, por seu casamento com D. Maria do Carmo de Souza Barradas, mineira de Mariana, deu origem a, talvez, maior e mais ilustre dos de Vasconcelos das Minas Gerais; TEIXEIRA DE VASCONCELOS - Descendem os deste apelido do mineiro de Sabará, José Teixeira da Fonseca Vasconcelos, Desembargador, Deputado Constituinte, Senador e Presidente da Província de Minas Gerais, agraciado com o título de Visconde de Caeté, casado com a também mineira Teresa Maria de Jesus. São antepassados do Cardeal de São Paulo, D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta. VASCONCELOS LESSA - Que tiveram por patriarca o comendador Francisco José de Vasconcelos Lessa, agraciado por D. Pedro II com o título de Barão de Diamantina. VASCONCELOS CHAVES - Família estabelecida na Paraíba, com ramificações no Rio Grande do Norte, à qual pertence, entre outros, o Dr. Ernesto Adolfo de Vasconcelos Chaves, filho de Joaquim Gonçalves Chaves e de Maria Gonçalves Chaves. Bacharel em Direito, deputado provincial, Promotor Público, Juiz de Direito. Chefe de Polícia do Amazonas e do Rio Grande do Norte. Presidente da Província do Amazonas. Juiz dos Feitos da Fazenda em Belém. Desembargador do Supremo Tribunal de Justiça. VASCONCELOS PAIVA - Teve princípio no casal Joaquim Teixeira de Vasconcelos e sua mulher D. Adriana “Teixeira de Vasconcelos”. Foi seu filho, entre outros, José Teixeira de Vasconcelos, Presidente da província da Paraíba, agraciado com o título de Barão de Maraú. MENDES DE VASCONCELOS - A origem desse ramo foi Mateus Mendes de Vasconcellos,natural de Braga, Portugal, que passou para a Ribeira de Acaraú, fixando residência na fazanda Curralinho. Era filho de Mateus Mendes de Vasconcelos e de Ana de Carvalho Fernandes. Deixou descendência, de seu casamento com Maria Ferreira Pinto, natural, Acaraú. VASCONCELOS, DE MACAÉ - Teve princípio no Coronel Antonio Coelho Antão de Vasconcellos, natural do Espírito Santo. Fixou residência no referido município fluminense quando veio de sua terra natal para exterminar um quilombo nas Serras adjacentes a Macaé. Agripa Vasconcelos Dados Genealógicos: Dos Pereiras de Vasconcelos, das Minas Gerais. Nasceu em 12 de abril de 1900, em Matozinhos, MG. Faleceu em 21 de janeiro de 1969, em Belo Horizonte. Foi casado com Henriqueta Tolentino. Casado. Com descendência. Dados Biográficos: "Aluno brilhante do Colégio Azevedo, passou para o Instituto Fundamental de Belo Horizonte, onde foi aluno de Carlos Góis e Aurélio Pires, que o consideraram, segundo escreveram, o melhor aluno que tiveram. No "Grembery", de Juiz de Fora, teve como mestres Brant Horta, Nestor Massena e Mário Magalhães, que estimularam sua vocação literária. Aprovado com distinção em todos os exames de preparatórios paraa Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, depois do último exame de natureza, Afrânio Peixoto, que era catedrático, quis conhecê-lo e essa amizade prolongou até a morte do grande mestre nacional. Na epidemia de gripe de 1918, como interno de Assistência Pública do Rio de Janeiro, levado por Leal de Souza, prestou serviços a Coelho Neto, que o considerou sempre depois, conforme escreveu, "amigo dos que mais viveu em meu coração". Teve a honra de ser interno do grande Mestre brasileiro Miguel Couto, que também escreveu, quando celebrou seu 25º aniversário de professor, em banquete que deu a seus ex-internos, no Hotel Glória, do Rio, que seus melhores internos tinham sido até então Leitão da Cunha, otávio Aireas, Gastão Crulz e Agripa Vasconcelos. Já nesse tempo era conhecido em todo o Rio de Janeiro, como representante de Minas, em inteligência, na Capital da República. Quando deixou o internato de Miguel Couto para "attaché" do cirurgião-professor Paulino, na Santa Casa da Misericórdia, recomendado pessoalmente por Carlos Chagas, diretor do Instituto de Manguinhos, viu lágrimas nos olhos de Miguel Couto, que sempre o considerou como filho. No fim de seu curso médico, foi eleito unanimente orador de sua turma, sendo Miguel Couto, paraninfo. Este, começou sua oração com o elogio de seu aluno, fato até hoje inédito na oração dos paraninfos. Mário de Lima, então diretor da Imprensa Oficial de Minas, em linda crônica, salientou no "Minas Gerais", essa singularidade. Foi aprovado com distinção em sua defesa de tese sobre o tema "Estudos dos anaurismas artério-venoso". Publicou "Elogio de Miguel Couto", "Silêncio", livro de versos que o levou à Academia Mineira de Letras, aos 22 anos de idade, sucedendo a Aphonsus de Guimaraens. O "Silêncio", foi esgotado no Rio, em 30 dias, e não teve reedição. Publicou depois, "Nós e os Caminhos do Destino", com igual exito. Concorreu ao Concurso da Revista "O Cruzeiro", com o romance "Fome em Canaã", tendo sido premiado. Seu livro "Suor de Sangue", obteve unanimente o prêmio "Olavo Bilac", da Academia Brasileira de Letras, primeiro prêmio dos livros brasileiros, em 1949, no setor de poesia. Publicou "A Morte do Escoteiro Caio". Seu livro científico "De que morreu o Aleijadinho", resolveu sobre o diagnóstico retrospectivo de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, sendo que todos os especialistas, em livros recentes confirmam seu diagnóstico, a começar pelo mestre Miguel Couto, que fazendo em suas aulas o diagnóstico da "Lepra", escreveu ao aluno que entregava a mão à palmatório, convencido que ficara de seu antigo erro. Foi um escritor arraigado ao povo e à terra de Minas, tendo pela cultura semiridional um verdadeiro fanatismo. para ele, os poetas, os ensaístas, os romancistas mais notáveis da América são os de Minas Gerais. Foi para o Nordeste como cirurgião-chefe da Companhia Hidro Elétrica de Paulo Afonso, Bahia, onde construiu o "Hospital Nair Souza". Aposentado do Banco do Brasil, do Instituto Federal e de companhias particulares no Recife, onde clinicou. "Minha vida (de Recife em carta ao seu Editor das "Sagas") nada tem de importante para o seu estudo. A profissão de médico rural que fui no começo me aproximou do povo, da ralé desclassificada. E dos humildes sem justiça. Quando examino algum deles procuro conhecer vida e hábitos, o linguajar, as lendas, o folclore de sua região. Poucos conhecem o interior com mais profundidade. Homem de nenhuma vaidade, nenhum orgulho, sou um trabalhador por prazer e meus trabalhos refletem meus conhecimentos do nosso povo, daí e daqui. Uma opinião que me agradou foi a do querido Ascenso Ferreira: Seu livro sobre Beja foi o melhor romance que já li.". Ass. Agripa Vasconcelos Bernardo Pereira de Vasconcelos Nasceu em 27 de agosto de l795, em Ouro Preto. Faleceu em 1º de maio de l850, no Rio de Janeiro. Quinto filho do Dr. Diogo Pereira Ribeiro e de D. Maria do Carmo de Souza Barradas. Solteiro. Sem descendentes. Dados Biográficos: "Seguindo para a universidade de Coimbra em 1813 com seu estudos de preparatório, fez ahi o curso de direito em que foi graduado bacharel em 1818; e depois de passar em Portugal um anno, entrou para o serviço da magistratura com a nomeação de juiz de fora de Guaratinguetá, d'onde, passando à sua província natal, foi mais tarde nomeado desembargador da relação do Maranhão. Eleito deputado á côrte pela provincia de Minas Geraes em 1826, continuou a representar a mesma provincia nas seguintes legislaturas até ser eleito e escolhido senador em 1838, e antes disto, fazendo parte da primeira assembléia provincial mineira, deu-lhe sábia direcção, e fez que se creassem leis tendentes ao aperfeiçoamento do ensino publico, á decretação de estradas, etc.; foi ministro da fazenda em 1831, da justiça em 1837, e do império em 1840, apenas por nove horas, tempo que elle precisava para mandar á camara legislativa o decreto de adiamento consecutivo á declaração da maioridade de dom Pedro II, facto a que seguiu-se a reacção e sua queda; foi finalmente conselheiro de estado, gozando sempre dos foros de grande economista, perfeito estadista, eminente parlamentar e sábio legislador. Nos ultimos anno de sua vida soffreu de uma affecção da medulla espinhal, de que lhe resultou a paralisia das extremidades inferiores, mas sua actividade intellectual parece que com os soffrimentos physicos mais se apurava. Sabia esmagar seus adversários com o ridiculo e o sarcasmo quando por outro meio não podia vencer. Era grã-cruz da ordem do Cruzeiro, e também da Legião de Honra, da França; sobre elle escreveram pennas habeis e bem aparadas, como a do doutor Justiniano J. da Rocha na Galeria dos homens illustres, tomo 1º, e do Barão de Homem de Mello na Bibliotheca brazileira." (Fonte: Diccionario Bibliographico Brazileiro, pelo doutor Augusto Victorino Alves Sacramento Blake, Vol. I, Rio de Janeiro, Typographia Nacional, 1883). Cargos e funções públicas: Judiciárias: Juiz de Fora da Vila de Guaratinguetá, São Paulo; Juiz de Fora do Crime da Cidade de Salvador, Bahia; Desembargador da Relação do Maranhão, São Luiz, Maranhão. Legislativas: Conselheiro de Estado efetivo; Senador do Império; Deputado à Assembléia Geral do Império; Executivas: Vice-Presidente da Província de Minas Gerais; Ministro de Estado da Fazenda, da Justiça e do Império interinamente. Títulos e Honrarias recebidas: Grã-Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro, do Brasil; Grão-Cruz da Legião de Honra, de França; e Ministro Plenipotenciário junto ao Rei de França para tratar do casamento da Princesa D. Januária, irmã do Imperador D. Pedro II, com o Príncipe de Joinville. Dados Bibliográficos: "Escreveu, além de seus relatorios como ministro de estado: Commentario à lei dos juizes de paz. Ouro Preto, 1829, 160 pags. in-8º. Carta aos senhores eleitores da provincia de Minas Gerais, resumindo a história de seus trabalhos legislativo em 1828. S. João d'El-Rei, 1828, 208 pags. in-4º. Codigo criminal do Brazil - publicado no primeiro reinado, de que foi elle seu architecto e director, como disse o doutor J. M. de Macedo. Collaborou muito tambem para o Codigo do processo e, paraa reforma do acto addicional, escreveu muitos artigos em varios jornaes politicos e redigiu: O Sete de abril. Rio de Janeiro, 1833 a 1837 - Esta folha continuou a ser publicada até 1839, mas sob a redacção de Thomaz José Pinto de Siqueira. A Sentinela da monarchia. Rio de Janeiro, 1840 a 1847, - Esta outra, ao contrário, foi redigida só por Thomaz José Pinto de Siqueira de 1840 a 1841, depois que deixou o Sete de abril, e passou á redacção de Bernardo Pereira de Vasconcellos de 1842 em diante (Fonte: Diccionario Bibliographico Brazileiro, pelo doutor Augusto Victorino Alves Sacramento Blake, Vol. I, Rio de Janeiro, Typographia Nacional, 1883). Algumas iniciativas de Bernardo P. de Vasconcelos: Fundou o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro; criou o Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro; um dos principais responsáveis pela reforma postal brasileira, que resultou na emissão do primeiro selo do Brasil e o segundo do mundo; fundador do Partido Conservador. Algumas frases de Bernardo de Vasconcelos "Se não tenho feito quanto devo, tenho ao menos feito quanto me tem sido possível." "Todos os peitos não são inacessíveis às paixões e à corrupção". "Creio que não se pode festejar um ato Nacional de modo mais brilhante que dando sentenças justas, e concorrendo para o aumento e prosperidade da Nação". "Ler, escrever, contar e gramática da língua pátria deve ser o primeiro estudo de todos os membros de uma Nação" "Não abandono a causa que defendo, no dia dos seus perigos, da sua fraqueza; deixo-a no dia em que tão seguro é o seu triundo, que até o excesso a compromete". "Tenho provincialismo, não o nego; o meu sangue, o meu coração, eu todo sou mineiro, e poderá haver patriotismo sem provincialismo!" "A nação não serve ao governo; o governo é que serve a nação" "Não se questiona sobre o que é melhor fazer-se quando o aperto das circunstância só nos faculta indagar o que se pode fazer." Opiniões sobre Bernardo de Vasconcelos "O mais lúcido doutrinador do sistema representativo no Brasil e um dos mais potentes construtores das instituições nacionais". Octávio