Meu Primeiro Livro por Decio Adams

Artigo Gest Post de Décio Adams

Meu primeiro livro!



Meu amigo Jorge Purgly solicitou-me um artigo contando como eu escrevi meu primeiro livro. Na verdade fica difícil falar do primeiro, sem também citar o segundo e por consequência os outros. De certa forma estão todos ligados; não pelas histórias narradas, mas pela forma como vieram a tornar-se realidade.

Em fins de fevereiro de 2012, eu estava atravessando uma fase bem aguda da longa convalescença após um acidente sofrido em princípio de agosto de 2011. Num dia desses escrevi um e-mail especialmente longo para minha irmã Terezinha Mariza, residente em Natal – RN. Pedi desculpas pelo verdadeiro jornal que havia redigido. Ela me respondeu que não se importava, uma vez que adorava ler o que eu escrevo. Nesse momento soou uma campainha em minha mente. Existiria aí uma indicação de uma nova ocupação, uma vez que meus planos de me dedicar nos próximos anos ao transporte de turistas em vans, micro-ônibus ou mesmo ônibus, havia caído por terra com a amputação da perna esquerda devido ao acidente? Busquei em minhas pastas de arquivos umas poesias que compusera alguns anos antes e não as encontrei. Decidi redigir alguns pequenos casos e piadas de forma bem resumida e pode-se dizer mesmo tosca. Mandei a ela e não tardou a resposta, trazendo o que ela aprendera no curso de licenciatura em Letras Anglo, durante aulas de literatura. À primeira vista pensei não ser capaz de fazer o que me sugeria. Mesmo assim pus mãos à obra, melhor dizendo, ao teclado e comecei. Criei os primeiros personagens, ambientei as histórias em um lugar existente na realidade e dei início ao trabalho. Logo outros se seguiram, foram revisados por ela e depois por outra pessoa, que me atendia nas sessões de psicoterapia do tratamento para adaptação ao uso de uma prótese transfemural. A opinião foi positiva e eles, a essas alturas já em número de torno de quarenta, passaram por diversas revisões, supressões, acréscimos, substituição de palavras e finalmente atingiram um ponto em que me achava razoavelmente satisfeito com o resultado. Evidentemente sempre haveria correções possíveis, mas isso era inevitável. Perfeição só existe em outros níveis.

No mês de junho de 2013 apareceu um edital para receber inscrições ao Prêmio Paraná de Literatura, com as categorias: Romance, Contos e Poesia. O limite de páginas para a categoria contos era de 200, em formato A4, fonte de letra Times New Roman, esse limite. Olhando meus originais verifiquei que o que havia escrito ultrapassava em muito, era o dobro, do limite de páginas. Separei alguns e consegui formatar algo próximo do limite. Mandei revisar, imprimi e inscrevi com um pseudônimo. Com os que restaram procurei uma editora. Por meio do site denominado A mesa do editor fiz contato com a Editora Biblioteca24horas. Por lá publiquei meu primeiro livro no dia 10 de outubro de 2013. O título é Contando um conto e aumentando um ponto... . Em dezembro foi publicado o resultado do concurso e não fui premiado. Assim fiquei livre para publicar os contos em outro volume.

Ao mesmo tempo, enquanto redigia os contos, alguns ultrapassaram as dimensões apropriadas para um conto. Deixei a imaginação e criatividade vagar, resultando o primeiro romance em três volumes sob o título A saga da família Cruz. O primeiro volume foi publicado junto com o segundo volume dos contos, que leva o título Contando um conto e aumentando um ponto... dois no dia 27 de fevereiro deste ano. Exatamente na época em que completava dois anos que eu iniciara essa aventura.

Quase simultaneamente outro conto foi expandido e transformou-se também em romance, mais volumoso que o primeiro, mesmo tendo se originado de uma minúscula semente. Eram algumas frases ouvidas, ditas no dialeto alemão, pelos lábios de meu avô materno, Mathias Dewes. Cresceu e extrapolou enormemente a intenção inicial. O título dado inicialmente ficou pelo caminho, assim como também o do primeiro.

Mais três rascunhos de contos estão no arquivo à espera de sua transformação em outros romances. Tenho material guardado para diversos trabalhos e, se Deus me conceder o tempo necessário, certamente irei transformando-os todos em obras para apreciação dos leitores do meu país, quiçá do mundo, se assim for aprazado.

A maioria dos contos e também os romances estão ambientados no Rio Grande do Sul. Originaram-se de pequenas histórias contadas por meu avô, meu pai e outras pessoas ao longo da vida. Sei que ainda existe farto material para outros volumes de contos, bastando garimpar o que existe em abundância no passado das colônias de origem alemã, italiana e outras etnias.

O que me pareceu inicialmente uma tarefa quase hercúlea, de uma hora para outra, tornou-se uma real forma de distração. Já me peguei diversas vezes pensando o que motivou o fato de demorar tanto para iniciar minha carreira literária. Creio que isso se deve ao fato de que necessitava ler muito ao longo da vida para abastecer minha mente de ideias, expressões e recursos necessários para desempenhar satisfatoriamente o objetivo que me propus.

Quem gostar do que escrevo, comente, critique, elogie, enfim exponha sua opinião, pois jamais passou por minha cabeça a ideia de escrever obras perfeitas, acabadas, completas. Busco a cada linha redigida aperfeiçoar o que faço. Para isso não há nada melhor do que as opiniões dos leitores. Podem contribuir de maneira preciosa para que no final seja obtido algo cada vez melhor.

Curitiba, 04 de julho de 2014.

Décio Adams.

(Meus livros estão disponíveis na loja virtual anexa à página: www.facebook.com/livros.decioadams;

Também estão à disposição no formato ebook na: www.amazon.com;



na forma impressa, pelo site da editora: WWW.biblioteca24horas.com).

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