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Mostrando postagens com o rótulo Infância

Capítulo 34: Guarulhos da Minha Infância – A Poeira e o Progresso

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Capítulo 34: Guarulhos da Minha Infância – A Poeira e o Progresso Capítulo 34: Guarulhos da Minha Infância – A Poeira e o Progresso dezembro 11, 2025 Se a escola e a mão esquerda "errada" moldaram minha disciplina interna, foi a cidade de Guarulhos que moldou meu cenário externo3. Hoje, quem pousa em Cumbica vê uma metrópole de concreto e asfalto, mas a Guarulhos que habita minha memória tem a cor da terra vermelha. Eu cresci junto com a cidade. Éramos ambos "projetos em construção". Lembro-me vividamente das ruas de terra batida, onde o progresso chegava levantando poeira. Não havia o trânsito caótico de hoje; havia espaço. Espaço para correr, para imaginar e para ver o horizonte. A vida social e educacional girava em torno de instituições que eram verdadeiros templos do saber, como o Ginásio Estadual Conselheiro Crispiniano e o lendário Ginásio Fioravante4. O Fioravante não era apenas uma escola; era o palco onde a juventude guarulhense se encontrava. Ali, entr...

Capítulo 40: O Café da Manhã da Infância da Tininha

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Capítulo 40: O Café da Manhã da Infância da Tininha O sabor da memória e a simplicidade do afeto. Há histórias que a gente escuta com os ouvidos e há histórias que a gente escuta com o coração. As memórias da infância da Tininha sempre foram narradas de uma forma que me fazia sentir como se eu estivesse lá, sentado à mesa com ela, décadas antes de nos conhecermos. Entre todas as lembranças que ela compartilhava, o café da manhã tinha um lugar sagrado. Era na fazenda do meu sogro, o Coronel Mandú, um banquete digno de hotel cinco estrelas, como estes brunches sofisticados que vemos no Instagram hoje em dia, mas com sustança, como se diz. Era a riqueza da simplicidade. Ela me descrevia a mesa posta com uma reverência quase religiosa. O cheiro do café sendo coado na hora — no coador de pano, claro, porque segundo ela (e quem sou eu para discordar?), o filtro de papel rouba a alma do grão — invadia a casa e servia como o despertador oficial da família. Ela falava do pão fresco. Não o p...

Infância doce e o tempo da pressa

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Estimado leitor recebo muitos e-mail e resolvi combinar um texto com outro de imagens, sobre a infância doce que estou intercalando. Espero que seja do seu agrado. Um abraço estimado leitor, O tempo da pressa Existe uma pressa esgotante nas pessoas. Pressa no andar, no falar, ao alimentar-se... pressa, muita pressa... Pressa em conhecer, conquistar, em ter certezas As mesmas certezas que pela pressa se revelam infundadas Pessoas de todas as idades correm de um lado para o outro, buscando o pote de ouro no fim do arco-íris. Para saber mais clique em Mais informações, abaixo. O valioso tempo é ignorado, pois a pressa não acredita que ele (o tempo) é sagrado, precioso e insubstituível. Correndo atrás de tantos “ouros” nas nossas vidas, deixamos de ver os verdadeiros tesouros tão ao alcance das nossas mãos. Deixamos de olhar nos olhos de quem nos trouxe ao mundo tridimensional e acalmar nossa pressa, nossos desesperos... Deixamos de ouvir “os mais velhos” e aprender com a sabedoria...