Negocios em rede de internet precisam de regras mais claras
Brasil fica em último em ambiente para negócios de cloud
Publicado em 7 de março de 2012 por User5
O Japão é o primeiro do ranking de 24 países, feito pela BSA, que avaliou regulamentações, infraestrutura de TI e leis contra cibercrime.
O Japão é o país que está mais preparado em termos de infraestrutura tecnológica e regulamentações para sustentar o crescimento de cloud computing.
A constatação vem de um estudo mundial realizado pela Business Software Alliance (BSA) com 24 nações.
O Brasil aparece em último lugar do ranking atrás de outros mercados emergentes como Índia, Rússia e China.
Batizado de Global Cloud Scorecard, o estudo da BSA constatou que há uma colcha de regulamentos conflitantes nos 24 países analisados e que podem ameaçar os negócios de cloud computing.
Para evitar que isso aconteça, a entidade traçou recomendações que podem ser úteis para os governos dessas nações.
Juntos, os 24 países analisados respondem por 80% do mercado mundial de Tecnologia da Informação e Comunicação.
Segundo a BSA, o levantamento teve o objetivo de avaliar o potencial econômico da nuvem nesses mercados e sugerir mudanças que os governos locais precisam fazer.
De acordo com a associação, é preciso melhorar as políticas e regulamentações para atender o modelo de cloud computing com processamento de dados que atravessa as fronteiras.
Os países foram pontuados, levando em consideração suas leis e regulamentos para prestação de serviços de cloud olhando sete áreas:
1-privacidade de dados;
2- segurança cibernética: controle do cibercrime,
3- preservação da propriedade intelectual,
4- tecnologia de interoperabilidade,
5- harmonização legal,
6- Livre comércio; e
7- infraestrutura de TI.
Os dez primeiros colocados que apresentam políticas mais robustas para negócios na nuvem são
1- Japão,
2- Austrália,
3- Estados Unidos,
4- França,
5- Itália,
6- Reino Unido,
7- Coreia,
8- Espanha,
9- Singapura e
10- Polônia.
"Os verdadeiros benefícios da computação em nuvem vêm com escala", disse o presidente e CEO da BSA, Robert Holleyman.
Ele observa que em uma economia global, os provedores de serviços precisam ter capacidade para entregar serviço em qualquer parte do mundo.
Entretanto, Holleyman destaca que esse modelo exige leis e regulamentos para permitir o fluxo de dados facilmente além fronteiras.
Cada país tem suas regras para comércio dos serviços digitais, mas os governos terão de harmonizá-las para acompanhar essa tendência, diz ele.
A diferença entre as nações
O estudo constatou que o ambiente para cloud apresenta características diferentes entre as economias avançadas e em desenvolvimento.
No Japão, Estados Unidos e Reino Unido, por exemplo, há bases legais sólidas e regulamentos para suportar o crescimento da computação em nuvem.
Já em países emergentes como China, Índia e Brasil, ainda há muito a ser feito para integração com a nuvem global.
O Japão se classificou em primeiro lugar porque, segundo a BSA, tem proteções de privacidade abrangentes que não inibem o comércio digital.
Conta ainda com uma gama de proteção penal e infraestrutura de TI robusta.
O país asiático é ainda líder no desenvolvimento de normas internacionais de tecnologia.
Uma descoberta surpreendente do estudo é que alguns dos países que estão indo bem também possuem leis e regulamentos que entram em conflito com outras nações
. Exemplo disso é o regulamento da União Europeia de Proteção de Dados que podem gerar impacto econômico para os negócios em grande escala na nuvem.
"Para ter um mercado de nuvem global não precisamos que as de leis de todos os países sejam idênticas. Mas elas têm que ser compatíveis", disse Holleyman.
Regras de privacidade e segurança são especialmente importantes.
Elas devem promover com eficiência a administração de dados e ao mesmo tempo incentivar o comércio internacional, afirma o presidente da BSA.
Para saber mais, clique em Mais informações, abaixo
Para ajudar os países, a BSA propõe sete políticas que os governos devem reforçar para expandir as oportunidades econômicas na nuvem:
1- Proteger a privacidade dos usuários ao permitir o livre fluxo de dados e comércio.
2- Promover práticas avançadas de cibersegurança sem exigir o uso de tecnologias específicas.
3- Combater o cibercrime com medidas claras e ações contra os criminosos.
4- Oferecer proteção reforçada contra a apropriação indébita e violação das tecnologias em nuvem.
5- Encorajar abertura e interoperabilidade entre provedores de cloud computing.
6- Promover o livre comércio, diminuindo as barreiras e eliminar as preferências por determinados produtos ou empresas.
7- Oferecer incentivos para o setor privado investir em infraestrutura de banda larga e promover a inclusão digital.
Veja a seguir o ranking dos 24 países analisados e a sua pontuação:
1. Japão – 83,3
2. Austrália – 79, 2
3. Alemanha – 79.0
4. Estados Unidos – 78,6
5. França – 78,4
6. Itália - 76,6
7. Reino Unido – 76,6
8. Coreia – 76,0
9. Espanha – 73,9
10. Singapura 72,2
11. Polônia – 70,7
12. Canadá – 70,4
13. Malásia – 59,2
14. México – 56,4
15. Argentina – 55,1
16. Rússia- 52,3
17. Turquia – 52,1
18. África do Sul – 50,4
11. Polônia – 70,7
12. Canadá – 70,4
13. Malásia – 59,2
14. México – 56,4
15. Argentina – 55,1
16. Rússia- 52,3
17. Turquia – 52,1
18. África do Sul – 50,4
19. Índia- 50,0
20. Indonésia- 49,7
21. China – 47,5
22. Tailândia – 42,6
23. Vietnã – 39,5
24. Brasil- 35,1
Fonte: Site IDG Now
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