Tarquínio de Souza, escritor, biógrafo e historiador. "O mestre do parlamentarismo no Brasil". Barão do Rio Branco "O líder da voz do povo". Reverendo Walsh, viajante estrangeiro "Ideólogo, doutrinador, político, parlamentar, líder e fundador de Partido - homem de Estado, enfim - transigiu e atento à realidade variou de concepções. Mas o seu exemplo é fonte de permanente inspiração pela devoção com que se entregou à Política sem dúvida, sua arte, sua paixão, sua glória e sua vida." Petrônio Portella, Presidente do Senado Federal, em 1978. "Cabeça vidente e prática, antes que teórica e doutrinária, representa a mais poderosa individualidade política, administrativa e parlamentar e o mais fecundo, operoso, positivo e hábil homem de Estado que nunca apareceu no Brasil." Francisco Rodrigues de Paiva, alfarrabista brasileiro, em 1899. "O primeiro estadista do Brazil, o hercules da tribuna parlamentar, o gigante ao pé do qual seu contemporaneos forão quasi todos pequenos vultos." Joaquim Manuel de Macedo, 1876 Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos Dados Genealógicos Nasceu o Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos na Freguesia de Santo Ildefonso, na cidade do Porto, aos 28 dias de mês de outubro do ano da graça de l758, sendo batizado no dia 1º de novembro subseqüente, na mesma freguesia de seu nascimento. Foram seus pais Jerônimo Pereira de Vasconcelos e sua mulher D. Ana Jacinta da Natividade, cujo casamento ocorreu a 07/03/1756, na Igreja de Santo Ildefonso da cidade do Porto. Ministrou os sacramentos do matrimônio o Padre Apolinário José Ferreira de Souza. Seu pai Jerônimo Pereira de Vasconcelos nasceu em 1732, sendo natural da cidade do Porto, filho do Alferes Bernardo Pereira de Vasconcelos e de sua mulher D. Josefa Maria da Conceição. Já sua mãe Ana Jacinta da Natividade nasceu em 08/09/1734, na Freguesia de São Romão de Paredes de Viadores, Distrito do Porto. Faleceu a 02/06/1781, na mesma freguesia. Os avós maternos do Dr. Diogo foram o Coronel Jacinto Pereira Ribeiro e sua mulher D. Domingas da Rocha. Ele, natural de Santiago de Lobão, termo da comarca de Feira, faleceu em 21/11/1777 em Congonhas de Campos, Minas Gerais, sendo filho de Manoel Pereira Ribeiro e de D. Clara de Pinho. Ela, natural da Freguesia de São Pio de Cambra, Arcebispado de Braga, sendo filha do casal Domingos da Rocha e D. Maria da Silva, naturais da mesma freguesia. Faleceu o Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos na cidade do Rio de Janeiro, então Côrte portuguesa, em 1815, no exercício da função de Juiz do Crime do bairro de São José. O Casamento Em 21/04/l785, o Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos casou com D. Maria do Carmo de Souza Barradas. A cerimônia foi realizada na Capela de Nossa Senhora do Carmo, Sé de Mariana, "sendo testemunhas presentes o Doutor Desembargador Tomás Antônio Gonzaga, o Intendente Francisco Gregório Pires Bandeira e Juiz de Fora Ignácio José de Sousa". Nascida a 12/05/l765, em Mariana, e falecida já viúva, em Ouro Preto, em 03/03/l840, era D. Maria do Carmo filha do casal Dr. João de Souza Barradas e de sua mulher D. Jacinta Maria da Fonseca e Silva. O Dr. João de Souza Barradas era filho do Coronel José de Souza Moura e de sua mulher D. Eugênia Maria do Carmo Moraes Carneiro. D. Jacinta Maria da Fonseca e Silva, mãe de D. Maria do Carmo, era filha Baltazar da Fonseca da Silva e de sua mulher D. Antônia Maria Cardoso Castelo Branco, da Casa de Cardoso, de Portugal. Dados Biográficos do Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, aos 8 anos de idade veio para as Minas Gerais. Adolescente ainda, deixou a casa paterna na zona central da cidade do Porto em chamamento de seu avô materno, o Coronel Jacinto Pereira Ribeiro, então estabelecido em Congonhas do Campos, com casa de comércio e lavras auríferas. Era intenção do Coronel Jacinto Pereira Ribeiro preparar o neto para, algum dia, assumir seus negócios a frente de sua casa de comércio na Freguesia de Congonhas e da labuta diária das catas que possuía na região. Porém, logo o jovem Diogo demonstrou pouca inclinação para o comércio e rara aptidão para as letras, o que foi incentivado pelo avô que o envio pouco depois para o recém aberto Seminário Menor de Mariana. Aí fez os estudos curriculares, sendo discípulo do Padre Pascoal Bernardino Lopes de Mattos, conhecido latinista, que o habilitaram para seguir para a Metropole, para fazer os cursos superiores. De volta ao Reino, matriculasse na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra onde, em 1782, toma o graú de Bacharel. Concluídos os estudos, decide retornar para o Brasil já no ano seguinte, indo estabelecer banca de advocacia na velha Vila Rica do Ouro Preto, então sede da administração da vasta e mais rica capitania da colônia lusitana da América. Por seus conhecimento jurídicos e a par dos relacionamentos sociais do velho avô Jacinto Pereira Ribeiro, logo se tornou figura de destaque, franqueando as melhores posições sociais e cargos de nomeação do governo e eleição popular na Capitania das Minas Gerais. E foi , em 1805, na qualidade de Juiz de Órfãos de Ouro Preto, que lhe coube promover a emancipação das irmãs Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, a famosa Marília de Dirceu e Joana Emerenciana de Seixas para que pudessem dispor livremente de seus bens. A par de suas ocupações forenses e na administração da capitania mineira, encontrava tempo o Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos para se dedicar a poesia, tornandosse amigo intimo de Claudio Manuel da Costa e de Tomás Antônio Gonzaga. Porém, não teve a mesma felicidade como poeta e disso fala Diogo de Vasconcelos, dizendo que "Metrificava bem e rimava sofrivelmente, mas o estra negava-lhe o prêmio. Suas poesias são, como pedra bem lapidadas, que nem por isso adquirem o toque das preciosas. " Por ocasião do malogro do movimento conhecido hoje como Inconfidência Mineira, chegou o Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos a ser preso sob a suspeita de envolvimento na conspiração, fato ocorrido no dia 24/05/l796. E, durante quatro dias, assim permaneceu até que, a 28 do mesmo mês, sem nada ter sido apurado que lhe imputasse qualquer tipo de envolvimento, foi colocado em liberdade, reassumindo suas antigas funções junto à administração da capitânia. E, como primeiro Vereador à Câmara de Vila Rica do Ouro Preto, a ele coube, por dever do cargo fazer o discurso oficial, proferido em 22/05/1792, nos festejos públicos mandados celebrar as expensas da dita Câmara para festejar o malogro da Inconfidência. Por isso, foi mais tarde acusado injustamente de "vil instrumento do despotismo". Dados Bibliográficos Legou o Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos os seguintes trabalhos bibliográficos: "Breve descrição geográfica, física e política da Capitania de Minas Gerais, oferecida ao Ilmo. E Exmo. Senhor Pedro Maria Xavier de Ataíde e Mello, do Conselho de Sua Alteza Real, Governador e Capitão-General de Minas Gerais, com o seu elogio. Vila Rica do Ouro Preto, 1807". "Ao Ilmo. e Exmo. Sr. Pedro Maria Xavier de Ataíde e Mello, Governador e Capitão-General da Capitania de Minas Gerais, no dia de seu natalício: (canto poético). Vila Rica do Ouro Preto, 1807 "···········" · Cargos e funções públicas Caixa dos Diamantes, Minas Gerais; Tesoureiro da Intendência do Ouro em Vila Rica, Minas Gerais; Inspetor do Papel Selado, em Ouro Preto, Minas Gerais; Juiz de Órfãos de Vila Rica do Ouro Preto, Minas Gerais; Fundador da Administração dos Diamantes de Judiaiá, Minas Gerais: Vereador a Câmara de Vila Rica do Ouro Preto, da qual foi Presidente; Juiz do Crime do bairro de São José, Rio de Janeiro. Títulos e Honrarias Hábito da Ordem de N. S. Jesus Cristo, por Mercê do Príncipe Regente D. João, em 1808. Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos Dados Genealógicos: Nasceu em 28 de dezembro de 1812, em Ouro Preto. Faleceu em 3 de março de 1863, em sua terra natal. Décimo segundo, último e filho póstumo do Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos e de D. Maria do Carmo de Souza Barradas. Casado. Com descendência. Dados Biográficos: "Estudou com distincção humanidade em sua provincia e na de S. Paulo seguiu o curso da Academia juridica, na qual em 1835 tomou o gráo de bacharel formado em sciencias sociais e juridicas. No anno seguinte entrou na carreira da magistratura, sendo nomeado juiz municipal e de orphãos do termo de Ouro Preto, passando em seguida á juiz de direito substituto da comarca do Parahybuna, sendo em 1839 despachado juiz de direito da comarca do Rio das Mortes sempre na provincia de Minas-Geraes. Em 1840 foi eleito membro da assembléa da mesma provincia, e reeleito em outras legislaturas por vezes dirigiu como presidente, os trabalhos da assembléa. De 1842 á 1844 exerceu o cargo de chefe de policia de Minas-Geraes. Naquelle ano de 1842 sua provincia o elegeu deputado á assemblea geral legislativa, na qual continuou á ter assento, como deputado supplente de 1845 a 1848, e como deputado reeleito de 1850 em diante, até que em Novembro de 1857 foi por S. M. o Imperador escolhido senador em lista sextupla offerecida pela provincia de Minas-Geraes. Segundo vice-presidente desta provincia em 1843, passou logo depois á primeiro até 1844 : nella outra vez chefe de policia em 1849, veio no anno seguinte exercer o mesmo cargo na capital do imperio até 1853, em que foi nomeado presidente de Minas-Geraes sendo transferido tres annos depois para a presidencia da provincia de S. Paulo. Em Setembro de 1856 depois da mais rigida e laboriosima campanha parlamentar, falleceu o atleta vencedor, o marquez de Paraná chefe do gabinete chamadoda conciliação, e este deixou o poder á 3 de Maio de 1857. No dia seguinte o marquez de Olinda encarregado pelo imperador de organisar novo gabinete, chamou á pasta da justiça Francisco de Vasconcellos. A politica do ministerio de 4 de Maio, que por seus adversarios foi deniminada geographica, regeitava o predominio exclusivo de partidos, e reanimava o liberal fóra das posições officiais desde Setembro de 1848, tendo por ministros da fazenda o visconde de Souza Franco, e da guerra o conselheiro Jeronymo Francisco Coelho, um chefe, e outro notavel membro deste partido. Abriu-se pois nova, porfiada, e brilhante campanha em ambas as casas do parlamento, e na camara temporaria Francisco Diogo já estimado como orador de merecimento ostentou na tribuna dotes notaveis, que até então sua modestia não o tinha deixado revelar. A 12 de Dezembro 1858 o gabinete de 4 de Maio retirou-se, e o senador Dioo de Vasconcellos no intervallo das sessões legislativa exerceu na cidade do Rio de Janeiro a advocacia com louvor bem merecido por illustrada intelligencia e exemplar probidade. Já doente e abatido a presidencia de sua querida provincia, e exercendo-a agravarão-se os seus padecimentos, e chegou-lhe a morte na cidade do Ouro-Preto, em Março de 1863. Francisco Diogo Pereira de Vasconcellos, commendador da Ordem de Christo, e official da imperial da Roza, foi varão distincto e illustrado, na magistratura typo de justiça e de incorruptibilidade; em politica membro importante do partido conservador, e desde 1857 manifestadamente pronunciado em alliança com os liberais sobressahiu em todos os tempos (fóra dos periodos de revolta e de reacções, em que o contagio das paixões chegou á todos) como homem tolerante, moderado, justiceiro e de magnanimo caracter. Brilhou na vida menos do que suas faculdades podião; porque duas contrariedades o honrarão. A primeira foi a sua modestia, que apenas esmagada pelo dever em 1857 e em 1858, só nos ultimos annos de sua vida deixou que resplandessem os raios fulgurantes de seu espirito. A segunda foi o nome de Vasconcellos, nome que obrigava comparação temivel, e offuscadora. Francisco Dioo era irmão de Diogo (sic) Pereira de Vasconcelos, o primeiro estadista do Brazil, o Hercules da tribuna parlamentar, o gigante ao pé do quel seus contemporaneos forão quasi todos pequenos vultos. Francisco Diogo dizião aquelles que o apontavão; "é irmão do Vasconcellos". Vasconcellos o velho eclypsava Vasconcellos o irmão mais moço. E enorme a responsabilidade de um nome grande e glorioso. Mas Francisco Diogo Pereira de Vasconcellos legou suave, esclarecida e bella memoria; porque foi illustrado patriota, servidor constante e zeloso do imperio, e porque depois de longos annos de serviços nos mais altos cargos e elevadas posições sociaes morreu, legando á sua única e queredissima filha immaculado o nome de seu pae, e por toda fortuna ... a maior probreza." (Fonte Anno Biographico Brazileiro, Joaquim Manoel de Macedo, Terceiro volume, Rio de Janeiro, Typ. e Lt. do Imperial Instituto Artistico, 1876, pags. 603-606) Cargos e Funções Públicas: Juiz de Direito Substituto da Comarca do Paraibuna, Juiz de Fora - MG; Chefe de Polícia de Minas Gerais; Chefe de Polícia da Côrte, Rio de Janeiro; Juiz Municipal e de Órfãos de Ouro Preto - MG; Senador do Império; Presidente da Província de São Paulo; Duas vezes Presidente da Província de Minas Gerais; Deputado à Assembléia Provincial de Minas Gerais; Deputado à Assembléia Geral do Império; Títulos e Honrarias: Comendador da Ordem de Cristo e Oficial da Imperial Ordem da Rosa; Instituições que pertenceu: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro - RJ. Marechal Jerônimo Pereira de Vasconcelos Barão e 1º Visconde de Ponte da Barca “Jerônimo Pereira de Vasconcelos, neto, futuro 1º Barão e 1º Visconde de Ponta da Barca, foi filho do Dr. Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos e de sua mulher Maria do Carmo de Sousa Barradas, neto paterno de Jerônimo Pereira de Vasconcelos e de Ana Jacinta das Neves, e neto materno do Dr. João de Sousa Barradas e de sua mulher Jacinta Maria de Teveredo da Fonseca e Silva. Nasceu na Vila Rica do Ouro Preto, então Capitania e hoje Estado de Minas Gerais, Brasil, a 31 de julho de l788. Eram seus irmãos os Senadores do Império Bernardo e Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos e cunhado do Tenente-Coronel Felipe Joaquim da Cunha e Castro, Ajudante de Ordem Perpétuo do Governo da Capitania de Minas Gerais, por mercê de D. João VI. Jerônimo Pereira de Vasconcelos assentou praça, em 9 de janeiro de l800, no Regimento de Cavalaria de sua terra natal, sendo considerado cadete em 12 de fevereiro do mesmo ano. Pouco depois, a mando do pai, é enviado para a Universidade de Coimbra, onde matricula-se no curso de Matemática. Entretanto, com a invasão das tropas francesas, comandadas por Junot, entra para a Leal Legião Lusitana, como tenente, em 14 de setembro de l808. É promovido a capitão, para o Batalhão de Caçadores nº 12, em 15 de julho de l811; fez as campanhas da Guerra Peninsular de 1808-1812; assistiu as batalhas do Buraço e Fuentes de Oñor, como tenente, e a de Salamanca, como capitão; é louvado na Ordem do Dia de 25 de agosto de l812, pelo modo como comportou-se em Salamanca, na qual apreendeu uma águia do Regimento Francês nº 12sendo condecorado com a Medalha da Guerra Peninsular, algarismo nº 4 (das quatro campanhas desta guerra). Em 22 de janeiro de l815 recebe a promoção a major, para o 1º Batalhão de Caçadores da Divisão de Voluntários do Príncipe, seguindo para Montevidéu. Tenente-Coronel graduado em 22 de janeiro de l8l8; Tenente-Coronel efetivo, de comissão, para o 1º Batalhão de Libertos de El-Rei, pertencendo sempre aquela Divisão, em 24 de junho do mesmo ano; Tenente-Coronel efetivo em 26 de março de l821. No Brasil, distinguiu-se nos recontros e ações da Índia Morta, como major e Casopalios e Pedras, como Tenente-Coronel; sendo louvado nas ordens da Divisão de Voluntários de El-Rei, de 23 de novembro de l816; 20 de março, 13 e 20 de maio, 18 de julho e 29 de setembro de l823; promovido a Coronel, por Decreto de 16 de setembro de l824, contando a antigüidade desde 5 de junho de l824, para o Regimento de Infantaria nº 16. Participou das campanhas liberais de 1826-1827, distinguindo-se na tomada da Vila da Ponta da Barca, em 6 de fevereiro de l827. Distinguiu-se por seu denodo na Campanha Peninsular, na qual se bateu valentemente, sendo condecorado com a Medalha da Guerra Peninsular, algarismo nº 4. Achava-se em Coimbra quando, em 1808, verificou-se a revolução contra os franceses. Entrando, nessa época, como tenente, para a Leal Legião Lusitana, foi, em 1812, promovido a capitão e designado para o Batalhão de Caçadores nº 12. Tomou parte na guerra contra os soldados de Napoleão e assistiu as batalhas de Buraço, de Salamanca ou dos Arapiles e de Fuentes de Oñor, assim como ao sítio de Almeida. Louvado foi na Ordem do Dia de 25 de agosto de l812, pelo modo por que se houve na Segunda daquela ações (que travara em 22 de julho), na qual apreendeu uma águia do Regimento Francês nº 12, pelo que foi elogiado por Lord Beresfod. Nesse mesmo ano, na retirada de Burgos, sendo Capitão comandante do Batalhão de Caçadores nº 12, mereceu toda a aprovação de louvor do Marechal de Campo Manley Power, comandante de sua Brigada. Terminada a campanha, recebeu sua promoção a major e entrou para o 1º Batalhão de Caçadores (que era comandado pelo futuro 1º Barão de Taquari) da Divisão dos Voluntários Reis do Príncipe,, que, vindo à América em fins de l815, haveria de Ter o mais empolgante papel na nossa história militar. Era comandante da expedição destinada a Montevidéu o tenente-general Carlos Frederico Lecor (depois Barão e Visconde de laguna). A 30 de março de l8l6, chegou a Divisão ao Rio de Janeiro, onde encontrava-se a Corte Portuguesa transmigrada. No mês seguinte – junho – a Divisão embarcou para a ilha de Santa Catarina, onde continuaria para a Cisplatina conflagrada. Seguiria o caminho de terra e entraria triunfalmente no território do Uruguai pela fronteira do Rio Grande do Sul. Partindo para Banda Oriental, lá se demorou o major Pereira de Vasconcelos até 1824, tendo sido, nesse período, elevado a tenente-coronel. Pela sua conduta em frente ao inimigo, na Guerra de Montevidéu, foi elogiado na ordem do dia de 19 de novembro de l816. Por ordem do comandante em chefe, tenente-general Barão de Laguna, esteve encarregado de organizar, instruir e disciplinar dois corpos em Montevidéu, pelo que mereceu dos seus superiores hierárquicos o maior louvor. Em março de l8212, foi transferido, como comandante, para a Brigada (ou Batalhão) de Libertos de El-Rei, posto em que permaneceu até assumir o comando do 2º Regimento de Infantaria. Dando provas do seu valor militar, distingiu-se, notavelmente, em vários recontros, como, por exemplo, os de Índia Muerta e de Casopalios, fazendo jus, por isso, a repetidos louvores nas ordens do dia da Divisão. Pela fidelidade e constância que demonstrou em todo o tempo que esteve na Província Cisplatina, antes e durante a sua incorporação ao Reino Unido, foi agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem da Torre e Espada, a medalha dos bravos, e com a Cruz de Ouro da Guerra de Montevidéu. Em 7 de setembro de l822, D. Pedro I proclama a independência do Brasil. O Barão de Laguna aderiu a ela, in continenti, com parte de suas tropas. Outros componentes da Divisão não a aceitaram, todavia. E o general D. Álvaro da Costa de Sousa de Macedo tomou o comando da facção lusitana. Em 1823, foi vencido por Lecor e, no ano seguinte (em 14 de fevereiro) teve de capitular e em seguida, deixar a praça. O tenente-coronel Pereira de Vasconcelos conservou o comando do 2º Regimento de Infantaria até 27 de setembro de l824, quando foi despachado para a Europa, com D. Álvaro da Costa, por não ter concordado com o gesto de D. Pedro. Regressando ao Reino, teve a sua promoção a coronel e foi colocado a frente do Regimento de Infantaria nº 16 que, em breve tempo, disciplinou de modo exemplar e com o qual entrou nas campanhas da liberdade, entre cartistas e absolutistas, de 1826 a 1828, desde as primeiras. Em 5 de fevereiro de l827, durante a cruenta guerra civil que foi chamada de lutas da liberdade, portou-se brilhantemente na batalha havida perto de Ponte da Barca, vila da província do Minho. À testa de cinco companhias do seu regimento, tomou a ponte, depois de já Ter sido a posição abandonada pelas outras forças da divisão de que fazia parte, salientando-se muito e praticando admiráveis atos de bravura. A proeza lhe valeria, dezoito anos após, o seu título nobiliárquico, honrosamente conquistado. Vendo vacilar o seu regimento à entrada da referida ponte, que era varrida pela artilharia e fuzilaria do Exército absolutista, pôs-se ante todos os seus subalternos e assim a atravessou, num digno exemplo de coragem, apesar de muito ferido, por estilhaço de granada, dias antes, na ponte do Prado. Ao entrar na ponte da Barca, um ajudante de ordens do general-comandante o intimou, em nome desta (que vira a dificuldade da passagem) a que se retirassem também. Não cumpriu a ordem, afirmando que responderia pelas conseqüências de suas ações. Uma carga de baioneta por termo a última resistência do miguelistas, que fugiram em franca debandada para a Galiza. Quando finda a refrega, apresentou-se ao comando, com a artilharia tomada e quatrocentos e tantos prisioneiros, entregou a espada. “General, disse, considero-me preso desde o momento em que desobedeci às ordens de V. Exa. que foram transmitidas pelo seu ajudante. Mas, o coronel do 16 não volta as costas ao inimigo”. Um abraço do general foi a primeira recompensa de tão heróico feito. Ao Ter lugar a mudança política, no ano de l828, foi-lhe tirado, pelo governo absolutista (que mandou prendê-lo), o comando daquele corpo do exército, que, com novas guias, serviu as hostes miguelistas. Atribuiu-se ao coronel Pereira de Vasconcelos, como comandante de brigada ligeira que era, o conselho da necessidade de abandonar o Exército Constitucional a posição que ocupava em Cruz de Merouços, em 25 de junho de l828, para que não corresse o sério risco de Ter a retirada cortada pelo inimigo. Para explicar-lhe a razão, foi publicada, em l835, e distribuída na Câmara dos Deputados, a fim de melhor firmar o crédito do brioso oficial de quem se tratava, a Apologia do coronel de infantaria Jeronymo Pereira de Vasconcelos ( Lisboa, na Imprensa nacional). Depois da retirada da Divisão Leal (como foi chamada) para a Galiza, em julho de l828, fiançado pelo tio, o antigo ministro conselheiro Dr. Fernando Luiz Pereira de Sousa Barradas Cardoso e Silva (também mineiro), obteve do governo de D. Miguel I licença para retirar-se para a Quinta daquele, em Verride, distrito de Coimbra, mas não lhe permitiram os absolutistas que, por muito tempo, gozasse da liberdade: em outubro foi ordenada a sua prisão. Conduzido para Lisboa, foi encarcerado na prisão militar da Torre de São Julião da Barra. Dessa praça, foi transferido para as de Elvaz e Estremôz. Saindo desta última, com mais 69 companheiros, para retornar a Elvas, no sítio da Ourada, os presos atacaram a escolta que os acompanhava e, depois de relhida luta, apoderaram-se das armas dos soltados, conseguindo, a custo, escapar. Sob o comando do coronel Pereira de Vasconcelos, dirigiram-se à Espanha. Pretendeu, em vão, uma força miguelista, que estava em Jeromenha, opor-se aos valentes defensores da causa constitucional, mas estes, forçando a passagem, atravessaram a nado, o rio Guadiana e, deste modo, passaram a fronteira, internando-se em território espanhol. Logo em seguida, apresentaram-se em Marvão e se bateram, ainda, pelos ideais constitucionalistas. Finda essa triste guerra civil que em Portugal se desenrolou, exerceu diferentes comissões de serviço para as quais fora nomeado pelo governo, bem desempenhando-se em todas elas. Em 12 de julho de l837 rebentou, no Minho, a revolta dos Marechais – assim chamada por causa de Saldanha e Terceira, seus cabeças – dos cartistas contra os setembristas. Coube ao coronel Pereira de Vasconcelos, por ordem do marechal Saldanha, comandar, em Moncorvo, toda a infantaria revoltosa. Foi, também, encarregado de defender as passagens do Douro, desde a Barca