As 4 geracoes da avaliacao escolar em Portugual

As 4 gerações da avaliação escolar em Portugal

Sobre as 4 Gerações da Avaliação em Portugal
Por Julieta Cordas

A conceitualização que o Homem faz dos modelos sociais em que se insere é a matriz a partir da qual se desmultiplicam as interpretações dos componentes dos diversos subsistemas. 

O entendimento sobre a função da escola na sociedade é a premissa em volta da qual se elabora todo um conceito teórico, de fundo filosófico, sociológico, pedagógico e psicológico, que determina vincadamente toda a miríade de fatores conexos ao universo do ensino.

A avaliação, enquanto “subsistema” do entorno conceitual da Escola e do Ensino, é também alvo das flutuações interpretativas da função social das estruturas educativas e das componentes psicológicas da aprendizagem.

Pinto & Santos (2006) apresentam a classificação e a análise de Guba e Lincoln sobre as principais correntes da avaliação que desde os finais do século XIX que marcaram a sociedade em geral e o mundo da educação em particular. 

Identificam-se quatro grandes “gerações educativas”: 

1- A avaliação como medida, de fundamentação normativa e de controle (finais séc. XIX e início séc. XX); 

2- A avaliação como confluência de objetivos e desempenhos, de caráter desenvolvimentista (anos 60);

3- A avaliação como julgamento de especialistas, de caráter tecnocrata (anos 70/80);

4- A avaliação como interação social, de carácter holístico (anos 90).


A sequência temporal em que estas “gerações de avaliação” surgem não corresponde a uma compartimentação exclusiva da sua aplicação, ou seja, quando um novo modelo avaliativo se afirma não implica a anulação total do anterior, pelo contrário, a tendência é para a existência de sistemas de avaliação em que se entrecruzam aspectos de diferentes correntes avaliativas.

Importante será também realçar a relevância que o fator geográfico tem na interpretação destas correntes de avaliação. 

Falar dos anos 50 nos Estados Unidos não é o mesmo que falar nos anos 50 na Europa e, muito menos, em Portugal. 

Interpretar o fenômeno educativo e avaliativo em Portugal da atualidade implica uma análise dos constituintes teóricos dos anos 70 dos Estados Unidos e de finais dos anos 80 e dos anos 90 de França. 

Esta diferença temporal não é de menor importância para a completa compreensão da dinâmica educativa e avaliativa.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Transformacoes da Terra

Reflexologia Podal Massagem Terapeutica nos Pes

Quem foi o verdadeiro projetista de Brasilia