Cor da pele e heranca genetica

Cor da pele e herança genética







Herança quantitativa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fonte: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Heran%C3%A7a_quantitativa

Herança quantitativa ou poligênica é um tipo de herança genética, na qual participam dois ou mais pares de genes com segregação independente, resultando em um efeito cumulativo de vários genes envolvidos, cada um contribuindo com uma parcela para a formação da característica.

Possui esse nome (quantitativa) porque o fenótipo é determinado, entre outros aspectos, pela quantidade que um indivíduo apresenta de um determinado gene expressivo. 

Como exemplo, vamos mencionar o caráter da cor da pele humana:
O aspecto que diferencia este tipo de herança é a variação contínua ou gradual, o que significa que entre os extremos (negro e branco) existem diversos fenótipos intermediários.

Essa característica parece ser controlada por dois pares de genes alelos A e B, sendo que alelos representados por letras maiúsculas determinam a produção de grande quantidade de pigmento melanina nas células da pele, enquanto os alelos representados por letras minúsculas levam a produção de menor quantidade de pigmento.

Vale ressaltar que nesse tipo de herança não existem genes dominantes ou recessivos.

Os cientistas atribuem cinco categorias de coloração da pele humana.

1- AABB: Negro
2- AaBB, AABb: Mulato Escuro
3- AaBb, AAbb, aaBB: Mulato Médio
4- Aabb, aaBb: Mulato Claro
5- aabb: Branco

Em 2005, cientistas americanos que investigam o genoma humano, decifraram o gene slc24A5 que determina a transmissão da herança da cor da pele humana. 

Verificaram que os descendentes de europeus (europeus-caucasianos) possuem uma variante deste gene conseguida através de mutação ao longo do processo evolutivo da espécie.

Estudos posteriores revelaram ainda que pessoas mestiças (mulatos) portadoras da forma "européia" do gene tendiam a apresentar a pele mais clara, o que os levou a concluir que a contribuição desse gene na formação do fenótipo da cor da pele é de 38 por cento, portanto maior que a contribuição dos genes responsáveis por transmitir a cor escura entre a população dos mestiços.

Esta descoberta faz cair por terra a proporcionalidade dos fenótipos dos indivíduos esperados pela Lei da Segregação Independente dos genes ou Segunda Lei de Mendel para a característica da cor da pele humana, na qual o número de descendentes para mulatos claros deverá ser significativamente maior.

Um exemplo, em que podemos observar o efeito da versão "européia" do gene para cor da pele é o povo brasileiro, que, hoje, é constituído, em sua maioria, por mulatos claros, portanto observa-se um clareamento da população ao longo dos anos segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As denominações para o fenótipo cor da pele humana usados em genética como de mulato claro e médio, possuem diferente conotação social dependendo da cultura do país de origem do indivíduo. 

Na cultura brasileira, por exemplo, os mulatos claros são chamados de brancos, assim como os mulatos médios de morenos claros, e os mulatos escuros sem características fisionômicas da etnia negra também são chamados de morenos.

Em casos de investigação de paternidade, a cor da pele constitui-se em uma das provas não sanguíneas de transmissão genética para exclusão do suposto pai, isto significa dizer que existem casos em que a exclusão do suposto pai é possível.

Casos em que se pode excluir a paternidade (nos casos possíveis de exclusão, o exame de DNA apenas irá confirmar o resultado obtido)

No cruzamento entre mulatos claros não pode haver descendentes mulatos escuros e negros.
No cruzamento entre brancos não pode haver descendentes mulatos ou negros.
No cruzamento entre negros não pode haver descentes mulatos ou brancos.

Casos em que não se pode excluir a paternidade, casal ser composto por:
branco x negro;
mulato médio x mulato médio.

Nota: nestes casos, pode haver descendentes com todas as possibilidades fenotípicas, não havendo possibilidade de exclusão, e a identificação da paternidade só será possível com o exame de DNA.

Na determinação da cor da pele dos descendentes de um suposto casal, é realizado um estudo sobre a cor da pele dos familiares de ambos os envolvidos, o que possibilita a determinação do genótipo do casal. 

Dessa forma, conhecido o genótipo dos pais, se calcula as possibilidades genotípicas e fenotípicas dos filhos.

Bibliografia

Revista Science,Vol.310 p.1121, 2005.
KING,Robert C..Genética, Espasa-Calpe-Madrid 1999.


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