de Alva até Foz-Tua. Em 19 de setembro seguinte, foi assinada a Convenção de Chaves (convênio que acabou, definitivamente, com a guerra civil). Ficava disposto que “os oficiais sublevados conservariam os seus postos militares”. Mas depois, isso não foi observado. E, por Ter seguido o partido dos Marechais, foi o coronel Pereira de Vasconcelos separado do quadro efetivo do Exército. Foi eleito Deputado da Nação às côrtes portuguesas na legislatura de l840. Em 1841, foi reintegrado no seu antigo posto de coronel do Exército Português. Designado, pouco depois, para o lugar de Chefe do Estado Maior da 8ª Divisão Militar e não lhe permitindo o mau estado de saúde seguir para tal destino, pediu o obteve reforma em brigadeiro, a qual, em l845, lhe foi melhorada no posto de marechal de campo. Por Decreto de 16 de dezembro de l845, recebeu o título de Barão de Ponte da Barca, que recordava o modo audaz pelo qual se portara naquele combate. Apesar de já Ter deixado o serviço efetivo do Exército, foi, em janeiro de l847, escolhido para comandante da 2ª Divisão Militar (Vizeu). Exerceu as altas funções de Ministro da Guerra, para as quais fora escolhido em 3 de maio do mesmo ano, substituindo o ministro interino que era o Conselheiro Ildefonso Leopoldo Bayard. Conservou-se no cargo até 22 de agosto, gerindo-o com grande prudência, num período agitado pela guerra civil. Naquele dia, foi constituído outro Ministério e a pasta da Guerra coube ao Barão de Almofala. Ainda neste ano (1847), o seu título de barão foi elevado a visconde, por Decreto de 12 de outubro, aniversário que fora de D. Pedro IV, por quem ele, tantas vezes, arriscara a vida em árduos combates. Foi Governador Civil do distrito de Coimbra, em fins de l847 até l849. Mais tarde, por ocasião do movimento político da Regeneração (partido político monárquico constitucional e conservador que sucedeu ao partido cartista), voltou a comandar a 2ª Divisão Militar, desde princípio de maio até meados de junho de l851. Em 1852, tornou a ser eleito Deputado da Nação. Possuía mais o seguintes títulos: Senho de Verride, Par do Reino, do Conselho de S. M. Fidelíssima, Ministro de Estado honorário, Grã-Cruz da Real Ordem Americana de Isabel la Católica, da Espanha (que conferia nobreza) e Comendador da Antiga e Muito Nobre Real Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e da Real Ordem Militar de São Bento de Aviz (ambas de Portugal). Faleceu a 21 de janeiro de l875, em Verride, onde residia.” Fonte: Albano da Silveira Pinto, in Família Nobres e Grandes de Portugal, Lisboa, 1883. João Antônio de Vasconcelos Filho do Capitão Antônio Bernardo de Vasconcellos e D. Maria Benedita de Assunção, nasceu JOÃO ANTONIO DE VASCONCELLOS em 1802, na então vila de Valença, na Bahia. Formou-se em Ciências Jurídicas na Faculdade de Olinda, em 1832. Iniciou sua carreira na Magistratura, sendo nomeado pela Regência, em decreto de 1º de outubro de 1833, Juiz de Direito da comarca do Brejo. Foi removido para idêntico lugar na comarca de Valença, em decreto de 19 de julho de 1834, na de Caravelas, em decreto de 21 de julho de 1842, e na capital da província da Bahia, para a 1ª Vara do Crime, em decreto de 16 de fevereiro de 1843. Foi, depois, nomeado Juiz dos Feitos da Fazenda da Bahia, em decreto de 20 de junho de 1844, e Desembargador da Relação da mesma província, em decreto de 22 de outubro de 1852. Fez parte do Tribunal do Comércio na capital da referida província, instituído pelo Título Único, Capítulo I, do Código Comercial (Lei nº 556, de 25 de junho de 1850), aí exercendo três cargos: Adjunto, em decreto de 22 de junho de 1855, Procurador Fiscal, em decreto de 29 de setembro de 1857, e Presidente, em decreto de 27 de setembro de 1858. Em decreto de 2 de março de 1864, foi nomeado Presidente da referida Relação, e por três vezes reconduzido a esse cargo — decretos de 23 de março de 1867, 20 de abril de 1870 e 31 de janeiro de 1874. Em decreto de 13 de setembro de 1875, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, na vaga proveniente da aposentadoria concedida a Caetano José da Silva Santiago; tomou posse a 2 de outubro seguinte. Exerceu o cargo de Presidente do Tribunal por nomeação em decreto de 1º de fevereiro de 1880, substituindo Joaquim Marcelino de Brito, que falecera a 27 do mês anterior. Seus serviços foram aproveitados pelo Governo imperial na administração da província da Paraíba, sendo nomeado seu Presidente, em decreto de 20 de março de 1848, tomando posse a 11 de maio seguinte. Foi agraciado por D. Pedro II com o título do Conselho, em decreto de 30 de abril de 1864. Era irmão de Zacarias de Góes e Vasconcellos. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 21 de novembro de 1880, sendo sepultado no Cemitério da Ordem de São Francisco de Paula, em Catumbi. Em 6 de setembro de 1886, seus restos mortais foram exumados e trasladados para a Bahia. Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos Visconde de Monserrate Filho de José Pinheiro dos Santos e D. Maria Joaquina do Amor Divino e Vasconcellos, JOAQUIM JOSÉ PINHEIRO DE VASCONCELLOS nasceu em 4 de setembro de 1788, na ilha de Santo Antônio, na capitania da Bahia. Formou-se em Leis na Faculdade da Universidade de Coimbra, recebendo o grau de Bacharel, em 26 de maio de 1818. Regressando ao Brasil, foi nomeado por D. João VI, em decreto de 13 maio de 1819, Juiz de Fora das vilas de Santo Amaro da Purificação e São Francisco, na capitania da Bahia, lugar de que tomou posse em 7 de agosto seguinte. Obteve o lugar de Provedor da Fazenda dos Defuntos e Ausentes, Resíduos e Capelas das mesmas vilas, em alvará régio de 16 de junho do mesmo ano. Aí serviu durante seis anos até ser nomeado, em decreto de 25 de setembro de 1826, Desembargador da Relação de Pernambuco com exercício na da Bahia. Em portaria de 14 de março de 1833, do Ministro de Estado da Justiça, foi declarado que ficava pertencendo a esta última Relação. Em decreto de 2 de outubro de 1848, foi nomeado Presidente dessa Relação, cargo a que foi reconduzido, em decreto de 6 de novembro de 1851. Foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, em decreto de 15 de dezembro de 1853, preenchendo a vaga aberta com o falecimento de Miguel Joaquim de Castro Mascarenhas, e tomou posse no cargo, em 3 de fevereiro do ano seguinte. Havendo falecido, em 27 de setembro de 1857, Manoel Pinto Ribeiro Pereira de Sampaio, que exercia o cargo de Presidente do Tribunal, D. Pedro II, reconhecendo os elevados dotes de Vasconcellos, resolveu nomeá-lo Presidente do Tribunal, cargo a que foi reconduzido por duas vezes, em decretos de 19 de outubro de 1860 e 17 de outubro de 1863. Pediu exoneração do cargo, em fevereiro de 1864, sendo atendido por decreto de 5 do referido mês. Motivou esse ato a execução dos decretos de 30 de dezembro anterior, em que o governo resolvera aposentar quatro membros do tribunal. Sobre o assunto, Zacarias de Góes e Vasconcellos, Ministro da Justiça, em relatório de 14 de maio de 1864, apresentado à Assembléia-Geral Legislativa, declarou o seguinte: “A execução dos decretos de 30 de dezembro último, que, a bem do serviço público, aposentaram quatro membros deste tribunal, deu causa a um acontecimento que não posso deixar de mencionar. Os decretos referidos, depois de sujeitos à apreciação do Corpo Legislativo, encontraram da parte dos aposentados e de outros membros do tribunal formal oposição, a que deu maior corpo a complacência do respectivo Presidente o Barão de Monserrate. Não sendo admissível que um tribunal de tal ordem continuasse a dar tão perigoso exemplo, resolveu o Governo Imperial, por aviso de 4 de fevereiro deste ano, fazer sentir ao Conselheiro Barão de Monserrate, Presidente do mesmo tribunal, o dever de, por sua parte, fielmente executar os mencionados decretos, negando assento aos aposentados, sob sua responsabilidade. Recusando-se o mesmo Presidente a satisfazer as ordens do Governo Imperial, solicitou em 4 do referido mês sua exoneração, que foi logo aceita. Para preencher sua vaga, foi nomeado o Conselheiro Joaquim Marcelino de Brito, que, cumprindo exatamente o seu dever, conseguiu restituir àquele tribunal a calma necessária às suas deliberações. Havendo sido aprovado pela Câmara dos Deputados o procedimento do Ministro que referendou os aludidos decretos, tinha desaparecido qualquer dúvida que pudesse haver sobre tais documentos, aliás apoiados em grande número de precedentes do passado e do presente reinado”. Pinheiro de Vasconcellos continuou no tribunal até ser aposentado, por decreto de 15 de junho de 1878. Desde jovem, tendo sido declarada a guerra da Independência, distintamente concorreu para a nossa emancipação política, em sua província natal, sendo eleito Secretário da Junta Provisória de 2 de julho de 1823, que assumiu o Governo da província depois da retirada das tropas portuguesas sob o comando de Madeira. O Governo imperial aproveitou seus serviços na alta administração de duas províncias: — Pernambuco — nomeado Presidente em 9 de dezembro de 1829, assumiu o poder em 15 de fevereiro do ano seguinte e governou até 11 de outubro de 1831. — Bahia — por três vezes (Presidente), nomeado em 13 de abril 1832, tomou posse a 4 de junho desse ano até 10 de dezembro de 1834; em 14 de junho de 1841, posse em 26 do referido mês e exercício até agosto de 1844; em 22 de abril de 1848, tomou posse a 6 de maio, tendo governado durante cinco meses. Pinheiro de Vasconcellos foi agraciado com as condecorações de dignitário das Ordens do Cruzeiro e da Rosa, Grã-Cruz da Ordem de Cristo, em decreto de 14 de março de 1877, e os títulos do Conselho, em decreto de 18 de julho de 1841, Veador da Casa Imperial, em decreto de 14 de março de 1855, Barão de Monserrate, em decreto de 30 de março de 1861 e Visconde de Monserrate, em decreto de 21 de junho de 1878, por ocasião de ser aposentado. O Visconde de Monserrate faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 29 de agosto de 1884, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista. Fonte: Supremo Tribunal Federal - Brasília - DF Leôncio de Aguiar Vasconcellos Natural de Tianguá (CE), n.04.06.1930; f. no Rio de Janeiro, 01.11.2000, vítima de enfarto do miocárdio, advogado, turma de 1957 da Universidade do Brasil - Rio de Janeiro (RJ); comendador; deputado constituinte; promotor público; professor; cursista de Direito Penal Econômico, realizado em Paris - França, patrocínio da Association Internacionale de Droit. Formação complementar: Congresso Nacional de Polícia em 1967, representando Rondônia; Congresso Fluminense do Ministério Público, na cidade de Miguel Pereira (RJ) - 1967; Congresso de Secretários de Estado de Administração em Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e Florianópolis (SC); simpósio da Ordem dos Advogados do Brasil (1972), com o tema “A Polícia e a Sociedade Moderna” e debateu “A Polícia como Instituição Social e como Profissão” (1972); encontro do Ministério Público Fluminense em Miguel Pereira (RJ) (1980); 3o Encontro do Ministério Público Fluminense em Teresópolis (RJ) (1982); diplomado pelo Instituto Superior de Estados Brasileiros - ISEB; membro efetivo: da VI Conferência da Ordem dos Advogados do Brasil em Salvador (BA) (1975); do I Encontro do Ministério Público em Aracaju (SE) 1976; da VII Conferência da Ordem dos Advogados do Brasil em Curitiba (PR) 1978; da VIII Conferência da Ordem dos Advogados do Brasil em Manaus (AM) 1980; da IV Conferência da OAB em Florianópolis (SC) 1982; dos III, IV e V Congressos do Ministério Público Fluminense da cidade de Nova Friburgo (RJ); do grupo de estudos para planejamento e implantação do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro, ato do Secretário do Interior - 1968; do representante da Ordem dos Advogados do Brasil junto às comissões de Correições do Tribunal de Justiça do Estado da Guanabara - desde 1969; do grupo de trabalho instituído pela portaria 678-76 do procurador-geral da justiça, visando o exame do “sistema de vencimentos e vantagens dos membros do Ministério Público do novo Estado do Rio de Janeiro”; do Instituto dos Advogados Brasileiros - IAB. Conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil, delegação do Estado de Rondônia, de 1974 a 1982. Agraciado com o certificado do 1o Concurso Jurídico Nacional do Ministério Público de Maceió (AL) - 1980. Auferido o diploma de participação na Corrida de Fogo Simbólico da Pátria, patrocinado pelo Liga de Defesa Nacional (1984-1985). Promotor de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (RJ) - 1963, aprovado em concurso público de provas e títulos. Professor de Direito Processual Penal. Foi promotor de Justiça da Comarca de Parati (RJ), de Miguel Pereira (RJ), de Angra do Reis (RJ) - (promotor por merecimento), de Teresópolis (RJ), de Duque de Caxias (RJ) na 4a vara criminal do Tribunal do Júri (promovido por antigüidade), de Vassouras (RJ), de Valença (RJ), de Mangaratiba (RJ) e de Barra Mansa (RJ) e Titular do III Tribunal do Júri do Rio de Janeiro (RJ). Secretário de Estado de Administração do Estado do Rio de Janeiro (RJ), então governador do Estado Dr. Leonel Brizola. Secretário Municipal de Governo da cidade do Rio de Janeiro (RJ) - 1990. Secretário de Estado de Indústria, Comércio e Tecnologia do Estado do Rio (RJ), no governo do Dr. Leonel Brizola. Procurador de Justiça da I Câmara Criminal do Tribunal de Alçada. Observador na Assembléia Constitucional Constituinte, designado pelo Procurador-Geral de Justiça e da Associação do Ministério Público do Rio de Janeiro (RJ). Proferiu palestras nas cidades de Miguel Pereira (RJ) com o tema “A Comunidade” e em Duque de Caxias (RJ) no Rotary Clube com o tema “Integração da Justiça na Sociedade Moderna”. Expositor e debatedor do tema “O Ministério Público e a Advocacia Criminal”, no seminário promovido pelo Instituto de Ciências Penais da Faculdade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro (RJ), 1976. Conferencista do I Encontro de Secretários Municipais de Administração do Rio (FESP-1984) e, na Escola Superior de Guerra (ESG), com o tema “O Quadro Social Brasileiro e Seus Problemas - a Situação nas Cidades e no Campo”. Deputado Estadual pelo PDT no Rio de Janeiro, em várias legislaturas (1982-1986, 1989-1991, 1991-1995). Ocupou várias funções legislativas e partidárias tais como: Vice-lider da bancada do PTB na Assembléia Legislativa do Rio (RJ); vice-líder da Constituinte Estadual; membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Estadual membro da Comissão Constitucional; presidente da subcomissão Temática de Organização dos Poderes da ALERJ; membro do Diretório Regional do PDT-RJ; membro da Executiva Provisória do PDT, de Miguel Pereira (RJ); presidente da Comissão de Cultura - ALERJ; membro da Comissão de Constituição e Justiça - ALERJ; da Comissão de Defesa do Consumidor - ALERJ; da Comissão de Servidores Públicos - ALERJ; da Comissão de Turismo e Desportos - ALERJ; da Comissão de Assuntos Municipais - ALERJ; da Comissão de Assuntos sobre a Mulher e o Menor - ALERJ; da Comissão de Normas Internas e Proposições Externas - ALERJ-1990; membro efetivo da Comissão de Legislação Constitucional Complementar e Códigos - ALERJ-1990; presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desportos - ALERJ-1990; membro suplente da Comissão de Indicação Legislativa - ALERJ- e da Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação, 1990. Vice - líder da bancada do PDT - ALERJ. Presidente da CPI - resolução n. 55-91, para apurar possíveis irregularidades ocorridas na autorização de funcionamento do Bazar Santa Bárbara - Depósito de Fogos de Artifícios e Armas de Munição. Presidente da Comissão Interpartidária para elaborar a Lei Complementar sobre a criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios - ALERJ. Representou a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro - ALERJ, no Fórum Nacional de Segurança Pública, Violência e Criminalidade - a questão do sistema penitenciário brasileiro , 1992. Presidente da Comissão de Servidores Públicos. Vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça, 1991. Conselheiro da Comissão de Constituição e Justiça (1991) e, do Instituto de Previdência da Assembléia Legislativa do Estado do Rio (RJ) - IPALERJ-1991. Relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), resolução 14-91, para apurar as responsabilidades pelo extermínio de crianças e adolescentes. Líder da bancada do PDT - 1994-1995. Líder do Governo - 1994-1995. Atividades associativas e comunitárias: presidente do Conselho Superior da Associação do Ministério Público Fluminense (1968-1970); membro da Associação do Ministério Público do Brasil; membro efetivo da Academia Duquecaxiense de Letras e Artes; do PEN-Club do Brasil; membro e vice-presidente da Comissão Municipal dos Festejos do Sesquicentenário de Independência do Brasil em Duque de Caxias (RJ); membro do Conselho Deliberativo da Associação do Ministério Público do Rio de Janeiro (RJ) (1976-1978). Vice-presidente da Associação dos Criminalistas do Brasil e da Associação do Ministério Público do Estado do Rio (RJ). Secretário geral da Associação do Ministério Público do Rio (RJ) 1978-1990. Presidente da Associação do Ministério Público do Estado do Rio (RJ) 1980-1982. Conselheiro da Associação do Ministério Público do Rio de Janeiro (1982-1990, reeleito em três biênios). Membro da Association Internacionale de Droit Penas Paris - grupo brasileiro. Apresentador e debatedor de televisão no programa “O povo da TV”, em 1992. Trabalhos publicados: Os discursos nos Anais da Assembléia Legislativa do Estado do Rio (1975); o livro “O Batismo das Armas no Golfo. E a Paz” - Editora MEC 1991; o boletim “Senhor Presidente pela Ordem” (1991); Temas jurídicos, literários e políticos publicados nos jornais Última Hora e Jornal do Comércio; os artigos “Consciência Partidária” -(1991), “O Caos Universitário” (1991), “As Empresas Comunitárias” (1991), “A impunidade da corrupção” (1992)-, “Antes Burro do que Louco” - (1992) no jornal O Dia; o artigo “Estadistas precisam pensar” no jornal Tribuna da Imprensa (1991); o artigo “O Dia da Comunidade Cearense” no jornal Momento Legislativo (1991); o artigo “Vista grossa à imposição da miséria no Brasil”, jornal Tribuna da Imprensa (1992); o artigo “Desagregação Social” no jornal Diário de Petrópolis (1991); os artigos “O Primado do Direito” , “Legislação, Migração e Impasse” e “Apenas Contestando” no Jornal da Tijuca (1992) e Legislação, Migração e Impasse”, também no jornal Diário de Petrópolis. Presidente da Comissão de Redação (1992). O artigo “Cientista Político , no Jornal do Brasil (1992); o artigo “Estadista da Legalidade” -(1992), “O Courrier” - (1994) no Jornal do Comércio; o artigo “O voto secreto” no jornal O Globo (1995); o artigo “O Direito do Consumidor ao seu Alcance”, publicado em Boletim; o artigo “Cientista Político: absurdo e devaneio” no jornal Tribuna da Imprensa (1992); o livreto, plaqueta - “Homenagem ao Dia da Comunidade Cearense”. Homenagens outorgadas: Medalha Plácido de Castro, conferida pelo Ministro da Educação, através da Comissão Nacional do Centenário de Plácido de Castro; Medalha comemorativa do Sesquicentenário do Nascimento do Marechal Emílio Luiz Mallet, patrono da Artilharia do Exército Brasileiro; Comenda de “Rosa de Ouro”, concedida pelo município de Miguel Pereira (RJ), por relevantes serviços prestados ao Estado do Rio (RJ); Tem a fotografia exposta nas Galerias dos Advogados Criminais do II Tribunal do Júri do Rio (RJ), na Galeria dos Advogados Criminais do I Tribunal do Júri do Rio (RJ) e na Galeria dos ex-líderes do PDT, no salão de liderança no Palácio Tiradentes. Diploma de membro efetivo do Instituto dos Centenários. Epônimo de rua em Miguel Pereira (RJ) em via pública, em 15.01.1976, “Rua Promotor Leôncio de Aguiar e Vasconcellos”. Cidadão honorário de Miguel Pereira (RJ) ,de Duque de Caxias (RJ)-(1977), de São João de Meriti (RJ), de Itaperuna (RJ) e do Estado do Rio de Janeiro, este último concedido pela ALERJ. Diploma de reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao Corpo de Bombeiro do Rio (RJ) (1984). Agraciado com os troféus “Dom Quixote”, “Da Amizade” de Barra Mansa (RJ), “Galo de Ouro” do Jornal Entre Rios, e com as “medalhas de mérito” da FASP, “Lyrio Coelho” da Polícia Civil (RJ), do Mérito Municipal conferido pela câmara municipal de Miguel Pereira (RJ). e, “colar do mérito” do Ministério Público conferido pelo governo do Estado do Rio(RJ)-1991. Epônimo à Biblioteca Municipal de TIANGUÁ (CE). Diplomado como sócio benemérito da coligação dos Policiais Civis do Rio (RJ) e diploma e título de “Amigo do Servidor” conferido pela Associação dos Servidores Civis do Brasil (1985). Colar do mérito judicial judiciário (1991) conferido pela Secretaria de Justiça. Moção de aplausos - pela câmara municipal de Bom Jardim (RJ)-1991-. Comenda no grau de Grande Oficial do Clube Municipal conferida pela conselho da ordem do mérito (1991). Conferida medalha da “Cidade das Rosas” pela câmara de vereadores de Miguel Pereira (RJ). Recebeu “Destaque Parlamentar” (1992) na Faculdade Maria Thereza - Niterói (RJ). Agraciado com o “Troféu Goumet Rio - Destaque 1993”, conferido pelo Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Município do Rio (RJ). Recebeu “Placa de Prata” dos assistentes jurídicos do Estado pelos relevantes serviços prestados à categoria e, “Placa de Prata” da FASP pelos relevantes serviços prestados ao servidor público. Conferenciou sobre o “Novo Estatuto dos Advogados” (1994), na subseção de Miguel Pereira (RJ). Autor de 23 artigos nos dispositivos da Constituição do Estado (1989). Opiniões: “Considero Leôncio Vasconcellos um homem público de qualidade com honradez, competência e lealdade. Dr. Leonel Brizola.” “É um político diferente. Trabalhador, culto e bondoso. Sua missão é socorrer os aflitos. Dom Hélder Câmara”. “Dr. Leôncio foi promotor de justiça correto, humano e cidadão temente a Deus. Frei José Kroef.” “Leôncio Vasconcellos é a melhor expressão da coerência e dignidade política. Sua luta pelo direito dos oprimidos vem de longe. Dr. Bernardo Cabral.” Filho de João Enéas Vasconcelos e Francisca de Aguiar Vasconcelos (Fransquinha); avós paternos: João Lourenço de Vasconcelos e Cândida Nunes Vasconcelos; avós maternos: Leôncio Licurgo de Aguiar e Joaquina Máxima Aragão de Aguiar (quininha); bisavós paternos: João Lourenço de Vasconcelos e Ana Ferreira de Vasconcelos, ambos nascidos em Coreaú (CE); bisavós maternos: Manoel Francisco de Aguiar (1841-1925) e Lourença Gomes de Aguiar ; trisavós maternos: Francisco Antonio de Aguiar e Maria Silvéria Coutinho de Aguiar. A irmandade: Gerardo de Aguiar Vasconcelos (faleceu criança); Murilo de Aguiar Vasconcelos; José Geraldo de Aguiar Vasconcelos; José Tarcísio de Aguiar Vasconcelos; José Amarantino de Aguiar Vasconcelos; Maria do Livramento de Aguiar Vasconcelos; Maria Teresinha de Aguiar Vasconcelos Cunha; Maria Gonçala Vasconcelos de Aguiar (Gonçali). Em 1943, o pau-de-arara Leôncio, saiu de Parnaíba (PI) à época residia os pais, em direção à Capital da República, então o Rio de Janeiro, viajou de trem, ônibus e barco a futurar a vida no sudeste do país. Lá chegando foi aprovado no exame para o ingresso na Escola Darcy Vargas. Queria vencer. Senão seria um fracassado. Tianguaense de espírito aventureiro fez a sua bandeira “A Vitória” para enfrentar as adversidades. Para sobreviver no Rio exerceu a função de bói, vendedor de livros e corretor de anúncios. Dormiu no bonde 13 da linha Ipanema-Carioca, sem ter onde morar. Passava as tardes na biblioteca e almoçava no calabouço. Tornou-se presidente do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira e Conselheiro do Diretório Central do Estudantes, desde cedo revelando o temperamento de líder. Tem uma descendência de quatro filhos: Déborah, Márcio, Leôncio Filho e Isadora. http://os-vasconcelos.vilabol.uol.com.br/index2.html
Postado há 25th April 2010 por Vasconcelos

de Vasconcelos Pesquisa sobre a família Vasconcelos.

Petição de herannça de 1924 de nossos parentes, os Vasconcelos do Mata Cavalo
1Yetição. Dxmo. senhor doutor juiZ soà CCional..A.Companhia Agrícola e Pastoril Pluminense, eociedade anonyma legalMente constRuida, com sédo na Capital t:'ederal, á Avenida Rio Branco, numero Cento -o nove (100), Theophilo Rodrigues de Vaec•oncellos e sua mulher, propaietarlos residentes na Villa Rio PiraAsinha, deste Medo do Minas, Jeronymo de Vasooncellos Barros o sua mulher domiciliados em a cidade de Alvinopolis, lambem deste Estado, dizem, poe advogado, e provarão: S. N. Primeiro, que são senhores e possuidores de uma área de terras sitas no legar de cominado Ribeirão do «Pega Bem, munieipio de Caratinga, Estado do Minas Gemes; segundo, que essa área, possui. da em commum pelos supplicantes outros, ainda não foi medida, devendo, porém, segundo . ealculos racionaveis, attingir a mais de mil -alqueires de cari por cem; terceiro, que o immovel coma, prebende todas as vertentes da Ribeirão do «PS,ga, Bem», desde a sua fáz até 'suas origens e ainda as vertentes pafa: 09 rios Cuieté ou Canatinga, margem meridional até a barra do Ribeirão denominado «Maria Cumprida», nos limites, actualmente, com Cla.udino de Vaseoncellos; quarto, que os limites acima n:teaseriptos coincidem, á justa, com os. Ame constam do titulo .econfrontações eearacteriaticosa da • escriptura o seu nalra.cto para transerip,ção no registro . i de iram:oveis em Caratinga (documento numero um); sexto, que esses limites, • Ritmes foram descriptos o constam da eacriptura inclusa, são perfeitamente nitidos, distinguem-se por fortes caracteristicos naturaes e são insueceptiveis de duvidas; setimo, que o immovel dividendo compõe-se de matas, capoeiras, pastagem e plantações; oitavo, que a communhão se originou por morte de dona Thereza Maria de Jesus, em mil oltomntos e trinta e nove, e de seu maride joequirn Ridrigues de Vesconcenos, era rait- oitocentos e quarenta o deus, os Times foram os donos primitivos do immovei, sendo os actuaes proprietarios seus suceessores pro herede o pro emptore; nono, que no immoVel existem diversas benateitorias, das quaes pertencem a primeira requerente, plantações de café, aiastagens e casas, e ao condomino Luiz; Vieira de Carvalho, conhecido como Luiz (;oncialves, plantações. casa e pastagens., Outras bemfeitorias por ventura existentes, serão obra do ,intruzas, contra os quaes os requerentes agirão tempestivamente e peta forma legal; decimo) que a primeira requerente por si e seus antecessores, vem, desde mais. de trinta annos, nUllktendo a posse .de determinívta orea provima de Ribeirão 4Pega-Bema, ék ambos os ledos, posse esta coroei-crisma por signoeS exteriores, quaes sejam rocas, Unha demarcatorio, e outros; decimo primeiro) são condominos conhecidos do hrmovel dividendo: Primeiro, .requerente Companhia . Agricola Pastoril .Fluminense, com séde no Rio de Janeiro; eeguudo, Luiz Vieira de Carvalho. o sua mulher, residentes no districto Co iti, municiplo doCaratinga; tere.eiro, It. :rdeiros de Guilhermino nodrigues de Vasconcellos; a) o requerente .Theophillodrigues do Vasooncellos e sua mu- álter, residentes em Villa Itio Piracicaba, Minas; b) Guilhermina Velicissima de 'Viciconcellos Gomes, casada com. FranffiS60 Theodoro Gomes, residente, e,m vinopolis, Minas; e) Mariana do Vageott coitos Harros, vinva de Jerony trio AMPrie(1 j0;. AZNVIO Nl'is0. 9 se-us fllItn , tedoe malores,o promovente Jeronyinci deVa'sconceitos Barros, casado, e Sebastião do IVasconcellos Barros, casado, residentes ambos em'Alvinopolis; d) D. 'ErnesLina de Vaeconcellos Pinto, viuve de Francisco Pinto e suas filhas Maria e Argentina, residentes em Barra do Caeté. municipio do Santa Barbava, neste Estado; e5; Annibâ de Vesconcellos Barros e sua mulher, dos quaes cassionario o condomino Sebastião do Vasconoellos Barross Quarto, herdeiros do Antonio Rodrigues de Vasconcellos; a) general Rephael To- /sias o sua mulher, residentes no Rio da Janeiro, á rua Vinte o Quatro de Maio numero cento o dezenove; b) coronel Durval do Barros e sua mulher dona Judith de Moraes Barros, successores do José Maria de Moraes e sua mulher o residentes em Vila Rio Piracicaba, deste Estado; e) Bernardina 'de Vasconcellos Peasoa, na q ualidade do inventariante, cabeça de casal de seu marido Luiz Antonio eia Silva Pessoa; residente em Santa Luzia de Carangola, deste Estado; d) Maria da Gloria do Vasconcelloa, casada com o promovente Theophilo Rodrigues do Vasconeelloswesidentes como já foi declarado, em Villa Rio Piracicaba, deste Estado. Quinto, herdeiros de Catherine. .Rodrigues de Vesconcelloe, casada que foi com Flavio Corrêa; a) Manoel Antonio Iloclrigues de Vasconcellos e sua mulher, residentes em S. Domingos do Prata, deste Estado; b)Anna Jaeintha Pessoa, casada com Benjamim Corrêa Pesnoa, residentes ern S. Domingos do Prata, deste Estado; c) Gabriella Pessoa de Vasooncellos, viuve, residente 'em S. Domingos do Prata; d) Conquesia Rodrigue,s de Vasconeellos, solteira, maior, residente em S. Domingos do Prata; e): herdeiros do D. Rita Leopohline do Vasconceitos, em • primeiras Impeles, com José Liso Vieira da Silet; José Liao Vieira da Silva Filho e sua mulher, dona Maria José Vieira, mulher de Longuinho Ferreira Lopes, Bernadette Vieira, casada c_ord. Levindo Ferreira Lopes, Orsino Vieira da Silva e sua 'Mulher, Manoel Vieira da Silva e sua mulher, digo, maior, solteir, Arlincle Vieira, casada com Francisco Arlinda iVieira, atsacta com Pranaisco Chagas; herdeiros da mesma dona Rita Leopoldina de Vasconcellos, em segundas nupcias, com Virgílio Pinto, já fallecido;Anna 'Vasconcollos Pinto, mulher do Targinto Dias Duarte Antonio VasoonCO1103 Pinto, menor solteiro, Sinval VaRconcelicm Pinto, maitre solteiro, Alhertina Vasconcellos Pinto, maior, solteira o Maria Vieira Pinto, inventarianto o cabeça do casal de Raymundo Nonato, todos residentes neste Estado de Minas, em PimabicaLba; sexto, herdeiros de Januarid Ro. drigues de Vasconcellos: a) José Lino de Vasconcellos, menor; Joaquim Lino de Vasconcellos 'o sua mulher, e Aureliano de tal e sua mulher, residenles neste Estado, em o municipio do Caratinga. E Porque não lhes convenha, aos requerentes, a permanencia communhão, requerem a presente acção de divisão o pedem- sejam intimados, pela fórma da lei, os condorninos acima nerne.ados que, com esta, não apresentaram procuração, todos para a primeira deste juizo, depois do feitas e aceusadas todas as citações, virem lenear-se cem os requerentes em agrimensor ou arbitra/luro,: . que 'procedam á- divisão do immovri, demarcação da . cota de cada proprielarin, abooando-se as cutas — pro-: .rafa -, ficando ognelthente ci talos para todos os demais, termós acção até final, sob pena do revelia mais pronunciações de direito, e para nada innovarem no immovel, quer faa sondo beinfeitorias e roçadas, quer dal molindo ou dananifando . as existentes sob pena de attentado. ProtesNm tanas hem, pela restituição de fructos pereer Ptos o percepuendos que não forem de.4 vidos. Para a citação. dos interessados', podem: precatorla ou mandado _para (M que residirem neste Estado, edital para incertos e desconhecidos, que porventura existam, cautela necessaria tentei mais quando consta que herdeiros successores de Serafim Tiburcio da Costa Se arrogam direitos do conilominio no referido irnmovel, editaes que deverão publicar no jornal ornejai deste Estado, no &Mario Off icial da Capital da Republica . e no "Diario Manhã" ' ongão °Melai dos poderes doi. Estado do Espirito Santo, di gnando-se (3. M. 11.1. juiz de marear os necessarios prazos, digo,"prezos. Requerem mais a intimação do Estado de Minas Geraes, pessoa de seus • representantes legaes, para reserva de quaesquer direitos gut/ lho assistam corno confrontanto do Inas inovei dividendo e, finalmente, que se expeçam cópias authenticadas, dos edis, taes para que sejam affixadas no logar do costumo, nas sédes das comarcas Caratinga, iAlmorése São Domges dOi Prata, Alvmopolis o Santa Berbere, deste. Estado. D. o A. Pedem deferi, digo, com o deferimento, nomeação de curador in-litdm, e representante de mano reS, desconhecidos, ausentes e ineape-i zes, para sue, interessados, acompa-t nliene o processado em todos seus termos. Com os protestos necessarios, depoimentos pessoaes, prova dentro e; fóra da terra. Valor ele causa - cento vinte contos de réis . Com ;cinco documentos e procurações. Bello Horizonte, nove do outubro de mil Tiovecen—. .tos e vinte o quatro.. — Orozimbei Nonato da Silva. Rodolpbo Portugal Milward. (Sobro uma estampilho: federal . de dons mil réis). Despacho:' — D., o A. deferido; nomeio curador, in-litem aos incapazes, o doutor Manoel C4omee.. Marco o preza do noventa dias.• Bailo Ilorizonte, dez do outubro de mil novecentos to 'vinte e quatros. Coelho Junior. E. para que chegue a6 conhecimento de todos os interessados incertos e desconhecidos, vaa processado o presente que será affixado e publicado.. Dado e pàssado nesta cidade de Dello Horizonte. 11 de outubro de 1924., Eu, Leandro Castilho do Moura Costa, segundo escrivão federal, 0 escrevi. Antonio Rodrigues Coelho .Panior. ',••n•nn Sexta CirciuurscripçãO Jus1iciari0 •• Militar, 'Auditoria do Exercito ::"" EDITAL: DE CITAÇÃO • • .1 O doutor Ernesto Claudia° de °live., ra o Cruz, 30 auditor: • Faz saber ao réci reservista dei Exercito Joaó Perrelli, ou quem dono tiver, conhecimento, que estando o mesmo ráoi erh legar incerto e ignorado. é citadó pelo presente a comparecer no edificio onde Inneciona a 6' Ciremnscripeãe Judn. ciaria Militar (Aurti 4.oria do Esereite)s andar terreo do Supremo Tribunal Militar. á praça da Republica, no di t 1u Ui
Família Vasconcelos (Mata Cavalo)
Bernardo de Vasconcelos

Postado há 4th October 2012 por Vasconcelos
   
Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos http://pt.wikipedia.org/wiki/Diogo_Pereira_Ribeiro_de_Vasconcelos? Sei que ele foi preso, mas nada se provou, inclusive foi pai de Bernardo Pereira de Vasconcelos, http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_Pereira_de_Vasconcelos figura importante do Império, do Presidente de São Paulo Francisco Diogo de Vasconcelos http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Diogo_Pereira_de_Vasconcelos e do Marechal e herói português o Visconde da ponte da Barca, Jeronimo Pereira de Vasconcelos, http://pt.wikipedia.org/wiki/Jer%C3%B3nimo_Pereira_de_Vasconcelos Como vê é uma figura que se fosse envolvida na inconfidência mineira, poderia mudar a historia de Minas Gerais, São Paulo e do Brasil e Portugal. Ainda descendem de Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos; historiador Diogo de Vasconcelos http://pt.wikipedia.org/wiki/Diogo_de_Vasconcelos que escreveu importantes livros sobre a história de Minas gerais , O Romancista Agripa de Vasconcelos http://pt.wikipedia.org/wiki/Agripa_Vasconcelos que criou a “lenda” “histórica” Sobre o escravo Chico Rei. Sílvio de Vasconcelos http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADlvio_de_Vasconcelos Sobre o Vasconcelos que foi para São Paulo diziam; Francisco Diogo Pereira de Vasconcellos, comendador da Ordem de Cristo, e oficial da imperial da Roza, foi varão distinto e ilustrado, na magistratura tipo de justiça e de incorruptibilidade; em politica membro importante do partido conservador, e desde 1857 manifestadamente pronunciado em aliança com os liberais sobressaiu em todos os tempos (fóra dos períodos de revolta e de reações, em que o contagio das paixões chegou á todos) como homem tolerante, moderado, justiceiro e de magnânimo caráter. Brilhou na vida menos do que suas faculdades podiam; porque duas contrariedades o honrarão. A primeira foi a sua modéstia, que apenas esmagada pelo dever em 1857 e em 1858, só nos últimos anos de sua vida deixou que resplandecem os raios fulgurantes de seu espirito. A segunda foi o nome de Vasconcellos, nome que obrigava comparação temível, e offuscadora. Francisco Diogo era irmão de Bernardo (sic) Pereira de Vasconcelos, o primeiro estadista do Brasil, o Hercules da tribuna parlamentar, o gigante ao pé do qual seus contemporâneos foram quase todos pequenos vultos. Francisco Diogo diziam aqueles que o apontavam; "é irmão do Vasconcellos". Vasconcellos o velho eclipsava Vasconcellos o irmão mais moço. E enorme a responsabilidade de um nome grande e glorioso. Vasconcelos Salomão de Vasconcelos (*) Revista do Instituto heráldico – genealógico Primeiro semestre do Ano 1940 – paginas 240 –245 O elenco familiar luso-espanhol , como no Brasil, os nomes VASCONCELOS constituem hoje verdadeira Babel. Dificilmente se poderá verificar a que tronco ou estirpe pertence esta ou aquela geração desse apelido. Sobre a origem onomástica da palavra, a versão popular portuguesa, transmitida nos contos avoengos, informa, por um lado, que desde o liminar da demografia luso-espanhol começaram a figurar nos anis das famílias os VASCOS, que, pelo esdruxulismo da superposição das silabas VAS.cos, passaram a ser lidos VASCONCELOS; e, por outro, que o nome surgiu de VASCONZELOS, expressão acidental de aviso com que certo pai houve de abrir os olhos a um filho que partia para longes terras, em viagem arriscada. Como quer que seja, o certo é que já na plenitude do século III, ou mesmo antes, formavam os VASCONCELOS no vasto panorama social da península verdadeiras legiões, vindos alguns das primitivas Casas espanholas, das Torres portuguesas e ainda de vários pontos da primitiva carta européia, daí derivando, no correr dos séculos posteriores, numerosos troncos ou estirpes, de muitos dos quais saíram representantes ilustres, que se distinguiram, a seu tempo, assim da fildalguia e na nobreza, como nas letras, nas ciências, nas artes, na religião, nas armas e na política. Os Simão de Vasconcelos, os Vasconcelos de Drummond, os Annes de Vasconcelos, os Ornelas de Vasconcelos, os Diogos de Vasconcelos, os Moreira de Vasconcelos, Os Menezes de Vasconcelos, os Accioli de Vasconcelos, os Medina de Vasconcelos, os Luiz de Vasconcelos, os Pinheiro de Vasconcelos, Os Leite de Vasconcelos, os Sousa de Vasconcelos, os Barbuda de Vasconcelos, os Meira de Vasconcelos, os Góis de Vasconcelos os Cunha de Vasconcelos,os Barjona de Vasconcelos , os Schmidt de Vasconcelos, , alem de outros inúmeros, são apelidos familiares que figuram em quase todas as crônicas sociais, nas genealógicas, nas vocabulares e nas biografias, especialmente portuguesas e espanholas. Do elenco metropolita, como era natural, passam para o Brasil, deste o tempo da colônia, também numerosos representantes VASCONCELOS, muitos dos quais se acham hoje entrelaçados e perpetuados em quase todos os Estados e municípios brasileiros. Em Minas, para onde vieram desde o inicio dos descobrimentos também vários elementos luso-brasileiro desse nome ( Arzão de Vasconcelos, bandeirante – 1700, mais ou menos – João de Almeida Vasconcelos, Oficial dos Dragões, Diogo de Vasconcelos, um dos primeiros sesmeiros, Jacinto Pereira de Vasconcelos, estabelecido em Congonhas do Campo, também no começo da exportação do ouro, CIPRIANO TEIXEIRA DE VASCONCELOS, vindo de São Paulo, etc.), existem hoje, por igual, bastas e ilustres progênies desse apelido, disseminadas e desgalhadas por todos recantos do Estado. Nada menos de 5 grandes ramos ou grupos VASCONCELOS povoam neste momento o território mineiro, sem levarmos em linha de conta ainda outros elementos esparsos que cada passo vão surgindo aqui e ali. 1 – Os pereira de VASCONCELOS, que aqui tiveram por tronco mais recente o Dr Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, casado em Mariana com D. Maria do Carmo Barradas, ambos de nobres estirpes portuguesas,(*) e de que resultaram, entre outros, dois grandes ramos: a) OS Vasconcelos de Mariana e Outro Preto, nossos ancestrais diretos, de que foram expoentes máximos os estadistas brasileiros Bernardo Pereira de Vasconcelos, deputado, senador, ministro do Império e Conselheiro de Estado; Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos, deputado, senador, presidente da província e Conselheiro; o marechal Jerônimo Pereira de Vasconcelos ( Visconde da Ponta da Barca em Portugal, onde foi também ministro da Guerra, Par do Reino e Senhor de Verride); Fernando Pereira de Vasconcelos , grande naturalista, um dos fundadores do Jardim Botânico de Ouro Preto, e D. Ana Rosa de Vasconcelos, nossa Bisavó paterna, tronco igualmente de ilustre e numerosa progênie mineira; b) Os VASCONCELOS do oeste de Minas, oriundos de outra filha do casal N.1 , acima, D. Maria do Carmo Vasconcelos , de que provieram os Filipe de Castro Vasconcelos, hoje também representados por vários e destacadas famílias do Pará de Minas, Pitangui e Sete Lagoas. 2 – Os Fonseca de Vasconcelos, que tiveram por genitores mais diretos o Visconde de Caeté, desembargador José Teixeira da Fonseca Vasconcelos e sua mulher D. Tereza Maria de Jesus, filha do Coronel João da Mota Ribeiro, natural de Braga e estabelecido no município de Santa Barbara, e de sua mulher, D. Maria de Jesus Teixeira; deixando o casal José Teixeira – D. Tereza de Jesus, vasta descendência que são os Teixeira da Mota e os Mota de Vasconcelos, povoadores dos municípios de Santa Barbara, Itabira, Sabará, Caeté e outros pontos de Minas. 3 – Os VASCONCELOS Monteiros, oriundos do comendador José de Vasconcelos Monteiro, natural de Portugal, casado co D. Maria Valentina, ainda vivos e residentes em Belo Horizonte, com filhos seguintes; Bernardo, Anselmo, Caetano, Afonso, Teresa, Jose, Felício, Cecília; Agostinho e Eliza, todos casados e com filhos, e residentes uns em Belo Horizonte, outros nos municípios de Ponte Nova e Saúde. 4- Os TEIXEIRA DE VASCONCELOS, provenientes de CIPRIANO TEIXEIRA DE VASCONCELOS, português, casado em São Paulo com D. Maria Antonia da Silva, também com descendência numerosa no estado de São Paulo, em São Domingos do Prata, Santa Rita do Turvo e outros pontos em Minas. 5- Os Assis de Vasconcelos, outro grande ramo, oriundo do N.4, acima, hoje igualmente desgalhado em distintas famílias mineiras que se localizaram em São Domingos do Prata, Alfie, Ribeirão do Onça e outros lugares de Minas. Da progênie resultante do numero 1 ( os Pereira de Vasconcelos), temos já organizado e no prelo a arvore genealogia completa. Deste os ancestrais portugueses, sob o titulo “notas genealógicas – genealogia de meus filhos”). Dos Fonseca de Vasconcelos existe já um belo ensaio, publicado na Revista genealógica Brasileira de São Paulo, pelo coronel Julio de Vasconcelos Teixeira da Mota, um dos descendentes do Visconde de caeté; e ainda em trabalhos esparsos de J.P. Xavier da Veiga, Rodolpho Jacob, Mario de Lima e no nosso Livro “O Fico”, recentemente editado pela “Brasiliana”de São Paulo. Sobre os TEIXEIRA DE VASCONCELOS e os Assis de Vasconcelos ( 4º e 5º grupos) deu entrada ultimamente no Arquivo Público Mineiro oferecido pelo Dr, Raimundo Alves de Carvalho, um maço de alfarrábios, infelizmente incompletos , sem data e sem autor declarado, mas cuja leitura conseguimos apurar, em resumo , o seguinte: Diz um desses alfarrábios que em 1720 vieram da Província de São Paulo para Minas duas Irmã gêmeas, Maria Antonia da Silva e Rita Antonia da Silva. Esta ultima se casou com um português, de nome Manuel Domingos da Silva, passando o casal a residir no arraial de São Jose da Lagoa, hoje Presidente Vargas, onde deixou prole. A outra Maria Antonia da Silva, ligou-se pelo casamento a CIPRIANO TEIXEIRA DE VASCONCELOS ( 4º grupo acima), também português, vindo de São Paulo, e foram morar no lugar denominado Córrego Fundo, no distrito de Santana do Alfié. Desse segundo casal, nasceram 12 filhos: Cipriano, Manuel, Joaquim, Jose Antonio, Claudio, Mariana, Marcelina, Custodia, Catarina, Maria Antonia e Ana Teresa. Todos conservando o cognome d Teixeira de Vasconcelos. Quatro destes descendentes; Claudio, José Antonio, Custodia e Ana Teresa , foram para a Franca, em São Paulo, onde constituíram famílias. Dois Outros, Catarina e Maria Antonia, permaneceram em Minas, indo para Santa Rita do Turvo, Atual Viçosa, onde se casaram na família dos Abreus. Marcelina se casou com um Francês, Manuel Ferreira Pinto de Morais, localizado-se na Fazenda dos Pintos. Os demais igualmente se consorciaram e montaram domicilio em vários pontos de Minas, como Bom Sucesso do Alfié, Ribeirão do Onça; Santana do Alfié, Brejaubas, Ribeirão da Mombaça, Godinho, Dionísio e no estado do Paraná De um ramos acima, proveiu Manuel José de Vasconcelos, que se casou com Ana Vitoria de Morais, deixando 7 filhos, um dos quais, Francisco de Assis Vasconcelos, casou-se em São Bartolomeu, Ouro Preto, com Maria Joaquina Garcia, indo o casal para São Domingos do Prata e ali formando o sub-ramo dos Assis de Vasconcelos. A esse sub-ramo pertencem hoje o Dr. José Matheus de Assis Vasconcellos, atual prefeito daquela cidade, e o advogado dr. José de Assis Vasconcellos. Não sabemos se haverá alguma relação de parentesco entre esses Teixeira de Vasconcelos e os Teixeira da Fonseca Vasconcelos do Visconde de Caeté, cujo 3º avô era VASCONCELOS ( João Ribeiro de Vasconcelos), sendo seu pai TEIXEIRA ( José Teixeira de Carvalho). As épocas coincidem e também os cognomes, sendo, alem disso, português o 3º avô do Visconde e Cipriano, e paulistas a mulher de Cipriano e a do 3º avô do Visconde. É, pois, de presumir que sobredito Cipriano Teixeira de Vasconcelos fosse aparentado, na ascendência ou na descendência pelo menos, com João Ribeiro de Vasconcelos, ou com José Teixeira de Carvalho, e, portanto, com o Visconde de Caeté. Como se verifica pelos dados acima resumidos, o estudo da linhagem dos Vasconcelos hoje espalhados em Minas é assunto para um volumoso trabalho genealógico, mas tarefa. Sem duvida, difícil e de muita paciência, que não ocupara talvez um só livro, nem um só autor. Todavia, estando o autor destas linhas no desejo de contribuir, no que estiver ao seu alcance, para obra tão útil e necessária, faz daqui um apelo aos Vasconcelos de toda a Minas, e possivelmente, também de São Paulo e do Paraná, para que lhe enviem, para seu endereço abaixo quaisquer dados de família, com os nomes dos ancestrais, ligações, descendências e datas bem especificadas, a fim de poder completar o que já tem organizado com relação aos Pereiras de Vasconcelos, ramo de que mais diretamente descende. Sabendo também existir no Rio de Janeiro uma neta ou Bisneta do Conselheiro Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos, Senador e ministro do império , solicita de quem souber, queira indicar-lhe o nome e a residência dessa ilustre parenta, para com ela poder se entender por carta ou pessoalmente. Belo Horizonte – Rua Rio Grande do Norte, N 1.545 Vasconcelos = Introdução à ‘genealogia de meus filhos’, ( no preto) (*) Do instituto Histórico de Minas Gerais DIOGO PEREIRA RIBEIRO DE VASCONCELOS. Nasceu a 28-10-1758 na cidade do Porto, Portugal. Faleceu a 28-02-1815 no Rio de Janeiro. Jurisconsulto, poeta e historiador. Em Em 13/05/1808, obteve a mercê de Hábito da Ordem de Cristo. Juiz do Crime do bairro de São José, no Rio de Janeiro, administrador da extração diamantina de Indaiá, Vereador ao Senado da Câmara de Vila Rica (Ouro Preto), onde também foi Juiz Ordinário e de Órfãos. Filho do Coronel Jerônimo Pereira de Vasconcelos, nascido em 1732, no Porto, Portugal, onde casou com Ana Jacinta Natividade Ribeiro, natural da mesma cidade. CASOU COM MARIA DO CARMO DE SOUZA BARRADAS a 12-05-1785 em Mariana, MG, nascida a 12-05-1765, em Mariana e falecida a 03-03-1840 em Ouro Preto, filha do Dr. João de Sousa Barradas nascido a 01-06-1735 em Mariana, onde faleceu em 04/maio/1820, advogado, o primeiro mineiro formado em leis na Universidade de Coimbra, Cavaleiro professor na Ordem de Cristo e Vereador ao Senado da Câmara de Mariana; e de D. Jacinta Maria Taveredo da Fonseca e Silva, natural de Verride, termo de Montemor-o-Velho, Portugal. Tiveram como filhos: 1.1 - MARIA DO CARMO PEREIRA DE VASCONCELOS. 1.2 – JERÔNIMO PEREIRA DE VASCONCELOS - 1º BARÃO E 1º VISCONDE DE PONTE DA BARCA 1.3 - ANA ROSA PEREIRA DE VASCONCELOS. 1.4 – DIOGO PEREIRA RIBEIRO DE VASCONCELOS. 1.5 – BERNARDO PEREIRA DE VASCONCELOS. 1.6 – DR. FERNANDO LUIZ PEREIRA DE VASCONCELOS. 1.7 – JACINTA CAROLINA PEREIRA DE VASCONCELOS. 1.8 – JOANA JACINTA PEREIRA DE VASCONCELOS. 1.9 – BERNARDA PEREIRA DE VASCONCELOS. 1.10 – DIOGUINA MARIA PEREIRA DE VASCONCELOS. Viscondes de Ponte da Barca Título criado por D. Maria II, rainha de Portugal por Decreto de 12-04-1847 por duas vidas a favor de Jerónimo Pereira de Vasconcelos, 1º Visconde de Ponte da Barca * 1788 Títulares 1. Jerónimo Pereira de Vasconcelos, 1º visconde de Ponte da Barca * 1788 Costados: Plebeu, eventualmente descendente dos Vasconcelos históricos, mas este património foi perdido por esquecimento da linhagem genealógica, devido eventualmente aos acontecimentos e dificuldades da vida. Nascido a 31-07-1788, em Ouro Preto, Minas Gerais. Marechal de Campo reformado, Par do Reino, Conselheiro de Estado, Deputado da Nação, Ministro de Estado da Guerra, etc. Faleceu em Verride, Portugal, a 21-01-1875. Brasão dos Vasconcelos históricos No entanto cabe dizer que estes Vasconcelos históricos eram Senhores da Torre de Vasconcelos, e eram descendentes de Carlos Magno Imperador do Ocidente (bola laranja), consolidador da Europa cristã depois da anarquia pós-queda do Império Romano (do Ocidente); de Hugo Capeto, Rei de França (bola azul escura), da nacionalidade consolidada; de Fernando Magno, Rei de Castela e Leão (bola verde), precussor da futura união dos reinos hispânicos. 1.2. Fernando Luís Pereira de Vasconcelos, 2º visconde de Ponte da Barca * 1842 Costados: os 3 Soberanos já descritos, e descendente de Guilherme, Duque da Normandia e Rei Conquistador da Inglaterra (bola vermelha) e de D. Afonso Henriques, Rei fundador de Portugal (bola azul clara). Descendente de Maomé, o Profeta (descendente de Abraão, e primo de Jesus), e de outras Famílias nobres árabes da Península Ibérica. Descendente dos Faraós do Egipto, Imperadores da Pérsia, da Raquel Bíblica, dos Reis da Arménia, da Geórgia, Imperadores Romanos do Oriente (Constantinopla), e Duques da Borgonha. Entre muitos outros. 1.2.9. Eduardo de Ornelas e Vasconcelos, 3º visconde de Ponte da Barca Costados: idem. Descendente dos acima descritos e descendente-neto dos Viscondes de Ponte da Barca: CARLOS MIGUEL DE VASCONCELOS TAVARES, nascido em 1973. História da Vida de seu avó, Jerónimo Pereira de Vasconcelos, 1º Visconde de Ponte da Barca * 1788: Transcrevo do 3.º volume de "Nobreza de Portugal e do Brasil", dirigida e coordenada por Afonso Zúquete. Nasceu em Vila Rica, no estado de Minas Gerais, Brasil, a 31-VII-1788 e faleceu (ou em Lisboa, ou em Verride) a 21-I-1875. Zúquete refere o local de falecimento em Lx., mas como viveu os últimos anos da sua vida na Quinta da Melhor Vista, em Verride, aonde o confrade diz estar sepultado, indico as duas localidades por via das dúvidas. «Assentou praça como soldado, com 12 anos, no regimento de Cavalaria de Minas Gerais, em 9-I-1800, considerado cadete em 12 de Fevereiro seguinte. Primorosamente educado por seus pais, passou a Portugal e matriculou-se na Faculdade de Matemática da Universidade de Coimbra, mas em 1807, quando as tropas napoleónicas invadiram Portugal, a Universidade de Coimbra, dada a gravidade da situação em que o País se encontrava, encerrou as suas portas e Jerónimo de Vasconcelos retirou-se para o Porto. Formando-se ali uma companhia, composta pelos principais negociantes da cidade, foi escolhido para seu comandante. No ano seguinte transitou para a leal Legião Lusitana, onde foi promovido a tenente em 14 de Setembro e a capitão por distinção, para o Batalhão de Caçadores 12, em 15-VII-1811.» Neste meio tempo, terá então participado no Batalhão Académico (outra estória longa e heróica que fica para mais tarde) formado na sequência da insurreição de Coimbra e da entrega do seu governo ao vice-reitor da Universidade, Doutor Manuel Pais de Aragão Trigoso, e do governo militar a Nuno Freire de Andrade, coadjuvado pelo tenente-coronel de engenheiros e lente de matemática da Universidade Doutor Tristão Alvares da Costa Silveira. Foi sobretudo este quem organizou os muitos académicos regressados à pressa a Coimbra, ao saberem do levantamento da população, e que se haviam incorporado num Corpo de Voluntários Académicos, prontamente armado e organizado em várias companhias de infantaria. Foi certamente a partir de uma delas que se organizou o "nosso" Batalhão Académico. Mas retomemos a biografia de Jerónimo de Vasconcelos. «Durante a Guerra Peninsular distinguiu-se nas batalhas do Buçaco, Almeida, Fuentes de Oñoro, Talavera de la Reina, San Sebastian, Badajoz, Salamanca e Arápiles, na qual apreendeu a águia que servia de troféu à bandeira francesa do 22.º regimento. No assalto e retirada o seu batalhão sofreu tão grandes perdas, que teve de regressar a Portugal para ser reorganizado.» «Quando em 1815 foi organizada a Divisão de Voluntários Reais de El-Rei, ofereceu-se para fazer parte da expedição e foi promovido a major para o 1.º batalhão de Caçadores, em 22 de Junho. Graduado em tenente-coronel em 22-I-1818, passou a efectivo para o mesmo batalhão em 24 de Junho.» «Um dos seus maiores feitos nesta campanha [no Brasil] foi a maneira leal e corajosa como se comportou em Montevideu, depois de 6 meses de viagem e em guerra com o gentio dia e noite, quando o comandante da divisão resolveu aderir à causa brasileira e procurou convencer as tropas do seu comando a acompanhá-lo, fazendo-lhe as mais sedutoras promessas. Pereira de Vasconcelos interveio e conseguiu conservar unidos os seus subordinados, que, salvo poucas excepções, se mantiveram fiéis a Portugal. Durante a campanha de Montevideu (1816-1823) teve acção brilhante nos combates de Índia Morta, Pedras e Casaralvos. Terminada a campanha, foi encarregado de organizar, disciplinar e instruir dois corpos de Exército, sendo-lhe conferidos por esse serviço muitos e honrosos louvores. Seguidamente foi nomeado comandante da cidade de Montevideu, da Brigada de Libertos de El-Rei e depois, comandante do 2.º regimento de Infantaria da Divisão.» «Depois da proclamação da independência brasileira o Imperador D. Pedro procurou aliciar o bravo oficial, que resistiu a todas as promessas e a todas as pressões, até as de ordem militar, quando esteve iminente um combate com uma divisão brasileira, encarregada de o aprisionar.» Que lição de Lealdade à Pátria...! «Voltou à Metrópole promovido a coronel e comandou Infantaria 16, regimento que disciplinou esplendidamente. Tomando posição pela causa liberal, tomou parte na guerra contra os partidários de D. Miguel, distinguindo-se especialmente na tomada de Ponte da Barca, onde, à frente do seu regimento, conseguiu desalojar a artilharia inimiga, aprisionando quatrocentos homens a 6-II-1827. Este feito valeu-lhe a comenda da Torre e Espada.» «Quando D. Miguel ascendeu ao Trono, foi logo demitido do seu comando e preso no Castelo de S. Jorge, a 18-X-1828, donde foi removido para a Torre de São Julião da Barra em 21-I-1829, e reformado em 4 de Janeiro de 1832, mas continuando sempre preso. Foi transferido depois para as prisões de Estremoz e destas para o forte da Graça, em Elvas. Durante o trajecto entre as duas praças, no sítio da Orada, conjuntamente com os 69 presos políticos seus companheiros de desdita, os quais, pelos anos de prisão sofrida já mal podiam andar, bateu-se contra a escolta que os conduzia, a qual foi desarmada em parte, enquanto o resto se punha em fuga, apesar de o contingente ascender a mais de 100 homens. O bravo militar armou conforme pôde os seus companheiros de presídio, com as armas capturadas, e, tomando o comando da improvisada hoste liberal, seguiu com ela para Juromenha.» «De novo restaurado o regime liberal, reingressou no serviço activo e foi alvo dos maiores elogios e galardoado com grande mercês e distinções. Foi nomeado para fazer parte da comissão criada por aviso de 9-VII-1834, que funcionou junto do Quartel- General do Governo das Armas da Província da Estremadura e da comissão encarregada de liquidar as dívidas aos militares, por portaria de 14-II-1837.» «Foi novamente reformado em 7–IX-1837, e em virtude da convenção de Chaves foi separado dos quadros do Exército, por ter aderido à Revolta dos Marechais.» «Tendo jurado a Constituição de 1838, foi restituído à efectividade do posto que tinha quando se reformou, em 15-IV-1841, e nomeado para desempenhar as funções de chefe do Estado-Maior da 8.ª Divisão Militar em Setembro do mesmo ano, lugar de que foi exonerado em 13 de Dezembro seguinte. Foi definitivamente reformado no posto de brigadeiro, em 18-II-1842, e em 21-V-1845, foi a sua reforma melhorada no posto de Marechal-de-campo.» «Apesar de reformado, continuou a servir e assumiu o comando da 2.ª Divisão Militar em 15-I-1847. Em 3 de Maio do mesmo ano foi nomeado Ministro da Guerra, que exerceu até 12 de Agosto, distinguindo-se pelas medidas de clemência que tomou a respeito dos militares envolvidos em crimes políticos, desde o começo da revolta da Maria da Fonte. Depois da vitória de Saldanha foi mandado comandar a Divisão de Viseu, onde esteve pouco tempo. De 1847 a 1851 foi governador civil de Coimbra. Viveu os últimos anos da sua vida na Quinta da Melhor Vista, em Verride, onde hospedou a Rainha D. Maria II e o Infante D. Luís em 26-V-1852.» «Era do Conselho de S.M.F (Sua Majestade Fidelíssima, Título atribuído pelo Papa aos Reis portugueses), grã-cruz da Ordem de Isabel, a Católica, de Espanha, comendador das da Torre e Espada e de Avis, condecorado com a Cruz de Ouro das Campanhas de Montevideu, a Cruz n.º 4 das Campanhas da Guerra Peninsular, a medalha de D. Pedro e D. Maria, algarismo 8, a medalha militar de Bons Serviços e a medalha de prata de Comportamento Exemplar, etc.» «O título de Barão [de Ponte da Barca] foi-lhe concedido por D. Maria II por Decreto de 16-XII-1845 e a mesma soberana o elevou a Visconde, em duas vidas, por Decreto de 12-X-1847.» E deste modo aqui fica registada, a breve biografia de um dos homens do Batalhão Académico de 1808. Ou seja, eram duas as casas familiares ancestrais: Vamos-vamos, onde morou o genro Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, depois de casado. Na fazenda Taquara Queimada morava o avô de Jerônimo e irmãos, Dr. João de Souza Barrados casado com D. Jacinta Maria de Tavaredo da Fonseca e Silva, do Castelo de Verrides. As terras da casa eram vastas, pois haviam lavras de ouro no local. Vamos-vamos era alcunha de um mineiro português chamado Antônio Pereira. Era dono da sesmaria onde se construiu a cidade de Mariana, mas o rei fez uma troca com ele, lhe dando outra, que se tornou parcialmente o arraial de Antônio Pereira, hoje distrito de Ouro Preto. Uma parcela dessa enorme sesmaria (mais de 2.000 alqueires), mai próxima ao núcleo urbana foi vendida eventualmente aos Barradas, formando uma grande fazenda chamada Taquara Queimada ( cujas ruínas de pedra ainda nos pertencem, em uma fazenda próxima). Essa casa tem uma rica história. Esta é a quinta de Vamos-vamos, situada nos arredores da cidade de Mariana, Minas Gerais. Segundo o primo Salomão de Vasconcellos, que viveu a infância nessa casa (nasceu em 1877), a casa foi contruída pelo Dr. João de Souza Barradas, advogado, sogro do Dr. Diogo de Vasconcellos, pai de Jerônimo. Se quiser, lhe dou os dados biográficos desse velho ancestral comum, brasileiro de Inhaúma, estado do Rio de Janeiro. A chácara do Vamos-vamos foi construída em meados do século XVIII e desapareceu por volta de 1980. Finalmente, o pátio interno era um quadrilátero com quatro pombais nos ângulos, dos quais ainda existe, em local hoje público urbanizado. O que era rural, hoje é urbano.
Postado há 17th June 2012 por Vasconcelos 
 

Comentários

admario disse…
Boa noite
Eu também sou descendente do casal Bernardo Pereira de Vasconcelos/Josefa Maria da Conceição através de sua filha LUIZA MARGARIDA JOSEFA PEREIRA casada com Domingos Simões de Azevedo.
Goste muito do que vi aqui, mas não achei ligação do sobrenome Vasconcelos desse Bernardo com nenhum nome citado anteriormente a 1705, ano de seu nascimento.
Você tem algo a mais sobre os pais de Bernardo: Ana Vieira Aranha e Bernardo Pereira Paes?
Um abraço
admariodidi@gmail.com
Jorge Purgly disse…
Estimado Admario Rocha, perdão por levar dois anos para publicar o seu comentário aqui. O Biometrio esteve dormente por este tempo mas agora reativado eu vi o seu comentário.
Sim somos primos diretos através da minha esposa e primos de 19grau através da minha mãe. Confira em https://www.screencast.com/t/7f7olynACH
Encontrei suas pesquisas publicadas no site Geni de 31 de julho de 2013, e creio que desde então voce encontrou mais informações.
Desejo sucesso. Um forte abraço.

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